Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Oh, como o mundo é vasto e vário! Ou melhor, só a terra
Praça do Império, Belém, Lisboa, 1 de Janeiro de 2007
Estão aqui assinalados os achamentos portugueses com as respectivas datas.
domingo, janeiro 14, 2007
Espaço de Debate???
Falando com uma amiga que vem muito a este blog, ela dizia, concordando com José Gil, que, em Portugal, o único espaço de debate público é a televisão.
Lembrei-lhe a blogosfera,mas ela existe só há 2 ou 3 anos, por cá. Talvez por isso José Gil não se refira a ela (em "Portugal Hoje: o medo de existir").
Depois pensei melhor: a blogosfera portuguesa não se limita, praticamente, a exprimir as opiniões vulgares e evidentes dos opinion makers?
Morro a rir quando ouço ou leio que todo o mundo tem pena do Sadham e o considera uma vítima do desrespeito dos direitos humanos! Que quer dizer isto, concidadãos?
O Sadam é que é uma vítima? Coitadinho!
Lembrei-lhe a blogosfera,mas ela existe só há 2 ou 3 anos, por cá. Talvez por isso José Gil não se refira a ela (em "Portugal Hoje: o medo de existir").
Depois pensei melhor: a blogosfera portuguesa não se limita, praticamente, a exprimir as opiniões vulgares e evidentes dos opinion makers?
Morro a rir quando ouço ou leio que todo o mundo tem pena do Sadham e o considera uma vítima do desrespeito dos direitos humanos! Que quer dizer isto, concidadãos?
O Sadam é que é uma vítima? Coitadinho!
LOL
Bem, nada como votar no pior português de sempre, com um texto de morrer a rir sobre o José Saramago.
Rir é bom.
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Votei no tio Sebastião.
Rir é bom.
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Votei no tio Sebastião.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Novo Blog
Descobri um novo blog. Já o coloquei nos favoritos. É sobre a vida de uma rapariga que vive no Irão.
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quinta-feira, janeiro 11, 2007
Assunto inevitável: o referendo do aborto - ele mesmo um aborto
Um blog de que gosto muito, coloca a pergunta: o que é que mudou desde o último referendo sobre o aborto. Considero a pergunta muito interessante e vou tentar responder.
Penso que esta questão deveria ter ficado resolvida na época do 25 de Abril, como muitas o foram. Há 8 anos votei sim, pois, tendo eu ideias feministas, nunca poderia votar não. Não me abstive, apenas porque uma amiga (que fez vários abortos, que nunca usou outro método contraceptivo, aliás) me convenceu a votar.
Nessa ocasião ganhou a abstenção e o não.
O que mudou desde então? Pouco, o que me leva a supor que o resultado deve ser o mesmo. A questão, que me parecia extemporânia nessa época, parece-me agora deslocada e até mesmo abstrusa.
O que mudou nesse aspecto desde o 25 de Abril?
Tudo. A mim, parece-me que vivo noutro tempo e noutro planeta. Passo a dizer algumas diferenças.
O problema da SIDA fez com que as relações de amor livre mudassem para sempre, considerando o amor como sexo, o que também mudou desde esse tempo.
A Internet e a vida moderna fizeram com que as relações entre as pessoas excluíssem a intimidade e até mesmo a proximidade física, desmaterializando o contacto.
Há uma nova tendência para a castidade, nomeadamente entre os jovens, que também são mais religiosos. Há o assumir da homossexualidade, o que torna o aborto impossível nesses casos, tal como as relações amorosas entre esse tipo de pessoa e o sexo oposto deixam de ser esporádicas e inconstantes.
Há uma grande informação, o uso de preservativos por causa da SIDA, um planeamento familiar que não existia no passado, cuidados extremos pré e pós-natais.
Em Portugal e na Europa, o problema demográfico é hoje o decréscimo da população. Há mesmo, ao nível sócio-afectivo, enfim, um endeusar das crianças... e só é pena que a nossa burocracia cause tantos entraves à adopção de meninas chinesas ou indianas -- uma vergonha.
E o que é que se passa ao nível político?
