quarta-feira, janeiro 27, 2010

Contos de Santo António

Tenho publicados neste blogue muitos contos populares, alguns dos quais eram inteiramente desconhecidos. Têm muita procura, em grande parte proveniente de brasileiros. Quase todos s são do Douro Litoral e era o meu avô que os contava à lareira, tantas vezes os mesmos que ficaram bem na memória. Era também para isso que eles serviam.
Há vários sobre Santo António.
Numa aldeia de Castelo de Paiva, há um solar que dizem ter sido dos avós deste santo, mas parece que há muitas outras terras que dizem o mesmo, orgulhando-se de ser o berço dos pais e avós de um dos santos mais apreciados no mundo inteiro... sobretudo em Itália.

Estou a lembrar-me bem de um deles. É assim:

Um dia, os pais e os avós de Santo António resolveram ir todos juntos a uma romaria (dizem onde é a romaria). E então mandaram o Santo António, que era criança, ficar em casa a guardar os campos e a enxotar os pássaros para que não comessem as sementes.
Santo António aborreceu-se de estar sozinho e fez o seguinte: pegou numa rede de pesca, (a terra fica perto do rio Douro e do rio Paiva) e disse aos pássaros que fossem para debaixo da rede, como se fosse uma gaiola.
As aves assim fizeram, e o menino foi ter com os pais e os avós à festa. Estes ficaram muito zangados por o santinho ter abandonado os campos e ralharam muito com ele, mas quando chegaram, deram com os pássaros todos presos dentro da rede de pesca.

Este foi-me contado por várias pessoas, sempre com muitos pormenores realistas, como se se tivesse tudo passado ali.
Um aspecto que acho muito interessante nestes contos populares é a mentalidade que lhes está subjacente, neste caso em relação ao modo como se tratavam as crianças e ao trabalho infantil. Também parecia muito convincente neste aspecto, há muitos anos atrás.
O que está bem patente neste ditado popular: "o trabalho do menino é pouco, mas quem não o aproveita é louco". Neste caso, era só enxotar os pássaros...

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Ratos e... Homens(?)

Odeio matar ou permitir que morram animais e é claro que sou contra a pena de morte.
Em contrapartida:
é claro que não permito que os ratos se reproduzam na minha casa e quando aparece uma osga, tento apanhá-la para a pôr no contentor do lixo da rua, onde talvez morra. Já sabem que sou "meia budista". Quanto aos ratos...

Estou a ver televisão: deram em directo e voltam a dar mil vezes em diferido o enforcamento de Sadham Hussein. Recentemente falam do enforcamento de um braço (direito, ou esquerdo, não sei...) de Sadham.
Dizem que vão mostrar imagens: respiro fundo e preparo-me para aguentar imagens que não vejo sem dor, apesar de tudo.
Mas preciso de respirar muito mais e de ganhar muito mais coragem quando é para decidir matar o único rato que anda / andou na minha casa.

Não devemos esquecer: estes dois políticos poderiam ter acabado com a pena de morte no seu país. Nesse caso, não seria possível condená-los à morte.
Há coisas que não vale a pena recordar. Há coisas que nem vale a pena esquecer.
Não vale a pena esquecer a morte inglória destes dois, como consequência das atrocidades que cometeram e dos muitos que condenaram à morte. Tal como não vale a pena eu recordar a primeira e única vez que coloquei veneno na minha casa para matar um rato. Mas recordo. E não consigo esquecer. Juro!

domingo, janeiro 24, 2010

O meu avô era jovem

Uma amiga ficou de me dar apontamentos que tirou, em inglês, da Tara Ghandi, bisneta de Ghandi de que falei aqui.
Lembro-me agora duma intervenção que me pareceu também interessante:
Um rapazinho perguntou-lhe se Ghandi pensava que os jovens tinham alguma coisa a fazer para mudar o mundo, uma revolução, ou assim.
Creio que não entendeu muito bem a pergunta, o que é natural e respondeu:
- O meu avô era jovem. Sempre foi jovem.

Gostei. Há de facto pessoas que são sempre jovens, não há dúvida de que o avô da senhora (a neta tem 77 anos) era jovem. E ela também.
A outra questão é esta: de facto, nós, ocidentais, temos tendência para pensar que os jovens é que deviam mudar o mundo e agir para isso, mas a pergunta que faço, depois de ter pensado no assunto, é esta: quem é que não tem nada a perder? Os jovens actuais, que vivem uma intensa competição? Ou as pessoas mais velhas, muito mais?
No Oriente acontece às vezes um homem de idade rico dar tudo o que tem e tornar-se asceta até morrer.

Creio que a ideia de Tara Ghandi era que todos nós podemos ou devemos agir para mudar o mundo. Os jovens também.

sábado, janeiro 23, 2010

Assim vai o mundo

Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Wolfgang Wodarg, a campanha da "falsa pandemia da gripe, criada pela OMS e outros institutos em benefício da IF, é o maior escândalo do século na Medicina", escreve o jornal.
In site da RCM Pharma

Porque será que muitas pessoas sempre desconfiaram disto? Aqui mesmo apresentei muitas vezes essa opinião.

Mas o mais engraçado, ou talvez o menos engraçado de tudo é isto:


quarta-feira, janeiro 20, 2010

O Segredo do Segredo

Bem, todos nós lemos o segredo, mesmo aqueles que não acreditam em nada e mesmo aqueles que não lêem livros. Então, nada como fazer "revisões da matéria". Vejam!

Conquístate a ti mismo....(Susana Grossi)

Hoy deseo sugerirte que hagas una experiencia contigo mismo, para beneficio de tu propia vida y de los que te rodean. Se trata de que te decidas a pensar y actuar durante sólo una semana:

“Hoy seré feliz. Expulsaré de mi espíritu todo pensamiento triste. Me sentiré alegre. No me quejaré de nada. Hoy agradeceré a Dios la alegría y felicidad que me regala. Trataré de ajustarme la vida. Aceptaré el mundo como es y procuraré encajar en este mundo.

