domingo, junho 27, 2010

Summertime




Como é Verão, aqui vai uma música de Verão.
Summertime: Ella Fitgerald e Louis Armstrong

quinta-feira, junho 24, 2010

De como inventar uma tradição nova em folha. Em todo o mundo

Basta alguém lembrar-se de algo que dê dinheiro, arranjar um patrocinador multinacional... e cá temos uma tradição.
Exemplos: o São Valentim (em vez do Santo António que era o padroeiro dos namorados, mas não dava grana ao comércio)
As maravilhosas Vuvuzelas, tipicamente... o quê? Nacionais? Europeias? O Quê?

Definição do Google:

"A vuvuzela tem sido alvo de controvérsia devido ao instrumento causar danos auditivos graves e permanentes, e por ser um disseminador de doenças (a gripe em particular, mas podendo ser qualquer germe) substancialmente mais perigoso do que tossir ou falar. É também perigosa para animais, visto que estes possuem geralmente uma audição mais sensivel, podendo criar situações de pânico e terror além de danos mais sérios em comparação com humanos."

Já por muito menos se proibiram coisas...

quarta-feira, junho 23, 2010

Cantando dietro i paraventi


CANTANDO DIETRO I PARAVENTI

Um filme de Ermanno Olmi, de 2003, passado na China Imperial, é inspirado na história verdadeira da (mulher) pirata chinesa Ching. O realizador tem também "A árvore dos tamancos", muito bonito, mas mais antigo e neo-realista.
Este é de uma beleza surpreendente.
É um dos meus filmes favoritos, como tenho no perfil. Vejam que imagens tão belas!

Em português: "Cantando por detrás das cortinas" (que seria o destino desta mulher, como o de todas, se não se tivesse tornado pirata). Por amor e por ódio. Que é, às vezes, uma das formas de que se reveste o amor...

Ver em "écran" completo.

domingo, junho 20, 2010

O pato mudo do jardim

Antigamente, havia patos no jardim da Parada, em campo de Ourique.
Fizeram obras e desapareceram os patos, as galinhas, os garnizés e outra bicharada, tudo do reino das aves.

Até que, de repente, apareceu no lago vazio um pato velho. Sozinho e preto. Um pato mudo.
Foi logo adoptado por todos os frequentadores deste jardim, que nem parece ser de Lisboa, pois tem uma movimentação que já não se vê em lado nenhum, e muitos são os que lhe levam legumes cortados como se fosse para fazer caldo verde, talvez porque não têm milho. O pato é simpático, vem comer à mão, abana a cauda e interage com as pessoas, quase parece um cão. Só não canta, porque é mudo, mas sopra... e ninguém lhe pede mais, só lhe agradecem por ser ele o único ser vivo constante e permanente ali, onde há muitos pássaros, mas são todos demasiado voláteis.
Este pato deve ter uma história... Talvez...

Uma minha amiga contou-me que, um dia, lhe deram uma pata para fazer um arroz de pato. No momento em que me narrou esta história, já a pata tinha dez anos (talvez menos, não me lembro bem) e coxeava de uma pata, pois ninguém teve coragem para a matar. Acabou por morrer de velha e por deixar muitas saudades. O que significa que não tinha vocação nenhuma para arroz de pato.

Imagino então isto: deram a uma senhora de idade um pato mudo para fazer um arroz de patos mudos. O pato foi ficando, foi ficando, habituou-se a comer na mão, a abanar a cauda, que giro, que lindo patinho...
Até que a senhora morreu. Que fazem os herdeiros?
- Que fazemos ao pato?
- Que fazemos ao Euclides? (Devia ter nome, claro).
- Arroz de pato - afirma o primo mais materialista.
- Coitadinho do Euclides! Arroz de pato? - protesta, indignada, a prima vegetariana.
- Que horror! Tadinho! - Exclama a sua irmã, uma carnívora muito humana, que adora animais, mas que vive num pequeno apartamento com três cães, cinco gatos e uma tartaruga. - Eu é que não posso ficar com ele, que os meus cães matavam-no - o Sócras é um bicho muito agressivo e que não para quieto um minuto. A Cavaca é enorme e tem a mania de saltar para cima de tudo, atirava as patas para cima do pato... Uma pastora-alemã... porque senão eu levava o Euclides... Coitadinho!
- Mas tu não tens piscina para ele nadar - retorquiu a vegetariana, já com medo que a criatura levasse o Euclides para o minúsculo e infernal apartamento.
- Bem, eu tenho uma banheira...
- É verdade! Podíamos pô-lo no jardim de Campo de Ourique, que tem um lago! - Disse alguém.

Onde faz as delícias da criançada, dos avós, dos pais e... de toda a gente. Só pelo facto de existir. E de estar ali.

sábado, junho 19, 2010

José Saramago

Aprecio muitíssimo a obra de José Saramago, mas nunca gostei da personagem José Saramago e não vou agora afirmar o contrário.

Pergunto-me se a personagem era real ou também fictícia, aquela que apostava sempre no cavalo errado em termos de polémica: pelo comunismo no pós-comunismo e no pós-muro de Berlim, estalinista décadas depois de se ter percebido o que foi o estalinismo, por Fidel quando os cubanos fugiam de Cuba em embarcações improvisadas para serem pasto de tubarões... contra a religião numa época em que o mundo inteiro regressa à religião, tentando livrar-se do materialismo que até hoje tem empedernido o planeta.
Fica a sua obra e deixa de existir, a partir de agora, essa diferença entre obra e autor, razão pela qual muitos irão dar o dito por não-dito.

E fica a satisfação de ter regressado a Portugal.

Quanto à obra, essa ficará para sempre no nosso coração e no nosso imaginário. Personagens como Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas... são tão de lado nenhum, que podem muito bem ser portuguesas.

sexta-feira, junho 18, 2010

Aung San Suu Kyi



Aung San Suu Kyi líder da oposição na Birmânia e Prémio Nobel da Paz, faz hoje 65 anos em prisão domiciliária, nesta casa do lago, completando quase 15 anos em cativeiro.
Uma coisa que podemos fazer é enviar-lhe uma mensagem através do Facebook, outra é, por exemplo, escrever um email ao Secretário Geral da ONU, instando-o a que se esforce para instaurar a democracia na Birmânia, também chamada Burma,


Também se pode dar dinheiro.

quarta-feira, junho 16, 2010

A Boneca da Montra



Lembram-se da Boneca da Montra?
Aquela boneca lindíssima que estava na montra?
A boneca que nós desejávamos levar para casa e amar para sempre, mas que tínhamos vergonha, medo, terror de pedir? E que nunca esquecemos porque nunca a tivemos, assim como a teríamos esquecido como uma das bonecas vulgares que usamos, até as termos escaqueirado em frangalhos, para sempre?

