Só agora as pessoas se estão a dar conta do terrível equívoco em que têm vivido nos últimos anos.
Os portugueses votaram Ps nas últimas legislativas, sobretudo como voto útil para fugirem ao Santana Lopes. Por uma questão de personalidade narcísica, arrogante e despótica (vulgo apenas mau-feitio), O primeiro-ministro achou que tinham votado nele e que lhe tinham dado carta branca para fazer o que quisesse. Por razões ainda desconhecidas (a meu ver), conseguiu convencer a comunicação social de que era assim e de que, apesar da contestação de professores nunca vista (e outras), o povo continuava a apoiá-lo.
Temos agora a certeza de que não é assim, quando nos encontramos prestes a cometer o mesmo erro: dar um aval de aparente confiança cega a alguém que possa ganhar as próximas eleições em vez de José Sócrates.
Entretanto, foram gastos rios de dinheiro em projectos e obras e reformas para inglês ver, embora ninguém concordasse com esses projectos e obras e reformas.
O Presidente da República, tão calado antes das eleições Europeias, resolve agora criticar abertamente as políticas do governo e sobretudo as obras públicas.
Ñão admira: Sócrates e Cavaco partilham a ambição de ficar na história como aquele que fez mais obras, a seguir ao Fontes Pereira de Melo no sec. XIX, ou mesmo acima dele.
Mesmo que o país fique endividado para sempre e que as obras sejam muitas vezes redundantes, o importante é o ego destes indivíduos, a quem damos a nossa confiança...
À falta de melhor, reparem bem
Obama português precisa-se.
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