sábado, junho 30, 2007

Os Portugueses

"Os portugueses, em vez de transformarem os problemas em soluções, transformam os problemas em depressões. [...]
Os problemas são desafios, não são fossas. As mudanças não são fatalidades, são oportunidades". António Pinto Leite

in Jornal Expresso, 30 de junho de 2007, 1º Caderno, p. 44.

Filhos, esta é das melhores que eu tenho lido!


No mesmo Expresso também se demonstra com clareza que, nos séculos XVI e XVII, os portugueses, excepcionalmente, perceberam isso, ou alguém por eles...

Eu devo ser uma das poucas mulheres que ainda compram o Expresso, mas ele está realmente bom, cada vez melhor! Juro!

A diferença é que eu, embora ainda seja um bocado lingrinhas, faço musculação no ginásio e portanto aguento os 5 Kg de papel. Mas vejo-me grega!

sexta-feira, junho 29, 2007

Tresorelho

Vêm muitas pessoas a este blogue à procura do tressolho e da cura para ele. Muitas são do Brasil e de África. Gostaria que algumas me dissessem por que procuram isso, para além daquelas que querem mesmo a solução.
e lembrei-me do TRESORELHO!


Parece que é a papeira e existia um modo antigo de o talhar. Utilizava-se um jugo dos bois. pedi emprestado a um outro blogue o palavreado que se dizia, depois de colocar o jugo no pescoço da pessoa que está doente com o tresorelho. Acho a palavra gira...


Talhar o "tresosorelho" (Papeira): Coloca-se o jugo dos bois , ainda quente (do uso), no pescoço do doente e com uma faca faz-se o sinal da cruz 9 vezes, dizendo a seguinte crença:Tresorelho, sai-te daqui assim como boi e vaca "carregou aqui".


vide
http://crencasemitosdefelgueiras.blogspot.com/

terça-feira, junho 26, 2007

Laurie Anderson

Há cerca de mil anos, mas já na minha presente encarnação, um tipo que eu conhecia perguntou-me se eu queria ir com ele ver não sei o quê, não sei aonde, era mais ou menos um filme, não era bem um filme...

Fui.

Creio que o tipo se chamava Carlos e que era loiro, bonitinho. O espectáculo era:
"The Home of the Brave" de Laurie Anderson.

Esta frase faz parte do hino norte-americano e é tão ironizável como o nosso "contra os canhões marchar", ou talvez seja mais subtil, pois é mais recente.
A Laurie Anderson foi uma descoberta para sempre. Ainda mal se falava em computafores e já ela tinha inventado mil coisas informáticas e uma música / narrativa /histórias/ poesia /performance, etc. Enfim, inventou uma conjunção das várias artes, como se prevê que talvez sejam no futuro.

Volta cá no dia 15 de Julho, mas, além de os bilhetes estarem esgotados há séculos, creio que, pela primeira vez nas minhas encarnações, vou representar uma candidatura junto das mesas de voto. Adivinhem de quem...
São as eleições para a câmara de Lisboa...

Quem nunca ouviu falar da tia Laurie, então que ouça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, junho 25, 2007

Como se chama uma vendedeira de peixe?

Andava eu a cirandar na secção do peixe do supermercado, a ver se conseguia tirar uma fotografia aos peixes, a que poria o título de "terra imunda", quando ouço uma conversa que sobremaneira me surpreendeu.
Dizia uma vendedora de peixe para as outras:
- O homem ofendeu-me, faltou-me ao respeito!
- Aonde?
- Aqui. Aqui mesmo, no meu local de trabalho, o homem insultou-me!
- Que te disse o homem?
- Chamou-me peixeira! "Ó sua peixeira!" - disse ele.


Já vi várias mulheres ofenderem-se por lhes chamarem peixeiras, mas nunca pensei que uma vendedeira de peixe se zangasse por lhe chamarem peixeira... esta língua portuguesa...

sábado, junho 23, 2007

Quero ir para casa! Por favor!!!!!!! (Part 2 (Two))

Todos se queixam de que, hoje em dia, ninguém quer assumir compromisso nenhum a respeito de coisa nenhuma. Talvez seja uma epidemia nacional, com laivos de pandemia (mundial).
Marca-se uma consulta no médico ou no dentista. Segundo dizem, nem se aparece, nem se diz "chus nem mus".
Convida-se gente para uma festa? toda a gente diz que talvez vá, talvez não vá. Os que dizem que vão de certeza, faltam, e "nem chus nem mus".
Diz-me assim a Isabel: devem estar à espera que lhes apareça coisa melhor. (A Isabel gosta de fazer festas, eu cá sou um tanto misantrópica (ver dicionário)).
- Estás enganada, Isabel! Estão mas é todos em casa, ou metidos na cama, ou estendidos no sofá da sala. Nas festas que tu fazes não há camas que cheguem...


