terça-feira, março 22, 2011

Leiam isto

"Eles pensam que é tudo estúpido
22/03/2011


Entre outras razões porque se atingiu um superávite histórico nas contas do Estado (800 milhões de euros). É chocante ver como em Portugal se trata as Finanças Públicas como um "número" de magia à lá David Copperfield ou Luís de Matos.


Comecemos pela pergunta mais óbvia: como é que um país que luta para reduzir o défice para 4,6% pode ter um superávite (excesso de receita sobre despesa)? A resposta é simples: não pode. O que tivemos em Fevereiro foi mais uma "chico-espertice" made in Ministério das Finanças: protelou-se o pagamento de despesas. As suspeitas já andavam no ar desde a semana passada mas ontem, a avaliar pelo "Negócios" e pelo "DE" elas confirmaram-se.


Isto resolve alguma coisa? Não: as despesas, mesmo que adiadas, têm de ser pagas. Ou seja, no final do ano as contas têm de quadrar. São artifícios destes (jogar com a diferença entre contabilidade pública e contabilidade nacional) que mostram o desespero do Governo: precisa de apresentar, a todo o custo, boas notícias aos mercados e ao binómio Merkel/BCE. Mas os pais da ideia não percebem que o procedimento só contribui para agravar a descredibilização da República. Porque se estas jogatanas passam ao lado do cidadão comum, nem os investidores nem o BCE, nem os assessores da senhora Merkel são tão descuidados. Senão veja-se: os juros continuam elevados e só baixam quando o BCE nos dá uma mãozinha. Assim como assim, se calhar é melhor contratar o prestigiado Copperfield, ou o não menos eficaz Luís de Matos. "

1 comentário:

jose vieira mesquita disse...

Nunca esperei diferente de um Governo tão medíocre e incompetente. Lamenta-se que tenha sido possível chegar tão longe pelos prejuízos causados,em geral, à sociedade portuguesa e à classe média, em particular.Na verdade, só perde quem tem e daí a voracidade destes audazes do governo demitido. Sócrates esteve sempre voltado para colher rapidinho nas reformas da velhice e nos salários dos empregados do Estado.
Vamos esperar que, como é desejável,seja irrepetível tão nefasta incompetência