A minha Boneca da Montra eram umas galochas brancas de plástico, que havia aos montes na feira da minha terra, que não tinha montras nem bonecas. Ainda hoje sonho com elas, de noite, a dormir. Eram muito baratas, mas eu não sabia nada de preços. Um dia mostrei-as à minha mãe, com um ar de quem não quer a coisa (mas queria, juro!). Respondeu que não prestavam, que eram geladas para o Inverno (era Inverno) e esqueceu o assunto imediatamente. Eu não. Ainda me lembro.
Ainda hoje sonho com elas, de noite a dormir: duas botas brancas lindíssimas, ali assim.
Comprei esta boneca da montra, o computador pequenino e branco, mas maior do que o outro, também pequenino e branco, como duas botas brancas, pequeninas e desemparceiradas da feira onde as via de quinze em quinze dias...

Quando comprei o mais pequeno, que só tem 2 Gigabites de memória, postei aqui vários textos sobre a Boneca da Montra. Incluindo um concurso com prémios incríveis... eu não disse que eram bons, só que eram incríveis...
Para ler esses posts, basta clicar na tag em baixo e em verde "A Boneca da Montra".

Quanto às botas, galocha, tão brancas como estes dois netbooks, comprei no Outono passado umas galochas pretas de plástico e lindíssimas, no Stockmarket. E uma minha colega super-hiper-tia-de Cascais (em vez de Cascais talvez da Vorduzela, Vuvu) apontou-as a dedo e exclamou:
- São de plástico!
- Oh! Não! - exclamei eu, em pânico - É proibido? Vou presa por usar botas de plástico?!
Será proibido usar galochas pretas de plástico, em vez das galochas brancas e maravilhosas da minha infância... que povoam os meus sonhos a dormir...
Que sonhos! Que maravilha! Que terror!

Como é maravilhosa e terrível a juventude! Como o terror não desaparece com o tempo!

terça-feira, junho 15, 2010

Futebol!

Toda a minha experiência futebolística se resume a alguns jogos que vi no terreno entre o Arouquense Futebol Clube e o Paivense. Duas equipas rivais e duas terras rivais por causa da comarca de Arouca, pegavam-se sempre à batatada muito antes de haver "hooligans". Aliás, a gente aqui nunca precisou de expressões escritas noutra língua para fazer o que nos deu na bolha.

Como mulher do norte que sou, adorava ver a bagunça, (embora não batesse nem apanhasse) e só acompanhava os meus amigos ao estádio(zinhinhinho) nessa ocasiões e por este motivo. Também era quando tinha mais fregueses... ia todo o mundo.
Era um estádio com chão de terra, tinha uma corda a separar o público dos jogadores, tudo muito familiar, por entre a poeira da tarde.
Lembro-me, em particular, dos olhos abertos de surpresa e de espanto duma mulher, no momento em que alguém lhe partiu na cabeça o cabo dum guarda-chuva daqueles grandes e pretos, por exemplo, mas o momento mais emocionante foi quando uma jovem paivense mordeu o dedo dum jogador arouquense (arouquês?), o qual teve a ousadia e o desplante de lhe fazer aquele gesto do Pedro Abrunhosa... bem perto da cara... e da boca.
Imagino que lhe tenha servido de escarmenta e que nunca mais na vida tenha feito tal gesto, até porque me parece que ela lhe arrancou o dedo fora...

Bons tempos! Mas ainda não havia vuvuzelas.
Outra das minhas reivindicações contra o Mundial de Futebol (a primeira é a vuvuzela, uma tradição muito nossa) é que não posso ver na televisão o canal italiano Rai Uno, que gosto de ver... como também passa os jogos, não pode fazer concorrência ao nosso canal dos jogos. Talvez a RTP... não sei.

Il mio cuore va (titanic version) - Sarah Brightman


Lindo! Lindo!
Wonderfull!

Letra
Ogni notte in sogno,
Ti vedo, ti sento,
E così io so che ci sei.
Tu, da spazi immensi,
Da grandi distanze,
Sei venuta e so che ci sei.

Qui, la, dovunque sarai,
Sento forte il mio cuore che va.
Ancor la porta aprirai,
Per entrar nel mio cuore,
E il cuore mio va e va.

Per, la nostra vita,
Vivrà questo amore,
Se saremo insieme io e te.
Io ti ho sempre amata, ti ho
Stretta davvero e vivra
Per sempre il mio amor.

Qui, la, dovunque sarai,
Sento forte il mio cuore che va.
Ancor la porta aprirai
Per entrar nel mio cuore,
E il cuore mio va e va.

Sei qui, paura non ho,
Sente che batte forte il mio cuor.
Sarà per sempre così ti,
Protegge il mio cuore,
E il cuore mio va e va.



sábado, junho 12, 2010

O Teólogo Joseph Ratzinger

Ando a ler com prazer e entusiasmo um livro do teólogo Ratzinger antes de ser Papa. Escrito na década de 80, considera, no prefácio posterior, haver dois períodos importantes para a religião no Século XX. O Maio de 68, ou seja, 1968, em que a utopia passou para o lado do humano, desligando-se das religiões e negando-as, e a queda do muro de Berlim, em que a utopia deixou de se colocar ao nível humano, por falência dos ideiais políticos (a seu ver, eles também baseados no Cristianismo e tomados também como uma fé).
O Papa leva muito a sério a importância especial dada actualmente à parte mística das religiões, nomeadamente à expansão das ideias budistas no ocidente e outras...
E diz algo que me surpreende num Papa, já que o livro foi reeditado agora. E que ainda estou a ler no princípio. Passo a citar.
"... Assim como o fiel se sabe constantemente ameaçado pela incredulidade que o acompanha como uma tentação sem fim, também a fé constitui para o incrédulo uma ameaça e uma tentação para o seu mundo aparentemente completo. " p.32

E prossegue nesta ideia
" ... Tanto o fiel como o incrédulo participam, cada qual à sua maneira, da dúvida e da fé, desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser. Nenhum deles consegue fugir totalmente à dúvida, nem à fé..." p.33

Chamam fanático e retrógrada a este homem? Gosto particularmente da frase "desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser".

