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sexta-feira, março 08, 2024

O que é isso do Bitcoin? Vale a pena comprar?

 


A ideia do criador da Bitcoin, em 2010, a seguir ao crash de 2008,  criador que ninguém sabe quem é (pseudónimo Sakamoto), mas que se supõe que tenha morrido entretanto, era democratizar o dinheiro, ou seja, tornar ricos os que podiam investir 10 ou 20 dólares, mas isso parecia ser fictício. 

Quando a Bitcoin surgiu em 2010, cada dólar valia uns dois (dois e tal) tokens (unidades monetárias) de Bitcoin, que custava 0,39 de dólar. Neste momento, cada token custa perto de 69 000 dólares (sempre a mudar, segundo a segundo). Então, quem comprou um dólar, vamos dizer, 2 token, tem hoje 139 mil dólares, se comprou 10 dólares tem agora mais de um milhão de dólares. Isto era se não tivesse vendido, mas claro que toda a gente vendeu. 

Se tu ainda não percebeste isto, então ainda não percebeste grande coisa do mundo em que vivemos e da economia atual. Confesso que eu também só agora entendi, porque toda a gente ouviu falar de Bitcoin, mas ninguém ligou nenhuma… 

Como é contra o sistema, foi sempre menosprezado pelo sistema, exceto agora, pois já não é possível ignorar, não só a Bitcoin, mas as criptomoedas, sobretudo quando o dólar tem um valor totalmente fictício… de facto, 80 por cento dos dólares atualmente em circulação foram impressos nos últimos três anos, sem nenhuma base real. 

(Isto não é uma daquelas correntes em brasileiro, sou eu, Nadinha que estou a dizer para os meus amigos.  Se vieres a ganhar muito dinheiro com esta informação, agradece.)

Uma criptomoeda que está agora a dar muito dinheiro é a Shiba Inu. Tem o nome de uma raça japonesa de cão, mas está ligada à Inteligência Artificial. Está ainda baratíssima, com um dólar compram-se milhares de unidades. A maneira mais simples de comprar criptomoedas para  nós, portugueses, é abrir uma conta grátis no site espanhol E Toro. 

domingo, março 19, 2023

Glória à Ucrânia, gloriosamente sacrificada no altar do “Triângulo do Diabo”!

 


Já se percebe: agora que a paz estava à vista, o TPI (juízes ingleses e polacos)tornaram-na completamente inviável, com o custo de descridibilizarem completamente o TPI. 

Há um ano, também Boris Johnson inviabilizou a paz que estava à vista, pois o chamado “triângulo do Diabo” lucra com a guerra ao vender armamento. Em breve haverá soldados portugueses a serem trucidados na Ucrânia. O que nos vale é que os nossos soldados vão fazer como os marinheiros dos Açores: não temos condições de segurança! Não vamos! 

Muitos ucranianos também estão a fugir, apesar da recente legislação de Zelensky que endureceu as penas para os heróis que fogem da guerra. Ou que recuam da frente de combate, ou que fingem estar doentes… glória aos heróis! Glória à Ucrânia! 

Enfim, quem quer a guerra são uns dez ou onze políticos… que conseguem convencer os amigos da Ucrânia de que é bom para os ucranianos servirem de carne para canhão, sobrando uma sociedade de viúvas e órfãos, mão de obra baratíssima para as empresas americanas e do “triângulo do Diabo”, como lhe chama o Sul Global (Inglaterra, França, Estados Unidos). Glória à Ucrânia, que se está a oferecer, como Carneiro no altar do sacrifício no altar de interesses mais elevados: os do Triângulo do Diabo.


Quando se celebra o centenário de Natália Correia, esta visão desassombrada de Agostinho Costa sobre a guerra continua a ser uma novidade absoluta.

https://cnnportugal.iol.pt/videos/ja-estamos-na-terceira-guerra-mundial-nao-declarada-vamos-passar-a-declara-la-a-analise-de-agostinho-costa/6416d3ee0cf2665294dadf23 

(Imagem: cartoon com assinatura)

segunda-feira, maio 04, 2020

Diário da quarentena e do desconfinamento



Diz-me a cabeleireira, a quem tinha dito que não tenho medo nenhum dp coronavírus:
- Nem eu. Sabe, eu estive sempre a trabalhar. As clientes iam a minha casa.
Diz a empregada de limpeza que a máscara que traz (cirúrgica), lhe foi oferecida há um mês por uma "senhora" e desinfeta-a todos os dias, assim como faz com as luvas (descartáveis)...
"Cá se vai andando / com a cabeça entre as orelhas ".