Si sucede algo que me desagrada, no me mortificaré ni me lamentaré, más bien agradeceré, de mis impulsos, pues para triunfar debo superarme, debo tener el dominio de mí mismo.

Trabajaré alegremente, con entusiasmo, haré de mi trabajo una diversión. Comprobaré que soy capaz de trabajar con alegría. Resaltaré mis éxitos grandes o pequeños y no pensaré en mis fracasos. Seré agradable. No criticaré a nadie. Olvidaré los defectos de los demás y concentraré mi atención en sus virtudes. No envidiaré nada.

Tendré presente que muchos no tienen lo que yo tengo y que el destino feliz pertenece a los que luchan y que el futuro se resolverá, en función de la actuación de mis Hoy.

No pensaré en el pasado negativo. No guardaré rencor y practicaré el perdón.”

in Evolución, Consciencia, Crecimiento Personal y Global ♥ LuxVitae.com

terça-feira, janeiro 19, 2010

Tara Ghandi

Fui à Gulbenkian ouvir falar a neta do Ghandi, Tara Ghandi.
É uma mulher sábia, que tenta difundir e também pôr em prática o legado do avo^.
Disse algumas coisas que me impressionaram, senão totalmente originais, pelo menos interessantes no contexto.
- Qual é o contrário do amor? - disse ela. - O ódio? A indiferença?
- Não, é o medo.
Exprimindo amor e respeito por todos e também pelos animais, disse que em todas as línguas que conhece, os homens se insultam chamando uns aos outros nomes de animais. Além de os comerem, de tirarem deles alegria, companhia, etc...
"As vibrações do silêncio - é essa a melhor linguagem".
Uma mulher sábia, a que devemos prestar atenção: é provável que dê entrevistas a jornais...

domingo, janeiro 17, 2010

FERROADAS

É para mim um mistério isto:
Este blogue tem já 4 anos, 1027 Mensagens, 33 000 visitas e etc...
O meu blogue Escrevedoiros só tem:
448 Mensagens, 10 000 visitas, etc.
Este pequenino tem, no entanto, mais seguidores, mais blogues que linkam para ele, parece ter a preferência dos visitantes. Mas tem tão poucos por dia, que acabo por publicar aqui o que desejo que seja lido...
Enfim: escrevo neste o que me incomoda e lá, o que me agrada.
Estou convencida de que algo que distingue os poetas, (sem me estar a considerar poeta), é sentirem, por um lado, uma grande maravilhamento perante as coisas belas e superiores e por outro, um horror/asco/nojo perante os aspectos irrisórios e prosaicos do mundo. Creio que o que fiz foi separar os dois em dois blogues. Mas o que tem mais sucesso, no fundo, é este. Talvez por causa das "ferroadas" que dá...
Vem isto a propósito de Escrevedoiros estar agora nos links do Blogue Ferroadas, o que muito me orgulha, pelo que passo a colocar as Ferroadas aqui, nos Favoritos. Temos em comum o sermos mais ou menos anarquistas: o mais ou menos é da minha parte. E jovens, porque todos os anarquistas são jovens, independentemente da idade (biológica).
Saliento este post
de FERROADAS: Pão de Terra

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Pica-Pau

Às vezes não sei se hei-de colocar um post aqui ou nos Escrevedoiros, mas aqui é visto por muito mais gente...
Enviaram-me isto por email e é impressionante. Seria de esperar que desistisse, não acham?

terça-feira, janeiro 12, 2010

Falta de Mulheres

Já aqui falei disto em tempos, mas ainda não tinha uma prova a confirmar, como o é esta notícia do Jornal I.
Quando falei a primeira vez, a Jubi, que vivia no Japão, comentou que isto acontece e m todo o Oriente e que qualquer mulher casada tem, pelo menos, um amante.


Mais de 24 milhões de chineses podem não ter mulher em 2020

Frequentemente se acusam as mulheres de terem falta de homem, mas o inverso deve ser bem pior.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Um dos posts muito procurados neste blogue é aquele em que tenho o poema "Autogénese" de Natália Correia.
Aqui vai o vídeo em que a própria Natália o declama.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Conchelos


Agora que sei que os poupilos são conchelos, já posso pesquisar na net (ver post anterior).
E sinto-me muito feliz porque descobri grandes propriedades interessantes dos poupilos/conchelos: são bons para a epilepsia, o suco é calmante, a folha é boa para feridas e para queimaduras...
Era uma das plantas da minha infância, que tinha esquecido há décadas, até que as vi por acaso na Espiúnca, uma aldeia para onde gosto de ir passear, por ser ainda muito campestre.
Lembro-me de que me esqueci de que a minha mãe me ensinou uma brincadeira especial com esta planta. Creio que ela representava ou simbolizava qualquer coisa; uma boneca, a roupa da boneca? A comida? Vi na net que a planta fica vermelha no Verão e dá flores. Arroz? Será que as flores faziam de conta que eram arroz?
A minha mãe sabia brincar sem brinquedos, como quem nunca os teve e ensinava-me a fazer isso, o que era mais curtido do que ter um fogão que parece um fogão, uma panela que parece uma panela, como as das minhas amigas, que me pareciam ridículas. Elas e as suas domésticas panelas de brincar.

Duvido que alguém se lembre destes muitos pormenores que a minha mãe me dizia e que esqueci. Não é possível perguntar-lhe a ela, que já morreu há séculos... no século passado.
Mas eu lembro-me de que me esqueci. E sei que era giro aquilo que lembrava, se não tivesse esquecido. Tinha a ver com símbolos. Com representações irreais, muito mais belas do que a realidade.

"Infância, a idade de ouro dos poetas" - Garrett


Afinal, a Inteb e a Emília lembram-se bem disto tudo. Porque será que esqueci?

Mas vocês nunca tinham ouvido falar das suas propriedades medicinais, nem imaginavam, pois não? A Internet é incrível: juntou logo as vossas memórias e a informação dum "expert" no assunto.


terça-feira, janeiro 05, 2010

Poupilos... O que será?