O que me leva também a reflectir sobre isto: há hoje inúmeras pessoas que afirmam ver Cristo e falar com ele, ver anjos, santos, espíritos, etc. Nem todos me parecem charlatães, antes me parecem estar noutra onda qualquer e, se enganarem alguém , fazem-no primeiro a eles mesmos.
Pergunta: por que razão não vêem os Papas a Deus? Por que razão são eles também assaltados pela dúvida, perante o silêncio e a invisibilidade de Deus? Invisibilidade de que este livro fala muito, também.
Acreditaremos nestas pessoas porque não nos enganam, sendo racionalistas e promovendo o racionalismo, ou acusamo-las de excesso de racionalismo e de falta de iluminação?
Comoveu-me e espantou-me, pelas mesmas razões, a confissão do Papa em Fátima, afirmando que é fácil um crente ter inveja de Francisco porque ele viu e o crente não vê. Inveja: refere-se a ela muitas vezes neste sentido.

Parece-me um alma torturada pelo silêncio de Deus, a invisibilidade de Deus, pela inveja de quem o vê, pela dúvida e pela fé.
Sempre gostei deste Papa, por me parecer, tal como outros Gurus, que tem algo para transmitir a toda a humanidade. Nem que seja a sua humilde e pobre humanidade, revestida de vestes douradas. Talvez de ouro falso.

P.S.: Os livros deste autor lêem-se com agrado,porque têm sempre uma feição narrativa.
Livro: Introdução ao Cristianismo, Joseph Ratzinger. - Estoril: Principia, 2006.

sexta-feira, junho 11, 2010

Poemas

Acabei de publicar dois poemas meus no Triplo V e deve sair uma minha peça de teatro no próximo número da revista Triplo V

quarta-feira, junho 09, 2010

Boas férias!




As aulas terminaram. Vêm aí as férias para todo o mundo, mais tarde ou mais cedo...
Ainda vivemos no Tempo da Abundância e estamos agora no Tempo das Cerejas.
Boas férias!

Uma chama feita de água



Linda esta música. E a imagem final, uma chama feita de água.
Gregorian and Vangelis: "Wish you were here" (Pink Floyd)

Letra:

So, so you think you can tell Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell a green field from a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
Running over the same old ground.
What have you found? The same old fears.
Wish you were here.

segunda-feira, junho 07, 2010

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハ

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ

E aqui vai também uma sonora gargalhada em Japonês.
Ocorreu-me que, logo depois de ter sido rei da China, talvez eu tenha sido Samurai no Japão, daqueles das espadas sagradas. Se calhar matei mais umas centenas de pessoas, mas, mais centena menos centena... não é por aí...

sábado, junho 05, 2010

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Agradavelmente, a minha reacção em relação ao narrado no post anterior, tem sido esta:

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Ver tradução, a partir do Chinês, no Google Translator.

(Ou seja: uma grande gargalhada, em chinês.)


sexta-feira, junho 04, 2010

Que felicidade!!!

Há seis meses, foi-me diagnosticado um cancro de pele. Como o dermatologista não era bom e eu já tinha aquilo há muito tempo, não acreditei. Há três meses fui a uma médica óptima, que confirmou o diagnóstico.
Há quinze dias, fui operada para tirar o sinal, fizeram-me um buracão com muitos pontos. Hoje fui tirar os pontos e saber o resultado da biópsia: afinal não era nada, só um quisto sem importância nenhuma. UFFF. Quem anda pelos médicos!
A minha médica naturista, maluca, visionária, milagrosa, azamboada, essa sempre disse que não era nada. Que não tirasse o sinal e que o meu único problema era ter sido o rei da China numa anterior encarnação: declarei várias guerras, nessa época e por isso tenho um Karma complicado (como contei no penúltimo post).

Desejem-me bom fim-de-semana. Vou tentar esquecer o sinal, os pontos e o rei da China.
(Algumas pessoas pensam que inventei esta história, o que é natural, pois invento histórias, mas isto passou-se comigo.)

quinta-feira, junho 03, 2010

Biblioburro



Já tinha ouvido falar da saga deste homem, que leva os livros em burros pelos caminhos rurais da Colômbia. Uma biblioteca ambulante, de burro. E que terra tão tranquila, La Glória!

quarta-feira, junho 02, 2010

Ainda os médicos LOL

Uma senhora que conheci, foi um dia ao médico. O qual lhe disse, com ar pesaroso e dramático:
- Você nunca mais, em toda a sua vida, pode comer sardinhas. Ouviu?!
- Tudo bem - respondeu ela, alegre - detesto sardinhas!
O médico, desolado, descoroçoado e desorbitado de espanto, retorquiu, lúgubre:
- Você não sabe o que perde!

Interpretação: claro. Se ela tivesse começado por dar essa informação de que odiava sardinhas, logicamente o médico tê-la-ia aconselhado a comer sardinhas todos os dias durante o resto da sua vida.
Perante esta inusitada aversão ao prato quase nacional, e, a seu ver, delicioso, que diz ele? Volta atrás? Não. Mantém a sua palavra? Só pode, claro!

Nunca confiem nos médicos. Nunca lhes digam a verdade.

A não ser que sejam médicas naturistas, como a minha Rogélia, louca varrida, milagrosa, azamboada, com visões e que me revelou, recentemente, que eu fui o Rei da China há dez mil anos. Ainda perguntei, disfarçando a vontade de rir:
- Não seria a rainha?
Não, claro que não , a rainha não tem poderes nenhuns, nem responsabilidades nenhumas...
Fui ver à net: há dez mil anos já havia reis na China? Já existia um país chamado China? Resposta:
Sim.

É que Portugal tem 800 anos, mais coisa menos coisa... e é o país com as fronteiras mais antigas da Europa... A Europa é um pouco atrasada e recente.
LOL!

Em resumo: imaginem que vocês estão com o ego um tanto por baixo. Mesmo correndo o risco de ficarem ainda pior, suponham, por hipótese, que a vossa médica milagrosa vos diz que vocês foram o rei da China. Tinha-me sido detectada uma doença que parecia ser grave, pelos médicos normais, mas que afinal não era nada grave, como ela sempre afirmou. Afinal o meu verdadeiro problema é o Karma e mais nenhum!

