terça-feira, novembro 10, 2015

Entornou-se o Caldo!!! Que bom! Alguma Coisa Ainda Mexe

Pela primeira vez desde o PREC vejo no Facebook uma guerra pegada entre a esquerda e a direita. A guerra que fazia entornar o caldo, nas refeições familiares, incompatibilizar para toda a vida pais e filhos, esposas e maridos, irmão se irmãos. Temos aqui agora um arremedo.

Vocês, os jovens, nem imaginam como foi divertido! Ahahaha!
Mas ainda bem que há betinhos de esquerda e de extrema esquerda, como sempre houve. Para nem falar dos pobretões (económicos e mentais) da direita. Como sempre houve.

Vamos curtir este PREC

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses.

As pessoas que estão aterrorizadas pelo novo governo de esquerda,  que lhes parece o caos, talvez nunca tenham ouvido falar de Keynes e de Keynesianismo, que salvou a Europa e em particular Alemanha, após a segunda guerra. 
Talvez nunca tenham pensado que a política e os políticos devem esperar e fabricar, ou ajudar a fazer, um mundo melhor, uma espécie de Jerusalém Terrestre, pois esta ideia não existe na direita, a despeito de ser uma ideia areligiosa e mística. 

O pior desta gente medíocre que nos governou estes anos a mando da Alemanha, é ter levado muita gente a pensar que Não Há Alternativa, na sigla inglesa, TINA (There Is No Alternative). 

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar a Europa. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar aquilo que é humano.
Ou seja, o Mundo

quarta-feira, novembro 04, 2015

A moderna China



Livro muito interessante sobre a nova China, rendida as grandes empresas americanas que nela procuram trabalho escravo e fáceis fraudes econômicas. Ainda com recordações da "revolução cultural" em que os estudantes se misturavam  com os camponeses, sem que se tenha conseguido ultrapassar os mais antigos tabus, em vigor hoje em dia. O livro só custa 5 euros na loja do jardim de campo de Ourique. E noutros sítios, em Portugal.

sábado, outubro 24, 2015

A maioria de esquerda em Portugal é uma vitória dos Gregos. Como todas as vitórias europeias nos últimos 2000 anos

Era muito importante derrotar o Sirysa.

Porque o Sirysa influencia toda a Europa.
É por causa do Sirysa que existe o Podemos.
É por causa do Sirysa que temos em Portugal uma maioria de esquerda


O que não interessa mesmo nada à direita europeia é haver governos de esquerda em toda a Europa.


Um governo de coligação de esquerda em Portugal seria um mau exemplo para a União Europeia, para o Schauble e para a Merkel.

Usar o dinheiro das reformas dos velhinhos para pagar os bancos, para pagar a corrupção é tão bom!
Uma da manhã. Bem bom!
Duas da Manhã. Bem bom!
Como dizia  a primeira mulher do atual primeiro ministro.

Isto é um sinal dos Tempos!

sexta-feira, outubro 23, 2015

Quem é o autor do livro de Sócrates? E o comprador?


Quem é o autor do livro de Sócrates? - Domingos Farinho

Quem é o comprador do livro de Sócrates? - Sócrates


De tanto que este blogue escreveu sobre Sócrates, não podia deixar passar mais esta telenovela.
Segundo o jornal Sol, não foi Sócrates que escreveu o livro publicado por ele e comprado aos milhares por ele, provavelmente para destruir.

Não, o autor foi um professor chamado Domingos Soares Farinho.

Não há uma que seja verdadeira.  Diz o motorista Perna, que lhe servia de correio: "ele escreveu tanto o livro como eu".

E esta? Ou seja, e mais esta?

De Senhora Doutora a senhora Maria

Já repararam que, sem nos darmos conta disso, as pessoas deixaram de chamar doutor ou doutora aos licenciados?
Não houve nenhuma revolução, mas sim uma mudança muito rápida.  Demorou menos de uma década e tem a ver com a crise.
A mim, chama-me agora Professora, porque sou professora, ou então Senhora Dona, ou só Dona em situações não profissionais.

E nos call centers e outros sítios de marketing, só falta chamarem-me senhora Maria, como antigamente se chamava às pobres de pedir :).

A uma mulher chamada Maria Isabel, chama-lhe senhora Maria, na tentativa de a fazerem sentir-se tão mal, que se rende e se torna capaz de comprar tudo o que lhe queiram impingir.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Farta de ouvir dizer que Salazar era honesto



Para que queria ele os milhões na Suíça, se não tencionava desamparar a loja até morrer e viver à custa do estado, com um poder que já ninguém tinha nessa época? A nadar no ouro do estado, que também já não servia para nada, mas que era dele...