De repente, vi um maciço de poupilos. Como não tinha máquina fotográfica, fui à procura no dia seguinte e encontrei estes, naquela borda da cruz.
Não sei o que são poupilos, nem os encontro na Internet. Ou têm um nome inteiramente diferente, ou são desconhecidos.
Fazem parte das plantas da minha infância. Bonitos, estranhos, agradáveis ao tacto.
Da infância passada no campo costumo guardar os sabores de todas a coisas e também das ervas. Sabor amargo, desagradável.
O que será?
Agradeço ao autor do blogue, muito interessante
o esclarecimento que deu aqui em baixo, em nota:
"São conchelos, e um dos nomes comuns que lhe dão é Umbigo-de-Vénus."

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Quarto aniversário deste blogue

Faz hoje quatro anos que decidi fazer este blogue e que o passei à prática. No dia um de Janeiro, por me parecer essa uma maneira boa de começar o ano, a fazer algo de diferente e de definitivo.
Muita água correu no entretanto no leito das águas.
A minha relativa filiação budista Zen nunca aparecia aqui, mas através do Facebook descobri muitas mensagens budistas interessantes, que decidi partilhar convosco.
Ver este vídeo com écran completo, descontrair, não dar muita importância à mensagem escrita com palavras: ouvir por dentro.
Nestes 4 anos, tive visitantes muito frequentes e muito participativos, que desapareceram e deram lugar a outros. Não sei se desapareceram para sempre, pois alguns deixaram de comentar mas continuaram presentes.
Orgulho-me muito dos que tenho agora como assíduos participantes.
Obrigada a todos, os leitores e os comentadores, pois é para vocês que escrevo, não só os blogues mas também muitas outras coisas!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Procure um trevo de quatro folhas

UMA DÉCADA DE 2010 MUITO FELIZ!!!
QUE REALIZEMOS OS NOSSOS SONHOS
E QUE SONHEMOS OUTROS PARA REALIZAR DEPOIS
Procure um trevo de quatro folhas para dar sorte para este Novo Ano

terça-feira, dezembro 29, 2009

"Caim" livro de José Saramago

Foi com surpresa que li o livro "Caim" de José Saramago nestes dias de Natal.
Tanta celeuma, tanta polémica, tudo por causa dum livrinho aparentemente sem grandes ambições e até mesmo cómico?
Mais uma vez, depois de ter feito o mesmo em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", Saramago vai à Bíblia importar histórias magníficas e conta-as à sua maneira, ganhando muito dinheiro com essas histórias que lhe não pertencem, enquanto procura ridicularizá-las.
Gostei do livro, ri-me muito, mas não me parece que seja para levar a sério.
Caim, depois de matar o irmão Abel, como toda a gente sabe, viaja no tempo e assiste aos grandes episódios da Bíblia em que o Deus do Antigo Testamento mata ou manda matar milhares de pessoas ou mesmo todas (no caso do Dilúvio), sem que se veja um motivo para tal, se interpretarmos a Bíblia literalmente.
O interesse do romance é sobretudo o humor de Sramago, que só se lhe conhece dos livros, parecendo não o ter na vida "real" e a magnificiência dos episódios bíblicos "tomados de empréstimo", como este senhor costuma fazer.
Notar que o livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" foi publicado , mais ou menos em simultâneo com o livro dum escritor americano designado "O Evangelho Segundo o Filho" e numa época em que muito se fala muito dos Evangelhos apócrifos: "O Evangelho Segundo São Tomé", etc.
Fez-me lembrar aqueles filmes de Mel Brooks em que, usando hilariantes anacronismos, o cineasta conta a sua versão da História da Humanidade. Confesso que não me lembro do título do ou dos filmes. Se alguém se lembrar...
É caso para pensar se não será uma atitude de procura de fé por parte do autor, ainda o veremos dizer como Bocage: "Rasga meus versos [livros] /crê na Eternidade".

domingo, dezembro 27, 2009

O Caminho de Ferro





Nesta pequena localidade do Douro Litoral já referida, houve um dia o grandioso projecto de fazer um caminho de ferro, com comboios que chegassem lá e a ligassem à civilização.
Se observarem bem as fotos verão... não, não pode ser... será?
Por vicissitudes da política, que tão bem conhecemos hoje em dia, o caminho de ferro não se fez e os habitantes locais ficaram a ver navios...
A ver navios não, por duas razões: a primeira é que a terra não fica à beira-mar, a segunda é que o povão foi buscar os carris de ferro que estavam amontoados à espera de melhor sorte e fez com eles...
Ramadas para videiras de uvas para fazer vinho verde tinto. Para além dos postes / esteios de granito, impensáveis hoje em dia, reparem na configuração da secção dos ferros que seguram os arames, que por sua vez seguram as videiras.
Ampliar. Vê-se melhor na terceira fotografia. Chama-se a isto ramada ou latada, conforme a terra.
Também se chama caminho de ferro aéreo. Chão que deu uvas. Esperteza saloia. Aceito outras sugestões.
Agora fala-se do TGV...

sábado, dezembro 26, 2009

Cruzes!


Posted by Picasa
Aqui, no Douro Litoral onde me encontro agora, ainda se vêem algumas cruzes como esta na berma das estradas. E são bermas bonitas, agora no Inverno, com tanta vegetação. Adivinhem o que significa a cruz: que morreu aqui um homem, talvez há cinquenta, sessenta anos, creio que caiu. Imaginem se agora puséssemos ainda cruzes em todas as bermas de estrada onde morreu gente: era tudo cheio de cruzes em toda a parte.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Falar Línguas Estrangeiras

Um pássaro Mainá, que julgo ser um estorninho, na China, aprendeu a miar para impor respeito a dois papagaios que o dono tinha. Percebeu que os bichos têm medo do gato da vizinha e toca de falar a língua dele.
Não é giro?
VER AQUI

terça-feira, dezembro 22, 2009

Beijos, abraços e assim...