Que não há motivo nenhum para eu me rir - diz ela, ofendida, ao ver-me rir às gargalhadas. Porque eu declarei guerra aos povos limítrofes, quando fui o rei, da China, diz ela. Que morreram milhares e milhares de chineses por minha causa. Isto para nem falar dos meus inimigos, ou, seja, os inimigos dos chineses, que caíram que nem tordos. E por minha culpa - diz ela. Porque eu tinha a missão de mudar o mundo para melhor, mas mudei-o quase para pior. Ou deixei-o estar tão mal como estava.

E concluiu, numa linguagem que não entendi bem se era espanhol (a sua língua) ou português ( a minha):

- Enfim, fodeste tudo!

Espero que fosse latim: "fodere" em latim, significa furar.

P.S.: Esta mulher curou uma minha amiga que estava desenganada dos médicos e que, não só está óptima, como deixou de usar óculos, porque agora vê bem sem eles.

domingo, maio 30, 2010

A praia e os médicos

Odeio praia.
Os médicos, pensando que me chateiam, dizem-me que não devo ir para a praia, por ser eu demasiado branca e demasiado sensível ao sol.
Nunca digam a um médico que gostam de alguma coisa. Mintam. Aldrabem!
Se vocês forem abstémios, mandam-vos beber álcool. Se gostam de álcool, dizem-vos que não podem beber uma gota.
Se vocês dizem que odeiam a praia, mandam-vos fazer praia, se dizem que adoram praia, proibem-vos de ir para lá.
Aqui estou eu à sombra, felicíssima por não estar a torrar à torreira do sol e a fazer a vontade aos médicos, que até recentemente, sempre me mandaram fazer praia. Por pensarem que eu não gostava de praia.
E agora mudaram de ideias. Parece que tenho um problema com o sol... e mesmo assim...
Embora com carradas de cremes, acham eles que eu posso, se quiser, ir para a praia. Não quero. Não vou! Ouviram bem?!

Adoro o mar, adoro o sol. Detesto praia, que é a terra. Terra Imunda!

domingo, maio 23, 2010

Os únicos amigos são os novos amigos

Biografia

Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-me na luz, no mar, no vento.


Sophia de Melo Breyner

Será que podemos tirar esta conclusão: os melhores amigos são os novos.
Segunda conclusão: os únicos amigos são os novos amigos

Nunca tal ouvi! - Dirão vocês!

sexta-feira, maio 21, 2010

Portugal no seu melhor


Já sei.
Já sei que os ledores desta escrevedora / escrevedeira (*) estão fartos de não terem visto um post novo durante uns dias. Cá esta.
Razões profissionais e outras, sobretudo OUTRAS me têm impedido de "postar"
"Wish me luck".

Portugal no seu melhor é, por exemplo, Sintra.
Cá fica a foto para os "ledores" estrangeiros ou que vivem no estrangeiro terem inveja de mim, que fui ontem a Sintra e hei-de voltar para passar uns dias.
Enveja? A enveja "Escura e feia" (de Bocage)?
Claro que não, refiro-me à inveja boa, claro. Tipo: Óh, quando eu for grande... /ou/ Óh, quando o Sócas estiver na cadeia, / ou / Oh, um belo dia veremos ("un bel di vedremo"), eu hei-de ir a Sintra. Depois de ter visto e revisto Lisboa, claro.

* A escrevedeira é um pássaro sazonal, que também passa por Sintra. Ver imagens da Escrevedeira no blogue Escrevedoiros.

domingo, maio 16, 2010

Le Temps des Cerises



Estamos, outra vez, no tempo das cerejas.
Aqui está uma bela e mesmo mítica canção francesa, Le Temps des Cerises.
Colocarei uma diferente versão no Blogue Escrevedoiros.


Letra

Quand nous chanterons, le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête.
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur
Quand nous chanterons, le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur.

Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles,
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendant de corail qu'on cueille en rêvant.

Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles!
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai point sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des peines d'amour.

J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps là que je garde au coeur
Une plaie ouverte.
Et Dame Fortune en m'étant offerte
Ne pourra jamais fermer ma douleur,
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.

Couplet ajouté pendant la guerre de 1871

Quand il reviendra le temps des cerises
Pendores idiots magistrats moqueurs
Seront tous en fête.
Les bourgeois auront la folie en tête
A l'ombre seront poètes chanteurs.
Mais quand reviendra le temps des cerises
Siffleront bien haut chassepots vengeurs.
n

sábado, maio 15, 2010

Vídeo Promocional de Portugal na Expo de Xangai

PORTUGAL, UMA PRAÇA PARA O MUNDO from Anze Persin on Vimeo.


Conseguiram dar, neste vídeo, uma imagem de arquitectura muito moderna, conciliada com outra mais antiga, europeia, que é mais frequente, embora aqui pareça menos. Talvez para contrariar a imagem que Portugal possa ter de país passadista. Saudosista. Ou mesmo Fadista. LOL

quarta-feira, maio 12, 2010

Nuvens



Há muitos anos atrás, estava eu a ver na televisão, com uma amiga, uma reportagem sobre as comemorações da paz em Angola. O repórter dizia:
- "Não se vê vivalma nas ruas" - mostrando a câmara umas ruas desertas.
Os comentadores, perguntados sobre esta inédita situação, afirmavam ser perfeitamente natural, uma vez que o povo já estava céptico. Afinal, era a segunda vez que se anunciava a paz no país. Eu disse à minha amiga:
- O povo angolano céptico e não querendo festejar? Muda de canal!
No outro canal, via-se uma enorme multidão nas ruas e o repórter a afirmar:
- É o delírio! Uma multidão incrível!

Lembro-me sempre disto quando ouço ou leio alguns comentários. Por exemplo, tornou-se consensual dizer que Bento XVI não é um Papa de multidões.
Têm a certeza?

