Como faço anos amanhã, 16 de Abril, decidi acordar à beira-mar, com o marulho das ondas, num pequeno hotel que me parece um navio.
Sem o balanço e sem o perigo, sem a aventura e sem a distância.
Não existe a possibilidade de ficar deprimida: corri o risco de morrer muito jovem: cada ano parece-me uma nova conquista, carregado, quando se completa, de imensos prazeres e de inúmeras alegrias.
Têm sido, até agora.
Já ninguém me pode tirar a beleza da luz que vi em tantos dias, nem o mistério que entrevi em tantas noites, em todos estes anos, desde então. Nem o amor, nem a amizade, nem a alegria, nem o brilho do Além, além do mar, além da terra, além do espaço...
Não receiem a carícia áspera e rugosa que o tempo nos imprime sobre a pele. Cronos só se inscreve naqueles que ama.
1 comentário:
Peço desculpa pelo atraso... tenho andado num virote!
Os meus parabéns, e votos de muita escrita!
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