segunda-feira, outubro 28, 2013

Antes da reforma é preciso um trabalho

Hoje foi um dia chato no meu trabalho - afirma a amiga da Nadinha, aquela que é professora de profissão -  a mudança de hora e o céu escuro e nublado deixou a ganapada insuportável. E uma minha colega sibila-me, entredentes: "Ainda vamos ter de aguentar isto mais dez anos!" 

- Deu-me vontade de rir, mas não tem graça. Mais dez? Só?! Que bom! Mais vinte? Mais quarenta? É que isto está para lavar e durar. 


Houve um dia em que todos acordámos a pensar que íamos trabalhar até morrer. Morrer de desgosto e de susto, após imensas humilhações, em que somos acusados de sermos velhos, gagás, esclerosados... a criançada anda tão bem educada!!!


Em breve seremos professoras de filhos de gente que nunca trabalhou. E que vive à nossa custa, para nos injuriar. A educação não resultou. Para quê a educação? 

A Nadinha não tem problemas desses, claro. Não é mãe nem pai de pançudos. :)

Ler também este artigo



Antes da reforma é preciso um trabalho



Sim, convém.



sábado, outubro 26, 2013

Voltámos! Que se lixe a Troika!








Vai fazer um ano que o governo expulsou os manifestantes de São Bento com uma brutal carga policial.
Mas nós voltámos. Vamos estar lá sempre. A denunciar a corrupção política, o abuso do poder, a exploração do povo português.

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(A Nadinha falou na RTP informação, no noticiário das 18 horas).

quarta-feira, outubro 23, 2013

UMA MANHÃ ACORDEI E ENCONTREI O INVASOR!



UMA MANHÃ ACORDEI E ENCONTREI O INVASOR!

LETRA EM ITALIANO

Una mattina mi sono alzato,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Una mattina mi sono alzato,
e ho trovato l'invasor.

O partigiano, portami via,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
O partigiano, portami via,
ché mi sento di morir.

E se io muoio da partigiano,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E se io muoio da partigiano,
tu mi devi seppellir.

E seppellire lassù in montagna,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E seppellire lassù in montagna,
sotto l'ombra di un bel fior.

Tutte le genti che passeranno,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Tutte le genti che passeranno,
Mi diranno «Che bel fior!»
«È questo il fiore del partigiano»,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
«È questo il fiore del partigiano, morto per la libertà!»

NÓS PAGAMOS! NÓS PAGAMOS! NÓS PAGAMOS! NÓS PAGAMOS!

ROUBEM-ME, ROUBEM-ME! EU, A PRINCÍPIO, FICO UM NADINHA CHATEADA, MAS DEPOIS PASSA.

ROUBEM-ME CARTEIRISTAS! ROUBEM-ME POLÍTICOS, ROUBEM-ME PRESIDENTES! 


EU PROMETO NADA DIZER NEM NADA FAZER QUE VOS IMPEÇA DE SERDES UNS ABASTADOS SUPERIORES  AO RESTO DA RAÇA PORTUGUESA!

ASSALTEM-ME, QUE EU GOSTO! EU ADORO SER ASSALTADA!


COELHOS, CAVACOS, PORTAS, CAMBADA DE ASSALTANTES! IDE PEDIR MAIS DINHEIRO À TROIKA! 
NÓS PAGAMOS OS JUROS! É MUITO? 

NÃO FAZ MAL! NÓS PAGAMOS! NÓS SOMOS MUITOS!

NÓS ADORAMOS SER CHULADOS, NÓS ADORAMOS PAGAR MAIS CINCO QUANDO VOCÊS SÓ PEDIRAM MAIS QUATRO!

NÓS SOMOS A VOSSA MULA DE CARGA. NÓS PAGAMOS!

NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!NÓS PAGAMOS!


terça-feira, outubro 22, 2013

Navegar: sentir o mar na pele dos olhos





D. Carlos, para além de comprar o iate Amélia IV, no qual toda a família fugiu, após a sua morte, assassinado que foi por republicanos, gostava do mar, de navios e gostava de desenhar e pintar.
Má sina para quem teve de ser rei. Pior ainda, em tempo de revoluções republicanas. 