(Pormenor: eram muito bonitas as nuvens que se formaram por detrás do altar. Os barcos, não vi).

terça-feira, maio 11, 2010

Visita Papal


A Língua portuguesa é traiçoeira: fiquei impressionada e sensibilizada por ouvir o Papa (vocês sabem que gostei dele desde o primeiro dia) dizer missa e fazer uma homilia num português perfeito.
Fico sempre impressionada ao ouvi-los falar tantas línguas, o que faz lembra aquele episódio bíblico das línguas de fogo, que deram aos apóstolos o dom de falar todas as línguas.
Incrível falar tão bem tantas línguas como este Papa faz e o seu antecessor!
Mas... fala sempre com pronúncia alemã, incluindo a língua italiana, rolando sempre os rrs... o que dá:
Urremos Irrmãos em vez de : oremos irmãos. Mas talvez tenha razão. Em Portugal, os tempos estão mais para urrar do que para orar.
URREMOS!

segunda-feira, maio 10, 2010

Deseja Factura? Ké Frô?

Quase sempre quando vou a um restaurante, fazem-me esta pergunta, que me coloca um trilema:

Ser simpática e dizer que não, mas ser cúmplice na fuga aos impostos do dono do restaurante, ser antipática, mas boa cidadã? Mentir dizendo que desejo um papel completamente anódino e prosaico?

Apetece-me dizer:
- Ouça lá, uma factura não é um objecto de desejo. Ninguém deseja uma factura!
Sendo assim, a resposta só pode ser:
- Não, não desejo nem nunca desejei uma facturinha.

Mais simpáticos, exactos e correctos são os indianos que andam pela Lisboa nocturna a vender rosas:
- Frô?
Estes sim, poderiam perguntar: "Deseja frô?" Porque a flor, essa já pode ser um objecto de desejo...
E gosto do termo, que faz lembrar o português medieval, o tempo da "fror", da "frol"
Da Frô...

quinta-feira, maio 06, 2010

Lojas de todo o mundo

Nos últimos, anos Lisboa foi enriquecida com lojas de comida de todo o mundo, ou quase: do Nepal, da Índia, da China, da Roménia...
Que abrem ao Domingo.
Acabo de descobrir o Magazin Romanesc, que tem coisas boas, como chá de framboesa. E outras que ainda não provei, mas devem ser boas, incluindo enchidos, bebidas e doces como compotas.

domingo, maio 02, 2010

Trilema Budista

Mesmo antes de ser meia Budista não-praticante, antes mesmo de ter ouvido falar em Budismo, sempre tive horror a matar ou ver matar animais, por mais pequenos que sejam. Em criança, pegava-me à bulha com as outras crianças para as impedir de matar insectos e outros bichitos assim minúsculos, ou seja, usava a violência para parar a violência...
Agora, estava eu felicíssima com um mangericão que comprei e que me perfuma a casa (refiro-me à erva aromática com fins culinários, mas que neste caso tinha o fim de planta doméstica). Eis senão quando, vejo que metade já foi comida e mesmo reduzida a pó.
Intrigada, fui ver: são umas lagartitas muito pequeninas e muito pretas. E muitas.
E agora, que faço? Mato dezenas, centenas de lagartas para proteger a planta? Uso o que resta com fins culinários e como-a? Como a planta e as lagartas? Não faço nada e permito que as irmãs lagartas reduzam a pó a minha plantinha aromática, o irmão mangericão?
Não sei se isto é um trilema ou um quadrilema, mas dilema não é, porque não há só duas hipóteses.

sexta-feira, abril 30, 2010

Deus Mãe

Acabo de descobrir um conceito místico de que nunca tinha ouvido falar nestes termos e que me agrada profundamente:
Deus Mãe
Não é deusa mãe, em inglês é também Mother God e nas outras línguas também deve ser.
Creio que, neste sentido, existe Deus Pai e Deus Mãe.
Eu já tinha conhecimento de que o Espírito Santo pode ser considerado o lado feminino de Deus, mas não conhecia este termo. Aposto que nenhum de vocês ouviu nunca falar de tal.
A título de exemplo,

quarta-feira, abril 28, 2010

Ai que bom!

Ai que bom! A Bolsa de Lisboa só caiu hoje 1,89%.
Muito pouco, se considerarmos que abriu a cair e esteve a perder quase 6 por cento. Afinal não estamos assim tão perto da Grécia, felizmente. Muito menos da Alemanha, infelizmente.
Foi você que votou Sócrates? Parabéns!

quinta-feira, abril 22, 2010

Portugal à beira da falência

Dizia-se que não havia alternativa a Sócrates, por isso ele teria necessáriamente de ganhar as eleiçoes...
Será possível fazer pior do que isto??????

terça-feira, abril 20, 2010

A Vera Intelijumência

Uma professora de português que conheço muito bem... contou-me esta história, a mim, Nadinha. E falou assim.
Tive, há uns anos, uma turma péssima de 10º ano. Muitos alunos tinham notas a português entre dois e cinco valores e quase todos tinham estas notas a matemática. No meio disto tudo, havia a Vera, uma aluna que, quando todos tinham negativa e ela tinha 17, tentava tirar 18 ou 19, tendo acabado o 12º com vintes.

No fim do ano, alguns dos piores alunos resolveram assistir às aulas de apoio que eu podia dar, gratuitamente, se tivesse "fregueses" e, a partir daí, portaram-se muito pior nas aulas, dizendo que, como iam ao apoio, já não precisavam de se esforçar mais.
Um dia, fizeram-me queixa da Vera:
- Ela tem a mania de imitar uma mula nas aulas e os professores nem desconfiam dela e ralham connosco. É claro que nós não fazemos queixa...
Perguntei-lhes várias vezes por que razão não faziam queixa e eles deram sempre boas razões, bondosas e muito solidárias, sem aparentemente se darem conta de que, ao contarem-me a mim, estavam a fazer queixa...
- Mas eu nunca ouvi esse ruído da mula. - Respondi, tentando disfarçar a vontade de rir.
- Ela nas suas aulas não imita uma mula porque gosta muito de si e está sempre a falar de si e a dizer isso.
- Mas o que é isso de imitar a mula?
- Zurra.
- Ah! Zurra?! Mas isso não é imitar um burro? - Perguntei.
- Sim, também pode ser...
- Eu já reparei que ela fica muito aborrecida quando vocês dizem asneiras ou exprimem ideias parvas, racistas, por exemplo. Não será nessa altura que ela "imita a mula"?
- Sim, talvez...
- E vocês não percebem que ela vos está a chamar burros?
- Ah! Pois é! Pode ser... Havemos de reparar quando é que ela faz isso... - iam dizendo eles entre si, muito consternados.

