segunda-feira, maio 21, 2007

MENINA INGLESA DESAPARECIDA EM PORTUGAL








Às vezes aparecem aqui pessoas chinesas ou chilenas e sobretudo brasileiras. Quem sabe se não fará a diferença?

quinta-feira, maio 17, 2007

DIA DA ESPIGA

E outras pragas, digo eu...


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DIA DA ESPIGA , Cais do Sodré, Lisboa




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DIA DA ESPIGA

Hoje foi o DIA DA ESPIGA . Para aí a 2ª quinta-feira de Maio, ou assim...
Quando já vivia em Lisboa há vários anos, descobri isto.
Era tradição as pessopas, alíás, as raparigas, irem para os campos fazerem estes raminhos.
Os raminhos têm uma papoila (talvez simbolize a beleza, espero!), uma espiga, que simboliza o pão, os malmequeres, ou brancos ou amarelos, ou quase secos ou quase frescos, creio que simbolizam, para aí, talvez, a beleza... digo eu...
E etc....
A gente compra o raminho e coloca-o na casa, de cabeça para baixo, como se vê na foto.
As fotografias referem-se a este assunto, claro...


Afinal parece que é assim:


Papoilas – o amor e vida
Malmequeres amarelos e brancos – o ouro e prata
Ramo de oliveira - simboliza a paz
Videira – o vinho e alegria
Alecrim – simboliza a saúde e a força .


O meu não tem videira nem alecrim. Vou reclamar!

segunda-feira, maio 14, 2007

Musgo Espanhol - Spanish Moss


Foto da net 

Descobri por acaso, num blogue americano, que existe uma praga vegetal chamada Spanish Moss, que se poderia traduzir, à letra, por Musgo Espanhol, embora possa ter outro nome.
É uma planta que nasce por cima das outras e não há meio de a eliminar, a não ser tirando-a de lá, à mão (nestes tempos modernos..). A alternativa é deixá-la ficar, o que parece ser o mais frequente, mas ela pode destruir a outra planta. É bonita, apesar de tudo.
Musgo Espanhol - nem nós nos lembraríamos de inventar semelhante nome para uma praga que não sai, nem à lei da bala. E que é bonita, vejam lá!
Imagino eu que este nome tenha a ver com o colonialismo, pois por aqui não há disso.
Também o dependuram em arames para fazer recantos e ele dá-se muito bem assim dependurado. Alimenta-se da humidade do ar.


VER AQUI na Wikipédia


Tressolho

Aparecem aqui muitas pessoas à procura da palavra tressolho, que só utilizei a despropósito num texto cómico, "O Estado da Nação".
Para esclarecimento dessas e outras pessoas, creio que são brasileiras, vou dizer o pouco que sei a respeito do assunto.
Há muito tempo que não vejo nem ouço falar do tressolho, que era uma inflamação num olho, creio que na pálpebra, que ficava vermelha e inchada. As pessoas levavam esse assunto mais a brincar do que a sério, como se fosse muito normal, embora tenha deixado de o ser.
As mezinhas para o curar eram muito simples e resultavam sempre. Uma delas era assim:esfregava-se num pano um anel de ouro até ficar quente e depois encostava-se no olho. se calhar dizia-se alguma frase de que não me lembro. Uma menina de 19 anos disse-me que aprendeu uma frase no infantário e é essa que uso no texto referido: "Tressolho, tressolho, passa para aquele olho". E aponta-se o olho. Essa menina é muito querida. Chama-se Carlota.
E mais não sei. Se vocês souberem alguma coisa, escrevam-na como comentário, está bem? se calhar o lado científico não interessa, porque há-de andar por aí, na net.

Agora mais rescentemente foi-me dito que se deve imediatamente aplicar sobre o tresolho uma pomada antibiótica, própria para esse e outros efeitos.

quinta-feira, maio 10, 2007

Católico(a) eu??? Deus me livre de o ser!

Você é católico(a)?