sexta-feira, maio 01, 2020

Muguet para os leitores do blogue, no 1º de Maio






O muguet, que dai parte da tradição do primeiro de maio em França, também fazia parte dos rituais de adoração da deusa Flora entre os romanos. também conhecido como lírio do vale, parece não existir em Portugal, ou ser pouco conhecido entre nós. 
É tradição francesa enviar um raminho aos amigos. Aqui está.
Feliz 1º de maio para vocês!

sexta-feira, abril 24, 2020

quinta-feira, março 26, 2020

Matar o Bicho

                                                              

As autoridades aconselham a gargarejar com água morna e sal para matar o bicho e recomendam outras coisas igualmente desagradáveis. A única vez que tentei fazer tal coisa, engasguei-me e expeli um chuveiro de água e sal para todo o espelho da casa de banho. Vocês conseguem? 
Pelo contrário, há uma maneira antiga e muito moderna de matar o bicho: matá-lo com álcool.
Não desespere ao pensar que deve fazer isso com álcool etílico. Até porque não existe tal coisa à venda, neste momento.
Os enólogos portugueses aconselham um copinho de vinho tinto, que, além de álcool, contém poli-nao-sei-o-quê, talvez polifenóis, ou algo assim, totalmente fatais para o bicho.
Se quiser ser mais radical, um pouquinho de nada de Gin puro (o Gin foi inventado como medicamento) ou um whisky puro. 
Não exagere. Uma garrafa inteira, bebida toda de uma vez, mata demasiados bichos, incluindo os bichos bons! 
E às vezes, até mata o bicho principal, ou seja, você.

Você não acreditou? Então, clique neste link e leia.


O novo coronavírus morre no vinho? Enólogos espanhóis respondem

segunda-feira, março 23, 2020

Quantas bolas... de gelado



Havia, no Centro Comercial Amoreiras, uma minúscula gelataria, só com duas mesas coladas uma à outra.
Num fm de tarde de domingo, sentaram-se, ao meu lado, uma mulher obesa com quatro bolas de gelado e cone comestível, com um homem magro, tomando um café expresso.
De repente, ele começou a falar, a criticar, a acusar, a lamentar e quase a chorar. 
Tinha casado com uma mulher magra e elegante. Se não podes resistir a um gelado, não podias ao menos comer só dias bolas de gelado como esta senhora aqui ao lado que nem é gorda? Cada vez estas mais gorda! Cada vez comes mais. É só comidas que engordam, quatro bolas de gelado!!!
A senhora não falava, não respondia, absorta no ato de lamber as quatro bolas, talvez já sem sabor.
Quantas mais conversas desoladas e insípidas, quantas mais bolas lambidas desconsoladamente... 
Que será feito destas duas pessoas, talvez agora, com a quarentena obrigatória por causa do Coronavírus, isoladas e confinadas uma à outra, ela cada vez mais obesa, ele cada vez mais desesperado, cada vez mais magro, muito mais sós do que se estivessem mesmo sós, talvez vivendo numa cave sem janelas e sem sol... 
A solidão pode ser feliz.

segunda-feira, março 16, 2020

Esconjuro contra o Coronavírus


Ó nuvenzinha do ar chove, chove, chove,
Para afogar o bicho do Covid 19.

Santinhos do céu e mais a Santa Luzia, 
Livrai-nos desta porcaria desta pandemia.

Para matar o bicho nem precisamos de arsénico, 
Basta-nos esta modernice do papel higiénico

quarta-feira, setembro 06, 2017

Bem vestida, ou mal amanhada e em farrapos? Ou esfarrapada pelascircunstâncias. Eis a questão.