Eu tinha muita pena desta rapariga, caída no meio daquela cambada de ignorantes e parvos, muito enfadada, mas ela não se deixava influenciar nada por ninguém, nunca. E divertia-se à sua maneira. Um dia, no fim do ano, uma colega pediu-lhe que lhe fizesse um trabalho para me apresentar, a ver se não reprovava.
O trabalho estava invulgarmente bem redigido, mas aparecia nele várias vezes a palavra vera, com o sentido de verdadeira, autêntica, etc... a amiga também não reparou nesta assinatura... e eu não podia afirmar que fosse uma assinatura, nem tinha provas de que o trabalho não tinha sido feito por ela... de facto, o único defeito do texto era a repetição excessiva desta palavra.

Vou pedir à Vera que leia isto, a ver se é vero, pois nunca lhe contei esta "não-queixa" que os colegas me fizeram e também tive o cuidado de não a contar aos outros professores da rapariga, a não ser depois de as aulas acabarem.

Há quem chame a isto, e vem a propósito o termo: intelijumência (palavra aglutinada e derivada de jumento).
Pensando melhor, as mulas não zurram, acho eu.

sábado, abril 17, 2010

100 anos


Nem de propósito, no dia do meu aniversário, descubro no Facebook uma mulher que, aos 100 anos, renovou o passaporte para o caso de lhe apetecer partir outra vez à aventura. E porque não, diremos nós?
Não é que eu tenha depressões com a idade, mas se tivesse...
É uma grande exploradora, do século XX e creio até que já li um livro dela, sobre uma viagem ao Tibete.
Desse livro guardei sobretudo a recordação da imundície que refere constantemente, dentro das casas onde dormiu e que me parece ser, hoje em dia, o principal obstáculo às viagens assim.
Conheci recentemente uma jovem francesa que fez uma viagem à Índia como todo o mundo gostaria de fazer, a não ser as dondocas que não podem viajar a não ser em hotéis de 5 estrelas, como conheço algumas. Perguntei-lhe se não teve problemas com a higiene: sim, esse era exactamente o principal problema: andou a vomitar sangue muito tempo, sobretudo enquanto andou por lá, mas acha que depois disso se tornou resistente às doenças.
Mas é claro que o livro é muito interessante, passado numa época antiga e que parece mais antiga ainda, como se estivéssemos quase no princípio dos tempos. Um exotismo que quase já não existe em lado nenhum.

e Aqui:

End of story: morreu aos 101 anos, em 1969. A esperança de vida era, então, bem inferior à de hoje.
A fotografia é interessante: não está nos olhos dela o desejo de fazer grandes e diferentes coisas? No entanto, seria talvez normal que acabasse por fazer apenas o mesmo que fazem todos...

sexta-feira, abril 16, 2010

Aniversário

Nasci e sou uma menina.
Quero compartilhar com vocês o meu aniversário. Não costumo festejar, a não ser interiormente, mas hoje já me fizeram uma festa surpresa ao meio-dia. É um número redondo...
Ah, a propósito: o Papa de Roma também faz anos hoje e costuma ficar tão feliz como eu.
Por termos nascido. Por ainda estarmos aqui. Pelos amigos. Pela vida.
No meu caso, também: por estar a viver no Século XXI, um tempo mais adequado, para mim, do que o Sec. XX, que sempre me pareceu demasiado atrasado.
Este tempo que vivi até agora, bastante tempo, já cá canta. Já ninguém mo tira.

quinta-feira, abril 15, 2010

Música Folclórica do Nepal

Música Popular do Nepal

Música Folclórica do Nepal

Música popular do Nepal.

PEC Peque

Anda o governo a pagar ao Figo e aos boys, para depois nos vir pedir dinheiro e sacrifícios porque o país está mal, (para o Plano de Estabilidade e Crescimento PEC)
Está mal, porquê? Por culpa de quem? Essencialmente, por culpa da corrupção e dos corruptos.
Este Pec, segundo alguns especialistas, podia ir buscar mais dinheiro aos bancos e às empresas públicas em vez de o tirar dos nossos impostos, mas essas empresas têm de pagar fortunas para subornos...
Peque por mal dos nossos pecados.
Os boys e os figos não são portugueses? Não têm de pagar os erros e os pecados dos governantes?

domingo, abril 11, 2010

Comida de Reis

Tivemos um rei, o tão mal-amado rei D. João VI, mal-amado em Portugal e no Brasil, que comia um frango assado a todas as refeições. E se calhar, às vezes repetia.
O espanto desta informação não vem tanto da quantidade, deveria comer várias outras coisas além do frango, mas sobretudo de nessa época não se comerem frangos assim, à "tripa-forra" (expressão também ela antiga e antiquada, mas que vem a propósito).
Lembrei-me disto agora, por me ocorrer que todos nós, isto é, eu é vocês, podemos comer como um rei, se nos apetecer e se tivermos apetite, dado que o dito frango é hoje vulgar e barato.
Vejamos: os do rei eram biológicos, que agora são mais caros, mas podiam muito bem estar doentes ou até mesmo terem morrido de doença, que na época era assim...
Outro aspecto: deveria ser preciso ter um aviário só para ele, pois comia cerca de 800 frangos por ano e a produção não era assim tanta nesse tempo.
Moral da história (tive, durante alguns meses, um namorado completamente ignorante, que achava sempre que todas as histórias tinham moral):
Este nosso rei deveria ser considerado o percursor do fast-food, tanto em Portugal como no Brasil e, sem a menor dúvida, merece a honra de ser considerado o verdadeiro...
O Verdadeiro Rei dos Frangos!
P.S.: O dito noivo, vendo-me um dia a folhear um livro da grande poetisa Sapho, perguntou-me se eu estava a pensar comprar um livro sobre sapos. Mas era meiguinho.

