segunda-feira, novembro 24, 2008

"Mentideros"

Conspira-se à boca pequena, nos "mentideros" da capital, que Sócrates não pode demitir a Ministra da Educação porque não há quem a queira substituir.
E realmente, só quem fosse doido ia querer tantas batatas quentes...

domingo, novembro 23, 2008

Inimigo Público Número Um

Enquanto os profesores são eleitos pelo governo como Inimigo Público Número Um, o presidente do Banco Português de Negócios (BPN) passa tudo o que tem para o nome da esposa e divorcia-se dela, pouco antes de ser preso, no maior escândalo financeiro nacional com contornos de escândalo político.
Então é tão fácil fazer estas falcatruas todas e não é possível anulá-las em tribunal?
Se não há leis que permitam fazer isto, inventem-nas. Ou isso não interessa aos políticos?
Parece que as prioridades nacionais são a avaliação dos professores e gastar com os bancos o dinheiro que não havia para nada...

sábado, novembro 22, 2008

Educação? Ainda...

Após grande encenação, a ministra da educação foi obrigada a fingir que cedia muito às reivindicações dos professore´s.
Poucas horas depois deste dramático e mediático anúncio, sem ter sido torturada, mas muito incomodada com as perguntas que lhe foram feitas, acaba por confessar, numa entrevista televisiva:
- Não mudou absolutamente nada ! Ficou tudo na mesma!
Quem tem políticos destes... que educação é que pode ter?

quinta-feira, novembro 20, 2008

O Galinheiro - Part Two

Vem hoje no Público um artigo de opinião muito interessante, de Constança Cunha e Sá. Intitulado "A Farsa", diz coisas como esta:
"Toda a gente decidiu aproveitar uma ironia, sem consequências, para montar um circo hipócrita e moralista"
Refere-se, naturalmente, às terríveis "gaffes" de Manuela Ferreira Leite.
A mim, o que me parece é que, como fazem frequentemente as mulheres, incluindo as mulheres na política, a líder do maior partido da oposição diz aquilo que é óbvio e que, por isso mesmo, não passa pela cabeça de nenhum homem dizer.
Então, M.F.L. ataca o governo, o governo sente-se ofendido, ataca-a ainda com mais força e todos os partidos, incluindo aquele de que é líder, esquecem os grandes assuntos de momento para a criticarem a ela, concordando com o partido do governo.
O que é isto? Um galinheiro? Mais um?
Quando M.F.L. disse que as grandes obras públicas que o governo quer fazer não resolvem o problema do desemprego português, mas resolvem o problema do desemprego na Ucrânia e em Cabo Verde, foi acusada de racista e xenófoba.
Porquê? Por ser evidente que os portugueses não querem trabalhar na construção civil e que a nossa prioridade não pode ser resolver os problemas dos outros países? Estava a criticar os ucranianos e cabo-verdianos, ou estava a criticar o governo? É verdade o que diz, ou não é?
É oposição ao governo, ou não era?
Como é que, num governo autocrático, a quem toda a gente reconhece uma arrogância insuportável, toda a oposição concorda com ele, ou , na menos má das hipóteses, se desculpa humildemente das críticas que lhe fez? Estão todos assim tão atrapalhados com o caso dos bancos, ou outros? Estará a oposição a ser vítima de chantagem? Cada um individualmente?
É que isto já tem acontecido.
Até mesmo nesta pequena pátria dos costumes brandos.

terça-feira, novembro 18, 2008

Galinhas "Top Model"


A terrível e irredutível ministra da educação, que não cede nunca a nada, cedeu à manifestação mais disparatada que possa haver: a revolta dos ovos.
É claro que, depois de assinar ao domingo, um despacho de duvidosa legalidade, afirmou que esse Despacho era um esclarecimento porque a culpa foi dos professores que não o perceberam!?!!!!!!
Quer dizer que só entende uma linguagem: a dos ovos.
O que mais me irritou sempre nesta criatura é o discurso completamente anacrónico, vazio e eivado de um indisfarçável desprezo por todo o mundo. A prova disso é que o sujeito de todas as suas frases é: as escolas.
De acordo com a moderna semântica, escolas é um substantivo comum concreto, não-humano e não-animado. É assim que ela vê os agentes do ensino e da educação:

Como sujeitos não-humanos e não-animados. Coisas.

