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quarta-feira, outubro 20, 2021

Ai Weiwei: a fantasia

 


Uma constante em toda a exposição, “Rapture” é um pequeno barco cheio de pessoas (o barco só é pequeno por comparação com a quantidade de pessoas que transporta por mar, pois como objeto de exposição, há dois que são enormes e alguns que são minúsculos. 

Na imagem que aqui incluo, os refugiados são comparados aos apóstolos de Cristo, podendo ser interpretado que, quem segue no barco, é Cristo com os apóstolos.

O barco terá condições para uma viagem de poucas horas num mar calmo, não para a viagem de uma vida no oceano. Vê-se também, em algumas representações, que as pessoas pertencem a classes sociais, estatutos e profissões diferentes entre si. 

Do lado da exposição intitulado Fantasia há também um enorme painel, que ocupa toda uma parede, com desenhos de refugiados e desenhos que imitam os da antiguidade grega e romana. Quando representados por terra, são filas de pessoas carregando consigo uma pequena bagagem, embora pesada e que representa toda uma vida deixada para trás. 

Há uma parte menos interessante, deste lado da Fantasia, uma parede das grandes ocupada com fotos de monumentos importantes do mundo, a que se sobrepõe uma mão fazendo o gesto de mostrar o dedo do meio. Veem-se também muitas mãos com este gesto, ou apenas parte da mão, em objetos de madeira e barro. 

O enorme barco é feito de fios de vime, muito espaçados, dando lugar ao vazio. Vazio que, simbolicamente, ocupa um grande lugar nesta representação do espaço.

Dependuradas do teto, muitas imagens, estas sim, de fantasia, representando animais fantásticos ou figuras fantásticas e fantasmagóricas. 

Engraçadas também umas esculturas com cabeças de animais douradas, tendo em frente, do lado oposto, quadros com desenhos desses mesmos animais. são ao mesmo tempo reais e de fantasia, como se fossem figuras de contos de fadas.

Nas duas partes da exposição, vemos homenagens à arte antiga, ocidental e oriental, pois existem objetos inspirados na porcelana chinesa, nos desenhos em cerâmica grega, etc… 


O estranho título desta exposição, “Rapture”, tanto pode significar em português êxtase, como rapto.

Talvez seja um êxtase do lado da fantasia é um rapto, da parte da realidade.
















domingo, outubro 17, 2021

Ai Weiwei: a realidade


A exposição de Ai Weiwei, “Rapture”, agora presente na Cordoaria Nacional, está dividida em duas enormes partes com inúmeras obras cada uma: do lado direito, a afantasia, do lado direito, a realidade.

Comecemos pela realidade.

As obras que a representam, muitas vezes eivadass de fantasia, outras vezes mostrando a realidade no seu aspeto mais brutal, o chamado realismo, talvez mesmo hiperrealismo, vão desde vídeos, obras enormes, instalações até peças de ourivesaria, com aneis e pulseiras, havendo mesmo, em vídeo, a imagem de milhpes de sementes de girassol feitas em porcelana, por muitos artesãos. sim, muitas das peças não são feitas por Ai Weiwei, que apenas as concebe, encomendando depois a sua execução.

Esta parte da exposição é dominado por uma obra monumental representando so refugiados, tema constante da exposição, dentro de um bote de borracha e por uma série de enormes caixas, como contentores. O material em que é feito o bote e as imagens dos refugiados é o mesmo material de que são feitos esses botes. 

Quanto às caixas, elas contam a história de 81 dias em que o artista esteve preso, com dois guardas constantemente  a olharem para ele, mesmo qando estava a dormir, a comer, ou mesmo a usar a imunda casa de banho da cela.

Espreitamos por uma pequena janela e vemos isso mesmo: uma imagem muito realista de Ai Weiwei e de dosi guardas de pé, a olharem para ele. Subindo a um pequeno estrado, espreitamos por uma outra abertura e vemos a casa de banho, com grandes pormenores de sujidade e de ferrugem, tudo um pouco mais pequeno do quea  realidade, só um pouco.