O governo tem-nos retirado vários direitos adquiridos e importantes, com o argumento de que custam muito dinheiro. O mesmo governo dispõe-se a gastar milhões de Euros com a liberalização do aborto. Porquê? Porque, aparentemente, esta é uma das poucas questões que separam a direita da esquerda. Não para inglês ver, mas para idiota ver. Para ignorante e impensante ver. Ou seja, aparentemente, para o povo português ver.
E se ganhar o sim, será uma imensa vitória do PS, a primeira e única depois das eleições. E se ganhar a abstenção e o sim, será outra vitória do PS, etc. Tal como o Salazar ganhava sempre.
Que estupidez! Que absurdo!
Eu não sou contra a despenalização do aborto. No último referendo votei sim e agora votaria sim, se não me abstivesse.
Eu sou, óbvia e absolutamente, contra esta estupidez do referendo!
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Estafermo e Estupor: Novo Concurso
Quem só me conhece há um ano, aqui do blog, nada sabe a meu respeito. Nem sabe que uma das minhas paixões é a língua portuguesa: claro, eu às vezes trato-a tão mal…
Não é possível ter uma língua boa e um país bom. Por exemplo, a Holanda é um país muito bom, mas a língua não vale a ponta de… e a Noruega é o país do mundo com mais qualidade de vida, mas a língua não presta. E alguém quer ir viver para a Noruega?
Nós temos uma língua fabulosa e uns países que não prestam.
Concurso: o que querem dizer as palavras estafermo e estupor? Não me refiro aos adjectivos que nós usamos. Não.
Prémio para quem acertar: fragmento da corda do Sadam, ou do Bush, ou daquele velhito de Cuba (alguém ainda se lembra como se chama o tipo?) ou até mesmo do [Cala-te boca].
Ver resposta a esta pergunta em 18 de Janeiro deste ano de 2007
Não é possível ter uma língua boa e um país bom. Por exemplo, a Holanda é um país muito bom, mas a língua não vale a ponta de… e a Noruega é o país do mundo com mais qualidade de vida, mas a língua não presta. E alguém quer ir viver para a Noruega?
Nós temos uma língua fabulosa e uns países que não prestam.
Concurso: o que querem dizer as palavras estafermo e estupor? Não me refiro aos adjectivos que nós usamos. Não.
Prémio para quem acertar: fragmento da corda do Sadam, ou do Bush, ou daquele velhito de Cuba (alguém ainda se lembra como se chama o tipo?) ou até mesmo do [Cala-te boca].
Ver resposta a esta pergunta em 18 de Janeiro deste ano de 2007
domingo, janeiro 07, 2007
Natal em 7 de Janeiro
Finalmente, Lisboa começa a ser cosmopolita. Houve hoje por cá duas grandes festas de Natal: uma para ucranianos na Praça da Figueira e outra para todos os imigrantes de Leste no Terreiro do Paço.
Fiquei com a impressão de que o Natal, para eles, é como para nós, algo que transcende e ultrapassa a religião, mas não sei.
Uma ucraniana, falando um português quase perfeito, quase sem pronúncia, leu um texto muito simpático, mas trocando sempre a palavra alegria por alergia.
Assim, desejou uma grande alergia ao Presidente da Câmara e, a todos nós, portugueses, ucranianos e outros presentes, muitas alergias durante todo o ano de 2007.
Esta língua portuguesa!!!
Parece que se trata da Igreja Ortodoxa e do rito Bizantino da Igreja Católica.
sábado, janeiro 06, 2007
Para quê pôr todo o mundo contra todo o mundo?
Para quê pôr todo o mundo contra todo o mundo outra vez?
Ainda o aborto
A nossa lei, e outras, consagram o direito de abortar, caso se saiba que o feto vai dar origem a uma pessoa deficiente. Então, e os direitos dos deficientes?
Ainda o aborto
A nossa lei, e outras, consagram o direito de abortar, caso se saiba que o feto vai dar origem a uma pessoa deficiente. Então, e os direitos dos deficientes?
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Sem Título
Fiquei com a impressão de que a corda do Sadam era de óptima qualidade. Nem admira, ele investiu muito neste tipo de equipamentos quando governava...
Não me parece o tipo de artefacto para usar e deitar fora, por questão de higiene, como nós temos muitos. Antes me pareceu objecto confirmado pelo uso: é das boas.
O povão português, na sua inocência e esperteza saloia, é pródigo em ditados que se adequam ao caso:
Andou a arranjar corda para se enforcar...
