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quinta-feira, novembro 12, 2020

Ouro Preto, Romance Histórico

 



Ando a ler um livro que descobri numa biblioteca, intitulado Ouro Preto, de Sergio Luís de Carvalho. É um romance histórico que se baseia na vida de um aventureiro português que, vivendo no Brasil, se inspirou no livro de António Vieira Clavis Prophetarum, para desenvolver a ideia lá contida de que Portugal iria liderar o Quinto Império sobre todo o mundo, um império espiritual com sede no Maranhão.

Este homem, que de facto existiu, chama-se Pedro Heneken e, no início do livro, está em Lisboa, preso nos calabouços da Inquisição, por incitamento à heresia. Por aquilo que diz, parece mais louco do que herético, mas será a loucura sagrada. Dos profetas? Os seus escritos foram todos apreendidos.

O livro está regularmente bem escrito, nada de especial, é mais interessante o que podemos imaginar do que as descrições que lemos, mas é também interessante obter informação sobre o tema e de forma leve.


Como se passa no reinado de D. João V, este livro dialoga, em termos de leitura, com o Memorial do Convento.

quarta-feira, junho 05, 2019

Agustina, incompreendida? Depois de ter sido de leitura obrigatória?

Engraçado o caso da Agustina: muitíssimo homenageada numa altura em que já não é lida e em que os editores já não querem republicá-la.

Tudo isto, apesar de ter tido uma obra de leitura obrigatória no ensino secundário. Melhor promoção, é impossível. Promoção estatal. 

O exato oposto, por exemplo, de Fernando Pessoa. E outros. 

Ser incompreendida depois de tanta promoção?

Não ser lida porque ninguém a entende? 

Entendiam-na melhor há 20 anos?

Todas estas questões devem ser colocadas...

Agustina parece ser a nossa Marguerite Yourcenar, mas com uma alma mais pequena. Uma Margarete Yourcenar em ponto pequeno.

Talvez algumas pessoas não gostem da sua dureza, do seu cinismo, da sua falta de compaixão. 

Que diria Agustina, tão corrosiva que era, de comentários como este?
Só poderia concordar...


Escritora do regime, mas incompreendida...

sábado, janeiro 16, 2016

Pai Nosso de Clara Ferreira Alves


Pai Nosso de Clara Ferreira Alves é um livro chato. Interessante, lê-se como se fosse uma reportagem, mas ao fim de 114 páginas de reportagem, já chega. Li até essa página com algum esforço, parei e não me apetece continuar.
As reportagens nunca têm mais do que 10 páginas. E os romances não são reportagens. Nem crónicas.
É claro que o livro tem ambições internacionais. Só se for como reportagem sobre tema da atualidade, muito bem documentado. Mas talvez romanceado...