Vemos um campo de refugiados em vídeo, salientando as condições de insalubridade e logoa  seguir belíssimas porcelanas chinesas inspiradas nas antigas, em vasos sobrepostos que apresentam temas pintados de refugiados. O mesmo tema ocupa toda uma parede de desenhos na parte da realidade, a  preto e branco e outra enorme parede na parte da fantasia, em tons de azul. E ainda um anel de ouro, ou revestido a ouro. 






                                          



sábado, outubro 16, 2021

Exposição Ai Weiwei: um bicho de seis cabeças


A exposição de na Cordoaria Nacional, "Rapture", mostra uma grande parte da obra deste artista chinês dissidente, Ai Weiwei.

Poderá alguém não gostar por razões ideológicas, mas, a não ser isso, a exposição é uma muito agradável e muito grande, enorme, surpresa, tanto em dimensão como em originalidade.. 

Divide-se em duas partes: para o lado direito a fantasia, que contém muito de realidade, para o lado esquerdo a realidade, que às vezes é simplista é bruta, outras vezes contém muito de fantasia. 

O tema geral é os refugiados. Não é o único, é o principal.

Vou dividir este tema em três posts do blogue. Introdução, que é este, Realidade e fantasia.

Comecemos pelo pior: A realidade, no próximo, depois, num terceiro, a fantasia.

quarta-feira, outubro 12, 2016

Já podemos ficar por debaixo da Ponte. Vai ser chic







Vai ser o novo Museu Berardo. Ainda em construção / restauração, mas já chama muito a atenção. 
 Fica por baixo da ponte 25 de abril, ver fotos, e chama-se Por baixo da Ponte, ou melhor, Under the Bridge. Conheceis:) ?

Rua da Junqueira, mesmo por baixo da ponte.

Nem seria mau se um museu sediado em Lisboa tivesse um nome português, por exemplo:
Por Debaixo da Ponte

domingo, abril 03, 2016

Zaha Hadid













De repente, os habitantes do Facebook e das outras redes sociais foram deslumbrados por imagens feéricas de edifícios de que nunca tinham ouvido falar nem tinham visto. Também nunca tinham ouvido falar da sua autora, a arquiteta de origem iraquiana Zaha Hadid.

Imaginamos que os contos de fadas do futuro tenham como cenário edifícios como estes, até porque a arquiteta terá feito escola, entretanto.
No meio de tudo isto há "apenas" um fator triste: esta artista é notícia agora porque morreu agora.

Para além das construções arquitectónicas, era designer, também de jóias, sapatos e elementos decorativos.

Ficamos com a impressão de que gostaríamos de a ter conhecido, pois, a esta inundação de imagens, seguir-se-ia, necessariamente, uma inundação de entrevistas. Grandes, pequenas, profundas, ligeiras light... Chamam a atenção os olhos: olhos que viram muito, olhos que veem algo que ainda não existe, como os de todos os artistas. E força: a força de trabalhar com elementos duros e pesados, transformando-os em matéria dúctil, em matéria plástica.
Que pena ! 
Mas, se até cansa ver tantas imagens estranhas e deslumbrantes, como não a teria cansado tanta criatividade luxuriante e extravagante?

Que repouse em paz! RIP.

terça-feira, março 24, 2015

Le Chat du Rabin: o Gato do Rabino




Este filme resulta de uma banda desenhada, O Gato do Rabino .

Muito interessante, alia a animação de desenhos a uma atitude filosófica e mística judaica. 
Belos desenhos. 
Baseada no  facto deq ue o gato do rabino comeu um papagaio e portanto começou a falar e a  dizer oq ue pensava, incluindo que amava a dona, a filha do rabino.

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Exposição no Museu da Eletricidade: 7000 milhões de outros


A autor desta exposição de fotografia estava a fazer fotos para "A Terra Vista Do Espaço", exposição também muito conhecida, quando uma avaria de um avião o obrigou a ficar parado, em terra. Meteu conversa com um senhor e achou a conversa tão interessante, que decidiu filmar pessoas de diferentes países, respondendo a certas perguntas, de certa forma essenciais. 
Sobre o medo, sobre a família, sobre a espiritualidade...
Apresento aqui algumas imagens, da forma que me parece prioritária.
quanto às perguntas, difíceis, mas interessantes...