Quem com ferros mata com ferros morre (não é o caso).
Aceitam-se sugestões...
Como me pareceu inadequado começar o ano com tal barbaridade, só hoje, 4 de Janeiro, trato do assunto. Questão meramente estética.
Não me parece o tipo de artefacto para usar e deitar fora, por questão de higiene, como nós temos muitos. Antes me pareceu objecto confirmado pelo uso: é das boas.
O povão português, na sua inocência e esperteza saloia, é pródigo em ditados que se adequam ao caso:
Andou a arranjar corda para se enforcar...
Quem com ferros mata com ferros morre (não é o caso).
Aceitam-se sugestões...
Como me pareceu inadequado começar o ano com tal barbaridade, só hoje, 4 de Janeiro, trato do assunto. Questão meramente estética.
Este Papa: Vocês vão ver
Vocês sabem que eu sempre gostei deste Para. Até porque faz anos no mesmo dia que eu, como já vos disse.
É natural que um Papa não tenha as mesmas opiniões que nós, a respeito de tudo. Bem pelo contrário. Nós não esperamos ser canonizados, nem nada.
Mas este Papa critica certas civilizações/culturas/religiões que não dão à mulher os direitos que ela tem, nem a dignidade que lhe deve ser concedida. Alguém discorda deste ponto de vista?
Então, peço o favor de não voltar aqui.
É natural que um Papa não tenha as mesmas opiniões que nós, a respeito de tudo. Bem pelo contrário. Nós não esperamos ser canonizados, nem nada.
Mas este Papa critica certas civilizações/culturas/religiões que não dão à mulher os direitos que ela tem, nem a dignidade que lhe deve ser concedida. Alguém discorda deste ponto de vista?
Então, peço o favor de não voltar aqui.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Previsões para 2007
Já que não existem, neste início de ano, revistas baratas de previsões para 2007, e que ninguém está disposto a pagar os livros do Paulo Cardoso, nem duma tal Catarina, digo, ninguém de entre nós, então sugiro este site de Tarot ultra-grátis e melhor do que umas mulherzitas a quem se paga. Bem.
http://www.destinos.com.br/tarot/tarot_2.asp
http://www.destinos.com.br/tarot/tarot_2.asp
Giríssimo
Não sei se vocês já notaram que é possível traduzir o blog todo para inglês, muito rapidamente, mas o resultado é esquisito, às vezes.
Achei um blog giríssimo, da Lori Wiesel, e coloquei-o nos favoritos. Ela, até aí, percebeu, mas o Google não traduziu de forma satisfatória a palavra giríssimo.
Fui ver ao fraco dicionário que tenho em casa (tenho bué da dicionários) e giro só aparece no sentido de "dar um giro". Já viram?
Eu acho que os autores de dicionários deveriam ir dar um giro.
Será que se traduz por "very cute"?
Achei um blog giríssimo, da Lori Wiesel, e coloquei-o nos favoritos. Ela, até aí, percebeu, mas o Google não traduziu de forma satisfatória a palavra giríssimo.
Fui ver ao fraco dicionário que tenho em casa (tenho bué da dicionários) e giro só aparece no sentido de "dar um giro". Já viram?
Eu acho que os autores de dicionários deveriam ir dar um giro.
Será que se traduz por "very cute"?
terça-feira, janeiro 02, 2007
Diário de Ishtar
Hoje comprei o Diário Económico com previsões económicas para 2007 (tão prosaico)e uma revistelha com previsões astrológicas para 2007. Disse-me o vendedor, porque perguntei, que este ano não há revistas desse tipo, com excepção dessa. Alguém me sabe dizer porquê?
Enfim, no ano passado li, numa dessas revistitas, que Janeiro é o mês da deusa Ishtar.
Sendo assim, devemos, durante o mês de Janeiro, escrever o Diário de Ishtar, com projectos, sonhos e desejos para o ano todo. Pode ser só uma página...
No ano passado escrevi assuntos muito pessoais, agora proponho-vos alguns:
- Dar alguma coisa àqueles que têm pouca coisa...
- Pensar um pouco mais nos outros (é tão difícil!)
- Perder a barriga...
- Ir passar férias não sei aonde...
- Conhecer as mil Lisboas da cidade de Lisboa.
Etc... a preencher pelo destinatário.