Só sabemos comparar este vigarista com os outros e considerar que a "honestidade" é um bem em si.
Não, não é. Deveria ser o normal. O bem em si é a competência!

domingo, outubro 18, 2015

Decisão presidencial para as Calendas Gregas

Será que o Cavacao consegue decidir alguma coisa ainda antes das eleições presidenciais, ou vai deixar a decisão para o próximo presidente?

Custa assim tanto engolir um sapo?

sábado, outubro 17, 2015

Esquerda Direita... E Volver!

Creio que começo a entender a direita: inclui a classe média alta que, não se identificando com os políticos medíocres da direita muito menos se identifica com a ideologia política da esquerda, uma gentalha oportunista, sem sinceridade política e sem ideais, para quem serve tudo menos tirar olhos e uma gente conservadora que não gosta de modernices...

A ideia de uma política idealista para um futuro igualitário, em que haja abundância de tudo para todos, alegria e felicidade para todos, não existe nesta direita. Nem na religião católica que a veicula.

O Papa Francisco é de esquerda, 

domingo, outubro 11, 2015

Existe um remédio para o medo. Chama-se coragem

Está tudo com medinho de um governo de esquerda?

O primeiro da nossa democracia quarentona? Democracia Ainda não adulta, mad já caduca. 
Até agora, só tivemos dois regimes no governo: direita a fingir que é esquerda (PSD e quejandos) e direita a fingir que é esquerda ( PS de Sócrates e quejandos).

A ideia de haver alternativa assusta-os muito.

Mas existe um remédio para o medo. Chama-se coragem.

sábado, outubro 10, 2015

Fora com a TINA!

O que está em causa nestas eleições é apenas o conceito de TINA, sigla criada pela Margareth Thatcher para dizer que não há alternativa (there is no alternative).

O Syrisa, o Podemos dizem que não há TINA, fora com a TINA! 
Agora os nossos partidos de esquerda querem o mesmo.
Quando, na Europa  houver vários países com alternativas, lá se vai aTINA.

Dislexia



Este blogue tem exercícios úteis para tratar a dislexia

Ver aqui


terça-feira, setembro 29, 2015

POEMA PAF PAF PAF



Uma da manhã: PAF PAF
Toma lá duas chapadas nas trombas
BEM BOM!

Duas da Manhã: PAF PAF PAF
Pega lá 3 chapadas nas trombas
BEM BOM!

TRÊS da Manhã: PAF PAF PAF PAF
Pega lá com quatro chapadas nas trombas!
BEM BOM!

Quatro da manhã bem bom
Sem saber o que será depois

BEM BOM!


Autora do poema: eu. Bem bom.

sábado, setembro 19, 2015

Literatura Brasileira



É espantoso como o Brasil, com tão pouca história, em parte humilhante, a pouca que tem, conseguiu dar tantas obras literárias interessantes, baseadas nessa mesma história. O que contrasta com a literatura portuguesa. Onde estão os romances sobre os acontecimentos imponentes da história portuguesa?

Vem isto a propósito de um escritor brasileiro que descobri recentemente e que me apaixonou, não conseguindo parar de o ler.

Josué Montello. 

Este é o eu livro mais emblemático, Os Tambores de São Luís, sobre a escravatura, cuja personagem principal é um negro alforriado é muito culto, em grande conflito interior, por não pertencer a um lado nem ao outro e por não poder ajudar os seus.

Quase tudo se passa no Maranhão, centrado na cidade de São Luís, neste caso aquando da publicação da lei do ventre livre, que dava a liberdade aos que fossem filhos de escravos, não aos pais.

Um outro livro, Noite sobre Alcantara, tem uma ação que decorre na passagem do século XIX para XX.

Se pensarmos que a escravatura só foi abolida no Brasil em 1888, talvez mais no papel do que na realidade, é este o tema recorrente dos romances deste autor.

sábado, agosto 29, 2015

Passadiço do Rio Paiva

Y



















O passadiço é uma estrutura de madeira que acompanha a margem do rio Paiva durante cerca de 9 kilómetros, permitindo caminhadas através de paisagens de beleza deslumbrante. Foi inaugurado em 20 de Junho deste ano e vai de Alvarenga até a Espiunca, existindo já o projeto de o prolongar, pois tem tido um enorme sucesso.

O melhor é o começar o percurso por Areinho, em Alvarenga,  e terminar na Espiunca. Esta última era uma aldeia intocada, paradisíaca, com poucos habitantes raramente visíveis e um rebanho de cabras pastando nas bordas da estrada, escoltadas por um cãozinho e por um bode. Tinha uma tasquinha muito discreta, frequentada só por homens, a moda antiga.

Agora é uma terra de ninguém. E de prazer, com a sua praia fluvial inundada de turistas, a sua tasquinha sempre a abarrotar de homens e de mulheres em calções ou fato de banho.
E, mais estranho ainda, até já tem sete táxis! Os autóctones queixam-se. Fora os que já começam, preguiçosamente, a enriquecer. (Os táxis servem para as pessoas voltarem para o automóvel que deixaram numa das pontas do percurso).


