sexta-feira, junho 30, 2006

Me again

E cá estou eu outra vez.para além da falta de tempo, tive um grave problema informático, mas parece que a minha mulher a dias o resolveu...
Não se riam: a porta do Cdrom não abria e agora abre. Perguntem-me porquê.

sexta-feira, junho 23, 2006

Fotos do blog

Comprei há dias uma máquina fotográfica digital, o que quer dizer que os meus blogs vão melhorar mil vezes em termos de imagem (versus telemóvel), mas não tenho tempo para ler o calhamaço que me deram com as instruções, nem para a experimentar.Ver última foto deste blog.
Peço desculpa às pessoas que não entendem bem francês, e já agora, inglês, italiano, etc., o importante, obviamente, é vir a saber. Isto das línguas resolve-se, ou com o dicionário ou com a fala e os gestos.
Estou a comer chocolate com avelãs e a espirrar, o que me leva a presumir que talvez seja alérgica a avelãs, porque, de facto, não tenho estado perto de "avelaneiras frolidas". Quem não entendeu esta referência a um dos poemas mais simples, mas mais bonitos da língua portuguesa, pode procurar o poema no
http://www.escrevedoirosemaluquices.blogspot.com/
Até lá, Nadinha.
Sinto-me um nadinha na obrigação de mostrar estes poemas medievais e maravilhosos...

Parabéns à Juanita

Parabéns à Juanita, auto-designada no blogue por Juanolla que hoje faz anos (hoje, 24 de Junho de 2004, dia de São João no Porto).
Que encontre tudo o que procura na terra, no espaço ou em qualquer outro lugar.
Mais importante: que saiba o que deve procurar!

domingo, junho 18, 2006

Baudelaire: les fleurs du mal: LXXVIII - Spleen

Quand le ciel bas et lourd pèse comme un couvercle
Sur l'esprit gémissant en proie aux longs ennuis,
Et que de l'horizon embrassant tout le cercle
Il nous verse un jour noir plus triste que les nuits;


Quand la terre est changée en un cachot humide,
Où l'Espérance, comme une chauve-souris,
S'en va battant les murs de son aile timide
Et se cognant la tête à des plafonds pourris;


Quand la pluie étalant ses immenses traînées
D'une vaste prison imite les barreaux,
Et qu'un peuple muet d'infâmes araignées
Vient tendre ses filets au fond de nos cerveaux,


Des cloches tout à coup sautent avec furie
Et lancent vers le ciel un affreux hurlement,
Ainsi que des esprits errants et sans patrie
Qui se mettent à geindre opiniâtrement.


- Et de longs corbillards, sans tambours ni musique,
Défilent lentement dans mon âme; l'Espoir,
Vaincu, pleure, et l'Angoisse atroce, despotique,
Sur mon crâne incliné plante son drapeau noir.




in http://t.dillenschneider.free.fr/Poesie/Baudelaire/Spleen78.html

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.


O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...


Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.


Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!


Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.


O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa ele mesmo, in
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/pessoa.html

Esta juventude!!!!!!

- Ó Nadinha, tu já reparastes que esta juventude não sabe ler nem escrever?
- Ai não? Eu tinha a ideia de que eles até sabem ler e escrever em inglês, pelo menos na Internet…
- Não sabem falar nem ler nem escrever português. Eu, por mim, quando andava na Escola Primária já não dava nenhum erro, dava zero erros.
- Ai sim?
- Eu e os outros, claro! Percebestes? Fostes tu mesma que me dissestes…
- Mas tu ainda outro dia disseste que um carro ficou “subterrado (1)debaixo de água”
- E ficou!
- Mas tu também disseste que os políticos “camufulam”(2) a realidade…
- E camufulam!
- E que a CEE não é uma “panaceira”(3) universal…
- Não é nenhuma panaceira, não é uma panaceira!
- Ó filha, se tu já não davas erros na Escola Primária, quando é que começaste a dar erros por uma pá velha? (4)