Vou às Amoreiras quase todos os dias, mas hoje, desde que entrei até que saí, dir-se-ia que conhecia todo o mundo: beijos, abraços, há que tempos, adeus com a mão, com o braço, outros fingiam que não me viam... é giro.
Nestas alturas percebe-se quem são as pessoas que nos dizem algo ou nós a elas e as que zarparam da nossa vida, talvez para sempre.

Suponho que andava todo o mundo a comprar umas prenditas... e uma roupita... e uns sapatitos...

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Este tempo parece um doce semi-frio. Encasacamo-nos por causa do frio e vem uma chuvada fortíssima. Embotamo-nos para o temporal e fica um tempo azul e morno...
Espero que o Natal seja quente, o que raramente acontece, apesar do aquecimento global.
Viva o aquecimento global!

sábado, dezembro 19, 2009

Conto Sufi

Este vídeo inclui, no final, outros relacionados, contos sufis, da religião Sufi, ou Sufismo. Aparecem como imagem e é só clicar. Para ver com écran completo, clicar no "rectângulo redondo". Bem, perceberam?

sexta-feira, dezembro 18, 2009

O suspeito do costume

Então nós já pagamos o Magalhães e agora ainda vamos ter de pagar uma multa à CEE por erro de atribuição desta obra sem concurso? Que pague a multa quem lucrou com o dinheiro!

Outra ainda pior: o Estado Português vendeu imóveis onde tinha alojados tribunais e outros que tais, para agora os alugar às empresas a quem os vendeu, pagando balúrdios por mês, todos os meses. Quem lucra com isto? O estado?
Porque é que você não vende a sua casa, para depois a alugar pagando renda?
- Porque ficava a perder. Ora, Nadinha!

Quem será que fica a lucrar?

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Sismo no ninho da Renata


Senti o sismo nesta madrugada, mas nem me assustei, aqui em Lisboa sinto quase sempre estes pequenos sismos.
O Público, que tem estado a dar em directo um ninho de cegonhas, mostra a Renata um pouco baralhada com o estremecimento do ninho.
Tadinha!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Notícia de Telejornal RTP 1

Roubaram o burro do presépio da Basílica dos Mártires.
Que horror! Haverá gente assim tão má? :)
Ou talvez tenha sido o suspeito do costume.

"O Palhaço" de Mário Crespo

Acabo de ler um excelente texto de Mário Crespo, ignoro onde foi originalmente publicado, mas está em toda a parte na net. Está escrito no estilo do Manifesto Anti-Dantas.
Vejam:

O palhaço

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

Publicado no Jornal de Notícias, como Crónica

terça-feira, dezembro 15, 2009

Viagens: por exemplo, fim de ano

Nós portugueses, só sabemos viajar de duas maneiras: indo à aventura como imigrantes para os bairros da lata de todo o mundo (menos à aventura do que atrás da família ou dos conhecidos da mesma terra) ou periplando o mundo em hotéis de luxo, com guias turísticos e tradutores-intérpretes, dos quais nos tornamos dependentes até ao ridículo.

Uma vez na Grécia, vendo que eu viajava sozinha, alguns patrícios tentaram impingir-me uma criatura que também viajava sozinha (alegadamente tínhamos isso em comum) e que não falava nenhuma das línguas do mundo, para além do português básico e bacoco que era o seu idioma.

Isto aconteceu-me algumas vezes: se eu viajo sozinha, obviamente se conclui (à portuguesa) que gostaria de viajar acompanhada. E mesmo acompanhada por uma série de atrasados mentais e, como falo algumas línguas e me desenrasco bem, nada mais natural do que tomar conta deles.
Não gosto de ser indelicada. E muito menos de fazer fretes.

Como é óbvio, nós não sabemos mesmo viajar, tal como não sabemos conviver, nem estar sozinhos.
E por isso, na maior parte das agências de viagens, de que se exclui a espanhola Halcon, não existe a hipótese de alguém viajar sozinho. Ou então existe, pagando o dobro.

Esquecem ou não sabem que, hoje em dia, será perfeitamente natural, como era há décadas para os aristocratas, duas ou três ou mais pessoas viajarem acompanhadas, dormindo em quartos separados, claro.

A mim não me apetece esta promiscuidade de partilhar o quarto com ninguém. Mesmo. Quando tinha 18 ou 20 anos vivi num lar de estudantes e adorei. Mas já não tenho essa idade nem esse gosto intemperado pela boémia. Já não considero, obviamente, que basta viver algo de diferente para se viver de modo aventuroso. Diferente de quê?

Solução: marcar uma viagem pela net ou então, na Halcon. Como em Espanha há muita gente e muitos tipos de pessoas, a agência considera todas estas hipóteses.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Notícia má e boa

Tenho a dar duas notícias, uma má e a outra boa, ou melhor, tenho a dar uma notícia, simultaneamente boa e má.

A livraria Bucholz, uma livraria mítica de Lisboa, fechou porque foi à falência. Essa é a parte má, mas já conhecida.
A notícia boa é esta: quem comprou a livraria resolveu fazer saldos da existência da Bucholz, que era uma das melhores, senão mesmo a melhor livraria de Lisboa, antes da Fnac e da concorrência desleal...

Enfim: grande parte das obras estão a 1 Euro, o máximo que vi creio que foi 15 euros para livros de arte ilustrados. Como a procura tem sido muita, a promoção termina a 18 de Dezembro de 2009.

Fui lá hoje ao fim da tarde e comprei: um livro do Papa de Roma (o actual) sobre os doutores da Igreja nos primórdios do Cristianismo, um livro sobre vidas de santos (sei que pode parecer chato, mas eu interesso-me por coisas destas), dois volumes dum livro do Padre António Vieira chamado a "História do Futuro", mais um romance da Charlotte Bronte, em original no inglês e um romance, no original em francês de Gerard de Nerval... Tudo isto custou-me 16 Euros, no total.

Tive também uma surpresa: o meu romance "Imaginália" estava lá à venda, também por um Euro, mas eu creio que recebi por ele dois euros de direitos de autor... ou nem pagaram...
Se algum(a) de vocês gostaria de adquirir esse meu livro por um Euro, está do lado esquerdo de quem entra, na parte de baixo.

