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sábado, setembro 02, 2023

Paz? para quê? Make War, not Peace

 Não tenho prestado atenção à política nacional nem a questões como a de um tipo que deu um beijo numa rapariga, a questão nacional está perfeita, no melhor dos mundos possíveis, por enquanto… 

Como dar atenção a essas niquices quando a Ucrânia já perdeu 400 mil soldados pobres, sendo que os heróis ricos pagaram subornos e atestados médicos falsos (até parecem portugueses) quando, entre a Ucrânia e a Rússia há muitos milhares de amputados, quando há tanta gente a sofrer horrores na Ucrânia e na Rússia, quando ninguém é a favor da paz exceto o Papa e pessoas que são criticadas por isso, quando a desumanidade se tornou bandeira daqueles que julgam defender a democracia e os direitos humanos? 

Quais são os direitos humanos do povo ucraniano que estão a ser defendidos neste momento, quais os direitos humanos dos russos que perdem filhos, maridos e pais nesta guerra que ninguém quer que termine, porque a comunicação social nos diz que é uma guerra boa?

terça-feira, junho 20, 2023

sexta-feira, julho 08, 2022

Papa Francisco e a paz

 


O Papa Francisco, que não demonstra a menor simpatia por Zelensky, disse isto hoje:

“A crise ucraniana deveria ter sido, mas se quisermos ainda pode se tornar, um desafio para sábios estadistas capazes de construir um mundo melhor no diálogo para as novas gerações”.  O Papa disse isso durante o Angelus.  "Com a ajuda de Deus, isso sempre é possível, mas precisamos passar das estratégias de poder político, econômico e militar para um projeto de paz global.

 O mundo precisa de paz: não uma paz baseada no equilíbrio de armamentos, no medo mútuo, não, isso não está certo.  Isso significa fazer a história retroceder setenta anos.”

domingo, julho 03, 2022

Você disse… paz?!!




Zelensky, depois de ter prometido à NATO, a Biden e à UE que não utilizaria mísseis de médio alcance para atacar a Rússia, já que esta poderia considerar esses ataques como agressões de quem forneceu as armas, já atacou a Rússia e a Bielorrússia. Usa as armas para isto, mas continua a sofrer retumbantes derrotas no Donbas. Paz? Para quê? 

Como elogiar tanto como se tem elogiado um presidente que foi eleito porque prometeu a paz no Donbas e que agora está sempre a tentar arrastar o planeta para a III Guerra Mundial? 

E nós, também queremos entrar numa guerra mundial? E os nossos líderes políticos, que nada fazem para a evitar? 

A princípio toda a gente tinha uma visão muito romântica e heróica desta guerra, como se fosse a história do capuchinho vermelho e do lobo mau, para citar o Papa Francisco, mas muitas pessoas raciocinam com o bolso e o bolso, mais do que o raciocínio, diz-lhes: abaixo o romantismo! E o heroísmo bélico, isso era coisa da Idade Média.

domingo, junho 19, 2022

Guerra na Ucrânia: o Capuchinho Vermelho é o Lobo Mau

 

A ideia de que esta guerra é uma guerra entre os bons e os maus (ou como diz o Papa, entre o Capuchinho Vermelho e o lobo mau), conduz à ideia de que a guerra tem de continuar até vencerem os bons, o que é uma ideia absurda e cruel. Além de muito romântica.

Os chamados bons (que incluem grande número de torcionários neo-nazis, todos eles tatuados com a cruz gamada) estão a perder mil soldados por dia (entre mortos e feridos) para além de perderem uma grande quantidade de soldados desertores. Estes militares estão a ser substituídos por pessoas sem qualquer experiência, treinadas à pressa e tudo isto tem sido noticiado. Estes substitutos são chamados “voluntários” e incluem todos os homens ucranianos civis entre os 18 anos e os 60, recrutados e proibidos de saírem do país, fora os muitos que fugiram.