Ficam algmas imagens interessantes, talvez não geniais, que nos revelam a fisicalidade do ato de andar pelos mares. Algo de líquido, de fluido, nos pulmões e na pele. 

E na pele dos olhos.


Gosto particularmente das velas dos navios, que se deixam possuir pela dourada e depois rubra cor do  sol poente. Tudo é mais intenso nos mares. Mais dramático.


sexta-feira, outubro 18, 2013

A bandeira portuguesa mexicana, a bandeira portuguesa invertida, os bandeirantes e, claro, o rebanho de cabras




As imagens falam por si mesmas, sobretudo as da bandeira Portuguesa, que são tão simbólicas. Já existem várias neste blogue. Aqui vai mais uma.

Creio que pouca gente dá realmente muita importância à bandeira portuguesa, que deveria ter sido mudada após o 25 de abril, juntamente como hino, na opinião de muitos. Mas os militares e os políticos andam sempre às voltas com a bandeira. Aqui estão duas imagens significativas do novo regime.

Foto 1 - Cavaco Silva e a bandeira ao contrário, o que significa um pedido de socorro
Foto 2 - Passos Coelho no México


Ver também no Inimigo Público


quinta-feira, outubro 17, 2013

Carta aberto do Ex-presidente de Comissão de Acesso ao Ensino Superior


Tenho impressão de que há alguém no Ministério das Finanças que acorda de manhã e diz: "A quem é que vamos cortar hoje?" E sai uma medida. Isto está a ficar uma manta de retalhos, porque não se faz a reforma do Estado. E este tipo de amadorismo não é aceitável, especialmente num momento em que se precisava de muito profissionalismo e de seriedade.

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domingo, outubro 13, 2013

Os mortos não protestam, os velhos são senis, os vivos morrem de medo e de cobardia




Quando Mário Soares morrer, todos dirão o que digo agora a seu respeito, mas, em Portugal, há um culto dos mortos, porque os mortos não falam, não protestam e nós detestamos a contestação. O respeitinho é que é muito bonito.

Décadas depois de terem morrido, valorizamos as atitudes revolucionárias de figuras como Natália Correia e outros, sobretudo porque nada mudou entretanto. Por nossa culpa.

Enquanto ainda fala, ouçamos o que diz Mário Soares sobre a política. Pelo contrário, andam a dizer que está velho, que está senil, o que é uma falta de respeito para com os idosos e um insulto para com ele.
Muitas vezes me irritou, claro, mas não comparemos Mário Soares com o Cavaco Silva, Passos Coelho, ou Sócrates. Soares esteve preso, esteve no exílio, durante décadas só teve sofrimento, perdas e derrotas pessoais por ser político. Os outros só tiveram ganhos e que ganhos!    

Assistimos a um país em que ninguém tem coragem para falar no seu emprego, ninguém tem coragem de dar opiniões diferentes das dos "chefes", porque José Sócrates Pinto atribuiu grandes poderes aos "chefes.

  1. Assistimos a um país em que ninguém tem coragem para falar dentro do seu partido, nem em lado nenhum, em que a corrupção é comummente aceite, em que é antipático denunciar ou protestar. Quem tem coragem, corre o risco de ser considerado louco, senil, parvo, ou um perigoso dissidente.

Ouçamos o que diz Mário Soares:

Mário Soares diz que alguns membros do Governo são “delinquentes”


Antigamente comparavam Mário Soares com Álvaro Cunhal, considerando que Cunhal era superior, porque sofreu mais, porque foi torturado. Comparemo-lo agora com esses corruptos, que só conhecem, da política, as vantagens do poder.

sexta-feira, outubro 11, 2013

A Sentinela de Richard Zimler

Este romance policial, lançado esta semana em Lisboa,  retrata o Portugal contemporâneo, corrupto, decadente, em crise, referindo figuras como o Miguel Relvas. Os assassinatos da corrupção, de que ninguém fala.