Ainda não me habituei a ver os meus livros nas livrarias: fico com a impressão de que posso pegar neles e trazê-los, porque são meus...
Não são? Pois.

domingo, dezembro 13, 2009

A Mudança






No mesmo tipo de sítio onde encontrei o vídeo do post anterior, no Facebook, encontrei também estas duas fotos incríveis, destinadas a provar que todos, mas todos, se podem entender.

1º Vídeo


Eu não sabia postar vídeos, mas a Georgina ensinou-me. Obrigada Georgina. Afinal era tão simples...
Isto era só uma experiência, mas deixei ficar: mostra como pode ser fácil resolver um problema impossível.
Encontrei-o no Facebook, no site: Clicar no site ou no vídeo.

sábado, dezembro 12, 2009

Corrupção Mínima Garantida

Vários elementos do PS, incluindo o impoluto Mário Soares, têm afirmado aos quatro ventos e aos cinco oceanos que ninguém se deixa corromper só pela módica quantia de dez mil Euros. Creio que se referem aos elementos do PS, os quais já adquiriram tanto dinheiro que esta quantia lhes parece agora muito pequena... ou talvez se refiram a todos os portugueses, de todos os quadrantes...

Devemos exigir ao PS que defina um tecto mínimo, a partir do qual qualquer um se deixa corromper, passando assim à categoria de suspeito de corrupção.

Poderemos chamar a este dispositivo de "Corrupção Mínima Garantida" (CMG). Deverá haver dois valores diferentes: um para o público em geral e outro, ligeiramente superior, para aqueles que já estão no poder há algum tempo...


sexta-feira, dezembro 11, 2009

Voltemos à realidade: Afinal havia outra!

Afinal, enganei-me. Não se passou um mês inteiro sem que o primeiro-ministro voltasse a ser suspeito.
Agora é o caso do Magalhães, que sempre foi muito estranho... afinal havia um motivo para o Magalhães: "Afinal havia outra! E eu sem nada saber, sorria..."
Para além disso, anda a destruir sistematica e divertidamente: a justiça, o ensino etc... e que mais? quem quiser que se queixe.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Náufraga

Fecho os olhos e...
Vejo.
Estou a nadar no Oceano. É noite, mas felizmente é uma noite quente de Verão.
Sou uma náufraga. O navio em que navegava perdeu-se. Eu também. Não sei onde estou.

Vejo ao longe uma pequena luz. Tenho a impressão de que a terra deve ser para ali.
Nado com mais energia. Respiro com força. Quero viver. Sobreviver.

A luz ao longe torna-se maior.
E se for um farol? Se for um farol, talvez em volta haja escolhos. Ondas poderosas quebrando-se nos rochedos com grande fragor, atirando para as pedras agudas tudo o que flutue. Como eu.
Os faróis são para os navios, não para os náufragos que vão para a terra a nado... talvez...

Talvez ao lado do farol haja uma praia onde a rebentação das ondas seja doce e tranquila.
Vou em direcção ao farol, mas voltarei um pouco à direita. Ou à esquerda? Tenho de decidir rapidamente. À direita. Já decidi. Seja o que Deus quiser. Talvez eu tenha ainda uma missão a cumprir. Talvez não seja o fim.

Vou conseguir. Acho que sim. Não estou ainda demasiado cansada. Paro um pouco. Volto-me de costas. Descanso. Respiro pela boca. Ofegante. Mantenho o rumo. Vou conseguir.

Abro os olhos e vejo: estou na piscina do ginásio das Amoreiras. A chuva cai torrencialmente sobre o elegante tecto de vidro, escorre pelas paredes, inteiramente feitas de vidro. É Inverno, mas a água morna, suave e doce acaricia-me a pele. Não é por acaso que é um ginásio muito caro...

Lá fora brilham as luzes das montras do Natal. Não se vêem, claro, mas vão mudando de cor na torrente da chuva que tudo anula, transformando o presente imediato noutro tempo qualquer.

Bem, eu acredito na reencarnação. Se calhar isto aconteceu-me noutra vida. Talvez esta tenha sido uma das muitas vezes que morri no mar, nadando, neste caso, em direcção ao infinito oceano atrás da luz dum navio, julgando que me dirigia para terra.

N.B.: Este texto deveria pertencer ao blogue Escrevedoiros, mas poucos o lêem, embora os que o fazem gostem. Já agora, sugiro uma visitinha

terça-feira, dezembro 08, 2009

2012

Constato agora que já há muita coisa sobre 2012: um filme, vários livros, inúmeros sites e posts na net.
Uns anunciam o fim do mundo para essa data, outros o início da Nova Era, já prevista por tantas profecias: A Era do Aquário, o Quinto Império, a Era de Paz que durará mil anos (segundo a Bíblia e que os portugueses interpretaram como o Quinto Império Português), etc...
Estou morta por chegar lá para ver. Bem, acho que "estou morta" não é o termo adequado neste caso. Esta língua portuguesa...
Um dia, falando levianamente, enfim, descontraidamente com uma desconhecida que depois julguei saber ser enfermeira, eu disse-lhe:
- Há dois sítios onde não me apanham nem morta: o hospital e o cemitério (estava a exagerar, claro, a fazer "blague").
Responde-me a sujeita, num modo que quase me deixou deprimida:
- Esses são os dois sítios onde você nunca poderá afirmar que não irá morta!
LOL! Humor negro!
Detesto humor negro! Odeio humor negro!

segunda-feira, dezembro 07, 2009

2012

Enfim, coloquei aqui um post chamado Hopenhagen, querendo dizer Esperança em Copenhague e outro com informações que me foram enviadas dizendo o contrário. Não sei...
Também informei da ideia de que o Obama vai revelar a exitência de extraterrestres. Francamente, a não existência de extraterrestres parece-me improvável, a não ser que tomemos a Bíblia como referência... interpretando-a literalmente, mas...
Disse-me uma amiga, por email, assim:
"É evidente que depois da farsa do Aquecimento Global, o Grande Chefe Obama ,irá sacar da cartola o Perigo dos ET, para nos impôr um governo Mundial.
São tão previsíveis!"

