É o caso da ideia-chave da campanha da Maria de Belém, cujo nome é, já de si, objeto de trocadilho, a Belém quer ir para Belém, a Maria de Belém quem será, talvez a Nossa Senhora, etc...
A ideia principal da campanha e, aliás, a ideia única da campanha, essa sim, é brilhante.
Quando cá vierem chefes de Estado, como a Merkel ou o Obama, por exemplo, em vez de lhes oferecermos grandes banquetes, a presidenta irá levá-los a almoçar e jantar a lares de terceira idade.
Em vez de grandes manjares regados com os melhores vinhos, irá oferecerl-lhes umas batatinhas cozidas com pescada congelada cozida, um compito de água da torneira, servida numa caneca de plástico e um caldinho de legumes numa malga de folha.
A Merkel e o Obama não correm o risco de fazerem segunda visita e, se passarem palavra, voltaremos a ficar orgulhosamente sós, como no tempo de Salazar.
Ouço dizer que em certas regiões do país, is autóctones comem com o prato dentro de uma gaveta, para não serem obrigados a oferecer as visitas, as quais têm o hábito de aparecer sempre a hora das refeições.
A Maria d Belém sempre é um pouco menos avarenta, mas inscreve-se nesta tradição tão portuguesa de não dar nada a ninguém.
Que vão comer para a terra deles!
- Ide comer para a vossa terra! - afirmará, com aquela vozita "esganiçada".
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