Tenho medo...
Tenho medo do meu marido.
Tenho medo que ele me espanque até à morte.





Família





7000 Milhões de outros






Por onde se conclui que as pessoas são diferentes, dependendo das circunstâncias.
Os medos dependem das circunstâncias, a felicidade não.
A alegria não.


As principais diferenças até parecem se: homem / mulher, pobreza / riqueza 

Exposição para ver, com tempo e disposição.





As perguntas principais





sábado, novembro 15, 2014

Conhece estes bonitinhos? Ver soluções



O quadro representa as pessoas que mudaram o curso da história. São 103, mas a inclusão de muitas delas é altamente discutível.

Já viu? Conseguiu identificar algum? Todos? Então agora veja as soluções :)


AQUI : É só passar o rato por cima e ver o nome. Clicando no nome, vai dar À Wikipedia.


VER também no Daily Telegraph



Obra criada pelos anteriormente pouco conhecidos artistas, chineses e de Taiwan, que nos dão a sua visão do mundo (são os 3 do lado direito, ao cimo, vestidos com roupas atuais, daí serem 103). 
Autores e pintura:

Dudu, Li Tiezi,  Zhang An.
Pintura a óleo: Discussing the Divine Comedy with Dante – 2006, 

domingo, outubro 05, 2014

A Arte de Mariana Gillot




Já aqui foi mencionada várias vezes a arte de Mariana Gillot.
Clicar em baixo, no nome, para encontrar outros posts sobre a artista.

domingo, outubro 06, 2013

Amoreiras: Open Day










Quem frequenta as Amoreiras assiduamente, nunca viu o que este fim de semana se pôde ver, no âmbito do Open Day. Visitas guiadas que levaram os visitantes ao cimo das torres, por exemplo.

E explicações. 

Integrando-se na Pop Art, como a arte de Warhol e outros, as torres conjugam elementos arquitetónicos modernos e antigos, como a Cruz de Santo André do Gótico, as colunas gregas ou as portas abobadadas. 

Numa inspiração medieval, as três principais estão dispostas do seguinte modo: duas de aros retangulares e quadrados, uma de cada lado de outra de formas arredondadas, simbolizando os guerreiros que protegem a dama. A dama é da altura dos cavaleiros e um nadinha mais avantajada  :)

Para poupar espaço e abrir perspetivas, não estão colocadas com as paredes paralelas, mas sim como se tivessem rodado sobre si, com as esquinas voltadas umas para as outras.

Também nos interiores foram feitas muitas inovações, atitudes que eram inéditas em Portugal. Para dar um exemplo:  os escriórios ocupam um piso totalmente em open space. São alugados e o inquilino pode mandar dividir esse espaço como preferir, mas, ao entregá-lo, deverá deixar tudo como estava. 

As cores interiores, que eram o cor-de-rosa e o azul, como no exterior, foram quase todas substituídas por beijes e outras cores mais suaves. Quando as Amoreiras foram fundadas, era um dos aspetos que mais chocava, o terem cores muito garridas.

É uma arquitetura que integra tudo, até mesmo os reflexos de tudo: sol, por do sol, luzes da cidade...

Há muito tempo queria fazer um post sobre as Amoreiras.

(Os dois guindastes que se vêem, pertencentes à torre da quarta imagem, entrada do Centro Comercial, servem para içar os lavadores das janelas).

quinta-feira, agosto 09, 2012

domingo, junho 24, 2012

Joana Vasconcelos


Foto de Luís Vasconcelos

Ao mesmo tempo que a seleção portuguesa ganha muitos jogos do Euro, Joana Vasconcelos é a primeira mulher e a/o artista mais jovem a expôr no Palácio de Versalhes, apesar da sua obra extravagante e feminista. Mas, ainda assim, popular, ao que parece.
Os sapatos feitos de tachos ficam bem nesta sala, a Sala dos Espelhos a sala do narcisismo e do luxo do corpo... :)

Então, o que é que está mal em Portugal? As pessoas não... 

