Nunca utilizei está expressão que ouvi algumas vezes, mas vou utilizar agora: o João Rendeiro morreu mal. É mesmo um caso modelo: roubou para viver em grande luxo, apreciava ser tratado com veneração e morreu numa cela infecta, sem vidros nas janelas, superlotada, gelada no inverno, com um balde sanitário para muitos em vez de casa-de-banho, de acordo com o que disse quando apresentou queixa das más condições da cadeia. Com os outros criminosos a desprezá-lo porque pessoas como ele “nunca vão presas”, mas a considerá-lo um criminoso igual a eles: todos iguais. A sua advogada, caríssima, decidiu deixar de o defender por não ter como ser paga.
Como se tudo isto não fosse o suficiente, Rendeiro ainda se suicidou.
Parece uma daquelas histórias exemplares para nos mostrarem que o crime não compensa… já há até alguns outros exemplos, mas ainda poucos, pois o crime a este nível tem compensado. E muito!
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