Serão previsíveis?
Será a ideia de ter um governo mundial?

Já agora também acrescento outra ideia e não pensem que faço isto porque bebi uns copos mais ou porque acredito em coisas do outro mundo. Este blogue é a prova do contrário.

Existem várias profecias relativas a 2012. Profecias apocalípticas. Isto quer dizer que prevêm o fim do mundo. Mas o fim do mundo é, obviamente, o princípio de outro mundo.
Então, as profecias Maias prevêm o fim do mundo em 2012 e portanto, isso quer dizer que nessa data vai começar um mundo novo. É claro que são profecias New Age. Mas este é o nosso tempo, não é? Chegamos ao século XXI e portanto, a uma nova Era (NEW AGE).
Lembram-se daquelas pessoas que morreram em Dezembro, incluindo 31 de Dezembro de 1999? Algumas às 11 h e 59 minutos de 31 de Dezembro de 1999? Não entraram na Nova Era.
Se fossem pessoas que eu amasse, ter-me-ia perguntado porquê e a resposta de que foi apenas por acaso não me teria dito nada.
Então vejam também isto.



Climate Gate

Já aqui referi o assunto mais do que esquisito, no post anterior. Então o aquecimento global não é provocado pelo homem?
Encontrei isto no Jornal I, depois de ter sido alertada para o facto de que este assunto tem sido abafado...

Alguns emails sugerem que dados relativos a temperaturas podem ter sido manipulados para esconder tendências de arrefecimento ou outros dados pouco consistentes com a teoria aceite do aquecimento global.

sábado, dezembro 05, 2009

Capela Nossa Senhora da Rocha


Como pediram, já descobri o nome a localização da capela.

Chama-se capela de Nossa Senhora da Rocha, fica perto de Armação de Pêra. A praia à esquerda, olhando para o mar chama-se praia de Nossa Senhora da Rocha, a da direita, julgo ser Praia Nova, Porches.
Parece ser desconhecida a sua origem e mesmo pouco consensual, dizendo uns que é visigótica e outros do Sec. XVI. Mas que faz lembrar a do Eurico o Presbítero, faz.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Openhagen

A palavra "Openhagen" associa o nome da cidade "Copenhagen", traduzido Copenhage, à palavra inglês Hope, que quer dizer esperança: Hopenhagen. talvez se possa traduzir por Esperança em Copenhague, ou mesmo por: pouca ou nenhuma esperança em Copenhague.

Convenhamos: a esperança não é muita, mas a ideia é muita.
Ver aqui:
Este site tem uma petição online, apelando para uma participação mais activa.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

E o resto é mar

Sem ter qualquer garantia de veracidade, informaram-me que esta capela é visigótica e anterior à invasão dos árabes da Península Ibérica. Fica no Algarve, na zona de Armação de Pêra.
Seria aqui que "Eurico o Presbítero" pontificava antes da Invasão? Se tivesse existido...

domingo, novembro 29, 2009

Terra Imunda: Caminhos






A semana passada estive no Algarve, numa zona rural de paisagem protegida.
Havia muitos caminhos por toda a parte, coisa que já não se vê muito no Norte.
Gosto dos caminhos, que mantêm por algum tempo a memória dos pés, dos percursos e de quem os fez.
E estas ervas cinzentas também me agradaram, pelo inusitado da cor.

quinta-feira, novembro 26, 2009

STOCKMARKET

Não sei o que é isto, mas parece bom. Achei-o no Facebook.


STOCKMARKET

Será a 14ª edição e desta vez contará com mais marcas expostas. Em Lisboa, o palco deste mercado de compras a preços acessíveis será no Pavilhão Rio, do Centro de Congressos de Lisboa, de 27 a 29 de Novembro. No Porto, será o Pavilhão 6, da Exponor, o local escolhido para este evento a decorrer de 6 a 9 de Dezembro.


terça-feira, novembro 24, 2009

FIL ARTE LISBOA 2009




Também muito interessante esta instalação. O artista José Luís Serzo, de nacionalidade espanhola, julgo eu, inventa histórias que depois narra em várias pinturas, objectos e instalações.
Esta é do homem que se transforma como se vê e que voa sem asas. Narrada pelos ratitos que estão debaixo do estrado.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Fil ARTE LISBOA 2009







Esta opinião pública também não está má...
Ficamos com a impressão de que a opinião pública depende de factores como: a digestão, os problemas laborais, a monotonia da vida, a curiosidade insatisfeita, enfim, as cruzes que cada um carrega e todos carregamos.
Autor: Andrew Benyei

FIL ARTE LISBOA 2009


Está muito interessante a FIL este ano. Comprei uma pintura, que depois mostro.

Este objecto artístico tem um título muito sugestivo, como se vê na outra foto que tirei, para não estar a escrever: "Sozinho com capuccino |café| e livro. É mais uma sátira à nossa incomunicabilidade e está muito interessante, não acham?
Autor: Andrew Benyei

O Sul da Europa

A nova Ministra da Educação queixa-se de que, no Sul da Europa se considera que os estudantes devem repetir o ano para aprender mais. Mas isso, na sua opinião, não deve ser assim, porque no Norte da Europa não é assim.
Claro! Como nós não vivemos no Sul da Europa, nada mais natural do que imitarmos o Norte da Europa. Aqueles que só comem queijo e pão escuro, trabalham como negros e se suicidam como Alentejanos. A nossa mentalidade é completamente diferente, a nossa é contra o trabalho e pelo lazer, a deles é pelo trabalho. e eles têm alternativas para a reprovação, que nós não temos.
Portanto, vamos imitar os nórdicos (que não têm nada para fazer senão trabalhar à semana e embebedarem-se ao fim-de-semana) deixando a criançada fazer (ou melhor, não fazer) tudo o que não lhe apetece, passemo-la todos os anos sem saber coisa alguma em direcção à universidade e esperemos um Futuro Melhor e mais civilizado, claro.
Porque nós aqui e em quase todo o Sul da Europa temos a tentação do sol, da vida ao ar livre, do calor e da praia. São demasiadas tentações para quem quer estudar, se não for obrigado a fazê-lo. Se não houver algo que assuste: notas más, reprovar, repetir...
E nós, os adultos, iríamos todos trabalhar e trabalharíamos muito se não fôssemos obrigados a fazê-lo? Pois é assim que se dá cabo da instrução neste país. Já nem falo de educação...

quarta-feira, novembro 18, 2009

Corrupção portuguesa noticiada em Espanha

Foi noticiado nos jornais espanhóis que os casos de corrupção com envolvimento político se sucedem em Portugal e que já vamos no eneésimo.
Pode ser que ver os espanhóis a criticarem-nos faça morrer de vergonha os portugueses que votaram nesta cambada. É caso para perguntar:
Quem será que ainda votou neles e porquê? Há gente ingénua, mas não deve ser assim tanta!