Numa área tão humana e tão sensível como a educação, o resultado só pode ser o desastre que se vê e o desastre maior ainda que aí vem (tomem nota do que eu escrevi hoje e vão ver...)
PS: Como em Lisboa é difícil arranjar fotografias de galinhas, receio que estas se tornem "top models" dos blogues que tratam estes assuntos.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Numa pequena aldeia gaulesa

Andam os crédulos a afirmar que nós temos muita sorte porque há muitos países que estão em recessão e nós conseguimos escapar: Estados Unidos, Japão, Alemanha...
Numa pequena aldeia gaulesa, pelo contrário, está tudo bem, com excepção de um bando de professores e de alunos que andam a protestar e a divertir-se.

Então vejamos:
No boletim das previsões económicas de Outono, Bruxelas refere que o Produto Interno Bruto (PIB) vai sofrer uma contracção no terceiro e quarto trimestres de 2008, recuando 0,3% e 0,1%, respectivamente, face aos trimestres imediatamente anteriores (conceito de recessão técnica)

JORNAL PÚBLICO
Economia portuguesa entra em recessão técnica este ano

ETC...
Afinal, a peuena aldeia gaulesa não escapa desta!

domingo, novembro 16, 2008

Pagar em géneros

Este governo e esta ministra mimaram os estudantes portugueses como nunca antes tinha acontecido, oferecendo-lhes milhares e milhares de computadores portáteis, assim como exames ridiculamente fáceis.

Emocionados, os estudantes portugueses decidiram pagar em géneros: com ovos, tomates, etc...

Ainda não acertaram em ninguém da equipa do Ministério, mas também ainda não desistiram.
A equipa do ministério começou por acusar os professores de terem dado os ovos aos estudantes, declarando que estamos em crise e que eles não têm dinheiro para os ovos. Esqueceram-se das mães. Quem é que consegue arranjar tomates demasiado maduro e outros legumes estragados em grande quantidade? Provavelmente as vendedoras da praça, algumas das quais são mães e avós. Ou as outras mães, se os pedirem às vendedoras.

Manif de professores 15 de Novembro de 2008




Há vida para além dos partidos. E castanhas assadas.





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sábado, novembro 15, 2008

Madonna

Ouvi em tempos uma história provinciana e muito engraçada. Era sobre a vilória de Tarouca, no Alto Douro.
Houve um político lá da terra a afirmar, num discurso de inauguração, o seguinte, que fez rir às gargalhadas todo o mundo:
- Tarouca é o assombro das nações estrangeiras e o terror dos povos vizinhos!
- Pois, se calhar nem era. Mesmo nada!
Mas eu vou colocar aqui as iluminações de Natal das Amoreiras, que são fantásticas. Não serão o "terror das nações estrangeiras", mas talvez despertem inveja nas pessoas que aqui aparecem de diferentes nações: França, Brasil, Bruxelas, Estados Unidos. E outros. Ao dizer aqui, refiro-me a este blogue.
Que Lindo! Se eu não vivesse em Lisboa, queria viver em Lisboa! Morram de inveja!
Para gozar um nadinha com a situação, coloquei um título que não tem nada a ver, mas que vai trazer aqui montes de gente.





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Heroínas

Ainda há heróis e heroínas neste mundo e exactamente onde menos seria de esperar: no Afganistão. Protagonita: uma rapariga.
Ver aqui

Mas o que vemos à nossa volta é frequentemente uma inconfessável cobardia, que até envergonha quem a vê.

Através de todas as convulsões que o mundo está a viver, devemos tentar manter, por todos os meios, a nossa civilização, que de há muito proclama os direitos humanos, os valores humanos (cristãos) e a coragem de manter as convicções na hora adversa.
Para que ela possa continuar a servir de exemplo e para que possamos ajudar os outros. Não será uma civilização muito boa nem muito evoluída ainda, mas é a menos má.


quinta-feira, novembro 13, 2008

A Pedrês

Última hora


Uma galinha pedrês foi detida para averiguações, após ter posto um ovo frente ao Ministério da Educação.


A autópsia revelou tratar-se de galinha do campo completamente inocente e na esquadra acabaram por gostar imenso dela, depois de a terem comido de cabidela, acompanhada de um bom tintol.


Também foi possível averiguar que a dita pedrês não tinha sido instigada no acto por nenhum professor.


Como é melhor prevenir que remediar, os polícias do giro vão ser devidamente condecorados
E AINDA!!!!!!! Vão ser premiados com um... Magalhães!

