sábado, maio 13, 2006

Estado da Nação: Padamon: Part Two


Quem me convenceu foi a Laurindinha com a receita da mousse de manga (já está no frigorífico). Eu tinha-lhe pedido, num blog muito giro que ela tem, que escrevesse receitas fáceis. Resolveu então prantá-la aqui como argumento.
Senti-me de tal modo inspirada, que inventei vários capítulos novos.A história aproxima-se agora mais do princípio do que do fim.


Esta atitude de extrema bondade e de abnegação, só comparável à das santas mártires dos primórdios do Cristianismo, deve-se ao facto de nós, pobres ingénuos, imaginarmos a situação idílica do Tobias Jaquim, da Albira Alzira e dos filhinhos. E até de pensarmos assim:
- Só eu é que não tenho uma vida tão sossegada, quem me dera a mim. Pomo-nos então a imaginar a seguinte situação, que não queremos estragar com os nossos protestos:

- Ó meu papá querido e amado, não quer ver o seu futebole?
- Não, meu filho adorado, minha flor de lótus perfumada, eu sei que tu queres jogar o teu “Age of Empires” com os teus amigos, online.
- Ai que suavíssimo cheiro! (de santidade?)
- Meu doce e amado esposo, queres tu ver o teu futebole?
- Minha doce e amada esposa, eu sei que tu queres ver o “Caldo de Nabiças com rojões de redenho”.
- Ó meu amore, essa é a telenovela brasileira, a minha é “caldo verde com chouriças”, nunca sabes essas coisas! Tão querido! ( Não confundir com Morangos com Açúcar, que já existia em 2006)
Dão um beijinho, após o que diz Albira:
- Tu, quanto mais tempo passas sem tomar banho, melhor cheiras. Pareces a Josefina do Napoleão Bonaparte! (Nota de rodapé: quando Napoleão se aproximava de casa, mandava recado à Josefina para não se lavar, pelo menos 3 dias… (gostos!))
- Já reparaste nos meus brincos novos?
- Se fui eu que tos dei! A propósito, quando vem cá jantar o teu amigo Lili? Tão simpático, mas não sei se é bonito, que eu cá não aprecio homens.
- Eu sei, meu amor, ainda me lembro da barraca que tu deste no museu quando disseste à guia que não percebias se as esculturas de Praxíteles eram bonita ou feias, porque…
- Porque não sei apreciar homens nus.
- Ai que dulcíssimo cheiro! (talvez de santidade!)

Se vocês imaginam que os baldas, incompetentes, vigaristas e parvos têm uma vida familiar invejável, melhor do que a vossa, ainda há aqui em Lisboa dois ou três sítios muito altos e que não têm uma rede a toda a volta. Já há poucos, ultimamente têm posto redes a toda a volta de todos os sítios muito altos, não sei porquê, mas eu ainda sei de alguns… em alternativa, podem seguir as instruções da Jubi e fazer como os japoneses, que furam as tripas. Esses também têm cá uma pancada!
Existe uma versão moderna, mas que não recomendo: a gente amarrar explosivos à cintura e ir explodir onde muito bem nos apetecer. Esta versão dá direito a ter 70 mulheres no outro mundo. Para quem acha que neste já há homens a menos…

Cenas dos próximos capítulos: de regresso à realidade, Albira Alzira encontra uma saída. Querem ouvir? Mas vou alternar com outras coisas.
imagem: Hermes de Praxíteles

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