sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Ainda sobre o raciocínio lógico

Será possível que as pessoas não consigam raciocinar de forma lógica sobre um assunto tão simples e claro como este?

De facto, já reparei que acontece às vezes.


O livro do Walter Hugo Mãe, como qualquer outro, é para ser lido por quem o quiser ler e por isto entendemos pessoas adultas que escolham ler esse livro. 


O que está em causa não tem nada a ver com a liberdade de expressão e sim com a ideia peregrina de obrigar alunos pequenos a lerem expressões extremamente grosseiras. 


E sobre as pessoas que o escolheram e o tornaram obrigatório. 


Alguns alunos devem ter adorado, mas só gostaram daquelas passagem que são mencionadas nas notícias. Outros, só podem ter ficado baralhados por os professores os terem obrigada ler tal coisa.


Presumo que o autor se esteja rir com tudo isto, só é pena não vir dizer que não escreveu isto para miúdos.

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

O livro de Walter Hugo Mãe, recomendado para o 8º ano, como obrigatório, ainda...



Quando eu era ainda pequena, lembro-me de ter lido uma cena de violência sexual, não sei se física ou verbal, num livro de Branquinho da Fonseca.

Lembro-me da sensação de horror que só o meu intenso amor à literatura conseguiu ultrapassar.

Vem isto a propósito do livro de Walter Hugo Mãe, que deveria ter declarado claramente não ser este seu livro destinado a adolescentes.

A maioria dos nossos jovens já tem alergia à literatura, não precisa de ler um texto obsceno que nem entende, para encontrar um bom pretexto.

Outros talvez gostem... mas gostavam mais se a linguagem fosse assim em todas as páginas. E gostavam mais ainda se vissem algo assim num filme sem palavras.

É claro, no entanto, que a culpa não é do autor e sim de quem não leu o livro antes de o indicar como recomendável para o 8º ano em todo o país.



Ou pior , de que o leu e mesmo assim o achou indicado para o oitavo ano, talvez como livro obrigatório.

quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Que fazer com a publicidade?


Ao encontrar agora várias folhas iguais de publicidade na minha caixa do correio, lembrei-me de uma passagem do meu romance favorito, que já li milhões de vezes, the Good Earth da Pearl Buck. Quando a família estava numa cidade por causa da fome que grassava no campo, davam à mãe papéis de propaganda política. 
A mãe guardava-os todos e depois cosia-os como sola dos sapatos. 
Apetece-me fazer o mesmo. Ao menos, serviam para alguma coisita...

terça-feira, janeiro 31, 2017

Reformas? Aposentações? Wathever?


Receio ter entendido mal o que ouvi na TV, que os idosos com mais de 105 anos iam ter descontos nas viagens da Carris. Ou seria com mais de 65? Mas esses ainda não são idosos! Esses Ainda estão a Trabalhar e a pagar as reformas dos que se reformaram aos 45, 55, etc.

como tricotar um barrete anti-Trump



"No meio do inverno, descobri que existia em mim um verão invencível." - Albert Camus
"Au milieu de l’hiver, j’apprenais enfin qu’il y avait en moi un été invincible".

domingo, janeiro 29, 2017

Flar sobre educação que se dá.

Queridos amigos:
Quando falamos de educação em geral, não devemos mencionar pessoas em particular, como filhos, sobrinhos, ou mesmo alguns alunos em especial, com o nome explicito ou implícito, pois estes miúdos têm direito à privacidade.
E que diria o anterior embaixador do Iraque em Portugal, sobre a exemplar educação que deu aos filhos?
Até é perigoso falar assim publicamente. Pode vir ser usado contra eles.

Para quando uma investigação às pessoas que nunca mudam no Ministério da Educação? A pandilha que tudo controla, no ensino

O Ministro da Educação muda, mas não mudam os diretores gerais, os colaboradores, etc. E continua a haver um ensino sem qualidade, porque ninguém luta por um ensino com qualidade.

É sempre a mesma coisa, quando se pensa no ensino: provavelmente quem faz estas listas de livros nunca os leu, só lê revistas cor-de-rosa. Pode parecer caricatura, mas não é. Caricatura é o resultado final.

Ministério recomenda livro para 8º ano com linguagem sexual “violenta”

O melhor argumento que se encontra é que os alunos de 14  anos não são crianças e sim adolescentes. Sim, é necessário que se diga isso. Mas os adolescentes portugueses não estão mesmo nada, mas mesmo nada, a necessitar de que os professores os mandem ler livros com linguagem sexista e grosseira (ler artigo).

O comentário do autor não ajuda. Se tivesse coragem, diria que não escreveu o livro para adolescentes. 

Talvez seja por desejar vender que escreve frases nojentas, sexistas, machistas. 

A sua liberdade de expressão é total e ninguém a nega. 

Mas os adolescentes não devem ler livros, por recomendação do professores, que relacionem a sexualidade com actos ou termos grosseiros e violentos... 