Magalhães e os Ovos

Alguém parou para pensar na razão por que os estudantes portugueses não estão muitíssimo agradecidos ao Governo e aos representantes do Ministério?
Como vulgarmente acontece neste país, toda a gente reage emocionalmente e ninguém analisa coisa nenhuma.
Vejamos: o 1º ministro, José Sócrates, gaba-se e com razão (quero dizer com isto que é verdade), que distribuiu milhares de computadores pelos jovens e pelas crianças portuguesas, sem que nenhum outro governante nunca tenha feito algo de semelhante. É verdade: deu Magalhães aos mais pequenos e Toshibas portáteis com internet de banda larga móvel aos maiores, os mesmos que atiram ovos.
Não é verdade que as crianças e os jovens adoram computadores? Não seria de esperar que se sentissem agradecidos? Os professores têm para oferecer a esses mesmos alunos, como contrapartida, as mesmas aulas monótonas de sempre(os computadores ainda não chegaram a todos os alunos e provavelmente nunca chegarão - os portáteis estragam-se facilmente). Os professores têm sido desprestigiados pela ministra e por toda a gente.
Há professores que são odiados e outros que são amados, mas mesmo estes últimos dificilmente poderiam competir com as carradas e carradas de computadores novos em folha (muito menos os outros).
Como se explica que o Ministério da Educação nem sequer consiga, neste momento, presidir à cerimónia de entrega dos ditos computadores? De facto, supõe-se que também em Baião os representantes do Ministério nem conseguiram entrar na escola para fazer isso...
Outra pergunta, não menos pertinente:
Sendo dado que o tão discutido sistema de avaliação dos professores os obriga a passar de ano praticamente todos os alunos, (mesmo os que não sabem nada), e os deixa quase indefesos quanto ao mau comportamento dos piores, como se explica que estes estudantes estejam contra a ministra?
Como podem estar contra a ministra jovens que sabem ir ser submetidos a exames facílimos como foram os do ano passado?
Sim, é verdade que, com as novas leis, eles podem reprovar por faltas só porque estiveram doentes, mas quem acredita que os professores vão realmente aplicar esta lei, quando estão tão revoltados contra todas as leis?
Nova pergunta: parece ser evidente para muitas pessoas que quem incita os estudantes a estes "motins" são os professores. Não será isto, de novo, ver tudo de forma emocional e não racional? Que professor será tão estúpido que desperte a fera que há em cada jovem e que ele conhece melhor do que pessoa alguma, por lhe conhecer a ferroada dos dentes?
Não haverá outras explicações? Vocês não leram nos jornais que as famílias portuguesas começam a poupar na comida? Na qualidade e na quantidade?
Vocês não leram nos jornais que os estudantes começam a levar para as escolas menos comida e menos agasalhos, ao ponto de alguns ficarem só com o leite, que é grátis para os mais pequenos?
Quando as pessoas que me rodeiam agem de forma excessivamente emotiva e menos racional, eu sinto ser minha obrigação ser racional e menos emotiva.
Porque é que o povo português está a fazer o contrário a respeito desta questão? Por brandos costumes? Por submissão? Ou ninguém está realmente chocado com nada disto e anda tudo a fingir?
Não anda toda a gente revoltada? Não é em casa que os estudantes bebem o descontentamento? Não chegam à escola para aturar professores sem paciência para os ouvir porque andam irritadíssimos, ao contrário dos "pazes de alma" que costumavam ser antigamente?
Alguém lhes dá atenção? Dão-lhes Magalhães.
Não dizem os psicólogos que as coisas materiais não substituem tudo o resto?
Tudo o resto é, talvez, tudo aquilo que costumavam ter.
Há quantos anos está no poder esta Ministra? Que idade têm estes jovens? Que conhecem eles do mundo?
Eles chegaram a este mundo há tão pouco tempo! E querem viver tão depressa! Quem os entende?

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Chuva de ovos recebe secretários de Estado da Educação à entrada de escola em Chelas

Clicar Aqui

Mais um episódio de chuva de ovos ocorreu esta tarde, quando os secretários de Estado da educação Valter Lemos e Jorge Pedreira se preparavam para entrar na Escola Secundária D. Dinis, em Chelas, Lisboa.