VER AQUI ENTREVISTA

Quando digo que, com tanta corrupção, tem de haver também muitos assassinatos, chamam-me dramática e imaginativa. Porque só se ouviu falar de um e mesmo esse foi no Brasil. O de Duarte Lima. Esquecem-se de que Duarte Lima foi uma importantíssima figura política do PSD e do regime.

A acção do romance decorre em Lisboa e no Colorado, Estados Unidos. Um dos seus temas é a violência doméstica. Entre outros.

terça-feira, outubro 08, 2013

Stanislas Lepine e a beleza do mundo







Acabo de descobrir, através do meu amigo Eduardo Alves Marques, especialista em arte, sobretudo em joalharia e autor do livro  Se as Jóias Falassem, este pintor francês Stanislas Lepine, que, até agora, me passou despercebido, não sei como, se até tem navios e até é mais ou menos impressionista.

Como qualquer pessoa apaixonada pela navegação, Stanislas Lepine mostra-nos um mar que é o oposto da terra, para nos dar a ver uma terra que é uma novidade, por oposição à relativa monotonia do mar.



domingo, outubro 06, 2013

Amoreiras: Open Day










Quem frequenta as Amoreiras assiduamente, nunca viu o que este fim de semana se pôde ver, no âmbito do Open Day. Visitas guiadas que levaram os visitantes ao cimo das torres, por exemplo.

E explicações. 

Integrando-se na Pop Art, como a arte de Warhol e outros, as torres conjugam elementos arquitetónicos modernos e antigos, como a Cruz de Santo André do Gótico, as colunas gregas ou as portas abobadadas. 

Numa inspiração medieval, as três principais estão dispostas do seguinte modo: duas de aros retangulares e quadrados, uma de cada lado de outra de formas arredondadas, simbolizando os guerreiros que protegem a dama. A dama é da altura dos cavaleiros e um nadinha mais avantajada  :)

Para poupar espaço e abrir perspetivas, não estão colocadas com as paredes paralelas, mas sim como se tivessem rodado sobre si, com as esquinas voltadas umas para as outras.

Também nos interiores foram feitas muitas inovações, atitudes que eram inéditas em Portugal. Para dar um exemplo:  os escriórios ocupam um piso totalmente em open space. São alugados e o inquilino pode mandar dividir esse espaço como preferir, mas, ao entregá-lo, deverá deixar tudo como estava. 

As cores interiores, que eram o cor-de-rosa e o azul, como no exterior, foram quase todas substituídas por beijes e outras cores mais suaves. Quando as Amoreiras foram fundadas, era um dos aspetos que mais chocava, o terem cores muito garridas.

É uma arquitetura que integra tudo, até mesmo os reflexos de tudo: sol, por do sol, luzes da cidade...

Há muito tempo queria fazer um post sobre as Amoreiras.

(Os dois guindastes que se vêem, pertencentes à torre da quarta imagem, entrada do Centro Comercial, servem para içar os lavadores das janelas).

8 de Outubro, 2013: Lançamento de Livro - A SENTINELA




8 de Outubro, 2013: Lançamento de Livro - A SENTINELA 

de Richard Zimmler

18h30, no Corte Ingles (Piso 7). Daniel Sampaio apresentará o livro.

http://www.zimler.com/conteudo.php

É possível ler o 1º capítulo em inglês, aqui 

sábado, outubro 05, 2013

5 de outubro de 2013: dia do Esquecimento em Portugal




5 de outubro de 1143: dia da independência de Portugal (Tratado de Zamora)

5 de outubro de 1910: dia da implantação da República em Portugal

5 de outubro de 2013: dia do Esquecimento ou dia de coisa nenhuma em Portugal.