(to be continued)

sábado, junho 16, 2007

Praia! Oh que bom

Eu tinha a intenção de fazer hoje o meu dia de praia, ia até passar um dia ou dois não sei aonde.

Como está a chover torrencialmente, tenho um bom pretexto para ficar em casa a ler um livro giro, a mandar mails a gozar com o ________ * (não posso dizer quem) e a surfar nos blogs.
Que bom!
(Odeio praia)


* -como se chama aquele que não conseguiu tirar um curso mas revoluciona a educação, a cultura e mais isto e mais aquilo?
- Mao Tsé Tung
- Não, não é esse, é o outro...

quinta-feira, junho 14, 2007

Único animal que

O homem é o único animal que pode escolher se quer ser carnívoro ou herbívoro.

(Não sei se alguém já disse isto, mas acho provável. Se ninguém disse, digo eu.)

quarta-feira, junho 13, 2007

Engordar! Oh que bom!

Quando eu fumava era magra, escanzelada como um cão. Não direi que fosse infeliz, pois tinha uma inquietação que talvez todos devêssemos ter, no mundo em que vivemos todos, talvez pela 1ª vez.
Quando deixei de fumar, passei uns tempos a engordar. Foi o tempo mais feliz da minha vida.
Li, mais tarde, que os animais se sentem muito felizes quando estão saciados, não porque pensem no assunto, mas porque estão fisicamente preparados para enfrentar muito tempo de fome. Se pensassem nisso sentiam-se infelizes, mas eles não pensam e eu também não pensei…
Essa extrema felicidade alimária já me passou, mas imaginem isto: como hoje é o Santo António de Lisboa, resolvi cozinhar um dos poucos pratos que faço bem, macarrão com carne à portuguesa. Fiz para o almoço e o jantar, mas comi quase tudo ao almoço.
Os meus genes animais mamíferos, sem preocupações filosóficas, estão a pensar com os botões deles que eu posso ficar vários dias sem comer nada.
- Que bom! – Dizem eles.
Que eu por mim sinto-me óptima.

Não tenho postado nos blogues muito porque estou com uma ligeira tendinite, mas isto passa.
Beijinhos.

domingo, junho 03, 2007

É muito importante que o lugar da chegada seja belo


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É importante que o lugar da chegada seja belo




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No Tempo das Cerejas

Quem nunca correu terá dificuldade em imaginar as sensações que se têm. as feromonas, que são produzidas quando se faz exercício físico, dão realmente prazer e boa disposição.
O sol em cima da nossa cabeça... só me lembrava das ceifas, em que nunca participei, como podem calcular, mas que eram dias felizes e difíceis em termos de esforço.
Tempo de abundância, este, em todos os sentidos, o tempo das cerejas é um tempo feliz.

Quase me apetece deixar aqui a sugestão, às pessoas que vivem em terras pequenas, de organizarem eventos como este. É importante que o lugar da chegada seja belo.

É bom correr e é bom chegar

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A Mulher e a Vida: Lisboa 2007



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sexta-feira, junho 01, 2007

A Portuguesa Língua

Esta Língua Portuguesa é incrível! Europeia, tropical e universal, foi buscar palavras a tudo quanto é sítio... Só para dar um exemplo, os termos da Alquimia existem em latim, mas todos têm tradução para português e às vezes até com mais do que uma tradução, como "nigredo" e "obra ao negro". Quererá isto dizer que houve muitos alquimistas portugueses? Com tanta repressão ao longo dos séculos... pensem bem. Não é estranho? Se os houve, passaram. E no respeitante às falas dos animais? Quem ainda se lembra de como se chamam?: Balir, Barrir, Zurrar... Balir e Barrir não são parecidas? Uma é da pequenina ovelhinha e a outra é do horrendo elefante, bichos tão diferentes... e a palavra zurrar não parece mais assustadora do que a palavra barrir? Bem... E que dizer destes femininos irregulares? Reparem: felá-felaína rajá-rani píton-pitonisa (uma pitonisa é uma mulher, mas a palavra é o feminino de uma espécie de cobra) Quantas felaínas conhecem vocês? e quantas ranis? Para que queremos nós estas palavras? Em traduções de romances russos, encontrei muitas vezes as palavras Generala, Coronela, enfim... em Portugal ainda nem há Generalas, mas já existe o nome. Agora, e com esta me vou: Masculino- grou, feminino- grua. A minha mãe costumava dizer "sozinho como um grou". Desconheço se esta referência era literária, ou se há uma expressão popular assim. Neste último caso, não seria expressão de Portugal, pois não creio que houvesse grous por aqui. Mas, com semelhante fémea como uma grua, é natural que o grou prefira andar sozinho. Vocês não acham? Nadinha