Ver aqui artigo muito elogioso do crítico de arte francês Philippe Dagen, no jornal Le Monde, que também explica as obras e inclui algumas fotos.

Joana Vasconcelos, une femme un peu trop libre pour la cour du Roi-Soleil



As inúmeras porteiras (concierges) e empregadas de limpeza portuguesas que trabalham em Paris, algumas destas últimas, seguramente na Palácio de Versailles, poderão agora identificar-se com: as panelas dos sapatos da Cinderela / Marilyn, as rendas de bilros e outras rendas e bordados portugueses, os "Corações Independentes" do fado, da filigrana portuguesa e das colheres de plástico e ainda com a sua conterrânea, que ora lhes entra pela porta da frente, pelo grande esplendor do Palais, exuberante, irónica, contestatária, espalhafatosa... rica? 

Mas, se calhar, nem sequer lá vão... talvez não saibam de nada... talvez só entendam de tachos e de panelas e de rendas de bilros e de bilras ( birras?) e de corações muitíssimo dependentes...

Apesar das críticas que frequentemente se fazem em Portugal a esta artista, acusando-a, sobretudo, de ser a artista do regime, um regime acéfalo, e sem discordar, necessariamente, dessas formulações, constata-se que é preciso ter muita garra para fazer o que se vê na foto.

Ver aqui página da artista

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Génios e / ou miseráveis... quantos não haverá por esse mundo fora?




Isto aconteceu nos Estados Unidos. Uma criatura que tocava no metro ganhou 36 cêntimos que lhe foram dados por almas caridosas... não demasiado.
Tratava-se, na verdade de uma performance. O músico não era pobre. Era mesmo tão famoso, que os bilhetes para o seu espetáculo custavam, no mínimo, 100 dólares. Já agora, o violino que usava custou três  milhões e quinhentos mil dólares, mas esses pormenores de dólares para aqui e para ali, só interessm aos americanos dos estados unidos. Creio que os europeus não precisam de ler números para entender.
E esta, heim?



E Joshua Bell interpretando Fauré, um dos meus compositores favoritos.



quarta-feira, novembro 30, 2011

Fil Arte Lisboa - continuação



Da última vez que postei aqui sobre este tema, prometi que voltaria. Substituí algumas fotos nos posts anteriores, estavam um nadinha tortas, ou assim, e acrescento algumas neste.
Voltei à Feira depois disso. Havia muito menos gente. Descobri obras que me tinham passado despercebidas. E que aqui vão. É questão de clicar nos links que vos interessarem, ao fundo da mensagem. Aparecem todos seguidos, no écran. [Ai, há gente que ainda não sabe ver blogues!].

Quanto à do tema central, Mabel Poblet, artista cubana, só não comprei, com pena minha, uma das suas peças, que me agradou muitíssimo, porque é feita de um material muito perecível. Películas de plástico... pregadas com pequenas taxas. E sem nada a tapar, que é a técnica utilizada por esta artista. Como sou um Nadinha trapalhona, não me vejo a espanar, espadanar, etc... a obra...  e a minha mulher a dias não será, talvez, a pessoa indicada para o fazer, acho eu...
Enfim, a peça era esta na imagem acima. A foto incluída é o auto retrato da autora.
(Nunca entendi como se conservam certas obras modernas contemporâneas. Muitas. Muitíssimas.)

Enfim, vejamos o que mais descobri de interessante. Não sei até que ponto os blogues têm o direito de postar fotos de obras, mas alguns artistas têm-me agradecido por as divulgar. É algo que fica na net. Que pode ser visto em todo o mundo... Se eu morresse agora, ninguém poderia alterar nada disto. Mas eu não estou morredoira. 
Felizmente. Acho eu. E podem pedir-me que apague. 


Enfim, este blogue vai fazer 6 anos em 1 de Janeiro. Postei muitas obras de arte, muitas críticas à situação política e outra, mas até agora não tive nenhum desentendimento com ninguém, além de ter recebido muitos agradecimentos. 


Um post como este pode não interessar hoje a ninguém e interessar amanhã a muita gente, etc...