Pela primeira vez, a corja de políticos corruptos que nos governa decidiu acabar com o feriado de 5 de outubro, que tem todas estas ressonâncias históricas. Nada disto lhes interessa a eles, é liberdade a mais.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Fotos Antigas: não as há muito antigas


Primeira manhã após a Suécia mudar o lado de conduzir da esquerda para a direita, 1967


Manequins derretidos e danificados após um incêndio no Museu de Cera Madame Tussauds em Londres, 1930





Armênia de 106 anos protegendo sua casa, 1990




Hipopótamo de circo puxando uma carroça



É muito interessante revisitar fotos antigas, ainda que não as haja muito antigas. Mesmo assim, parecem refletir um tempo ido e estranho. Exótico.

Como se pode ver neste blogue, que tem outras

Pavablog

quinta-feira, setembro 26, 2013

Caminhos da Escola: Caminhos de todos os perigos






Está a dar no canal ARTE um programa incrível: "Chemins d'école chemins de tous les dangers". Creio que é aos domingos, pois eu gravo a série. Recomendo, sobretudo a professores e a alunos. 

No Quénia, (1º vídeo), crianças sozinhas ou em grupos de 2 ou 3 atravessam a Savana, até 10 km, esperando não serem atacadas por tigres e elefantes. E os professores ainda lhes batem, se chegarem atrasados. Na escola não falam a língua deles, o Masai, têm de aprender Suaili e Inglês. Quatro em cada  cinco não aprende a ler nem a escrever. 

No Nepal,  (2º vídeo), têm de atravessar um rio, numa cesta metálica enferrujada, dependurada em dois cabos de ferro enferrujados (o terceiro cabo já se partiu, os outros poderão quebrar-se a todo o momento). A cesta é empurrada por eles. E os professores também lhes batem, se chegarem atrasados

Quanto ao programa da Sibéria, eu nem consigo vê-lo porque o frio é algo que me assusta a mim.

Isto é uma série em exibição, mas já existem alguns episódios no Youtube. São em francês, mas não é necessário saber francês para os entender.

É claro que estes estudantes são os privilegiados. De tal maneira, que o site THE LITERACY SITE nos propõe pagarmos a escola de meninas durante um ano, dado que as meninas nem isso têm.

Por 10 Dólares, menos de 10 euros, podemos ajudar a enviar uma menina para a escola no Afeganistão, o lugar do mundo onde as mulheres são mais discriminadas e perseguidas. Um ano de escola custa 250 dólares.


VER AQUI 


Fica muito mais barato pagar os estudos a uma menina orfã (abandonada) na Índia. Desde 3 dólares e 50 cêntimos.

VER AQUI

quarta-feira, setembro 25, 2013

Da estupidez humana

Este tema, "da estupidez", vem muito a propósito das próximas eleições, pois releva, tanto dos eleitos, como dos eleitores.

Já qui foi referido um livro de autor italiano sobre o assunto, que podem encontrar clicando 

AQUI

Farei agora algumas citações sobre a estupidez, começando pelo nosso Almeida Garrett:

"Discute-se a materia gravissima - se é necessario que um ministro d'estado seja ignorante e leigarraz." 

E agora Schiller:

"Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão."

E de Bertrand Russel


"Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões."Autor - Russell , Bertrand


segunda-feira, setembro 23, 2013

Francisco

Não deixarei aqui de insistir sobre a renovação e sobre a inovação de Francisco, o Papa Mario Bergoglio.

Apos o 25 de Abril, deu-se em Portugal uma viragem à esquerda, que afastou quase toda a gente da Igreja Católica. Digo quase toda a gente pois muitos continuaram a frequentar a igreja, sendo que muitos outros, a maioria, só lá vai a casamentos, batizados, funerias e missas por alma. Alguns ainda se dizem católicos, outros se dizem cristãos, outros agnósticos, ateus... acho que nem eles (nós) sabem já o que são... pois isso não depende deles.
 Do que não me tinha apercebido e julgo que vocês também não, é que essa viragem à esquerda da sociedade portuguesa coincidiu (mais coisa menos coisa) com a viragem à direita da Igreja católica, empenhada, com João Paulo II, em combater o comunismo. Compreende-se esse zelo da parte de alguém que viveu num país obrigado a  ser comunista, refiro-me a Karol Voitijla, mas não se comprende tão bem da parte de um Papa que querem canonizar ( o mesmo  Karol Voitijla), porque os grandes homens e mulheres não podem ter ficado cegos pelas suas circunstâncias pessoais. Deixemos isso para o povo comum. Não por acaso existe hoje um movimento contra a sua canonização, por ter ignorado e, portanto, protegido, os padres e bispos, talvez cardeais, que eram pedófilos. A Onu, ao tentar investigar estes casos, esbarrou com o silêncio do Vaticano, que escondeu os seus próprios dados, em vez de se empenhar na justiça. 


