Alguém espera que o transporte privativo para um Resor de Luxo, O Foya Branca, em são Pedro, seja aquela carroça enferrujada e sem marcas nenhumas?
Perdi-a várias vezes, não só por ser assim, mas também porque nem sempre aparece quando era suposto.
Os transportes, aqui, são o fim. Também há táxis, mas não me apetece ir sozinha com uma criatura, pois os homens aqui são muito atiradiços...
Acabei por ir de Toyota (também chamado Hiace)(Ver posts anteriores), um dos mais mixurucas que vi. Pelo caminho gozaram muito com o meu português que lhes parecia excessivo e pomposo, mas ensinaram-me crioulo:
- Tant' é?
- Bô Cré?- Tant' Bô Cré?
Tradução: Quanto é? Você, o que quer?
Digo você, mas em português todos se tratam e nos tratam por tu. Bô é mais parecido com você, não acham?Bem , a minha querida amiga Clara, linguista, que esteve por estes dias num congresso sobre crioulos, diz ela que por coincidência, talvez nos possa esclarecer.
Mas receio não entendermos a explicação, demasiado erudita. E a Claríssima não se enturmou ainda bem com a net, nunca conseguiu fazer aqui nenhum comment. LOL!
Foi a minha maior amiga na Universidade do Porto, era a melhor aluna do nosso curso. Eu era uma criatura com problemas existenciais, orfã recente de pai e mãe. Ela, só de mãe.