Acreditar que estes homens, com as armas americanas sofisticadas que vão chegar em fim de outubro (exigindo grande especialização militar), vão recuperar tudo o que os militares experimentados e frescos perderam e ainda vão derrotar a Rússia, o que vai acontecer no dia de São Nunca, faz prolongar indefinidamente o sofrimento dos ucranianos, a destruição da Ucrânia (agora também já feita pelos próprios ucranianos contra os territórios ocupados), faz aumentar exponencialmente a poluição do planeta. 

É preciso alterar esta narrativa do Capuchinho Vermelho, pressionar os governos com a opinião pública, acabar com a guerra, esta e outras. 

Os fabricantes de armas que estavam, até há pouco tempo, em crise, estão agora nas suas sete quintas … são os únicos vencedores de todas as guerras. 

Se isto é teoria da conspiração, partilhada pelo Papa, por Kissinger, pelos generais de todo o mundo, gostaria de saber quais são os argumentos lógicos que a contradizem. Lógicos, não emocionais.

(Imagem da Internet)

sexta-feira, abril 15, 2022

“A Guerra Civil Mundial”


Como vivemos todos numa aldeia global e como, em última análise, somos todos irmãos, todas as guerras são fratricidas e cada guerra é uma guerra civil. É a “guerra civil mundial”, no dizer de Simone Veil. 

(Foto da Internet)


terça-feira, março 22, 2022

NATO e UE na guerra da Ucrânia

 Nunca percebi muito bem uma frase que o povão anda sempre a dizer, já há  alguns anos, que deve ter origem num qualquer programa televisivo rasca. (Ainda se pode dizer rasca?) Enfim, a frase é esta:

“Vai lá, vai! Ahahahahah”. 

Neste momento, acho que já entendo e que vem muito a propósito. NATO?! UE?! Vocês apreciam muito o Zelensky, então… que tal entrarem nesta guerra oficialmente, com militares e tudo, gente que pode morrer e que pode pôr a opinião pública contra vós? 

 “Vai lá, vai! Ahahahahah”

Refugiados da Ucrânia

 


Hoje, entre outros casos, como não tenho mais que fazer, encontrei alojamento em Oeiras para uma rapariga ucraniana de 24 anos e o cão, em casa de uma mulher mais ou menos da mesma idade, que vive com a filha de 6 anos, menina que sempre quis ter um cão. A senhora fica preocupada porque acha que deve comprar equipamento para o bicho, mas nada percebe do assunto, porque nunca teve animais de estimação. Descanso-a dizendo que a rapariga tem economias, estava disposta a pagar o alojamento, em vez da cama, mesa e roupa lavada que vai ter até arranjar um emprego, e que pode comprar essas coisas, não se preocupe…

A Vladislava é uma mulher muito positiva, acha que tem muita sorte por estar num parque de campismo da União Europeia, nem diz qual é o país, o que importa é que é da UNiao Europeia. Imaginem o frio que lá deve estar… Pede ajuda para outras pessoas que conheceu no parque (a ajuda nesta fase é sobretudo informação), pede-me que lhes ensine português por Zoom, o que me deixa baralhada, pois não me apetece nada dar aulas outra vez… 

Enfim, a rapariga passa a tarde muito satisfeita a fazer vídeos do cão, um buldogue francês pequeno, para mostrar à menina de Oeiras. A mãe da menina anda à procura, entre as mães da escolinha, de um lugar para alojar uma outra rapariga com um filho de quatro anos, essa muito assustada e que quer ficar perto da Vlada, que a pode proteger e que vive isto como uma  aventura. Além disso, fala inglês perfeitamente, ao contrário da maioria, que só fala ucraniano. 

Continua nos próximos capítulos…

(A Vlada (nome fictício)  autorizou-me a partlhar a foto dela e do Kutz, muitissimo expressiva.  Reparem nos olhos dos dois.)