O Mário Soares deve achar que está acima de qualquer suspeita, pois vem sempre a terreiro para defender esta gente e com cada argumento!
Numa época em que muitos portugueses vivem na penúria, o argumento é que dez mil euros é pouco dinheiro. Quando foi do caso Melancia também a quantia lhe parecia pequena.

A minha mãe costumava dizer que os ricos são ricos porque dão muito valor a cada centavo, ao ponto de darem aos pobres menos do que os outros, só as moedas mais pequeninas. Dez mil euros é pouco? E muitos dez mil euros, também são poucos?

terça-feira, novembro 17, 2009

Violência doméstica e casamento homossexual

Os nossos honoráveis ministros e restantes admiráveis e admirados políticos andam tão preocupados com o funeral dos homossexuais (ditado popular: "casou-se, matou-se") que deixam de lado outras questões legais bem mais importantes e urgentes. Já aqui disse o que vou expor, mas repito.
Todos os anos morrem em Portugal (e no mundo) muitas mulheres que são vítimas de violência doméstica. Para não esquecer as que morrem aparentemente por outras causas, mas que também são vítimas de violência doméstica não denunciada e portanto impune. Restrinjamo-nos aos casos em que há condenação.

Quem herda os bens da vítima? Sabem? É o assassino.
Ainda há pouco tempo saiu na Visão uma horrível reportagem, em que o marido fez à mulher um seguro milionário e a seguir mandou matá-la. Mesmo assim, a família dela não aceitou o divórcio.
Esta questão da herança no caso do marido que mata a mulher, do filho que mata o pai, etc., foi debatida há uns meses em Espanha e em Itália, mas aqui estamos todos muito preocupados com assuntos mais polémicos, que façam esquecer as faces ocultas dos nossos honoráveis representantes políticos

segunda-feira, novembro 16, 2009

Vara pau nos lombos

Do que esta gente precisa é dum Vara pau nos lombos.

Um varapau ou mesmo o cilício fazem melhor à alma desta gente do que o nosso dinheiro lhes faz aos bolsos.
E também nos fazia bem a nós zurzir esta cambada. Não há dinheiro para nada, porque é todo para eles.


A despropósito: aproveito este post para lembrar que começa na próxima quinta-feira a Fil de Arte Contemporânea de Lisboa 2009


sábado, novembro 14, 2009

Água na lua

O Google comemora, com imagem apropriada, a descoberta de água na lua.
Não é que interesse muito ao nosso país, ávido de descobertas bem mais prosaicas e que nunca se fazem...

Viva a água da lua! A água é sempre boa em toda a parte. E se já lá há água, não tardará muito a haver vinho...

sexta-feira, novembro 13, 2009

Alçar a Alçada II

E depois do entusiasmo despertado pelo contraste entre a anterior ministra da educação e a nova, surgem as perguntas:

Se quer ser tão diferente da anterior ministra, irá o Sócrates concordar? Andará demasiado distraído com a face oculta? Será melhor limpar a cara? Servem os professores para tudo?
Uma coisa é certa: depois de tanta luta , os professores ainda tinham à sua espera uma SURPRISE!!!!!
É que quem tinha poderes para os avaliar não hesitou, nesta fase final, em avaliá-los à Lagardaire, pensando que tudo é para durar e que não haverá "tudo se paga neste mundo". Avaliar iguais é impossível, a não ser que o ser humano não fosse a besta que é.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Alçar a Alçada

Acabo de ver a entrevista com a nova ministra da educação, Isabel Alçada.
Ao contrário do que esperava, a primeira impressão é francamente favorável.
Situo-me, não tanto ao nível das intenções e das promessas, mas sobretudo ao nível semiótico: aquilo que perpassa através da comunicação, às vezes até involuntariamente.
A outra ministra, uma inconcebível megera que despertava o que há de mais irracional em toda a gente, tinha sempre como sujeito de todas as frases que proferia a palavra "checolas". Exemplo: "é preciso que as checolas tracem os seus objectivos..."
Quando ouvi os sindicatos usarem também checolas como sujeito das frases, escrevi um email para o SPGL, aconselhando-os a escolherem um sujeito "humano" para as suas frases - isto de sujeito humano é da linguística, digamos da gramática. Quem souber falar e escrever saberá usar sujeitos humanos ou não-humanos conforme a sua intenção. Ou então fala sem saber o que diz. Fiquei seriamente preocupada ao ouvir os sindicatos fazerem eco das palavras e da sintaxe da sujeita. E foram os representantes dos professores, e não os sindicatos, que tomaram todas as iniciativas.

Esta Isabel Alçada colocou sempre, nesta entrevista, como sujeito das frases, os sujeitos professores (no plural) e alunos (no plural); alunos apareceu mais como complemento directo e professores como sujeito. O outro sujeito que usou frequentemente foi: o entusiasmo (dos professores).

Sim. É entusiasmo que falta. No ensino e em toda a parte. E nem a anterior ministra, nem os recentes e decepcionantes acontecimentos da avaliação feita "à Lagardaire" por qualquer idiota, nada disto conseguiu em certos casos coarctar o entusiasmo dos professores, que sabem muito bem o seguinte: à sua volta há mesquinhez e ignorância, mas são os alunos que os irão avaliar no futuro. O que os alunos irão contar durante o resto das suas vidas a respeito dos professores que tiveram, não tem nada a ver com questões institucionais. Muito menos com o poder.