Já existe muito disso fora da escola. Não é evidente? 


terça-feira, janeiro 24, 2017

O país do mérito



Nas Escolas, só se ouve toda a gente, partir dos 50 anos, dizer: 
- Conto os dias que faltam para a reforma! Por exemplo, 15 anos em dias. Oh, quem me dera a reforma!


Não é caso para menos: a partir dos 55, toda a gente conhece pessoas, vagamente amigas, que já estão reformadas há bués, ninguém entende como. 

Desde trabalhadores de multinacionais, a políticos e até professores primários: os que se vão reformar aos 66 anos andam há muito a pagar a reforma de antigos colegas de estudos, muitas vezes, quase sempre, os piores. Professores que estudaram menos 4 ou 5 anos (ou mesmo menos 10) do que os outros e que ganhavam o mesmo, antes de se reformarem.
Que país é este? O da mediocridade? 


O país que não estima o mérito nem o trabalho, nem o estudo. Vamos longe!

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde


Uma minha amiga, professora de artes visuais, contou-me hoje isto, mais ou menos assim:
- Há uns 4 anos, levei uns meus aluno do 10º ano a uma exposição no Museu da Eletricidade, junto aos rio Tejo. As margens do Tejo, naquele local, no centro de Lisboa, são rampas de cimento.
Como marcamos encontro no Museu, pois todos moravam perto, quando chego, muito tranquila, os alunos chamam por mim as gritos.

Alguns alunos tinham feito um desafio: de mãos nos bolsos das jeans, ganhava quem conseguisse descer a rampa e chegar mais perto possível do rio. A certa altura, havia limos escorregadios.

O rapaz que ganhou este desafio caiu ao rio Tejo, que ali é o Porto de Lisboa, muito profundo, e não sabia nadar.

Alguns colegas atiraram-se à água, a tentar salvá-lo, mas não é fácil, e acabaram todos por serem salvos por um pequeno rebocador, de passagem por ali.

A funcionária da bilheteira, ao ser-lhe narrado o episódio, informou, por sua vez, que, alguns dias antes, um rapaz tinha morrido afogado ali, pelos mesmos motivos.

Isto é um caso para dizer, como Nero Wolf, detetive policial, personagem do escritor Rex Stout:
"Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde" (referia-se a uma rapariga de 18 anos).

Concordo.

domingo, janeiro 22, 2017




Feministas muçulmanas partilham foto da Manif anti-Trump em Lisboa









Esta foto, ou outra muito próxima, de uma das minhas amigas da Manif de Lisboa chegou a um site de Feministas Muçulmanas e teve importância apara elas. 

Não confundir ser a favor das mulheres muçulmanas ou ser contar as pessoas muçulmanas.

De facto, algumas questões, feministas e laicas, não podem ser partilhadas por mulheres religiosas, sejam elas de que confissão religiosa forem.

Mas esta situação responde a perguntas como: "Por que razão lutas pelos direitos das mulheres e não pelos direitos das mulheres muçulmanas? "
VER AQUI

Marcha das mulheres contra Trump. Falta a marcha dos homens e das mulheres contra Trump








Foi noticiada, mundialmente, a marcha das mulheres americanas contra Trump.
Ainda não vimos a marcha dos homens e das mulheres contra Trump.
Este blogue quer apenas dar uma ideia da marcha das mulheres portuguesas em Lisboa e Americans residentes em Lisboa.
Contra Trump  e tudo o que ele representa.

Ser contra TRUMP? Porquê?




Grande parte do povo americano manifestou-se ontem contra Trump, para além de mulheres de todo o mundo e também, claro, de Lisboa.

A maioria do povo americano votou na Hillary, que além de ser mulher e de, para muitos, representar a igualdade das mulheres, era também a candidata democrata, boa ou má.

Hoje mesmo, os votantes de Trump, claramente os votantes da periferia e os mais incultos e ignorantes, veem os seus direitos serem completamente anulados, pois as primeiras medidas de Trump foram:
Anular o  Obamacare, que permite ao mais pobres terem aceso aos cuidados de saúde gratuitos, 
Anular uma medida que lhes dava acesso a habitações mais baratas.

Ou seja: amanhã ou depois de amanhã, os votantes de Trump serão expulsos dos hospitais para a rua e das suas casas para a rua, o que vai dar assunto a séries e filmes americanos muito emocionantes e nada políticos, como até agora, ou : a séries e filmes americanos muito emocionantes e políticos, oq ue será um grande novidade.


domingo, janeiro 15, 2017

Condição Feminina no Sec. XXI?




A passagem de ano, ou melhor, de século para o século XXI (que vivemos na passagem de 1999 para 2000) foi um dos momentos mais felizes da minha vida. 
Parecia-me que no Sec. XXI já não haveria desculpas para estes atrasos. Como é possível considerar as mulheres inferiores aos homens no Sec. XXI?

Outra pergunta: as mulheres participam desta opinião? Porquê? 

