Antigamente faziam-se caminhadas noturnas por necessidade, por gosto, para ir às romarias, ou seja, por devoção e por prazer, ou só por devoção, ou só por prazer... mas agora toda agente tem automóvel.
Ou melhor: quase toda a gente.
Começam agora a retomar-se essas tradições: ao nível desportivo, ao nível religioso, ou simplesmente para caminhar. E cada um fará a caminhada que quiser. Sem poder evitar a subidas que vêm após as decidas, num terreno tão atribulado.
Realizou-se ontem uma caminhada noturna pela Sintra romântica: oito kilómetros, 3 horas, das 21 às 24, exatas, sem arredondamentos. Com lua cheia, ou quase cheia. Fui.
O pior foi que, sendo tudo a descer de Seteais até Sintra e estando já tudo um nadinha estafado, ainda tivemos de descer a pique, para terminarmos a viagem, subindo a pique.
Fiquei estafada! a parte mais gira foi quando passamos por um jardim aromático, mas aí também, tivemos de descer uma enorme escadaria para a tornar a subir...
Fiquei a dormir em Sintra. Num sítio giro. A cama era ótima, mas se não fosse, eu não teria dormido menos bem. Com o pequeno almoço, fiquei esbarrondada: brownie de chocolate com morangos, pão caseiro com compota feita na casa, queijo e fiambre, sumo de laranja natural e café.
Foi no espaço Edla, dedicado à condessa de Edla, esposa do rei Fernando II. Só tem dois quartos, um cafezinho maravilhoso onde se toma o pequeno almoço e que inclui um espacinho gourmet e uma galeria de arte. Tem até uma roupa que pertenceu à condessa de Edla, exposta nesse espaço multiusos.
Também fiquei a saber que em Sintra só há 2 ou 3 hotéis, dois hostels e muitos sítios do chamado "alojamento local". É o caso do Espaço Edla, da Quinta das Murtas e de muitos outros. Não são hotéis, nem pensões, nem coisa nenhuma desse género.
Ver aqui o link do Facebook que propõe as caminhadas
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