Sob suspeita

Vocês acham normal termos um primeiro-ministro que está constantemente sob suspeita? Disto e daquilo e depois mais isto e depois mais aquilo...
Como já nos habituámos...
Não se augura nada de bom deste exemplo para o país.

sexta-feira, novembro 06, 2009

As Rainhas de Copas: Avaliação dos professores

Os professores são avaliados de forma severa, divertida ou saudosa, mas definitiva, na memória dos seus antigos alunos, muito mais do que em qualquer outro fórum. E acontece que o tempo faz esta avaliação dar voltas de muito graus, pois são às vezes os professores mais malucos e irritantes que se recordam melhor e com mais benevolência.
Há muitos que são esquecidos para sempre, quase no mesmo ano em que estiveram no activo. Quase durante o ano, ao ponto de nunca nenhum aluno saber o seu nome. Há aqueles que influenciam o futuro dos jovens, que querem ser como eles. A diferença entre uns e outros é tão abissal que não cabe numa escala normal de avaliação, pois é uma diferença de grau e não de quantidade. Só por isso já era evidente que uma avaliação de professores seria um ponto muito sensível, até porque os preferidos dos alunos nem sempre (quase nunca) são os preferidos do poder que os avalia. Até por uma simples questão de ciúmes e inveja. Quem não gostaria de ter a preferência de todos os alunos, sabendo que isso lhe é impossível e que é fácil para outros?

E agora os professores andam a ser avaliados/torturados há mais de um ano.
Como tudo mudou nas escolas, incluindo a relação de poder, as simpáticas presidentes de outrora, eleitas pelos colegas, estão agora transformadas em Rainhas de Copas, impulsivas e caprichosas, dispostas a dar as piores notas aos colegas que lhes fazem sombra e / ou lhes não elogiam os loiros cabelos, os sapatos novos e sobretudo os pés. Usam para isso um modelo de avaliação que permite todas as arbitrariedades e na maior parte dos casos são exactamente as mesmas antigas afáveis presidentes, que assim se vêem radicalmente mudadas pela atracção (aparentemente irresistível) do poder.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A Modéstia

Almeida Garrett disse, se não me engano nos detalhes, pois cito de cor, que a modéstia é a pior de todas as virtudes.
Não sendo um homem modesto, viu bem e antecipadamente o que quer dizer esta "virtude".
Século volvido, o caso parece mais óbvio, por exemplo quando foi levantada a questão das avaliações de todo o mundo:

Claro!

A modéstia é muito natural e na nossa pequena sociedade portuguesa "fica bem".
Fica muito melhor e é bastante mais fácil a quem não tem qualidades invulgares...
Claro, como vivemos numa sociedade bué igualitária, a modéstia fica igualmente bem a quem tem grandes qualidades e grandes capacidades, e a imodéstia fica igualmente mal aos dois grupos.

É por isso que Portugal não sai da mediocridade pardacenta. Porque o respeitinho e a modéstia são muito bonitos... são mesmo giríssimos.

Uma gabarolice infundada até pode ter graça, mas os que são mais cultos, mais experientes, mais sábios, esses deveriam ter sido mais modestos. Claro. Evitando assim sobrepor-se àqueles que, por motivos vários e todos decentíssimos, não "tiveram tempo" para ler, escrever, etc... e se tivessem tido tempo, não teriam sabido fazê-lo. Porque são modestos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Tempos presentes, ou seja, tempos futuros

Não sei se vocês já se aperceberam disto, talvez não... também é para isso que servem os blogues.

A Internet, na sua primeira juventude ou mesmo infância, creio ter mais de 10 anos e menos de 15, menos ainda aqui em Portugal, mesmo assim já passou por várias fases.
E esta última é a melhor, claro, a última é sempre melhor que a anterior. Vejamos:

Lembro-me das absurdas objecções que se faziam à Internet quando ela surgiu. Como sempre que surgiu alguma coisa e este final de Século XX foi pródigo em surgirem coisas inteiramente novas, a primeira reacção é a da rejeição.

A fase em que acabamos de entrar é esta:
As pessoas passam da comunicação "solitária" via Internet, que alegadamente as afastaria dos outros, para uma fase de encontro com as pessoas que se conheceram via net.

Na passada Sexta-feira fui, como sabem, a um jantar de Bloggers, ou seja, com pessoas que eu conhecia virtualmente e outras que não conhecia de todo, sendo todos bloggers como eu.
Na Segunda-feira seguinte, fui a um almoço num navio, com pessoas que conhecia virtualmente, mas que já tinha visto noutro navio e outras que não conhecia e fiquei a conhecer.

Neste último caso, está previsto juntarem-se todas estas pessoas para fazerem juntas um cruzeiro. Digamos que, pessoas que têm algo, bastante ou muito em comum, juntam-se por esse motivo.
Esta é apenas uma das fases incipientes da net. Imaginem o resto!
Aparentemente e se bem entendi, passámos muito rapidamente do isolamento ensimesmado para o encontro puro e simples.

VIVÍSSIMA

A propósito dos posts que aqui coloquei, com a palavra "vivíssimas", uma amiga contou-me o seguinte:
Uma mulher que ela conhece confessou ao seu mestre espiritual:


- Mestre! Tenho tanto medo da morte!
- Medo de quê? - respondeu o mestre - morta já tu estás há muito tempo!

(Ver mais clicando na tag vivíssimas)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Navio Zénith





Fui almoçar a bordo do navio Zénith fundeado na Doca do Conde de Óbidos, também chamada Cais da Rocha: Cais da Rocha do Conde de Óbidos, com o grupo Infocruzeiros.. Este navio é gémeo, ou seja, é quase igual àquele em que naveguei em Agosto, o Pacific Dream.
OOOOHHHH! Que saudades do mar! E de navegar! Aqui estão algumas fotos.