Eu já fui. Não creio que volte a ser. E Você?
Creio que esta última pergunta é a que nos faz a todos este Papa de Roma. Sem paninhos quentes.
Como sabem os ledores deste blogue, eu gosto deste Papa. Sou suspeita de quê? De apreciar a autenticidade? Eu não gostava nada do outro...
Este Papa, em vez de ir a Fátima no 13 de Maio, como ia o outro agradecer não sei o quê, foi ao Brasil. Parece-lhes coincidência? Só se forem parvos! Coincidência?!


O tio Bento anda a excomungar os políticos católicos que são a favor do aborto. Notem que ele não excomunga os não-católicos!
Um verdadeiro católico pode ser a favor do aborto? E da promiscuidade? E um muçulmano pode beber álcool? E este Papa aprecia os bons vinhos, o que é próprio da Europa.


Será que não estamos a confundir religiosos com ateus?


Creio que um ex-amigo se zangou comigo recentemente por questões deste género. Se os meus amigos não evoluem, é um favor que me fazem em se auto-excluirem dos meus contactos.


A minha dúvida é apenas esta: todos estes católicos não-praticantes, não-cristãos, não-religiosos são ateus? Ou pelo contrário ficaram à espera daquela parte que é asssim: se se converterem à hora da morte vão ... não sei para onde... para o céu. O que é isso do céu? Eu acredito na reencarnação. Ou talvez não acredite em nada.


Penso que, antes disso, devemos tomar uma atitude. Ou sim ou sopas!
Aliás, não sou eu que penso . Fui levada a pensar assim por este Papa e não tinha sido ainda levada a pensar assim por ninguém.
A minha mãe era pouco católica e muito cristã. Achava que devíamos perdoar tudo. Perdoar, reparem.
Uma coisa é perdoar tudo, outra é fazer tudo o que nos apetece. Creio que é esta a diferença.


A outra constatação óbvia é esta:
Todos os que trocam o catolicismo por outra religião cristã andam à procura de regras mais restritas. E de maior fanatismo. Os Jeovás.... por exemplo.
Os que não são crentes não têm voto na matéria. Vocês acham mal que os budistas não comam carne? É fanatismo?
É apenas uma questão de fé.


Se calhar, ao publicar isto vou perder ledores e fregueses, mas eu nunca desejei ser lida por idiotas.


Ao escrever isto procurei problematizar a questão, por me parecer que temos tendência para ver tudo a preto e branco.

segunda-feira, maio 07, 2007

Sarko e Ségo

O discurso da vitória do Sarko e o discurso da derrota da Ségo foram um modelo de retórica política, erudita, elegante e fluente, quase natural.
Por contraste, somos levados a pensar que, em Portugal, o 25 de Abril ocasionou uma ruptura a todos os níveis políticos e não só. Do mesmo modo que não temos hoje uma polícia de nível internacional credível, capaz de dialogar com o FBI, com espionagem e contra-espionagem, só temos o SIS, também não temos um discurso político com nível, nem muito credível.
A nossa retórica política é demasiado pragmática ou demasiado revolucionária, ou as duas coisas, o que é pior. Entre nós, o poítiquês só pode ser comparado com o professorês, enfim, discursos corporativos: as corporações trocaram as respectivas fardas pelas linguagens corporativas: mas a farda despe-se e a alma não.

No seu discursoo da derrota, Madame Ségo não se lamentou, apenas mostrou pena dos que foram derrotados porque votaram nela: claro, ela teve uma grande vitória e portanto, isto nem parece retórica: parece e é a verdade.
No seu discurso da vitória, o tio Sarko exprimiu um grande orgulho de ser francês: não o orgulho crispado e arrogante daqueles que não têm orgulho nenhum neles mesmos, mas o orgulho sincero de alguém que foi eleito o presidente da república de... França, claro. Vocês não teriam orgulho se estivessem no lugar dele?
Nem parece retórica: parece e é verdade:e é retórica política no seu melhor.

quarta-feira, maio 02, 2007

Quero ir para casa! Por favor!!!!!!!