Enfim, no ano passado li, numa dessas revistitas, que Janeiro é o mês da deusa Ishtar.
Sendo assim, devemos, durante o mês de Janeiro, escrever o Diário de Ishtar, com projectos, sonhos e desejos para o ano todo. Pode ser só uma página...
No ano passado escrevi assuntos muito pessoais, agora proponho-vos alguns:
- Dar alguma coisa àqueles que têm pouca coisa...
- Pensar um pouco mais nos outros (é tão difícil!)
- Perder a barriga...
- Ir passar férias não sei aonde...
- Conhecer as mil Lisboas da cidade de Lisboa.
Etc... a preencher pelo destinatário.
segunda-feira, janeiro 01, 2007
domingo, dezembro 31, 2006
sexta-feira, dezembro 29, 2006
RETIRO ESPIRITUAL
INTERROMPI O MEU RETIRO ESPIRITUAL PARA COLOCAR AQUI UMA MENSAGEM, PARA TODOS, QUE NÃO CONSEGUI ENVIAR POR EMAIL PARA ALGUNS. AÍ VAI.
ISTO A MIM FAZ-ME PENSAR: NAS FÉRIAS, NA REFORMA, NO MODO COMO PODEMOS SER FELIZES SEM DRAMAS NEM PENSAMENTOS ESQUISITOS...
(A FOTOGRAFIA NÃO É MINHA.)
FELIZ ANO NOVO!
DESCANSADO OU INCANSÁVEL, DE ACORDO COM OS GOSTOS - E DESDE QUE SEJAM BONS GOSTOS.
BEIJINHOS
O NATAL E O ANO NOVO SÃO OS ÚNICOS DIAS EM QUE NOS APETECE DESEJAR AOS OUTROS O QUE DESEJAMOS PARA NÓS.
sábado, dezembro 23, 2006
Feliz Ano de 2007
quinta-feira, dezembro 21, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
domingo, dezembro 17, 2006
Novos tempos…
Tenho constatado com espanto, o que vos vou contar com espanto.
Há fenómenos, no momento actual, que toda a gente refere com perplexidade. Para só dar um exemplo, quando se convida alguém para uma festa, respondem quase todos que não podem responder de imediato, eu depois digo se posso ir.
A Isabel já me tinha dito: será que estão à espera que lhes apareça algo melhor?
Respondi que sim.
- De facto, até já ouvi essa frase: depois combinamos, porque entretanto pode aparecer alguma coisa melhor…
Acabo de descobrir a verdade.
As pessoas, jovens, médias, idosas, saudáveis, doentes, todas preferem ir para casa, onde ficarão sozinhas, pelo menos durante bastante tempo. Para quê?
- Ó Nadinha, eu aqui não me posso deitar ao comprido no sofá ou na cama!
- Ó Nadinha, eu aqui não posso abrir o frigorífico e comer meia pizza e depois deitar-me no sofá!
Enfim, o grande sonho das pessoas é não fazerem nadinha.
Assinado: Nadinha
Há fenómenos, no momento actual, que toda a gente refere com perplexidade. Para só dar um exemplo, quando se convida alguém para uma festa, respondem quase todos que não podem responder de imediato, eu depois digo se posso ir.
A Isabel já me tinha dito: será que estão à espera que lhes apareça algo melhor?
Respondi que sim.
- De facto, até já ouvi essa frase: depois combinamos, porque entretanto pode aparecer alguma coisa melhor…
Acabo de descobrir a verdade.
As pessoas, jovens, médias, idosas, saudáveis, doentes, todas preferem ir para casa, onde ficarão sozinhas, pelo menos durante bastante tempo. Para quê?
- Ó Nadinha, eu aqui não me posso deitar ao comprido no sofá ou na cama!
- Ó Nadinha, eu aqui não posso abrir o frigorífico e comer meia pizza e depois deitar-me no sofá!
Enfim, o grande sonho das pessoas é não fazerem nadinha.
Assinado: Nadinha
sábado, dezembro 16, 2006
Concurso: como se chama este cão?
sábado, dezembro 09, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Desenhos meus
E então, como prometido, aí vai a fotografia da plantinha que se recusa a morrer e mais os dois desenhos que fiz dela antes de a plantar (ver 22/11/06).