Suspensão da Avaliação

Muitos estabelecimentos de ensino do país decidiram esta semana, ou estão a decidir esta semana, como foi proposto na manifestação de sábado passado, suspender a avaliação.
estas decisões têrm sido tomadas, ou por unanimidade, ou por todos os votos a favor excepto 1 ou 2. Escusado dizer que estes 1 ou 2 são das pessoas que só interrompem o atestado psiquiátrico nos dias de greve ou de Reunião Geral, para que não se pense que estão a fazer greve ou a concordar com reivindicações.
É evidente que estas pessoas ficariam prejudicadíssimas com uma avaliação que fosse normal, mas já perceberam há séculos que vale tudo menos fazer ondas.
Outra situação muito estranha: embora as pessoas que votam a favor subscrevam um texto apontando as razões da suspensão, a ser enviado para o Ministéro da Educação, texto esse que pode ser consultado nas páginas dos sindicatos, A Ministra e demais representantes do Ministério juram a pés juntos que não aconteceu nada disto em lado nenhum.
Porque será? Porque não conseguem explicar a situação? Porque não querem reconhecer que perderam o controle da situação?

quarta-feira, novembro 12, 2008

Respeitinho com ovos

Aqueles que proclamam que "o respeitinho é muito bonito", gostariam de ver um povinho submissozinho, a fazer o que mandam os Srs. Ministros e isto a começar pelos professores, que dão o exemplo.
É assim que passamos de ditaduras que caem de podres e de velhas para ditaduras modernas e mais sofisticadas, sem fazermos muitas ondas.
Há dias, dizia-me uma senhora que, se os professores cumprissem bem a sua missão de informar e formar, o povo português não aceitaria este tipo de políticos, sempre suspeitos de tudo, mas sempre vangloriados e a vangloriarem-se do contrário.
Até parece que adivinhava!

terça-feira, novembro 11, 2008

"Justiça de Fafe" à Ministra da Educação

Sempre ouvi falar da Justiça de Fafe como sendo rápida e implacável, mas ninguém esperava por esta.
Indo a Ministra da Educação "dialogar com os alunos", com aquele ar doce e brando que todos lhe conhecemos, eis senão quando é "ovacionada" com ovos, em Fafe. Ia entregar os diplomas do Programa Novas Oportunidades.
Ó Fafenses! Que injustiça! Então isso faz-se?

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349665&idCanal=58

Não sei se vocês sabem que agora os alunos podem reprovar por falta no caso de estarem doentes? Ao passo que outros não reprovam por muitas faltas que dêem, apesar de não terem estado doentes? Não percebem a lógica?

segunda-feira, novembro 10, 2008

Ó chantagistas, comam brioches!



- Você não me diga que vai pôr o seu filho nas mãos desta meia dúzia de chantagistas. Que só andam aqui chantagear o governo e os outros professores!
- Quais outros professores, filha, não vês que estão aqui todos? Ou referes-te àqueles que estão sempre de atestado psiquiátrico (falso) e que nem vieram aqui nem vão a lado nenhum nunca e muito menos vão dar aulas?
- Porque é que você não manda o seu filho para um colégio na Suíça? O quê? É caro? O que é barato é que sai caro!

A rainha Maria Antonieta pecou por ingenuidade e desconhecimento da realidade:
- O povo não tem pão? Mas qual é o problema? Eles que comam "brioches"!

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domingo, novembro 09, 2008

Ver também

Ver também os blogues (basta clicar do lado direito, ao fundo)
Fonte Nova
O País do Burro e
We have caos in the garden

Destruir a Escola Pública


A ideia do governo é destruir a escola pública, criando um tão grande facilitismo que os alunos saem de lá sem saberem nada.
Os que podem, aqui e em toda a parte, dão aos filhos uma "boa educação", mandando-os para colégos caros.
Os outros saem da esola, ou sairão no futuro, se não pudermos evitar, sem hábitos de trabalho, com uma preguiça inominável e pensando que podem continuar assim. E podem. Podem aumentar a delinquência e a criminalidade.

Para já, ainda alguém que goste de estudar pode ter um bom futuro, mesmo que não tenha dinheiro para livros. É-lhe, ou era-lhe dada uma oportunidade. Que deixará de lhe ser dada, se as coisas continuarem assim.
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E agora, José?

Em 8 de março houve um manifestação, em Lisboa, com 100 mil professores, ou seja, quase todos.
Em 8 de Novembro houve um manifestação, em Lisboa, com 120 mil professores, ou seja, todos.
Com a óbvia excepção dos que, por motivos de saúde ou de idade, não puderam fazer uma viagem de ida e volta de 600 e às vezes mais quilómetros, para andarem 5 horas a pé pelas ruas da cidade. É duro! É duro, mesmo para quem se levanta da cama em Lisboa e vai de táxi para o local da Manif, quanto mais para quem vem de tão longe: Algarve, Norte... Os de Cinfães, por exemplo, a acreditar nos jornais, demoraram nove horas e meia a chegar à capital.
E agora, Milú?

P.S.: o comentário da Maria no post seguinte, refere-se a um post como este, que retirei.

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