-Quero ir para casa!
-Quero ir para casa! Por favor!!!!!!!
-Oh, ainda falta tanto tempo!!!!!!




Este é o grito mudo que se ouve por toda a parte nesta cidade, se escutarmos com atenção.
Nunca compreendi porquê e por isso tenho investigado este enigma: porque é que toda a gente quer ir para casa?! E depressa? Que mistério é este? Não há nesta cidade lugares melhores? Mais variados, mais interessantes, mais artísticos? Lugares onde se pode conviver com os outros? Ou pelo menos vê-los?!
Aqui vai o resultado das minhas pesquisas.


Jovem de rua: Lá o haver, há. Mas é que eu, nesses lugares, não posso estar deitado!
Nadinha: Ah! Pois.
Homem adulto de rua/ Mulher adulta de rua: O haver há, e eue até gosto de ir a outros sítios, mas é que nesses sítios eu não posso ir ao frigorífico e comer, sempre que me apetecer! De graça, percebe?
Nadinha: Ah! Pois. Está bem...




Hoje no ginásio ouvi por acaso um diálogo que me esclareceu:
-Ó tia, o meu chinelo está virado ao contrário! Não te importas de o virar para cima e de o pôr mais para aqui, ao pé do meu pé? (voz arrastada e monocórdica, como a de alguém que já nada tem a esperar da vida).
- Vira tu! Oha que tu tens cada uma! (voz igualmente arrastada e monocórdica, ambas gordinhas).
- E eu é que tenho que fazer sempre tudo?!
Nadinha: Ai que preguiça! (Fiz mal. O investigador não deve influenciar o objecto de estudo.)
E a rapariga começou a contar, lamentosa, na sua voz de cansaço existencial, a mim e à tia:


- Estava eu ontem muito sossegada a ver televisão e o meu irmão diz-me assim:
- Ó mana, põe a televisão mais baixo, se fazes favor.
- E aí eu disse:
- Pelo amor de Deus, mano! O comando está aos teus pés!
- Eu sei, mana, mas está mais perto da tua mão do que da minha. Por favor!
- E eu é que tenho que fazer tudo?! Tu estás há horas deitado no sofá, e o comando está no teu sofá!
- Mas tu também estás há horas deitada no sofá e o comando está mais perto de ti. Basta estenderes um braço! Anda lá!
- Pelo amor de Deus! Eu é que tenho que fazer tudo? Ó tia, não acha que eu tive razão?


Também me perguntou a mim, mas eu estva com a boca tão aberta de espanto, que nem consegui responder e perguntar quanto mais tempo ficaram a ouvir televisão em altos berros e a discutir.




Acho que agora já percebi porque é que todo o mundo quer ir para casa.

domingo, abril 29, 2007

Em Abril águas mil

Curiosamente, chove torrencialmente em Lisboa, neste momento.
Nos últimos dias dum mês de Abril particularmente solar, que é o mês em que eu vi a luz do dia (eu e o Papa de Roma), dá-me prazer ouvir cair as grossas gotas no meu nadinha de telhado e estender as mãos para fora da janela, retirando-as cheias de água.
É um prazer estar vivo...
Este momento recorda-me um episódio da minha infância, mil vezes mais livre do que se a tivesse vivido entre quatro paredes, quero dizer, numa cidade.


O meu pai tinha uma gabardina velha que nunca usava e que estava para lá, a um canto.
Quando chovia torrencialmente, eu convencia os meus dois primos a irmos buscá-la, a deitarmo-la por cima da nossa cabeça e a irmos lá para fora correr. Lembro-me também de que nessa época chovia muito, naquele lugar.
Quando chegavam a casa deles, molhados até à alma, os meus primos apanhavam uma surra.
Eu não.


A Infância era o Jardim das Delícias!

quarta-feira, abril 25, 2007

Esperem...

Porque será que, apesar dos pesares, o Hipócrates (enganei-me) nunca fica encavacado?
Talvou seja porque o Cavaco ainda nunca o encavacou.
Ou talvez porque o próprio Cavaco está encavacadíssimo...

