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quarta-feira, novembro 19, 2014

Do Riso e da alegria de viver ou o Portugal cosmopolita


"Rir junto é melhor que falar a mesma língua.
Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso.” 

Mia Couto

Acabo de ver isso mesmo numa loja de fruta e verdura chinesa, em que o Tchan, dono da loja e uma rapariga fazem rir todo o mundo sem percebermos nada do que dizem, porque a alegria é universal e contagiosa. 

São pessoas vivíssimas.

E ainda oferecem ervas aromáticas.

(Todos se surpreendem: nunca tínhamos visto, nesta nossa terra, chineses engraçados, simpáticos e alegres!)

Portugal está a ficar cosmopolita, apesar dos pesares.

domingo, janeiro 20, 2013

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Dona Canô



Delicioso vídeo, pela antiga e melancólica melodia, pela ingenuidade da letra, pela intimidade e pelos muitos lençóis a secar.

Esta senhora, vivíssima, que ontem morreu com 105 anos, recorda-nos que vale a pena viver.

A música, tão bonita, é esta, no original.

 

quarta-feira, outubro 10, 2012

Quantos anos lhe faltam a si para 132?




"Mulher mais velha de sempre" morreu aos 132 anos - JN

Terá nascido, alegadamente, em 8 de julho de 1880. Tanto que aconteceu depois... 

Ceifeira de chá e de milho, até aos 85 anos, dizia que "a longevidade estava num copo de um "brandy" local que bebia todos os dias."

À nossa!


Quantos anos lhe faltam a si para 132? Se só tem 50, faltam-lhe 82, apenas para dar um exemplo. E é muito possível, mesmo provável...


(Já agora, sugere-se clicar na tag Vivíssimas, em baixo neste post e ler as entradas do blogue que aparecem a seguir a esta.)

domingo, fevereiro 12, 2012

A bondade no rosto



Esta mulher polaca, Irena Sendler, morreu tranquilamente numa cama aos 98 anos, depois de ter salvo 2500 crianças judias, evitando que fossem colocadas em campos de concentração nazi. 
Isto confirma a minha opinião: a bondade não pode existir sem a coragem. Basta ver o seu rosto simpático, carinhoso e bondoso, onde não encontramos traço da dureza que se associa à coragem.

No norte de Portugal, que tem uma linguagem muito variada, em risco de se perder, é utilizada a palavra fraco, ou fraca, para designar uma pessoa que não é boa.

Como se a fraqueza fosse impeditiva da bondade.

VER AQUI

Precisamos destes exemplos, agora que estamos outra vez a voltar atrás, em termos europeus.

terça-feira, novembro 02, 2010

Viajar... sozinho, talvez seja a melhor maneira de estar fora


Esta senhora é exactamente o que parece. E também o que não se imagina.
Parece uma minúscula inglesa, parece típica, foi e talvez pareça, enfermeira na Segunda Guerra Mundial...
Não parece ter noventa e tal anos, 95 ou 96, talvez não pareça que viaja sozinha, tendo vindo de Inglaterra a Lisboa apanhar o navio Funchal e regressando ao seu país.
Sozinha é uma maneira de dizer... acarinhada por toda a gente, desde viajantes a tripulantes, pois é muito querida e muito alegre.
E inspira-nos.
Algumas pessoas, talvez muitas, estão-se nas tintas para o que é normal ou deixa de ser... normal é quase sempre sinónimo de vulgar.
Não é vulgar chegar a esta idade e poder viajar sozinha, mas muita gente não acha normal viajar sozinho em nenhuma idade.

E chegar a esta idade com uma enorme doçura...

Conheci-a num encontro promovido pelo navio, de pessoas que viajavam sozinhas, ou seja, "singles".
Fui ver o que havia, não esperando grande coisa, mas na promessa de haver um drink grátis, quando as bebidas são todas caras, incluindo a água, ao contrário da alimentação, que é toda grátis. E havia tempestade, tudo baloiçava, o melhor era estar confortavelmente sentado.

O que encontrei ali foi: um ambiente hiper-deprimente de mulheres divorciadas, um único homem viúvo e deprimido, e esta mulher e outra de oitenta e tal anos, muitíssimo bem dispostas, que despertaram toda a minha admiração. 

Quando fizemos um brinde, esta senhora, empoleirada no braço da minha poltrona, tocou no meu copo e disse-me, em voz baixa:

- Taste this moment.

Alheada da tristeza que os outros contavam, num português que não entendia, quantos "moments" terá esta mulher saboreado, feliz, fora do mundo?
Viajar sozinho talvez seja a melhor maneira de estar fora.

(P.S.: Coloquei aqui alguns posts sob o tema Vivíssimas. Clicar em baixo nessa palavra. Surpreendente.)

quarta-feira, novembro 04, 2009

VIVÍSSIMA

A propósito dos posts que aqui coloquei, com a palavra "vivíssimas", uma amiga contou-me o seguinte:
Uma mulher que ela conhece confessou ao seu mestre espiritual:


- Mestre! Tenho tanto medo da morte!
- Medo de quê? - respondeu o mestre - morta já tu estás há muito tempo!

(Ver mais clicando na tag vivíssimas)

segunda-feira, outubro 26, 2009

VIVÍSSIMA

Quase contrastante com o post anterior, quero salientar um episódio giríssimo que ocorreu recentemente e foi notícia de jornais.
Dizia eu há dias neste blogue que, às vezes, olhando para as pessoas, me pergunto se elas estão vivas ou vivíssimas, mas ocorre-me muitas vezes que mais parecem mortas.
Resumo:
A mãe daquele candidato a Presidente dos Estados Unidos que concorreu contra Obama teve um pequeno acidente a semana passada no Chiado, em Lisboa, foi hospitalizada no S. José, mas já está bem.
Esta senhora tem 97 anos (o filho de 72 foi considerado algo idoso para presidente), recentemente foi multada por excesso de velocidade e, como gosta de viajar, corre o mundo com a sua irmã gémea.
Pormenor: como todos os verdadeiros viajantes (palavra que pode opôr-se a turistas, dado que os viajantes andam ao sabor das marés apreciando o que existe no mundo, ao passo que os outros andam atrás dos guias turísticos, a ver palácios em países miseráveis e dormindo nos melhores hotéis, sem sentirem o frio nem o calor nem coisa nenhuma...), a dita senhora ficou hospedada num hotel relativamente barato, de duas estrelas, o Hotel Borges no Chiado, um pequeníssimo hotel carregado de história, sobretudo história literária.
Era onde eu ficava quando vivia no Algarve e pernoitava em Lisboa, a caminho ou a descaminho do Norte e vice-versa, regressando a caminho ou a descaminho de Portimão...

E ao encontro desta bela cidade, que me chamou para si e que agora me chama sua.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Vivíssimas!

Falei recentemente com uma antiga amiga que esteve muitíssimo doente com um cancro e à qual tinham morrido os pais, já com muita idade.


De repente ela começou a falar das tias: umas tias antiquíssimas, hiper-católicas e que faziam mais "parte dos problemas do que das soluções", embora se oferecessem para resolver tudo.


- As tuas tias ainda são vivas? - perguntei eu, espantada.


- Vivíssimas. - Disse ela a rir. E repetiu muitas vezes:


- Estão vivíssimas! Vivíssimas!


Desde então, ponho-me às vezes a observar as pessoas, para ver se estão vivas ou se estão vivíssimas, mas quase todas me parecem mortas.