Para as férias que fiz no norte, levei só alguns calções e apenas umas jeans, que rasguei pelo caminho, acidentalmente.
Continuei a usá-las, claro. Longe de me chamarem pobre e farrapona, como chamariam há anos, toda a gente acha que eu estou na última moda e na crista da onda.
No regresso a Lisboa, como sabem, houve um acidente com o autocarro onde seguia, só agora vejo que tenho as pernas verdes, com "negras", embora me doam um nadinha. 
Mas tive de explicar aos outros passageiros que não rasguei as calças no acidente, pois estávamos preocupados uns com os outros. Nem as comprei já rasgadas. Difícil de entender... Mesmo falando outras línguas... LOL.

sexta-feira, março 10, 2017

O mundo está atrasado

Antes do ano 2000, eu queixava-me frequentemente de que vivíamos, não apenas num pais atrasado, mas num mundo muito atrasado.
Nessa altura, eu gostava de frequentar bares noturnos e outros espaços noturnos sozinha, pois não me apetecia estar dependente de outras pessoas, das disponibilidades de outras pessoas e das opiniões e sensações de outras pessoas para fazer o que me apetecesse.
E a verdade é que, ir a um bar noturno ou ao teatro ou a outro evento noturno nada tem a ver com companhia. Já para não dizer que, mesmo de dia, era suposto ou é suposto irmos acompanhados a estes sítios.
E todos nós nos lembramos de como algumas vezes adoramos uma situação, um espetáculo, ou seja o que for, para ouvir o nosso acompanhante dizer que detestou, por isto ou por aquilo. (Isto é particularmente verdade para quem muda de terra e não tem nessa terra amigos antigos.) Ora, se não precisamos de companhia par ler um livro, para que precisaríamos dela para ver um espetáculo de teatro?
Quando me respondiam que nos outros países também era assim, não era suposto alguém ir sozinho a um sítio noturno, eu respondia que os outros países também estavam atrasados. Todos? Sim.
É suposto nós fazermos o que nos apetece e irmos onde queremos, independentemente de irmos ou não acompanhados por algum paspalho. Imagino quantas pessoas casaram com paspalhos, apenas para poderem fazer aquilo que queriam fazer. Sobretudo mulheres.
Desde a entrada no século XXI, não me queixo de nada. Parece-me que vivemos numa era mais civilizada.
Mas ocorre-me agora: quando me diziam que certas coisas nem eram normais aqui nem em lado nenhum, nem mesmo na América (USA) e eu respondia que era o mundo todo que estava atrasado, as pessoas ficavam abismadas.
- O quê? A América está atrasada?
- Não!…

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Ai a idade da reforma!



Dizem-se e fazem-se, na nossa sociedade atual muitos disparates relacionados com a reforma, por causa do aumento da idade para 66 anos e, sobretudo, pela injustiça de muitos se terem reformado com 50. Ou seja, andam agora pessoas de 66 anos a pagar as reformas de pessoas muito mais novas do que elas, e isto não dá para se perceber.

Por contágio, já é vulgar alguém que tem 40 anos lamentar-se de que ainda lhe faltam 26 para a reforma, o que é risível, pois ainda não deveria, sequer, pensar em tal coisa.

Mas para mim, o máximo foi isto: numa visita de estudo que fiz com alunos de 12 e 13 anos ao Museu do Azulejo, a guia disse-lhes que é voluntária, porque está reformada e acrescentou:

- Há tanto trabalho para fazer aqui, que, quando vocês se reformarem, também podem vir trabalhar para cá como voluntários.

Não resisti a responder:
- Claro, a principal preocupação destes meus alunos é: "o que vou eu fazer quando me reformar?! "

Os miúdos riram-se, claro, mas nem perceberam bem a ideia...

Eu às vezes sou um nadinha chata, mas... convenhamos...

Nadinha

sexta-feira, dezembro 16, 2016

fazer fretes? Nunca foi obrigatório

Nunca fiz fretes. Sempre disse o que pensava, sem qualquer receio.
Mas já cheguei a uma idade em que posso dizer: já não tenho idade para fazer fretes.

Fim da Cornucópia?


Fui uma vez a Cornucópia, fora outras vezes, convidada como delegada de português, ou seja, esperavam se que eu comprasse uns duzentos bilhetes. 
Trataram-me como se fosse uma fã do tipo Luís Miguel Cintra, como se toda a gente fosse fã dessa criatura, como se fosse eu a agradecer por lhes ir dar uma grana. Arrogância, prepotência...  
Eu era a única convidada do género que estava presente e diverti-me imenso a conversar com a Beatriz Costa, que se encontrava entre o público.
Voltei lá outras vezes, outras tantas secas.
Para que público representavam estas criaturas? Para mártires? Para submissos? Para proletários eruditos?
No dia que menciono apareceu uma professora, não convidada, que se mostrou muitíssimo honrada e orgulhosa por poder falar com a criatura. Elogiou, elogiou, mas foi tratada como aquilo que era e como aquilo que se mostrava: como um ser inferior.
Nem sei como esta companhia teatral aguentou tanto tempo. 
Não, seguramente, pelas receitas próprias. Nem talvez por méritos próprios.
Muito menos pelo público.

