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sábado, agosto 03, 2013

O pirata Long John Silver




Há dois anos por esta altura, li em Cabo Verde, ilha e cidade de São Vicente, um livro intitulado História Geral dos Piratas, que chegou  a ser erradamente atribuído a Daniel Defoe, autor de Robinson Crusoe. Para ver o que escrevi neste blogue sobre essa obra, clicar por cima.

O livro, que li com grande prazer e entusiasmo, até por estar numa ilha onde esses piratas terão aportado várias vezes, é assinado por um alegado pirata arrependido, chamado Johnson.

Leio agora com igual prazer o livro Long John Silver, que frequentemente se refere ao anterior, sendo uma das personagens o próprio Daniel Defoe, como autor da História Geral dos Piratas.

É um romance razoavelmente bem escrito, com  a vantagem de o seu autor Bjorn Larsson, ter passado vários anos a navegar, pelo que todo o percurso marítimo não soa a falso, nem a cenário de cinema.

Não sendo nenhum must read, a não ser para quem gosta do tema (mar, marinheiros, piratas), tem também a vantagem de estar em saldo, com aqueles descontos especiais de fim de coleção, daquelas que não se venderam muito.

Conta a história fictícia do terrível pirata Long John Silver, amigo do escritor Daniel Defoe, escrita pelo próprio (pirata).
Este Long John Silver é também protagonisa do famosíssimo romance A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson.


(Algumas das informações que aqui forneço, não as tinha quando comecei a ler, pelo que você partirá em vantagem. Pode optar por ler primeiro, ou depois, qualquer um dos outros.) Com a particularidade de que todos os três representam ótimas leituras para férias, por apelarem ao espírito de aventura, ao mar, às viagens.  


Mas não a viagens como turistas...

domingo, agosto 14, 2011

Os Piratas

Não é fácil escrever um romance, ou mesmo fazer um filme cuja acção decorra no mar, mas a tentação é grande, dada a apetência pelos temas marítimos. 
Vejamos: para haver uma história, tem de haver um problema; ora, os problemas no mar nunca são pequenos: tempestades, naufrágios... diria mesmo que são definitivos.

Há uma história muito interessante em si, a dos descobrimentos, mas ainda não se conseguiu ultrapassar uma dificuldade romanesca: a ausência de mulheres a bordo. O amor, não sendo indispensável num romance, é quase sempre o seu centro e ainda não se escreveram, que eu saiba, romances em que o comandante se tenha apaixonado pelo grumete ou pelo cozinheiro. O único mais ou menos interessante que li sobre os descobrimentos narrava as viagens de Diogo Cão, mas metia três mulheres, numa situação muito forçada e pouco verosímil, não pela sua presença ali, de facto havia mulheres nesses navios, mas pelas insólitas relações que se estabeleciam.

Existindo o relato autêntico da viagem de Vasco da Gama à Índia, a sua ficção romanesca apresenta dois problemas: o terrível feitio de Vasco da Gama, a diferença de mentalidades entre essa época e a nossa e, principalmente, a ausência de mulheres numa história muito longa. Camões resolveu isto à sua maneira: introduzindo as deusas, as ninfas, os amores e desamores entre os deuses, o episódio de Inês de Castro, etc...

Restam os piratas e, mais ainda, as piratas. Como quase todos os romancistas escrevem hoje para satisfazer o suposto gosto do público e do comércio, o tema dos e das alegadas piratas contorna a situação. Eles não têm problema nenhum, o leitor identifica-se com as personagens, deseja a sua vitória... é o que acontece com o filme Piratas das Caraíbas. Quanto às piratas, embora tenham existido, têm dado motivo a romances, desde ridículos a absurdos. Ver aqui um exemplo. Alguns interessantes, sim, mas só pela história e não pelas referências ao mar.
Há um filme maravilhoso sobre o tema, um dos meus preferidos, no geral, Cantando Por detrás das Cortinas, ou Cantando dietro i paraventi do qual coloquei excertos aqui e no Escrevedoiros.

Vem isto a propósito de um dos livros que ando a ler. Não é ficcional, é muito real, ao ponto de se supor que o seu autor teria sido pirata.
História Geral dos Piratas, Capitão Johnson. - Lisboa: Cavalo de Ferro, 2011


sexta-feira, julho 10, 2009

Piratas Verdadeiros

Como eu gosto de navegar, uma das minhas principais preocupações, actualmente, é a dos piratas.
Por que é que se riem?
Eu não disse que é a única. Disse que é logo a seguir aos tubarões e ao Sócrates. Por esta ordem.
Mas oferece-se-me esta reflexão, que passo a expor.


Os ingleses e os americanos do norte, enfim, os anglo saxões, não têm nenhum código de leis parecido com os nossos. Têm declarações de princípios, a constituição, os antecedentes jurídicos designados por jurisprudência e o conceito de justiça propriamente dito.

Nós temos vários calhamaços com leis, Código Penal, Código Civil, Código Comercial...

E portanto, a Pirataria não é considerada crime. Visto que já não existia desde há muito tempo, ainda não existe, embora se pratique muito, renascida e renovada.

Chega-se ao ponto de os nossos militares marinheiros prenderem piratas e serem obrigados a libertá-los, uma vez que a nossa marinha se rege pela nossa lei, que "já" não inclui a pirataria.

Os anglo-saxões não têm estes dramas porque não têm volumosos calhamaços de leis em que faltam crimes. Muitos e vários.

A princípio, a pedofilia com rapazes também não era crime. Sempre se praticou, mas talvez por isso mesmo nunca foi considerada crime. Só havia o crime de ofensas corporais, mas...
Com as raparigas era diferente, era desvio de menor punido com cadeia.
Os crimes informáticos também não eram crime. Porque a informática não existia.
O assédio sexual não era crime, evidentemente, não porque não existisse, mas porque não era considerado crime.

Muitos crimes hão-de vir a ser inventados e os meios de os praticar também, mas em Portugal haverá sempre uma margem de manobra durante uns anos em que ainda não se fizeram as leis, ainda não se reimprimiram os códigos com novas leis, ainda não chegaram a acordo os grupos de trabalho que andam a estudar essas leis...
Tanto papel e tanta conversa só complicam a inexistente Justiça.

Há ruas e escolas e praças e mercados e etc. com o nome de Ferreira Borges.
Perguntem-me quem foi e o que fez o Ferreira Borges.
- Ó Nadinha, quem foi e o que fez o Ferreira Borges?
- Não sei.
- Diz lá, anda lá...
- Fez o código comercial. Talvez o tenha mais ou menos copiado de outros códigos comerciais...
Não se riam! Porque é que se riem?

domingo, dezembro 14, 2008

Ai os piratas!

Quando eu comecei a navegar, comecei a ter, como digo no princípio deste blogue, um problema e um receio que nunca tinha tido: os tubarões.

Mas ainda nem imaginava este, talvez mais premente e ameaçador: os piratas.

Vocês já imaginaram piratas neste tempo? Eu pensava que nem existiam...

Ainda por cima, gosto daquele filme "Piratas das Caraíbas" e do Jack Sparrow.

A imagem é da polícia marítima indiana a capturar piratas na Somália, estava no msn.com

http://www.msnbc.msn.com/id/28209525/?GT=43001


Na minha terra, no norte, a palavra pirata significa avarento, egoísta e mau, tudo junto.