domingo, dezembro 19, 2010

Novos pedintes


Tenho-vos contado aqui sobre os novos pedintes que há agora em Lisboa, ainda recentemente encontrei um que passava recibo, mas protestou por lhe ter dado menos de 5 Euros...
Estes, da foto, são ultramodernos. Estão de passagem por Portugal e até têm site na Internet e blogue. 
Vi-os no Jornal I. 
Instalaram-se numa rua de Lisboa, onde dormem, mudam-se para outra onde pedem, com cartazes separando as esmolas: para comida, para álcool, para charros, para drogas pesadas... as pessoas acham-nos muito sinceros e ajudam muito. Intitulam-se como lazy beggars, isto é, pedintes preguiçosos.


P.S.: Vi-os ontem em Lisboa (15 / 6 / 2012). Não tirei foto porque pensei que já tinha, mas esta não é minha.

sábado, dezembro 18, 2010

Sócrates esFeMiado

Para Sócrates, vale tudo menos vir cá o FMI.
Mas o FMI saberia o que fazer e ele não sabe.
Se as 50 medidas que agora tomou para recuperar a economia são tão importantes, porque não se lembrou delas antes?
Não é ele a pessoa certa para resolver os graves problemas que criou com a corrupção e o despesismo.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Hitler também era socialista

O Cardeal Patriarca disse à Visão que não percebe por que hão-de ser os funcionários públicos a pagar a crise.
Mas parece que toda a gente percebe: porque são os outros trabalhadores que pagam aos funcionários públicos... mas então eles não são necessários?
Este governo é perito em pôr todos contra todos, contra os "privilegiados"...
Com excepção dos casamentos gay e da legalização do aborto, nunca tivemos um governo tão à direita desde a revolução.
Um governo minoritário decide liberalizar os despedimentos e não encontra dificuldade nenhuma em fazer isso...


Hitler também era socialista. Nacional Socialista.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Links para aqui

Ainda estou para entender a razão por que este site tem ligação para os meus blogues. Se alguém entender, agradeço que me diga.
CLICAR AQUI

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Alguns são muito menos iguais que os outros


Governo quer tecto máximo nas indemnizações por despedimento



Não creio que este tecto máximo se aplique aos gestores de topo, muitos deles políticos, que saem sempre a ganhar, mesmo quando são despedidos por "suspeita" de fraude.
Vocês não acham que o palerma do nosso PM anda demasiado bem disposto?
Como aqueles criminosos sem senso moral. Com eles está sempre tudo óptimo...
Haverá ainda alguém que sinta respeito por semelhante criatura?
Só se forem os tolinhos de Almansores!!!

domingo, dezembro 12, 2010

Os de Mansores II

Prosseguem as histórias de Mansores (nome ligeirmente modificado). Chamava-se tolinhos a pessoas atrasadas em termos mentais, talvez por vários motivos, incluindo o de terem sido criadas ao Deus-dará, sem nenhuma educação ou instrução.

Uma vez, um pai e um filho de Mansores compraram sardinhas e, como gostavam muito, mas era muito raro chegarem sardinhas àquela aldeia da serra longe do mar, estavam a dizer assim:
- Ai quem nos dera ter sempre sardinhas para comer.
Passava nesta ocasião por lá o almocreve, que ouviu a conversa e disse:
- Se vocemecês me derem um chapéu [cheio de] dinheiro, eu ensino-vos uma maneira de vós  terdes sempre sardinhas para comer...
Lá lhe deram o chapéu de dinheiro e o almocreve explicou:
- É só sameá-las.
- Samear as sardinhas?
- Claro!
Então, pai e filho semearam as sardinhas que tinham e ficaram a vigiar a sementeira, para que ninguém lha roubasse.
- Vai ser a nossa sorte! Vamos ficar ricos a vender as sardinhas.
Quando as sardinhas começaram a apodrecer, começaram a aparecer alguns bichos. A certa altura, pousou um gafanhoto no peito do pai, mesmo por cima do coração. Então, o pai disse:
- Ó moço, mata-me este gafanhoto!
- E como é que eu o mato, meu pai?
- Dá-lhe um tiro.
E assim foi. O moço deu um tiro no coração do pai e matou o gafanhoto e o pai.

(Eu avisei que estes contos são  muito estúpidos, mas, por isso mesmo, deve haver para eles alguma interpretação interessante, parecem contos exemplares.)

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Os de Mansores

Publiquei neste blogue muitos contos populares, mas guardei para o fim os mais estranhos e mesmo disparatados. Eram contos que o meu avô contava à lareira, um homem que morreu muito velho e feliz, na sua cama, quando era suposto ter morrido na Flandres, na I Guerra Mundial, da qual desertou e muito bem, a meu ver.


Contava ele umas histórias estrambólicas que situava numa aldeia próxima, aldeia da serra. Embora fosse próxima, ficava num concelho rival, o que explica, em parte, o mal que dizia da gente de lá. 

Caros amigos: peçam-me que conte uma história de Mansores. E eu conto.


