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segunda-feira, agosto 03, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: viajar de Portugal para os Açores ou de como Kafka tinha carradas de razão

Venho outra vez ao computador grande para imprimir em papel (!) o registo 9886 do "seu inquérito preenchido com sucesso"! A pedido dos "Azores", que me estão sempre a escrever.
Por via das dúvidas, enviei o inquérito duas vezes e ainda fiz print screen, portanto, também tenho o processo kafkiano 9883.
E pedem papéis impressos, numa altura em que já nem há papéis. E os papéis podem ter Covide!!!
Para ir à Índia, que é muito longe daqui, só tive de levar uns papelitos dobrados numa bolsinha, para ir aos Açores, que eu pensei que fossem em Portugal, tenho de levar um processo pouco mais pequeno do que o processo do José Sócrates, que o Ivo Rosa está atentar digerir há meses.
E ainda tive de comprar um tinteiro novo para a impressora.
E preencher o inquérito online, fora os 2 inquéritos que vou levar em papel e que ainda não preenchi? Em que hotel fica? Em que freguesia fica esse hotel? Há umas 10 freguesias em Angra do Não Sei Quê e eles é que sabem em que freguesia fica... sei lá!
Tenho a sensação de me ir meter numa terriola. Atrasada.Será?
Ah, o teste Covide deu algo como "não foi detetado", mas existem mais duas hipóteses: foi detetado, foi inconclusivo. Neste último caso, fica-se de quarentena até dar conclusivo, talvez para o inverno.
Poucas vezes na vida me senti tão idiota como quando percebi que, para ajudar a economia portuguesa, em vez de ir para Itália, para onde fui nos últimos 5 anos, ou para o Algarve, para casa de uma amiga onde não gastara aum cêntimo, decidi ir para esta terra. Onde ainda não tinha ido, por várias razões não menos válidas. Quase inconfessáveis.