terça-feira, janeiro 10, 2017

Eduardo : no fundo acho que (Mário Soares]queria ser um príncipe. Mas a aristocracia não o apreciava. Ainda assim há que dividir a aristocracia em duas, a saloia e provinciana, que ainda a há e para isso basta ver as suas publicações nas referentes paginas e a outra. A outra vive lá na sua bolha.... O que eu não percebo era o fascínio da srª Drª por marcas de luxo capitalistas... (deve ser de ter vivido em França) ... A minha mãe conta que uma vez por alturas do 25 de Abril, fora convidada para um jantar no Alentejo, meio-queque, onde ia tudo super arranjado. Depois seguia-se um comissio em que o Dr Mario Soares ia falar. A Drª Maria Barroso disse então: Sabe ? Ainda temos de mudar de roupa, o Mario não pode aparecer com este casaco ao pé dos pobres... A minha mãe ficou atónita. É por isso que não foram cosmopolitas. Imagine a diferença, se fosse a Pia a aparecer aos pobres ia carregadinha de pedras... só para causar deslumbre. A cultura do desgraçadinho e pobrezinho nunca foi bem a minha praia. Nem a do Pobrezinho e honrado.... enfim, manipulação de classes... 


É o que se chama ou chamava, na altura do PREC, virar a casaca. No sentido literal. Mas espero que entenda isto: se levasse um casaco caríssimo, os pobres não o sentiam como deles, mas sentiam-no como um ser muito superior. Pela mesma altura, ouvi esta conversa de gente miserável de pobre, respeito da santinha de Arouca, uma rapariga que alegadamente não comia eq que fazia milagres: algumas pessoas não acreditam na santinha, porque ela não anda vestida de santa. Se ela andasse vestida como aquelas santas dos altares, então toda a gente acreditava nela. Estávamos (estamos?) num país assim, atrasadinho. Temos de nos vestir de santos e de reis, se queremos ser santos e

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