Ver AQUI situação das mulheres na Arábia Saudita

sábado, janeiro 14, 2017

Professores doentes







Pergunto-me se isto também acontece muito noutras profissões, realmente não sei, mas custa-ema crer:

Uma professora nunca trabalha porque está doente há anos. Ainda não tem idade para se reformar e cada vez lhe falta mais tempo para a ter, com o aumento da idade da reforma. Também não tem direito reforma por invalidez. Logo no início do ano letivo, ou melhor, uns 15 dias depois, é substituída por outra. Esta outra aceita o trabalho e imediatamente mete um atestado (na melhor das hipóteses por doença prolongada ou gravidez prolongada) e, neste caso, é substituída por outra, uns 15 dias depois. Esta última trabalha (talvez trabalhe, ou então mete atestado por gravidez no fim do tempo, etc.) e é a única que os alunos conhecem, pois nunca viram as outras duas. 

Nas férias / interrupção do Natal, uma das doentes aparece. A única que trabalhou perde, então o emprego. Parece que, por lei, isto deve acontecer. Depois das férias / interrupção do Natal, ou da Páscoa, talvez a segunda doente ou grávida volte a ficar doente ou grávida e voltará a ser substituída por um nova: uma quarta pessoa, que talvez aceite o cargo e imediatamente meta um atestado por estar gravemente doente ou gravemente grávida...

Será que isto também acontece, com muita frequência, noutras profissões?


sexta-feira, janeiro 13, 2017

Graxistas, hipócritas e baldas nos lugares das liderança! Obrigada, Sócrates. Vais ter mais visitas em Évora



Graxistas, hipócritas e baldas nos lugares das lideranças intermédias, com o atual sistema. 

Professores intervertivos e cumpridores como "persona non grata." 

Obrigada, Sócrates. 

Volta para Évora! 


Se vivêssemos num país em que as pessoas têm personalidade, em que ninguém precisa de receber 

1000 elogios por segundo...



PCP e BE querem mudar a lei para retirar poderes aos directores das escolas

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Ai a idade da reforma!



Dizem-se e fazem-se, na nossa sociedade atual muitos disparates relacionados com a reforma, por causa do aumento da idade para 66 anos e, sobretudo, pela injustiça de muitos se terem reformado com 50. Ou seja, andam agora pessoas de 66 anos a pagar as reformas de pessoas muito mais novas do que elas, e isto não dá para se perceber.

Por contágio, já é vulgar alguém que tem 40 anos lamentar-se de que ainda lhe faltam 26 para a reforma, o que é risível, pois ainda não deveria, sequer, pensar em tal coisa.

Mas para mim, o máximo foi isto: numa visita de estudo que fiz com alunos de 12 e 13 anos ao Museu do Azulejo, a guia disse-lhes que é voluntária, porque está reformada e acrescentou:

- Há tanto trabalho para fazer aqui, que, quando vocês se reformarem, também podem vir trabalhar para cá como voluntários.

Não resisti a responder:
- Claro, a principal preocupação destes meus alunos é: "o que vou eu fazer quando me reformar?! "

Os miúdos riram-se, claro, mas nem perceberam bem a ideia...

Eu às vezes sou um nadinha chata, mas... convenhamos...

Nadinha

terça-feira, janeiro 10, 2017

Eduardo : no fundo acho que (Mário Soares]queria ser um príncipe. Mas a aristocracia não o apreciava. Ainda assim há que dividir a aristocracia em duas, a saloia e provinciana, que ainda a há e para isso basta ver as suas publicações nas referentes paginas e a outra. A outra vive lá na sua bolha.... O que eu não percebo era o fascínio da srª Drª por marcas de luxo capitalistas... (deve ser de ter vivido em França) ... A minha mãe conta que uma vez por alturas do 25 de Abril, fora convidada para um jantar no Alentejo, meio-queque, onde ia tudo super arranjado. Depois seguia-se um comissio em que o Dr Mario Soares ia falar. A Drª Maria Barroso disse então: Sabe ? Ainda temos de mudar de roupa, o Mario não pode aparecer com este casaco ao pé dos pobres... A minha mãe ficou atónita. É por isso que não foram cosmopolitas. Imagine a diferença, se fosse a Pia a aparecer aos pobres ia carregadinha de pedras... só para causar deslumbre. A cultura do desgraçadinho e pobrezinho nunca foi bem a minha praia. Nem a do Pobrezinho e honrado.... enfim, manipulação de classes... 


É o que se chama ou chamava, na altura do PREC, virar a casaca. No sentido literal. Mas espero que entenda isto: se levasse um casaco caríssimo, os pobres não o sentiam como deles, mas sentiam-no como um ser muito superior. Pela mesma altura, ouvi esta conversa de gente miserável de pobre, respeito da santinha de Arouca, uma rapariga que alegadamente não comia eq que fazia milagres: algumas pessoas não acreditam na santinha, porque ela não anda vestida de santa. Se ela andasse vestida como aquelas santas dos altares, então toda a gente acreditava nela. Estávamos (estamos?) num país assim, atrasadinho. Temos de nos vestir de santos e de reis, se queremos ser santos e