A Cornucópia foi agora encerrada: VER NOTÍCIA NESTE LINK

sábado, novembro 26, 2016

Cuba "à vol d'oiseau"

Uma minha amiga foi a Cuba no tempo do Fidel e veio de lá encantada: a segurança era tanta, que viu prender muitas pessoas só porque se aproximavam do grupo de turistas. 

Ainda assim, conseguiu falar com um padre dentro de uma igreja. 
O padre aproveitou logo a oportunidade para lhe dar uma carta para a América, pedindo-lhe quer pusesse no correio. 

Fui eu que a pus no correio meses depois, resistindo à imensa vontade de a ler, porque ela não me deixou. 
A amiga que foi com ela ficou tão impressionada com a miséria, que deu uma mala cheia de roupa e ainda a mala. Divertiram-se imenso. Adoraram Cuba. E tudo nela.
Ainda assim, a minha homenagem à minha falecida amiga: por ter trazido a carta, apesar de isso ser contrário às suas opiniões políticas, por não a ter lido, por ter tido a intenção de a colocar no correio. 

Fidel Castro já morreu? Então... ainda estava vivo?




Revolucionário morre de velho na sua cama. 

Não basta ter muita coragem nem muita astúcia para ter sobrevivido a centenas de atentados. Mais de 630, "reza" a história. Número redondo, 630. Milagre?!

Então, fez mais milagres do que a Nossa Senhora de Fátima.
Algo mais aconteceu, seguramente, em vez de milagres, até porque os ditadores rapidamente perdem a coragem. Mas as múmias não morrem, claro.

Este fez parar no tempo o seu pequeno país e a "sua ilha". Privada.
Como diz o meu primo: "Não quis o jugo do imperialismo americano e optou pelo russo". 

Jugo por jugo, o dos cubanos era este Fidel Castro, de tal modo que os de Miami festejaram a sua morte, mas os de Cuba não podem festejar. Talvez até sejam obrigados a chorar, como os da Coreia do Sul.
Entretanto, o mundo político e bem pensante elogia Fidel Castro e põe-no nos píncaros, indiferente aos desejos do povo que oprimiu.

É caso para dizer: que pena este homem não ter morrido jovem, a lutar, um herói como o seu amigo Che Guevara.

Assim, em Cuba só existem duas classes: os pobres e os muito pobres. 

Alguns destes pobres e muito pobres fugiram, tentando atravessar o mar só com um pneu, tendo alguns sido comido por tubarões. Fugiram deste paraíso de igualdade e de liberdade para a boca dos tubarões ou para o fundo dos oceanos. Mas morreram livres.

Este blogue preza sobretudo a Liberdade.


Imagem: Pintura Liberdade Guiando os Povos, Delacroix

terça-feira, novembro 08, 2016

Direito de voto das mulheres? Estados Unidos da América



Comovente. Estas pessoas americanas manifestam-se junto do túmulo da sufragista que lutou pelos votos das mulheres, Susan B. Anthony , depois de terem votado numa mulher para Presidente dos Estados Unidos da América. Num direto.


Hegel diria que têm razão . E por isso vão vencer!!!


VER AQUI 

Neste momento, está a dar em direto.
Com todos os defeitos que a América (Estados Unidos) tem, a verdade é que sempre deu grandes lições de democracia.

Ao contrário de Portugal, tão miserável nesse aspeto.



God bless America and God bless Susan! - dizem elas

domingo, novembro 06, 2016

Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!




Em maio, um estudante decidiu dependurar-se na estátua de Dom Sebastião, na estação do Rossio. para tirar uma selfie. O resultado é que se vê na segunda foto!
Em novembro, alguém decide tirar uma selfie com o Arcanjo São Miguel e o resultado é que se vê na primeira foto.
Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!
Não fica pedra sobre pedra com esta "democratização" da cultura. Mais um sinal dos tempos.
Seriam eleitores do Trump, se vivessem nos Estados Unidos.

