quarta-feira, novembro 22, 2023

O país das lagartixas II Continuação: as rãs de focinho pontiagudo

 




Mas afinal, parece que seria possível deslocar as lagartixas e as rãs de focinho pontiagudo para outro sítio, por exemplo, mais para dentro da zona protegida, já que o empreendimento Google, de dois mil milhões de euros, só queria utilizar um cantinho dessa imensa zona de proteção das lagartixas. É claro que as lagartixas não iriam gostar de serem deslocada, mas podemos sempre consideras que, “quem cala, consente”. Mas quem cala, consente no quê? 


Se as lagartixas calam, podemos considerar que consentem em serem deslocadas, sem problema, ou então, que consentem na decisão da Procuradora Geral da República em fazer cair um governo de maioria absoluta para que as lagartixas não sejam incomodadas. Quem cala consente. Prontus! 


Enfim, ninguém se sente muito bem neste país, muito menos os deslocados migrantes que só querem ficar em Portugal o tempo que for necessário até poderem ir para qualquer outro lado, dentro da União Europeia.

Ninguém, não. As lagartixas sentem-se muito à vontade e muito à larga! O mesmo não direi das rãs de focinho pontiagudo. Um focinho pontiagudo não é nada recomendável em termos de beleza plástica. Será que as rãs de focinho pontiagudo não se sentem demasiado diferentes das outras, demasiado feias? Será que não desejam procriar com rãs de focinho plano, para que as filhas tenham um focinho menos esquisito? Os gatos, que toda a gente adora, têm o focinho redondo! 


Todas estas questões se levantam em relação ao atual governo de Portugal, ao atual Presidente da República, mais preocupado com as lagartixas do que com a conjuntura política mundial e com as suas selfies na praia, à atual Assembleia da República, que já foi extinta para que as lagartixas não sejam extintas, etc., ao nosso atual primeiro-ministro, impedido de ter ambições políticas no futuro para que as rãs de focinho pontiagudo possam ficar à larga.

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