Ninguém é obrigado a saber desenhar bem, e quem me convenceu a mim a pôr isto aqui foi a hfm. De momento, foi o que se pôde arranjar.
Tinta da China sobre papel rugoso
domingo, dezembro 03, 2006
Cabeça de Garoupa (para a Laurindinha)
Aqui em Lisboa existem pessoas que comem cabeças de peixe e que lhes chamam um figo (nunca percebi o que quer dizer isto, porque não gosto muito de figos…) (acho que não é o do futebol). Resolvi experimentar.
Trouxeram-me uma imensa metade de uma imensa cabeça de uma garoupa grelhada, que ocupava o prato todo e ainda transbordava.
Bem no meio daquilo tudo, havia um olho enorme a olhar para mim, com um ar plácido e grelhado, como se dissesse:
- Terra Imunda! E tu ainda andas por aqui? Mais valia ter sido devorada por um tubarão do que ser grelhada e vendido às metades. Onde é que está o meu outro olho? Quem é que o vai comer?
Chamei a empregada e perguntei:
- Ó Patrícia, você acha-me capaz de comer este bicho que não tira de mim o olho atento?!
Delicadamente, levaram o prato e voltaram a trazer-me tudo menos o olho. Ainda fiquei mais agoniada…
Eu gostava de ser vegetariana, mas… ninguém é perfeito!Pelo menos eu não sou.
Trouxeram-me uma imensa metade de uma imensa cabeça de uma garoupa grelhada, que ocupava o prato todo e ainda transbordava.
Bem no meio daquilo tudo, havia um olho enorme a olhar para mim, com um ar plácido e grelhado, como se dissesse:
- Terra Imunda! E tu ainda andas por aqui? Mais valia ter sido devorada por um tubarão do que ser grelhada e vendido às metades. Onde é que está o meu outro olho? Quem é que o vai comer?
Chamei a empregada e perguntei:
- Ó Patrícia, você acha-me capaz de comer este bicho que não tira de mim o olho atento?!
Delicadamente, levaram o prato e voltaram a trazer-me tudo menos o olho. Ainda fiquei mais agoniada…
Eu gostava de ser vegetariana, mas… ninguém é perfeito!Pelo menos eu não sou.
quinta-feira, novembro 30, 2006
Gatos Malteses
Vocês já ouviram falar dos gatos malteses. Sabem o que são?
Estes lindos gatinhos da ilha de Malta, uma das poucas atracções turísticas da ilha e seguramente a mais conhecida, logo a seguir à Ordem de Malta...
E ainda podemos encontrar, em vez dos nossos arrumadores de carros, os simpáticos alimentadores de gatos malteses. Também ameaçam de nos fazerem represálias, mas os bichaninhos adoram-nos!
Isto é um postal que lá comprei.
quarta-feira, novembro 29, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
domingo, novembro 26, 2006
Caldo!
Quando eu vivia na minha terra, há muitos e muitos anos, havia lá uma família muito pobre, entre muitas, claro. O pai era mineiro, os filhos eram sete, a mãe não trabalhava, quero dizer, só trabalhava a cuidar dos filhos e do casinhoto…
Comiam caldo todos os dias, e davam graças a Deus pelo caldo que recebiam.
Mas às vezes, a mãe fazia umas tainadas, verdadeiras manjorradas, por exemplo, fritava umas batatas, uns ovos…
Quando o Sr. Manel Joaquim chegava a casa depois duma dessas manjorradas, vindo de um dia de escuridão, entrando para uma noite de escuridão, até parecia que lhe cheirava! E perguntava, laconicamente, que era de poucas falas:
- Vós que comeros?
A esta pergunta, respondiam todos em coro com a mãe:
- Caldo!
E assim enganavam o pobre do homem.
Até que um dia… bem, há sempre um dia, nas histórias, não é?
Até que um dia… havia uma menina, que era a mais nova e que quase ainda nem sabia falar, mas que já ia dizendo umas coisas…
O Sr. Manel era esperto. Pegou na menina ao colo, tratou-a bem, (os pais não tratavam bem os filhos, tinham de impor respeito, claro!) e depois perguntou:
- Ó minha menina, vós que comeros?