(Curiosamente, o penultimo post deste blog é sobre a ausência de Dom Sebastião, que notei ontem.)

sexta-feira, novembro 04, 2016

Sinal dos Tempos





Sinal dos Tempos: já se fazem informações em chinês, no Centro Comercial Amoreiras, o mais emblemático da cidade de Lisboa.
Mas só em junho haverá voos diretos Lisboa Pequim, muitos.
Espero ir.

sábado, outubro 15, 2016

Uma estranha e “nova” forma de submissão à portuguesa: os espertos conformam-se.


Os portugueses estão sempre a inventar novas formas de submissão e de conformismo. 
Longe vão os tempos em que muitos dos “nossos” eram torturados  ou mortos, espoliados e, claro, ostracizados. 
Mas esses também eram uma minoria, que no seu tempo foi desprezada, para ser elevada ao estatuto de herói depois da revolução de abril e de outras revoluçãoes, pois em Portugal o poder só se perde por revoluções. 
Por exemplo, a revolução da Geringonça.

Passar de mártir a herói morto não é para qualquer um. Mesmo que não morra, o herói perde os cabelos, envelhece mais do que o cidadão comum, perde dedos, dentes, etc., tudo antes de chegar a herói.

Vem isto a propósito: há poucos anos, um ou dois apenas, todos os funcionários públicos afirmavam, em tom agressivo para ser convincente, que os funcionários públicos nunca mais receberiam subsídio de Natal ou de férias, que cada vez iriam ganhar menos, pagar mais impostos, por ser esta a evolução natural do governo PAF: passos coelho paulo portas. Seria esta evolução se este PAF continuasse no poder, o que esteve quase para acontecer. 
Porquê?
Claro que ninguém iria votar Bloco de Esquerda, ou PCP, nem mesmo PS, pois a país precisava desesperadamente de um tipo parecido com o Salazar, que o espezinhasse e que desse dinheiro aos mais ricos, tirando pobres e remediados. 
No segundo ano da Geringonça, ainda tudo está bem, as pessoas ganham mais, recuperaram a alegria, sem as ameaças de catástrofes dos dois urubus, passos e portas.

Conheci pessoas que se reformaram antecipadamente, pessoas que pareciam ser viciadas em trabalho, mas que optaram pela aposentação antecipada perdendo muitíssimo dinheiro por mês, com o argumento de que, como a reforma tem por base o vencimento, como cada vez ganhamos menos, logo, se trabalharmos mais tempo vamos ganhar menos. 

Essas pessoas eram e são consideradas muito espertas, sabidas, etc. . Pois!
É o que convém, chamar espertos e sabidos aos submissos e conformistas.

E esta atitude alastra-se a todas as relações de poder. Contestar, criticar, provocar?  Não. Os espertos conformam-se. 

sábado, setembro 03, 2016

Vergonha, malícia e inocência: ainda sobre o burquini, burka e quejandos



Quando, em 1500, Pêro Vaz Caminha chegou ao Brasil, escreveu uma carta a D. Manuel, em que se mostra surpreendido com as pessoas que encontrou.
Embora andem nuas, não mostram vergonha nem têm malícia. O que o leva a concluir que são inocentes e que será fácil ensina-lhes a doutrina de Cristo.
Cinco ou seis séculos depois ( creio que 1500 ainda era século XV, sendo século XVI em 1501, voltamos a esta questão da malícia e da vergonha. 
Brincando com o caso dos burquini, alguns não conseguem disfarçar que o consideram mais decente do que o biquini, mostrando crianças ao pé de adultas nesta indumentária.
Mas é aí que reside a diferença. 
Conseguimos andar de biquini, ou nuas, sem vergonha nem malícia, sem corrermos o risco de um homem nos violar por não ser capaz de se controlar e isto, apesar de a nossa sociedade dar grande importância ao sexo e ao sex- appeal.

Por outro lado, a exibição desses espantalhos em burquini nas cidades e praias europeias é uma afirmação de uma política que nos é adversa e mesmo inimiga. 
Uma política em que não se separa o religioso do profano, a privacidade da promiscuidade, em que a polícia religiosa entra na casa das pessoas para ver o que estão a comer e a beber, ou se estão a comer quando deviam estar em jejum, etc.
Não se trata de liberdade religiosa, trata-se de aceitar a política dos inimigos da modernidade, do laicismo  das mulheres e dos inimigos do cosmopolitismo.

Mas sobretudo, são inimigos das mulheres.