Novo PS!: Com o receio de ter errado, fui consultar a net. Fiquei a saber (será verdade?) que o dito D. João VI comia nove frangos assados por dia, o que dá 3285 frangos por ano, sendo que nos bissextos seriam 3294 e que a sua esposa foi a inventora da caipirinha. Obrigada, Dona Carlota Joaquina! A caipirinha é uma das coisas boas que existem!
Vale a pena pesquisar este tema na net. Experimentem.


sexta-feira, abril 09, 2010

Alminhas





Em Dezembro apresentei neste blogue uma cruz dos caminhos, como se pode ver
Nessa altura, a Gi fez um comentário sobre as Alminhas, nichos sagrados muito frequentes em certas zonas de Portugal, Itália, Espanha, pelo menos que eu saiba, mas desconhecidos noutros lugares desses países e noutras terras.
Em resposta a esse comentário, prometi colocar aqui fotos de Alminhas e aí estão elas.
Remeto para o comentário da Gi, no seu blogue

Estas Alminhas situam-se em Castelo de Paiva, no Douro Litoral, o primeiro conjunto de duas situa-se num pequeníssimo lugar chamado Alminhas, o outro fica muito próximo.
Representam as almas do Purgatório, auxiliadas por Nossa Senhora e pelos suplicantes que são passantes dos caminhos; tudo isto apresentado em azulejos policromados. Ainda ninguém se lembrou de roubar isto...
Já neste blogue coloquei umas alminhas que ficam próximas destas, mas demoro a encontrar o post, por não o ter indexado.
Recentemente constatei que na cidade do Porto também existem estes nichos. Vi hoje um, perto de Campanhã.
Tenho imagens semelhantes, embora de índole diferente, fotos tiradas em Itália e Espanha. Um dia destes...

quarta-feira, março 31, 2010

O Mar

O Tema central do Terra Imunda é, obviamente, o mar,
como já todos tinham percebido...


Eu sou tão pouco saudosista, que raramente acho graça às coisas antigas. Gosto do futuro e não do passado. Mas, ao ouvir esta música, recordei sensações que não me lembro de ter tido, ou melhor, que não tinha há tanto tempo, que já nem me lembrava delas.
É o que Fernando Pessoa chamaria "sensações do universo interior". Neste caso, uma tristeza que vem do corpo e do tempo.
Durante a maior parte da minha vida, senti-me exilada no tempo: exilada no passado, sabendo que o meu lugar era no futuro. Isso provocava-me a angústia de não saber se algum dia chegaria a esse futuro.

Ainda não cheguei, felizmente.


terça-feira, março 30, 2010

O Amor

"Se você pode amar a si mesmo com todas as suas imperfeições, você será capaz de amar os outros seres humanos com todas as suas imperfeições."

segunda-feira, março 29, 2010

Citando outro Blogue

Aqui está um muito interessante artigo, chamado "Ach Portugal" no Blogue

Vale a pena ler.

PS.: É sempre uma alegria ver que tenho mais seguidores nos blogues, mas foi uma grande surpresa e grande alegria ter como seguidor o Blogue de Osho, que nem conhecia.
Gosto muito de Osho, por isso, vão vê-lo. É um místico oriental moderno.

sábado, março 27, 2010

Hora da Terra 2010

Aqui está uma boa mensagem. Vamos desligar a electricidade durante uma hora hoje à noite para nos lembrarmos da terra.
Da última vez que fiquei sem luz, achei engraçado ler um livro à luz da vela. Podemos fazer isso hoje, como não está frio, não é preciso aquecimento nenhum.

Afinal, não fazer nada é fácil e neste caso, basta não acender as luzes.
Das 20:30 às 21:30.
Se não conhecem o World Wild Fund, que promoveu isto, ver aqui
http://www.wwf.pt/

É um acontecimento mundial, mas só o pode ver quem tiver televisor a pilhas. LOL.

terça-feira, março 23, 2010

Exposição de pintura de João Cristóvão




Foi inaugurada, dia 18 de Março de 2010, uma exposição de pintura de João Cristóvão.
O artista enfatiza a beleza da mulher, sugerindo as infinitas histórias do feminino.
A mulher destaca-se na sua obra como protagonista, contrastando com um universo pardacento.

Ver aqui o blogue de João Cristóvão




Também é possível encontrar AQUI uma exposição mais recente, no Facebook.

domingo, março 21, 2010

O Esplendor da Primavera

Fiquei em casa a ver pela televisão a corrida na ponte e a morrer de inveja.
Recordo e imagino as sensações de esplendor, muitas sensações físicas, algumas mentais, que costumo ter quando vou, e sobretudo uma plenitude que me deixa em paz com tudo e com todos.
Estava um pouquinho lesionada, com um nadinha de rinite... disparate! Passava tudo, se tivesse ido. Ficava logo óptima!
No dia da corrida está sempre muito bom tempo, mesmo se nas vésperas esteve mau.
E hoje começa a Primavera. Uma das Primaveras mais desejadas por toda a gente de que tenho memória, embora sejam todas elas muito desejadas.

Feliz Primavera para vocês, onde quer que estejam... incluindo o Brasil, pois a Primavera pode ser uma estação interior.

quarta-feira, março 17, 2010

O pior aluno


"Em 1969, o indiano Shiv Pappu Charan fez uma promessa à namorada: assim que ele conseguisse formar-se numa escola para adultos já poderiam casar-se. Na última semana, aos 74 anos, foi ver as pautas das notas e descobriu que tinha chumbado pela 38ª vez!"
(Notícia de vários jornais, em vários países)

E que tal aprender português e inscrever-se nas novas oportunidades? Mas... não... o senhor teve 3,4 na sua própria língua (na escala de 1 a 10)e foi a melhor nota que teve na vida. Parece que há muitas pessoas que se deslocam a esta terra, de propósito para assistirem aos seus exames.

terça-feira, março 16, 2010

Eduquês

As pessoas que se dedicam muito à Pedagogia fazem afirmações e tiram conclusões que parecem ser de atrasadas mentais.
Vinha no jornais, um destes dias, a afirmação de que o facto de haver alunos reprovados por faltas não os torna (a esses alunos) menos absentistas. Pois não. Torna é os outros mais cumpridores.
Também dizem que um estudante não ganha nada em reprovar o ano. Alguém pensou que ganhava?
O que se pensa é que deveria haver mais ensino e mais exigência. Se há estudantes que reprovam por faltas ou por notas, que vão às aulas, que estudem ou que mudem para cursos mais fáceis.

Todos acham disparatadas as formulações do Eduquês, desde os professores experientes até às pessoas que nunca antes tinham pensado no assunto.
Esta gente tira mestrados e doutoramentos em eduquês e fica a falar para as paredes... ninguém os percebe, nem tenta.

sábado, março 13, 2010

E sei outro ninho...




