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segunda-feira, julho 18, 2011

Morabeza







Posted by Picasa
Alguns fizeram comentários, no blogue e no Facebook, dizendo que tinham saudades do Mindelo, o que me surpreendeu a princípio, pois não são de cá.
Compreendo agora que qualquer um que conheça esta terra e estas gentes poderá vir a ter saudades.
É uma gente simpática, calma e delicada.
É a Morabeza: vejo, na nota do livro que ando a ler, o seu significado. Substantivo correspondente ao adjectivo morabi, que significa amável, amorável, hospitaleiro, simpático (em crioulo).

Se entramos numa loja e ficamos à espera que nos atendam, eles também ficam à espera que digamos alguma coisa, por tempo indefinido.
O que não dá é para pedir informações a qualquer um, até porque muitos não falam português, embora os jovens já tenham tantos estudos como os jovens portugueses. Pergunto a uma menina do café, mostrando-lhe um mapa, se é possível ir ao Ilhéu dos Pássaros.
- Podes.
- Como é que se vai?
- De táxi.
- De táxi? Mas é uma ilha. No mar!
- Vais de táxi até ali - apontando no mapa - e depois sobes.
Fiquei na mesma, o que aconteceu muitas vezes. Afinal, para ir à dita ilha, era preciso pedir autorização à capitania do porto, era muito complicado.

(Na segunda foto, são todas do Mindelo, vê-se uma réplica da nossa Torre de Belém. Um mamarracho. A última é do Palácio do Governo).

sexta-feira, julho 15, 2011

Mosquitos, ou lá o que é




O pior defeito que vejo em Cabo Verde é, sempre que cá venho, ficar picada que nem um crivo por insectos invisíveis.
São tão atrasados que em vez de serem repelidos pelos repelentes de insectos, parecem ser atraído por eles.
- Ó mosquitos burros! Isto é re-pe-len-te! Percebem?
Não.
Descobri recentemente o que muita gente sabe: alguns insectos ainda são do tempo dos dinossauros.

Também estou um nadinha farta de comer inhame, mandioca, batata doce, banana verde, ou, em alternativa, fast-food. Cachupa, as melhores que comi foram em Lisboa. Aqui é raro encontrar-se, embora a metáfora para "pão", em Cabo Verde, seja catchupa. É o que comem ao pequeno almoço. Mas não nos restaurantes.
Enfim, vou hoje embora e apetece-me ir.

Mas já começo a ter saudades do Mindelo e desta gente boa.
(N.B.: Na ilha de São Vicente não há grandes problemas com insectos. Na de Santo Antão, sim.)

quinta-feira, julho 14, 2011

Gentes




Estas vendedoras, que aqui se chamam rabidantes, costumam estar sentadas, mas, quando vem a fiscalização, põem-se de pé, com as mercadorias à cabeça.
Incluindo os ovos.

segunda-feira, julho 11, 2011

Mindelo





Centro do Mindelo e arquitectura colonial do Sec. XIX, de influência portuguesa e inglesa.
A Rua de Lisboa tem, na verdade outro nome, qualquer coisa como: Rua dos Heróis da Libertação. Ironicamente ou não, todos lhe chamam Rua de Lisboa.
Mas não é só aqui que se nota ser a libertação não demasiado importante para esta gente. Tratam os portugueses como conterrâneos, chamam a Portugal "nossa terra" e são fãs do Benfica, como se vê no vestuário da menina da foto no post "Baía das Gatas".

No interior / exterior do café Lisboa: a senhora faz as despesas da conversa, sem fazer as despesas do café. Como falam em crioulo, pouco entendo, a não ser isto:
- Que mais quer? Tem casa, tem catchupa...
- Andam a gozar o crioulo!

Ah, a propósito, a partir de agora, podem tratar-me por Senhora Branca. Em vez de Nadinha. É como me chamam aqui.

domingo, julho 10, 2011

Cantam enquanto choram





Mindelo não é parecido com nenhum outro lugar que conheça.


Dizem que Cabo Verde, em vez de europeizar a influência africana, africanizou a influência europeia. Daí a sua originalidade.

Mas a maior originalidade é a música, que até se ouve nos funerias, em que as pessoas choram a cantar.

E cantam bem. Mas depois falo disso. Aí, com tempo.

Tem algumas estruturas turísticas, mas ainda poucas. Felizmente.

(Foto 1: escultura de William Sweetlove, à venda em galeria de arte.)

sábado, julho 09, 2011

Mindelo, Ilha de São Vicente: Comércio





Em todo o lado o comércio embeleza a vida das pessoas e a paisagem. Aqui, faz-se em grande parte nas ruas, pela fresca do entardecer (última foto),ou à sombra, no calor tropical.