História de Mansores


Era de noite e estava muito calor na aldeia de Mansores  As pessoas estavam todas sentadas à porta, porque não aguentavam estar dentro de casa. Foi então que passou um almocreve e lhes disse:
- Se vocemessês me derem um chapéu de dinheiro, eu resolvo-vos o problema.
Deram-lhe o chapéu de dinheiro e o almocreve disse que a solução era tirarem o telhado de colmo das casas. E assim fizeram.
Enquanto durou o Verão viveram eles muito contentes e satisfeitos nas casas sem o telhado de colmo. O pior foi quando veio o Inverno!
Então, estavam eles cheiinhos de frio e todos molhados e passou por lá outra vez o almocreve:
- Se vocemessês me derem um chapéu de dinheiro, eu resolvo-vos o problema.
Deram-lhe o chapéu de dinheiro e o almocreve mandou-os voltar a pôr os telhados.
Eles assim fizeram e assim ficaram todos contentes dentro de casa à lareira, muito quentinhos e protegidos da chuva, por causa dos telhados.


(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

domingo, dezembro 05, 2010

Poupanças do Estado

Professores vão deixar de ganhar dinheiro para corrigir exames, anulando a diferença entre os professores que se estão a bronzear na praia e os que estão a fazer um trabalho intensivo de alta responsabilidade, mas:


Clicar aqui:
Altos quadros do Estado que já acumulam ordenado e pensão não são abrangidos pela proibição dessa regalia.(...)


Nos últimos anos, andava tudo tão entretido com os professores que ninguém reparou neste descalabro das contas. E agora também são os professores que vão pagar a crise...
Porquê tanto ódio aos professores? 
Alguém traumatizado porque não conseguiu acabar um curso pelas vias normais?

Obrigado, eu! - disse a vizinha

Pegou na moda isto de dizer Obrigado, eu! a despropósito.
É um erro muito vulgar, mesmo entre pessoas que usualmente não dão erros, trocar o feminino pelo masculino nesta palavra. Muito naturalmente, as mulheres devem usar o feminino e os homens o masculino, como diriam agradecido / agradecida, que é o que a expressão significa. Nenhuma mulher diz: estou agradecido.
Pedindo outro dia a uma vizinha que me fizesse um pequeno favor, um pouco chato para ela, (aquelas questões do condomínio) quase me desatei a rir ao agradecer, pois ela respondeu-me:
- Obrigado, eu!
É verdade que estas fórmulas, pedir por favor quando não há favor a fazer, por exemplo, não têm muita lógica. Mas ainda têm alguma. Pedir por favor num tom agressivo é outra maluquice...

sábado, dezembro 04, 2010

Quando houver mais portugueses com fome ou com mais fome, talvez se consigam meter na cadeia os que nos fizeram chegar a este ponto.
(Já tivemos revoluções e guerras civis...)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Só é sincero e bom quem for bom

"De quem é que gostas mais?
De ti, de mim, da mana ou do papá?"


Ouvi esta pergunta e suponho que a resposta seja arrepiante se for sincera. Seja ela qual fôr.
Mais provável: de mim.
Há quem diga que a sinceridade é uma coisa boa... só é sincero e bom quem for bom. E mesmo assim...
Mas a pergunta é simples

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Medonho! O que é que se Passa?

O que é que se passa?
Aparentemente, o que acontece é que, em Portugal, temos uma criatura inconcebível como primeiro ministro. Sim, é verdade, mas não é tudo. Vejamos a conjuntura europeia e mundial: estamos à beira dum "neo-fascismo", para dizer pouco. E só pensamos em nós.





Ver também aqui

terça-feira, novembro 30, 2010

A crise desperta a criatividade II



Só tirei fotos de coisas grandes e chamativas, mas havia algumas muito bonitas e pequenas...
Esta obra de arte tem, no mínimo, a vantagem de ser fácil de entender.
Sobretudo se lermos o título, naquele papelinho branco ao lado: "Portugal e Orçamento de Estado" Catarina Pestana 2010 190X80X80 cm. Técnica Mista.
Descrevendo: num pequeno espaço vêem-se muitos passarinhos pequenos, num espaço maior vêem-se poucos maiores e num espaço muitíssimo maior vêem-se três grandes.
O que é que isto tem a ver com o orçamento de Estado para 2010? Não creio que seja a alegria que era o canto de tanta passarada junta... a menos que não tenha entendido.
Também não entendi o simbolismo da gaiola dourada.

domingo, novembro 28, 2010

A crise desperta a criatividade



 
Esta obra e uma outra da artista chamam muito a atenção. Muito simpática, deixou-me tirar as fotos e aqui vão.
Como se vê ampliando, chama-se Mariana Gillot e a peça "Crise sobre rodas".
Realmente esta crise cheira a ouro e a dinheiro. A obra custa 30 000 Euros e anda, mas não pode andar...


Mais obras da artista, AQUI
Olá Estelita. Obrigada por ser minha seguidora deste blogue. Já agora, gostava de saber porquê.

sábado, novembro 27, 2010

Feira de Arte de Lisboa




Fui ao Parque das Nações por pensar que era lá a Feira de Arte de Lisboa, mas bati com o nariz na porta.
Como boa surpresa, era na antiga FIL, mais pequenina e aconchegada, onde me sinto em casa.
Estava bonita, a meu ver, não tão boa como a do ano passado, mas também ouvia  opinião de que estava melhor.




sexta-feira, novembro 26, 2010

Revista Triplov

A Revista Triplov publicou online duas das minhas peças de teatro.
Espero que se riam com  a comédia O Alarme
VER AQUI
e procurar por ordem alfabética no G. Não é no N de Nadinha.
Leiam também os outros artigos da Revista.