O suspense foi geral, na sala-cozinha-quarto de dormir-camarata-hall de entrada-casa de banho-Cinco assoalhadas em uma. Seis ou sete em um. Estavam todos à espera de apanhar uma surra, porque tinham comido um chouriço com ovos.
É que ninguém se tinha lembrado de industriar a pobre da pequena. E a pobre da pequena também não estava habituada àqueles afectos… “de pequenino… (diz o ditado) se troce o” não sei o quê.
E por fim, a menina já estava quase a adormecer no ombro do pai.
- Ó minha menina, vós que comeros?
E a pequenita abriu a boca, pensou, repensou e disse:
- Caldo!
Comiam caldo todos os dias, e davam graças a Deus pelo caldo que recebiam.
Mas às vezes, a mãe fazia umas tainadas, verdadeiras manjorradas, por exemplo, fritava umas batatas, uns ovos…
Quando o Sr. Manel Joaquim chegava a casa depois duma dessas manjorradas, vindo de um dia de escuridão, entrando para uma noite de escuridão, até parecia que lhe cheirava! E perguntava, laconicamente, que era de poucas falas:
- Vós que comeros?
A esta pergunta, respondiam todos em coro com a mãe:
- Caldo!
E assim enganavam o pobre do homem.
Até que um dia… bem, há sempre um dia, nas histórias, não é?
Até que um dia… havia uma menina, que era a mais nova e que quase ainda nem sabia falar, mas que já ia dizendo umas coisas…
O Sr. Manel era esperto. Pegou na menina ao colo, tratou-a bem, (os pais não tratavam bem os filhos, tinham de impor respeito, claro!) e depois perguntou:
- Ó minha menina, vós que comeros?
O suspense foi geral, na sala-cozinha-quarto de dormir-camarata-hall de entrada-casa de banho-Cinco assoalhadas em uma. Seis ou sete em um. Estavam todos à espera de apanhar uma surra, porque tinham comido um chouriço com ovos.
É que ninguém se tinha lembrado de industriar a pobre da pequena. E a pobre da pequena também não estava habituada àqueles afectos… “de pequenino… (diz o ditado) se troce o” não sei o quê.
E por fim, a menina já estava quase a adormecer no ombro do pai.
- Ó minha menina, vós que comeros?
E a pequenita abriu a boca, pensou, repensou e disse:
- Caldo!
sexta-feira, novembro 24, 2006
Tão Inacontecente
A Jubi, A Mariana e outras pessoas devem andar banzadas por eu andar tão virada para a realidade portuguesa, que é tão pequena e tão inacontecente.
Os países felizes não têm história, acho que dizem, mas os países infelizes nem existem.
Portanto, eu vou voltar a falar dos bonequitos Maias chamados “Quitapenas”, que se estão a tornar conhecidos no planeta, vindos directamente de alguma aldeola do Terceiro mundo. E aí vai.
“Quando descobri os bonequitos Maias, eu andava deprimida e com insónias.
Coloquei um debaixo da almofada e, sempre que me lembrava dele, dava-me vontade de rir. É suposto a gente falar com eles, mas as figuras têm um ar tão tosco e tão parvo… e são minúsculas…
Dias depois, a D. Aurora fez a cama, aspirou o chão e aspirou também e deitou ao lixo o bonequito (ou, como se diz no Norte, não sei porquê, “macaquito”, ou, como creio que se diz no Brasil, mais logicamente, “hominho”).
E Ódespois, de cada vez que eu me lembrava que o hominho Maia tinha ido parar ao lixo, depois de ter sido aspirado, dava-me vontade de rir.
Em conclusão: o “Espanta Penas” resulta. E eu até poupei bué dinheiro em psicanalistas, psiquistas, espíritas, pastilhas e outros modos de não ceder ao sentido de humor."
Os países felizes não têm história, acho que dizem, mas os países infelizes nem existem.
Portanto, eu vou voltar a falar dos bonequitos Maias chamados “Quitapenas”, que se estão a tornar conhecidos no planeta, vindos directamente de alguma aldeola do Terceiro mundo. E aí vai.
“Quando descobri os bonequitos Maias, eu andava deprimida e com insónias.
