A tradição, como se diz, ainda é o que era em certas terras do Norte de Portugal. E há outras tradições futuras a serem inventadas. A terem sido inventadas.
Com as opas vermelhas é a visita pascal em Castelo de Paiva. Em branco, em Espiúnca, uma lindíssima e pequeníssima aldeia do concelho de Arouca.
É assim: algumas pessoas, em substituição do padre, que ia antigamente mas já não vai, vão a casa dos leigos, transportando a cruz a ser beijada e também chocalhando as campainhas da Páscoa. Atiram água-benta para cima das pessoas, com toda a descontração, alegria e descaramento.
Devo avisar de que a água-benta, ou seja, água sagrada, é igual à outra água no sentido de ficarmos encharcados. Bem, se calhar eu fiquei encharcada da água sagrada, mas, como estava muito frio, pareceu-me esta água igual à outra. Seria???!!!
Infelizmente, não é possível ouvir aqui as campainhas da Páscoa, um som alegre, feliz e auspicioso.
Pelo menos para mim e para o Papa de Roma, que fazemos anos no próximo dia 16 de Abril, quinta-feira próxima futura. Ele para aí uns 80, eu menos. Juro! Muito menos!Ambos temos tido os presentes de aniversário misturados com as amêndoas da Páscoa, que muitas vezes é neste dia.
Para quem pouco entende de geografia: estas terras ficam no Douro Litoral e na Beira Litoral.
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