Este elétrico, o famoso 28, faz uma carreira muito regular e muito necessária, entre o largo em frente do Cemitério dos Prazeres (reparem no nome) e o largo da Graça, passando perto do Castelo de São Jorge, etc.
Deste lado nada há para ver, a não ser o cemitério, que tem visitas guiadas, percursos assinalados para turistas e um museu, mas poucos têm interesse por este tipo de turismo. Os cemitérios de Lisboa têm nomes estranhos: o dos Prazeres, o da Ajuda, o de Benfica, que faz lembrar o Benfica e o do Alto de São João, esse mais normal, embora o São João faça lembrar a festa do S. João.
Foi algo que também me impressionou muito quando vim morar para Lisboa. Até refiro este no meu livro Imaginália.
Ora acontece que, quando os moradores desta zona esperam apanhar a dita viatura, ela aparece cheia de turistas, felicíssimos porque o bilhete é muito barato. Todos têm bilhete de ida e volta, pelo que o bicho vai a abarrotar desde a saída.
Com algum bom senso, os condutores mandam sair todo o mundo, sendo suposto que têm direito a entrar primeiro os que já estão na paragem. O que não é simples nem pacífico. Excepto para os estrangeiros, que acham tudo maravilhoso e que não podem discutir por desconhecimento da língua.
Em lado nenhum há um transporte tão exótico e tão barato para turistas, já para nem falar dos barcos que atravessam o Tejo...
Não é por acaso que Lisboa está tão bem cotada como cidade de visita.
Não é por acaso que Lisboa está tão bem cotada como cidade de visita.
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