Então e a Presidência da CEE?

(Esta também paga direitos de autor(que não existem na net)). É por isso que eu, nos blogues, nunca escrevo nada de jeito...

Esperem...

segunda-feira, abril 23, 2007

Que será?

Ando um pouco preocupada com um erro que tenho cometido repetida e sistematicamente nos últimos dias. Será sintoma de doença?Será sintoma de saúde?

De cada vez que quero referir-me ao grave filósofo Sócrates, engano-me e troco-lhe o nome por:
Hipócrates.

Bem, esta paga direitos de autor, se a ouvirem por aí

quinta-feira, abril 19, 2007

O homem preguiçoso: Conto popular

Era uma vez um homem que não gostava de trabalhar.
Um dia, o homem chegou à conclusão de que não valia a pena viver, se para comer e beber era necessário tanto esforço como trabalhar toda a vida, muitas horas por dia. Sendo assim, decidiu ser enterrado.
Ia o enterro a passar, com o caixão ainda aberto e o morto ainda vivo, portanto, a respirar... e toda a gente compungida, a chorar... enfim.
Nisto, passou o homem rico e perguntou:
- O que é isto?!
Lá lhe explicaram e ele disse:
- Parem o enterro! 
Pararam o enterro e o homem rico prometeu que ia sustentar o pobre do homem, sem que ele precisasse trabalhar.
Parem o enterro, que eu dou de comer ao morto durante toda a vida! o homem não precisa de ser enterrado, porque eu dou-lhe o pão!
Nisto, o defunto senta-se no caixão, deita a cabeça de fora e pergunta ao homem rico:
- E esse pão que me dá lá, vem mastigadinho já?
Surpreendido, o homem rico diz:
- Não, isso não! Dou-lhe o pão durante toda a vida, mas não o mastigo, isso não. Era o que faltava!
Enfadado, o defunto faz um gesto com a mão, volta a recostar-se no caixão e diz:
- Siga o enterro!


Se vocês também souberem contos populares desconhecidos como estes, podem contá-los aqui.
Estes são do Norte de Portugal, da região do Douro Litoral, também designada por Entre Douro e Minho. Estes posts têm muita procura, sobretudo no Brasil, enfim, estes conto desconhecidos, do meu avô, já são conhecidos através deste blog.

(Ver "A Mulher Preguiçosa" neste blogue) Clicar AQUI

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

terça-feira, abril 17, 2007

A mulher preguiçosa Conto popular

Um pobre homem tinha uma mulher muito preguiçosa.
Um dia, o homem disse à mulher que fizesse sempre as necessidades num cesto grande, num “gigo”, e ela assim fez.
Ao fim dum mês, o homem chamou os vizinhos todos das redondezas e mostrou-lhes, numa mão, um novelinho muito pequenino de lã de ovelha, que a mulher tinha dobado. Com a outra mão, mostrou-lhes o gigo cheio de… (vocês sabem o quê) e disse-lhes:
- Trabalho de um ano, cagança de um mês. Aqui está o trabalho que a minha mulher fez.


Moral da história: as mulheres devem trabalhar. Desculpem a má palavra, mas não ficava bem se a alterasse, porque é um conto popular do Norte. Do mesmo sítio de onde veio O Ancinho, de que todos os leitores deste blogue gostaram.

Outra moral da história: nós, mesmo quando não produzimos nada material (a esmagadora maioria), produzimos mesmo assim muita....(vocês sabem o quê).
Ver também neste blogue "O Homem preguiçoso"


P.S.: Num comentário posteriormente apagado pelo autor, perguntam-me se sou eu a autora do conto. Claro que não, já disse que é um conto popular português - apenas o redigi à minha maneira.

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.

Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

segunda-feira, abril 16, 2007

domingo, abril 15, 2007

Os Pormenores

Parece que eu confundi uma ciatação, era "o Diabo está nos pormenores" e eu escrevi: Deus está nos pormenores. Mas agora vejo que não. A frase original é mesmo "Deus está nos pormenores".
Quando olho para a natureza campestre, penso sempre que, se eu a tivesse inventado, nunca me lembraria de tantos pormenores. E depois surge-me a dúvida, ancorada num certo conhecimento da ciência. Talvez Deus só tenha inventado meia dúzia de pássaros e meia dúzia de flores, e depois eles inventaram-se a eles mesmos, nas suas infinitas variedades.
Talvez, a princípio, fossem todos cinzentos...


Reparem que os malmequeres estão todos a olhar para a estrada.

sábado, abril 14, 2007

Tudo ervas daninhas




Estes são brancos, os outros são amarelos.
Ver no meu outro blogue os comentários, meus e alheios.
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quinta-feira, abril 12, 2007

Os Senhores Doutores

Em tempos, encontrei no "Piolho" do Porto (um café muito conhecido) um tipo que eu conhecia bem.
Cumprimentámo-nos, sentámo-nos na mesme mesa e a certa altura ele disse-me que lá, no Piolho, ou seja, num café frequentado sobretudo por estudantes universitários, todos lhe chamavam Sr. Doutor. Pediu-me que o não desmentisse. O tipo só tinha a quarta classe, mas tudo bem...
O grande filósofo Sócrates, creio eu que não era Doutor nem Engenheiro, mas:
Sócrates há só um!

terça-feira, abril 10, 2007

sábado, março 31, 2007

Títulos

Tenho o costume de supôr que uma época se caracteriza pelos títulos a que deu origem.
Assim, vejo com tédio títulos como "Angústia para o Jantar" ou "Diário de Ausência" e mil outros do tempo da ditadura, como o símbolo dum tempo parado, sem acontecimentos.
E pergunto, se concordarem com o meu pressuposto, o que significam, em termos simbólicos, títulos como "Gato Fedorento" ou "Cão Solteiro".
O vazio do sentido? A comunicação que desiste de comunicar???
No lo so.

sexta-feira, março 30, 2007

Provérbios sobre o bacalhau

Devo confessar que não gosto muito de bacalhau. Mas conheço um homem que, quando criança, o comia todos os dias e agora só não come todos os dias porque trabalha num restaurante.

Recentemente fiquei extasiada com a ideia de que o prato nacional português é um peixe que não existe nas costas portuguesas e, pelo contrário, é pescado muitíssimo longe de Portugal: vocês já viram num mapa onde ficam a Terra Nova e a Suécia?
É mesmo mania de nos irmos meter onde não somos chamados e, isso sim, é muito português.

Andei à procura de provérbios e expressões idiomáticas sobre o bacalhau. Quase todos se referem ao tempo em que este alimento era muito barato e era comida de pobres, pelo que ele é quase sempre referido com desprezo, como algo de enjoativo.
Muito haverá a dizer sobre esse desprezo, mas outros que o digam..

Águas de bacalhau:
“Ficou tudo em águas de bacalhau” é como o já aqui referido “foi tudo por água abaixo”


º-, que é um dos meus preferidos.
Para quem é bacalhau basta
Já ouvi “Para quem é, águas de bacalhau bastam”. Também me explicou, a senhora chiquérrima que o dizia, que antigamente se dava às empregadas domésticas batatas cozidas (a propósito, as batatas viera do novo mundo) em água de cozer bacalhau, o que me foi confirmado por uma senhora que foi empregada doméstica.

Continuando…

No dia de S. Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
Dia de São Silvestre, nem no alho nem na reste.
Bacalhau quer alho
Apertar-lhe o bacalhau (quer dizer cumprimentar de mão)
Magro como bacalhau sueco (quando eu era magérrima diziam-me isto, inveja!)
Enterro do Bacalhau ou Enterro do Entrudo

E brasileiros que encontrei na net:

Magro como bacalhau de porta de venda

"Bacalhau é comer de negro e negro é comer de onça". Mais uma vez o desprezo pela comida de pobre, que devia enjoar… por ser repetida e de má qualidade.