É assim que a igreja perde quase toda a gente, sobretudo os cristão católicos de boa vontade, contra uma minoria direitista e mesquinha, empenhada em criticar e acusar de pecadores todos os outros.



Enquanto "todos os outros" cada vez se estão mais nas tintas para as noções de pecado e outras que tais.


É claro que esta minoria direitista e sectária leva atrás de si uma juventude carente de valores e de fé. Ingénua, claro. Como se fosse possível ser cristão e estar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária. 
Como se fosse possível ser um ser humano, humano, e continuar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária. 

Este artigo do público mostra bem o que eu não saberia explicar. escrito por frei Bento Domingues, intitula-se
Católicos não cristãos e é completamente corrosivo contra um tipo de católico: o tipo normal.


Da minha pobre janela








O tanto que se vê da minha janela: o universo, quase todo, e em contínua mutação,
A beleza do mundo, o espetáculo do tempo, tudo a entrar pela minha casa e pela minha alma adentro.
Nem é possível fugir: é tudo demasiado belo.

E eu que viajei para outras paragens, à procura doutras cores... outros sons, outros sabores...

domingo, setembro 22, 2013

Terra Imunda


(Terra Imunda - diz também este tubarão, "Tintureiro", no mercado do peixe de Campo de Ourique)

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sábado, setembro 21, 2013

Caminhadas noturnas



Antigamente faziam-se caminhadas noturnas por necessidade, por gosto, para ir às romarias, ou seja, por devoção e por prazer, ou só por devoção, ou só por prazer... mas agora toda agente tem automóvel.
Ou melhor: quase toda a gente.

Começam agora a retomar-se essas tradições: ao nível desportivo, ao nível religioso, ou simplesmente para caminhar. E cada um fará a caminhada que quiser. Sem poder evitar a subidas que vêm após as decidas, num terreno tão atribulado.

Realizou-se ontem uma caminhada noturna pela Sintra romântica: oito kilómetros, 3 horas, das 21 às 24, exatas, sem arredondamentos. Com lua cheia, ou quase cheia. Fui.

O pior foi que, sendo tudo a descer de Seteais até Sintra e estando já tudo um nadinha estafado, ainda tivemos de descer a pique, para terminarmos a viagem, subindo a pique.

Fiquei estafada! a parte mais gira foi quando passamos por um jardim aromático, mas aí também, tivemos de descer uma enorme escadaria para a tornar a subir...

Fiquei a dormir em Sintra. Num sítio giro. A cama era ótima, mas se não fosse, eu não teria dormido menos bem. Com o pequeno almoço, fiquei esbarrondada: brownie de chocolate com morangos, pão caseiro com compota feita na casa, queijo e fiambre, sumo de laranja natural e café.
Foi no espaço Edla, dedicado à condessa de Edla, esposa do rei Fernando II. Só tem dois quartos, um cafezinho maravilhoso onde se toma o pequeno almoço e que inclui um espacinho gourmet e uma galeria de arte. Tem até uma roupa que pertenceu à condessa de Edla, exposta nesse espaço multiusos. 

Também fiquei a saber que em Sintra só há 2 ou 3 hotéis, dois hostels e muitos sítios do chamado "alojamento local". É o caso do Espaço Edla, da Quinta das Murtas e de muitos outros. Não são hotéis, nem pensões, nem coisa nenhuma desse género.

Ver aqui o link do Facebook que propõe as caminhadas