O outro ninho que eu sei é este. Mas estas fitas brancas, o que serão? Poluição? Fazem parte do ninho? Com esta dúvida, não o coloquei no blogue Escrevedoiros, onde só cabem coisas bonitas, mesmo que sejam tristes. (Ver o ninho que lá está).
Uma das fitas tem uns dizeres.
Interesso-me por tantas coisas, que é impossível perceber muito de todas. Gosto de pássaros, mas não me interesso assim muito por biologia, ou assim... Talvez as minhas jovens amigas que estudam veterinária... mas a veterinária pouco se importa com os animais selvagens... ou vadios.

Plantar Árvores



Acreditam que isto fica no centro de Lisboa? Que é uma das entradas desta cidade? Uma das principais: para quem vem da ponte 25 de Abril, ou do mar.
Era aqui que ficava o tremendo bairro da lata do Casal Ventoso, uma habitação tão degradada, também do ponto de vista social e moral, que nem a polícia lá entrava. Ninguém agradeceu nem agradece ao Presidente da Câmara que acabou com ele, colocando as pessoas em apartamentos... (João Soares) mas isso são outras águas.

Os pobres são pobres, mas não são parvos, escolhiam sítios magníficos para fazerem as suas choupanas de madeira e lata. Com vista milionária e no centro. A natureza toma conta de tudo, fazendo esquecer o que existiu, talvez para sempre...

A associação Plantar Uma Árvore organizou este evento: cada pessoa plantaria 2 árvores. Como estou com uma distensão muscular no ombro provocada pela natação, fui lá dar apoio moral, mas a terra estava tão mole e macia por causa da chuva, que lá plantei as minhas duas árvores. Com bastante ajuda...
Que manhã de quase Primavera tão bem passada!

sexta-feira, março 12, 2010

Violência Escolar

Conheço uma professora que está a ficar surda, num processo progressivo. Alguns alunos massacravam-na, gozavam-na, sabendo embora que ela estava nessa situação desesperante. Havia um em particular... o tipo de pessoa que gosta de torturar as outras. A mãe dele é uma querida. (A professora não conseguiu continuar a dar aulas)

Temos tendência para pensar que, se um estudante é mau e malcriado e agressivo, isso é porque tem problemas. Com esta desculpa, os professores, o regime, perdoa-lhe tudo. São normalmente problemas familiares, mas digam-me vocês:
Quando um rapaz ou uma rapariga têm um feitio insuportável, tremendamente egocêntrico, insensível aos outros, será possível que uma criatura assim não tenha problemas familiares? Só se o resto da família for constituída por santos...

Não acho mesmo nada que todas as pessoas egoístas e perversas sejam o fruto de grandes dificuldades. São muitas vezes, pelo contrário, o efeito de uma grande abnegação dos pais, que só vêm aquilo, sobretudo quando é filho/a único/a. Uso preferencialmente o masculino, porque são normalmente os rapazes a ter estas atitudes.

segunda-feira, março 08, 2010

Dia da Mulher


Para celebrar o Dia da Mulher, desejo a todas as mulheres que se renovem com a Primavera, por se lembrarem que são também seres da natureza.
Que a renovação seja interior e exterior, um renascimento!

domingo, março 07, 2010

Missa Dominical

Aos sábados e domingos de manhã, gosto às vezes de ver a televisão italiana.
Liguei a RAI Uno e estava a dar missa. São às vezes missas lindíssimas em igrejas magníficas, mas eu não estava com paciência e liguei a RTP1. Estava a dar missa. Na homilia.
De repente, a minha atenção é arrebatada pelo discurso do padre, dirigindo-se aos crentes e aos descrentes. Estes descrentes serão os que vêem a missa pela televisão, ou os que frequentam assiduamente a igreja?
A todos incentivava e preocuparem-se com os principais problemas sociais e políticos do país, citando jornais e, de forma não demasiado indirecta, criticava a actual falta de honestidade gritante.
Não o reconheci a princípio, nem reparei no solidéu, mas não desliguei para ver o nome do padre: D. Januário.
O modo como dizia as palavras das orações era tão veemente e convincente como se fosse a primeira vez que dizia missa, ao ponto de parecer que usava rezas diferentes. As que eram realmente diferentes também se referiam à situação sócio-política.
Ainda temos gente nas cúpulas deste país!

sábado, março 06, 2010

Chinês

Cerca de 63 por cento dos portugueses toleram a corrupção desde que produza efeitos benéficos para a população em geral

Li esta notícia no Público. Que os portugueses são tolerantes com a corrupção, é importante que se saiba e é importante discutir-se este assunto. Mas o que é isso de ela ter efeitos benéficos para a população em geral?!!!

Já tenho ouvido pessoas que protestam veementemente contra os corruptos e depois acrescentam:"Eu, se estivesse no lugar deles, fazia o mesmo."
E estas pessoas nunca consideram sequer a hipótese de a pessoa estar inocente...

quarta-feira, março 03, 2010

Provérbios sobre o tempo - A Senhora das Candeias

Fiquei a saber hoje um novo provérbio ou ditado popular, que também é uma previsão do tempo (já tenho alguns por aí neste blogue, que também prevêem o tempo).
São três versões, a primeira foi a que ouvi, as outras tirei-as da net.
«Se a Senhora das Candeias chorar, está o Inverno a passar; se está a rir, está o Inverno para vir.»
«Quando a candelária chora, o Inverno já está fora. Quando a candelária rir, o Inverno está para vir.»
«Se a candeia rir, está o Inverno para vir; se a candeia chora, o Inverno está para fora.»
A ideia é esta: se está sol nos dia da Senhora das Candeias, dois de Fevereiro, vem aí mau tempo, se chover, então já acabou o Inverno.

Confesso que tenho sempre a impressão de que o que estes ditados dizem, tanto pode ser assim como ao contrário... o importante é fazer-nos lembrar ou saber que está tudo normal... que o tempo não mudou, ao contrário do que se diz.
Ora o grande drama é que esteve um tempo óptimo na Candelária, logo...

O meu avô também tinha uma previsão do tempo para o ano inteiro, baseado no tempo que fazia em certos dias, em que cada dia correspondia a um mês. Talvez os primeiros dias de Janeiro, mas não garanto que fossem esses. Enfim...

segunda-feira, março 01, 2010

Amarula: "um grão na asa"

É muito engraçado. Veja até ao fim, mesmo que não perceba inglês.
A avestruz, dir-se-ia que tem "um grão na asa" :)
E ainda dizem que devemos comer coisas naturais! Ele há cada coisa natural!