Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
sábado, janeiro 06, 2024
Mindelo, Café Lisboa
Quando aqui estive, este café era pequenino e as mulheres ficavam debruçadas à janela do lado de fora a conversar com quem estava dentro. (Está no blogue, na viagem a São Vivente.)
Porto Grande, Mindelo
Mindelo
3 / 12 / 2023
Gosto muito do Mindelo, ilha de São Vicente, Cabo Verde. Em tempos passei aqui uma semana em que não preguei olho, porque em Cabo Verde existe o costume de tocar música toda a santa noite. E com muitos decibéis… foi uma viagem muito engraçada que partilhei no meu blogue Terra e Mundo, pois ainda não havia Facebook. Quem leu, gostou muito e vocês também podem ver, pois o blogue ainda existe. A ilha não tem muito que ver, fui a uma praia maravilhosa, nessa altura, onde umas mulheres me perguntaram se eu ia comprar bebés. Fiquei tão chocada, que nem me quero lembrar. Fiquei com a impressão de que existia um comércio com oferta e procura. Para começar, nem gosto de bebés… uma das vantagens deste cruzeiro é que as crianças estão na escola. Há só umas duas ou três… talvez do ensino doméstico.
quarta-feira, dezembro 27, 2023
Adeus Ilha de Santiago
Estátuas de portugueses
Cidade da Praia
terça-feira, dezembro 26, 2023
Ao longe ainda Cabo Verde
segunda-feira, julho 18, 2011
"Nha Cretcheu" e Literatura de Cabo Verde
"Nha Terra Nha Cretcheu", será algo como minha terra querida, amada, ou "minha terra, amo-te muito", ou assim...
Eugénio Tavares, que escreveu em crioulo muitos dos seus poemas. É dele o verso que dá título ao romance ("Oh! mar de túrbidas vagas" ou "ondas", da sua Canção ao Mar, vídeo abaixo) e de muitas letras de mornas caboverdeanas. Mornas parece derivar da palavra inglesa mourn, significando luto, tristeza, etc.
Despertou-me muita curiosidade Baltasar Lopes e o seu livro Chiquinho, que, segundo me disseram lá, não existe à venda porque os herdeiros não permitem a publicação das suas obras. Tentarei encontrá-lo num alfarrabista, pois também poderá ser considerado, ou ter sido considerado escritor português.
Germano Almeida: já tinha lido o livro O Testamento do Senhor Nepumoceno da Silva Araújo, mas parece-me que o comprei no Brasil. É um livro muito original, que me ficou na memória, tratando sobretudo de convenções sociais, hipocrisia social, atitudes consideradas correctas, etc. O autor vive em Cabo Verde, na actualidade.
De Orlanda Amarílis, Ilhéu dos Pássaros, agradou-me pelo título e pelo que li, folheando e me pareceu interessante. O mesmo para
Amor na Ilha e outras Paragens, de Camila Mont-Rond, que comprei e li, tem alguma graça e alguma cor local, com referência, por exemplo, à época da Independência e sequentes atitudes dos jovens, mas as vírgulas estão todas fora do sítio e não existe fio condutor da narrativa que é autobiográfica, com episódios desgarrados sobre a família. É como se fosse um livro de contos disfarçado de romance. Trata-se, contudo, de um primeiro livro.
Esta autora tem a particularidade engraçada de ter nascido num navio em viagem de Cabo Verde para Lisboa. Consta da sua certidão de nascimento a latitude a longitude do navio nesse momento.
Morabeza
Compreendo agora que qualquer um que conheça esta terra e estas gentes poderá vir a ter saudades.
É uma gente simpática, calma e delicada.
Se entramos numa loja e ficamos à espera que nos atendam, eles também ficam à espera que digamos alguma coisa, por tempo indefinido.
- Podes.
- Como é que se vai?
- De táxi.
- De táxi? Mas é uma ilha. No mar!
- Vais de táxi até ali - apontando no mapa - e depois sobes.
(Na segunda foto, são todas do Mindelo, vê-se uma réplica da nossa Torre de Belém. Um mamarracho. A última é do Palácio do Governo).
sábado, julho 16, 2011
Com o coração cheio de alegria
Ao reflectir sobre estas palavras, constato que também eu tenho o coração cheio de alegria.
sexta-feira, julho 15, 2011
Literatura de Cabo Verde
Mosquitos, ou lá o que é
O pior defeito que vejo em Cabo Verde é, sempre que cá venho, ficar picada que nem um crivo por insectos invisíveis.
(N.B.: Na ilha de São Vicente não há grandes problemas com insectos. Na de Santo Antão, sim.)
quinta-feira, julho 14, 2011
Areias
San Pêde (São Pedro)
- Tant' Bô Cré?
Bem , a minha querida amiga Clara, linguista, que esteve por estes dias num congresso sobre crioulos, diz ela que por coincidência, talvez nos possa esclarecer.
Mas receio não entendermos a explicação, demasiado erudita. E a Claríssima não se enturmou ainda bem com a net, nunca conseguiu fazer aqui nenhum comment. LOL!
Foi a minha maior amiga na Universidade do Porto, era a melhor aluna do nosso curso. Eu era uma criatura com problemas existenciais, orfã recente de pai e mãe. Ela, só de mãe.