ºº - “foi tudo por água abaixo” - referente aos naufrágios em que se perdia tudo.

sábado, março 24, 2007

Salazar?????? Não me chateiem!

Filhos:

Está a ganhar o Salazar para o maior português de sempre.
Conheço um tipo que anda a vender bustos dele e que telefona de tudo quanto é cabine telefónica.
Fiquei tão zonza quando me perguntou se eu queria comprar um busto, que perguntei:
- Desculpe, quem é esse? Até parece...
Seria uma vergonha, portanto vamos nós votar noutro:
Camões (tio Luís) 760102008
Tio Fernando 760102005
site:
http://www.rtp.pt/gdesport/?article=23&visual=3

Quase me esquecia




Quase me esquecia desta fotografia, boa para as pessoas estrangeiras que não conhecem Lisboa.
Recentemente alguém traduziu isto para inglês...
Zé Lérias: obrigada pelos comentários.
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domingo, março 18, 2007

E cá está ela!

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Barba Rija



E eu a julgar que os homens desportistas eram todos de barba rija...
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Ah! Isto já é a meta????????

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Cruzes!

Em vez de acender estas lâmpadas todas, eu antes quero perder a barriga
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Roupa Velha


Ao começara a maratona as pessoas deitam fora a roupa velha que levam vestida. Cuidado para não tropeçar
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Atleta Keniana

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Quase


Um pouco mais de sol e eu era brasa
Um pouco mais de azul e eu era além

Mário de Sá Carneiro
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Maratona da Ponte


Todas as crianças gostam de correr. E nós também.

quarta-feira, março 14, 2007

O Terra Imunda errou...

No dia 8 de Março, neste Blog, cometi um erro, um lapso, não por excesso, mas por defeito.
Escrevi que morrem dois milhões e meio de meninas todos os anos na China, vítimas de aborto selectivo e de infanticídio.
Enganei-me só ao escrever o nome do país: isto é o que se passa na Índia.
Na China acontece o mesmo, claro, mas os números são outros: são cerca de 17 milhões as meninas que são mortas impunemente.
Encontrei esta última informação na blogosfera, mas eu espero que esteja errada!

Juízes Analfabrutos

Caros fregueses deste blogue oriundos de outros países, sobretudo países de expressão portuguesa e espanhola:

Se por acaso vocês ouviram dizer que Portugal é um país civilizado, não acreditem.
Recentemente, uns juízes dum tribunal da Relação consideraram um homem inocente da acusação de agressão física e maus tratos à esposa, apesar de se ter provado que isto aconteceu várias vezes.
Motivos? nem saberei explicar as pérolas de retórica que levaram a tal conclusão.
Uma me basta: foram provadas duas agressões, mas uma delas não pôde ser considerada, visto que foi feita depois de a vítima ter apresentado queixa. Como se este tipo de gente não fosse previsível!
Se não considerarmos esta última agressão, então só foi provada mais uma. Ora, caros amigos, se só foi provada uma agressão, não se pode dizer que houve agressões repetidas...
Não conheço a vítima, mas acho que todas as pessoas inteligentes se devem solidarizar com ela!
E com as vítimas que não apresentaram queixa nenhuma.

sábado, março 10, 2007

Faça-se luz!

Há bocado faltou-me a luz em casa, o que me recordou o que vou contar.
Vivi muito tempo numa rua pequena e sem saída, aqui em Lisboa. Era frequente faltar a iluminação pública da rua e, como éramos só umas dezenas de moradores, era sempre necessário telefonar para a Câmara. Eu assim fazia e duas horas depois lá estavam os senhores a resolver o problema. Mesmo que fosse domingo. Mesmo que eu telefonasse às duas da manhã.
Quando eu regressava de férias, é claro que não havia luz. É claro que estava escuro!
Mas não era por falta de opiniões: os meus vizinhos fartavam-se de protestar contra a Câmara, Contra a Junta de Freguesia, contra o Governo... só o que não lhes ocorria mesmo, era fazer um telefonema e resolver o problema.
Havemos de ir longe, a proceder assim!