Coloquei um debaixo da almofada e, sempre que me lembrava dele, dava-me vontade de rir. É suposto a gente falar com eles, mas as figuras têm um ar tão tosco e tão parvo… e são minúsculas…
Dias depois, a D. Aurora fez a cama, aspirou o chão e aspirou também e deitou ao lixo o bonequito (ou, como se diz no Norte, não sei porquê, “macaquito”, ou, como creio que se diz no Brasil, mais logicamente, “hominho”).
E Ódespois, de cada vez que eu me lembrava que o hominho Maia tinha ido parar ao lixo, depois de ter sido aspirado, dava-me vontade de rir.
Em conclusão: o “Espanta Penas” resulta. E eu até poupei bué dinheiro em psicanalistas, psiquistas, espíritas, pastilhas e outros modos de não ceder ao sentido de humor."
quarta-feira, novembro 22, 2006
Que lata!
A minha professora de Desenho, uma artista verdadeira, escultora, que ensina desenho gratuitamente como caridade, (juro!)
Enfim, a minha professora de Desenho deu-me este raminho de folhas para desenhar e disse que oferecia os raminhos aos alunos que os quisessem plantar…
Desenhei-o, mas tão mal que não me atrevo a publicar aqui o resultado, (A NÃO SER QUE VOCÊS ME PEÇAM), enfim… nem é modéstia, é mesmo inabilidade…
Depois, distraidamente, levei o ramelho para um restaurante das Amoreiras onde jantei. A criatura que servia à mesa pegou nele para o deitar ao lixo, mas o encarregado das criaturas explicou-lhe que ninguém vai com uma plantinha para um restaurante com a intençao de a deitar ao lixo!!!!!!! PERCEBES???? Percebestes? Ouvistes?
A rapariga pediu desculpa e devolveu-me o esquecido vegetal, o que agradeci distraidamente. Ao chegar a casa, tarde da noite, ocorreu-me a ideia de colocar as folhas num vaso com água, onde tenho um salgueiro (juro!) um salgueiro vivo só em água e que dá carneirinhos na Páscoa. A D. Aurora, dias mais tarde, viu esta as folhitas e plantou-as aí onde as vedes.
E elas ainda tiveram o descaramento de dar flor! Pode?!
É por isso que eu gosto dos italianos
É por isso que eu gosto dos italianos. Aqui temos um blog em que se faz um libelo a favor do véu islâmico. Quem não entender italiano pode ver a mensagem, na fotografia de 14 de Novembro.
http://omardottorpitxurri.blogspot.com/
A rapariga que serve no bar chama-se Sílvia
http://omardottorpitxurri.blogspot.com/
A rapariga que serve no bar chama-se Sílvia
Vivam os Artistas Vivos
Como apreciadora de poetas vivos, artistas vivos e demais viventes, vou acrescentar aos meus blogs favoritos um de Israel, que, aliás, já estava aqui referido há meses, da pintora israelita Hadasa Stoler. Descobri-a por acaso na net.
Ela não entenderá o que escrevo, mas talvez entenda o esssencial do que quero dizer.
Ela não entenderá o que escrevo, mas talvez entenda o esssencial do que quero dizer.
segunda-feira, novembro 20, 2006
domingo, novembro 19, 2006
Esperem...
Há uma expressão popular que é assim:
É lindo como o sol de Inverno.
Vou ver se capto esta beleza, em fotografias.
E, já agora, em textos, mas é claro que não coloco aqui nem a décima parte do que escrevo...
Esperem...
É lindo como o sol de Inverno.
Vou ver se capto esta beleza, em fotografias.
E, já agora, em textos, mas é claro que não coloco aqui nem a décima parte do que escrevo...
Esperem...
Fotografias
Juro-vos que, antes de ter estes blogs, eu nem sabia que tinha jeito para a fotograia. Sabia que era criativa, claro, mas a fotografia é hoje bem mais simples e barata do que há uns anos atrás.
Devo agradecer à Carla os vários elogios que têm sido feitos às minhas fotos, não só nos blogs, mas por aí (na vida real).
vejo que tenho muito que aprender e que descobrir, mas também entendo que este pode ser um dos meus caminhos.
E aconselho todo o mundo a fazer um blog.
Devo agradecer à Carla os vários elogios que têm sido feitos às minhas fotos, não só nos blogs, mas por aí (na vida real).
vejo que tenho muito que aprender e que descobrir, mas também entendo que este pode ser um dos meus caminhos.
E aconselho todo o mundo a fazer um blog.
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