Tradução para português: (1) submerso ou imerso, (2) camuflar, camuflam; para evitar palavras esquisitas como esta e outras, usar o infinito, a perifrástica: tentam camuflar, estão a camuflar. (3) Panaceia universal: remédio para todos os males, como os procurados pelos alquimistas (não tem nada a ver com peneira). (4) Quando as pás estão velhas, ao apanhar terra ou areia, ela foge pelos buracos, em tanta quantidade como a aqui representada.
Todas estas palavras e expressões correspondem à realidade, foram ditas pela mesma pessoa e são apenas um exemplo entre muitos.

quinta-feira, junho 15, 2006

Masoquismo

Aproveitei o feriado de 15 de Junho para ir à esteticista-depiladora-torturadora, que me arrancou, um por um, quase todos os pêlos do pêlo. No fim, em vez de lhe dar duas chapadas, agradeci educadamente e paguei bem!
- Volte sempre, tive muito prazer!
- Eu também não!
Agora ouço dizer, dizem-me por lá, que os homens também fazem depilação, que alguns até tiram definitivamente a barba, com raios laser… então ter barbas não é o mesmo que, num homem, desculpem-me a expressão, ter coragem? Ser homem?
Tirar as barbas para sempre, ouviram isto? Parece que fazem comichão… e andava o nosso bom Afonso Henriques vestido com quilos de ferro e nunca se queixou de aquilo ser pesado ou frio, nem de fazer comichão(que tenha constado!)!

Esta vaca...

 


Esta vaca é das mais interessantes da cow parade, das mais artísticas, pois algumas são só bonitinhas ou engraçadinhas ou nem isso...
Esta vaca... está amarrada com o couro amarelo doutra vaca sua antepassada, que representa a esfera armilar.
Será que a esfera armilar é o couro duma vaca amarela, que nos amarra e nos tem manietados na cauda das vacas com cauda?
Não percebi a parte do futebol, creio que a coisa se chama Portucow, mas não é certo, pois desaparecem os nomes de algumas vacas. Posted by Picasa

Boas ideias (Há Muitas)

No dia de Santo António de Lisboa fui ao Castelo de são Jorge. Boa ideia: os estrangeiros pagam para entrar, nós não. Somos todos europeus, mas…
Sempre valeu a pena os Afonsinhos terem conquistado aquilo para nós. Podemos sempre aproveitar aquela pedra toda para fazer mais estádios de futebol e mais santuários de Fátima em Fátima.

segunda-feira, junho 12, 2006

Continuando... : Ritmo de Rap

O Governo e as "oposições", os sindicatos e os patrões, os jornais e as televisões,
Estão todos de acordo em que Portugal está na cauda de todos os bichos de cauda,
Que a solução está no sacrifício dos cidadãos e demais bichos de cauda,
Mas há uns anos atrás estavam todos de acordo em que era necessário fazer estádios de futebol novos em folha e caríssimos
E agora estão todos de acordo em que é preciso fazer um novo santuário de Fátima... e do Futebol e talvez mesmo do Fado
E viva o Destino e as touradas e o Mundial e a contenção orçamental!

(Não confundir isto com um poema, please!)

Eu

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Terra imunda!

Uma das minhas amigas mais antigas, que talvez leia estas linhas, disse-me um dia que a primeira frase que se lembra de me ter ouvido, e também a segunda, a terceira, a quarta, a quinta etc, foram variantes destas:
- Eu não aguento a estupidez das pessoas. Até as pessoas que parecem inteligentes são insuportavelmente estúpidas.
Tina, eu substitui estas formulações por esta máxima:
- Terra imunda!
É que eu nessa época ainda não conhecia o mar.

A assim designada ministra da educação: Part two

Todos nós recordamos com prazer ou com ódio os nossos melhores e os nossos piores professores. E quase sempre esquecemos os outros.
Esta senhora designada como ministra da educação decidiu, pela primeira vez, honra lhe seja feita, distinguir os bons dos maus.
Resultado: os professores que hoje têm 30 ou 40 anos e que são óptimos, por hipótese, nunca ganharão tanto como os professores que hoje têm 60, mesmo que estes últimos tenham sido uns baldas toda a vida.
Premiar o mérito, não é?