quinta-feira, março 08, 2007

8 de Março Dia da Mulher

Hoje, no Ginásio, deram-me uma flor verdadeira e um chupa-chupa cor-de-rosa.
Para quem não sabe o que é um chupa-chupa, nos filmes americanos chama-se loly pop.
Até que enfim, que dão valor às mulheres!
LOL!

quarta-feira, março 07, 2007

Dia da Mulher: 8 de Março

Em vésperas de eu nascer, o meu pai, que já tinha duas filhas granditas, resolveu espalhar aos quatro ventos que queria um rapaz e que bateria na minha mãe se lhe nascesse outra menina.
Nasci eu e era uma menina.


A minha entrada neste mundo não foi gloriosa e triunfante nem invejável, mas, felizmente para nós, o meu pai viveu e morreu sem bater em ninguém, muito menos na minha mãe ou em mim. E amou-me muito.


Vejo as pessoas à minha volta sorrirem até à alma quando está para nascer ou já nasceu uma criança, seja menino ou menina, filha, sobrinha, neta, vizinha, filha da amiga...
- É natural - dirão vocês. - É o instinto maternal, paternal...


Todos os anos morrem, segundo o Jornal DN, talvez de 19 ou 20 de Março, enfim...
Repito: Todos os anos morrem dois milhões e meio de meninas na Índia, vítimas de:
- Meio milhão por aborto selectivo (Ver o que é) - Dois milhões por infanticídio, provocado pela família, ou com a sua conivência...
- É natural - dirão alguns. Algumas pessoas acham tudo natural...




A Ministra da Mulher, da Índia, resolveu criar berços onde as meninas possam ser abandonadas, como a antiga roda dos enjeitados.


Muitas pessoas no Ocidente, incluindo Portugal, tratam um cão ou um gato como se fosse um filho, sofrendo horrores quado o bicho morre. Porque não podemos nós, portugueses, adoptar uma destas meninas? Até se combatia o decréscimo de natalidade...
Mas em Portugal, o que conta é a maternidade / paternidade biológica. Mal podemos adoptar os portugueses, quanto mais as meninas do Oriente?

domingo, março 04, 2007

Boa segunda-feira

A segunda-feira é um dia bom, porque é o fim do descanso.
E não convém muito a gente descansar eternamente.

Se nós vivêssemos na China não teríamos fins-de-semana nem férias.
Assim, infelizmente, temos dois problemas: a segunda-feira, porque ainda não nos habituámos ao trabalho e a sexta-feira, porque já estamos fartos de trabalhar e já estamos adaptados ao fim-de-semana.
Sobram a terça, a quarta e a quinta.
A quinta-feira é o dia em que as pessoas embarcam nos blogues, para esquecerem a realidade laboral. Pelo menos os meus têm mais fregueses nesse dia, às horas de expediente.
enfim, somos uns mártires...


(P.S.: não pensem que leio estas coisas em qualquer parte, são mesmo visões minhas)

sexta-feira, março 02, 2007

Mini-Maratona da Ponte 25 de Abril

Filhos:

Agora que começou a Primavera, ou melhor, agora que começou a começar a Primavera,

Filhos:

Vocês já se foram inscrever para a Mini-Maratona da Ponte 25 de Abril?
Respostas de escolha múltipla à pergunta: Colocar X na resposta adequada:

Claro que já me inscrevi! ____ Colocar X. Ó sua parva, pensaste que eu não ia??????? Mau!!!!!!
Já. _______Colocar X
Ainda não, mas vou inscrever-me amanhã. _________ Colocar X
Gostava muito de ir à maratona aí em Lisboa, claro, mas é que eu vivo no Japão ______Colocar X


(É já no dia 18 de Março, inscrições no banco BANIF e na net.)
Clicar aqui

quinta-feira, março 01, 2007

Março Marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão.


Foi difícil pôr este provérbio a rimar, mas se não rimasse, ninguém acreditava...