A terra vista da terra: Lisboa

Um dos problemas contemporâneos é a escassez dos recursos agrícolas, por exemplo de terreno agrário. Só numa terra como esta (rica de séculos) (não me chamem ingénua, ingénuos são vocês) é possível um chão agrário coberto de uma beleza inútil: os jacarandás e estas flores amarelas.
Lisboa e a beleza do mundo, talvez indevida.
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sábado, junho 10, 2006

A assim designada ministra da educação

Toda a gente já sabia que alguns professores se baldam para o trabalho, tal como outros profissionais das profissões em que ninguém é despedido só por isso. Tão pouco!
Os professores normais até já estão habituados a fazerem o trabalho destas abéculas e ainda a serem considerados todos iguais. Os professores que nunca faltam ao trabalho estão carecas de saber que têm fama de meterem atestados psiquiátricos por meses ou anos, sem estarem doentes.
Agora, o que ninguém esperava era que a assim designada ministra da educação reconhecesse que há professores bons: ou seja, há professores que não são maus: sabiam? Mas isto é apenas para a dita criatura poder à vontade criticar os professores bons.
Diz a luminária:
- Os médicos bons vão logo a correr tratar dos doentes que estão muito mal, mas os professores bons preocupam-se mais em ensinar bem os alunos bons…
Claro, os professores bons deveriam ir todos para o Intendente convencer os rapazes desviados a voltarem para a escola, o que nem me parece difícil:
- Ó meu, andas tu a vender o produto a estes pé-rapados, quando na nossa escola há tantos betinhos com dinheiro que te compram logo tudo, é só convencê-los a consumir.
Neste interim os alunos bons estão a ter aulas com os professores maus, ou melhor, estão no café da esquina a beber umas bejecas porque o stor faltou outra vez.
De facto, há toda uma tendência no sentido de segurar os alunos nas escolas, no receio de que eles vão lá para fora drogar-se ou agredir alguém: se podem fazer tudo isto cá dentro, para quê irem lá para fora?!
E depois há outra coisa, os professores bons, que talvez sejam os mais velhos e experientes e que agora vão chegar a trabalhar até aos sessenta e muitos anos, podem muito bem apanhar uma rasteira ou um murro e caírem ao chão e levantarem-se, pois não será por isso que vão mudar de profissão.

terça-feira, junho 06, 2006

Estado da Nação - Part Six e Final: Padamon e Padamona

De volta a casa, regressa tudo à normalidade. Apenas se descobre que a afegã, ou não é nadadora ou não quer nadar… na verdade não quer fazer nada. Como este é um assunto delicado, (sobretudo para uma feminista como eu), avancemos um pouco…
Casa do ex-futebolista português:
- ó Albira, o que é esta coisa que está debaixo deste pano e que cheira tão mal?
- Ah, isso… é a segunda esposa do Padamon.
- É bonita?
- Não sei, ela nunca tira o pano…
- E o que faz?
- Nada.
- Ah, é a tal nadadora?
- Não, filha, ela não faz mesmo nada. Nadinha. Ela nem deve saber nadar. O Padamon foi outra vez aldrabado. É um incompetente!
- Como se chama?
- Não sei, a gente chama-lhe Padamona.
- De que vive?
- Á minha custa.
Agora dava jeito uma receita de cozinha.


Tchan, tchan, tchan (isto é o passar do tempo).

Um belo dia em que a Padamona cheirava particularmente mal e não se mexia, resolveram tirar o pano da burka. Descobriram que, afinal, quem estava debaixo do pano era um homem. Um afegão, talvez taliban, enfim, quem sabe? (Desta já eu me safei!)
Passaram a chamar-lhe Padamon II, sendo o Tobias, Padamon I.
Revoltada e farta, um dia Albira passa-se dos carretos: resolve colocar uns explosivos à cintura e ir explodir para casa dos sogros. Como foi o Padamon que tratou dos explosivos, os mesmos não funcionaram, como é óbvio.
Albira foi presa e os filhinhos ficaram a viver em casa do Padamon I e do Padamon II, ambos de atestado médico. Aos domingos iam ver a mãe à prisão. Coitadinha!
E assim termina esta história.

Fim Provisório.
Autora: Nadinha

Gostaram?

segunda-feira, junho 05, 2006

Contenção orçamental

O actual primeiro-ministro desta terra devia seguir o exemplo de Salazar (embora este último nunca tenha fingido chamar-se Ptolomeu nem mesmo Aristóteles para fingir que era sábio).
Salazar (tão querido!) mandava a governanta (D. Maria) vender os ovos e as galinhas que ela criava em liberdade nos jardins do palácio de São Bento (qualquer semelhança com o Garcia Marquez é invenção do Garcia Marquez) e também a mandava remendar os cobertores e lençóis do palácio. Se alguma vez a rainha de Inglaterra dormiu em lençóis e cobertores remendados e acordou com o canto do galo, só lhe fez bem e só pode ter sido no nosso Palácio de São Bento (que nosso é como quem diz). Mas talvez agora esteja eu a inventar…
Em vez de roubar as reformas e os impostos e as idades das reformas e fechar maternidades e aumentar os impostos aos que não têm filhos e aos que têm muitos filhos, que compram muitas coisas, claro, e aumentar os impostos aos que nunca puderam ter filhos e aos que perderam os filhos que tinham (tão querido) (nem o tipo que não se chamava Arquimedes se atreveria a fazer tanta asneira junta).
Em vez de fazer esta ladroagem, que o ganhem e que o poupem.
Qualquer dia voltamos ao mesmo. Acabamos outra vez por ser mandados por um tipo vulgar e desta vez ainda temos que fingir que o homem é uma sumidade.

sábado, junho 03, 2006

Em que se trata da Europa e de outros bichos

Às vezes, por entre as estatísticas que nos colocam sempre na cauda de todos os bichos com cauda (CEE, OCDE, OTAN, etc.), aparecem algumas divergentes.
Estrangeiros e às vezes portugueses dizem por exemplo, com um ar envergonhado, que Portugal é um país seguro, que Lisboa é das poucas capitais do mundo em que se pode andar à vontade, mesmo de noite. Nem Londres, qual Paris, qual Nova Iorque?
Eu, Nadinha, acho que é realmente uma vergonha! Pelo que isto implica, percebem?
1º - Os nossos ladrões estão na cauda da Europa e dos outros bichos de cauda!
2º - São uns incompetentes e uns baldas!
3º - São uns cobardes!
4º - Já tem acontecido uma família mandar matar o pai e marido, mas o “jagunço”, em vez de fazer o servicinho como nos filmes e nas telenovelas, não: fica com o dinheiro e vai fazer queixa à polícia e à Sic, leva uma câmara oculta e lá estamos nós a ver e a ouvir a conversa toda, enquanto jantamos.
4.1º - Os nossos bandidos são todos uns queixinhas, só lhes falta também meterem atestado psiquiátrico para faltarem ao trabalho.
5º - Os nossos ladrões são uns corruptos: o absentismo de semelhante classe é de bradar aos céus! (Ao contrário dos ladrões americanos, italianos, etc, que são mais profissionais)

- Ó filha (oh dear) tu já viste algum bandido desde que nós entrámos em Portugal?
- Eu não, mas, como Portugal é um país pobre, se calhar emigraram todos, coitadinhos!
- Ó mamã (oh mum) isso não tem lógica! Mum, please!**
- Pois não, mas realmente, já que puseram as vacas da cow parade com os nomes em inglês, também podiam muito bem contratar alguns actores de teatro para fingirem que são ladrões e fingirem que roubam, para nós vermos [nós ingleses] e pensarmos que estamos num país civilizado!
Enfim… tanta coisa que fazemos para inglês ver, e afinal eles vêm cá e não vêem nada!
** Tradução: Ó mamã, não digas tantos disparates, por favor! É por estas e por outras que nós, ingleses, não saímos da cauda da Europa!

Cow Parade


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Meia dose de orgulho pátrio

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O chão do mundo coberto de flores de jacarandá

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O chão visto do chão: Lisboa

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A terra vista da terra com pétalas de jacarandá: Lisboa

Posted by Picasa Por favor, Carla, vai tirar fotografias aos jacarandás antes que lhes caiam todas as flores: estas foram tiradas com o telemóvel...