Mas comecemos do princípio.

Ainda em Castelo de Paiva fomos tomar o café da manhã num cafezinho de uma aldeia. Perguntaram-nos logo se íamos para o passadiço.
- Agora fazemos muito mais negócio. Nem tem comparação.
Sim, isto é o que dizem, satisfeitos, os comerciantes do concelho de Arouca, a quem coube a honra da genial ideia e também os do concelho limítrofe de Castelo de Paiva, que, ainda por cima, ostenta o nome do rio, causando alguma confusão.
- Até americanos! Até americanos já atendi! 

Começamos então a caminhada no Areinho. Subimos umas escadas imensíssimas, percorremos depois um caminho de terra na lomba da montanha e finalmente chegamos a um sítio muito alto. Dali é sempre a descer até a Espiunca. Primeiro quase a pique, numas escadas em que seria fácil tropeçar e cair, pois algumas são feitas de duas tábuas separadas. Este percurso é pontuado por varandas sobre o abismo, com vistas magníficas.

Depois o piso é plano e fácil, num suave declive. O percurso inverso é muito mais difícil, pois é sempre em ascensão e termina subindo aquela escadaria monumental para logo descer do outro lado. 

Mais ou menos a meio dos 9 kms, pelos quatro, surge então um bar, uma ponte suspensa que dá apenas acesso à outra margem e regresso, e uma belíssima praia fluvial, a praia do Vau, com umas escadas suspensas imitando as lianas de Tarzan, as quais permitem uma espécie de voo até ao rio, em original mergulho. Este é o lugar do Vau.

Depois disso, ou até aí, o caminho é menos interessante e menos belo. É também possível iniciar ou terminar no Vau, pois existe uma estrada. 
Sai-se na Espiunca, mas é claro que há quem faça ida e volta e quem inicie na Espiunca.
Aí já existem bares como comodidades, vendedores ambulantes, casas de banho públicas muito limpas e a tal dita praia. 

Como surpresa, e apesar do que alguns têm dito, ao longo de todo o passadiço não se vê um saco de plástico, um papel, uma garrafa, antes trabalhadores com grandes sacos de lixo, em que podemos depositar o que tivermos. 
É natural que seja assim, já que quem lá vai aprecia a natureza, mas ainda é novidade este espírito cívico.
Não se ouvem os pássaros, que fogem espavoridos de tanta movimentação e tanta gente, há mesmo muita gente, mas ouve-se sempre o sereno ruído das águas do rio.

A maneira do Norte, o ambiente é familiar, como se todos se conhecessem, toda a gente fala com toda a gente.

E sente-se o perfume das muitas árvores odoríficas: loureiros, eucaliptos... Bem como das ervas de cheiro.
As pernas ficam a doer, mas os pulmões agradecem como se ficassem lavados, a cabeça agradece a paz, os ouvidos o suave rumorejar das águas. Tudo em nós agradece o permanente milagre da natureza.

quinta-feira, agosto 27, 2015

São Telmo - capela de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira









Nesta capelinha da Nossa Senhora da Conceição, em Câmara de Lobos, ilha da Madeira, podemos encontrar pinturas do artista Nicolau Ferreira. É uma pequena é muito bonita capela junto ao mar, mesmo no porto, que recolhe as devoções dos pescadores.

As cinco primeiras reproduções deste post referem-se a milagres de Sao Telmo, o santo das navegações, a que é atribuído, entre muitos outros milagres marítimos,  o chamado Fogo de Santelmo, mencionado por Camões n'Os Lusíadas, um fogo fátuo que se via por vezes nos mastros, provocado por eletricidade estática.
O nome completo é São Pedro Gonçalves Telmo, também conhecido pelo nome de "Corpo Santo".

Ver aqui
http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/5045/1/LS_S1_08_Mario%20Martins.pdf


quarta-feira, agosto 26, 2015

Madeira: Câmara de Lobos















É, talvez, a terra mais bonita da ilha da Madeira, muito cinematográfica, vista do alto, vista de lado, vista do mar... Sempre diferente e sempre bela, na mudança de perspectiva.

Os lobos aqui referidos são lobos marinhos, espécie em extinção, mas que ainda existe lá perto, numas ilhas desabitadas.

É uma terra piscatória a poucos kilometros do Funchal, em que os pescadores, em pequenos barquinhas, agora a motor, mas sem qualquer espécie de proteção, pescam peixe espada preto, não muito longe da Costa, mas em águas muito profundas.

Em Agosto há as festas do peixe espada preto, como se vê pelos engraçados enfeites numa das fotos.
Tem também uma bela capela, com magníficos quadros de pintores portugueses, que estão num outro post.

quinta-feira, agosto 06, 2015

Ilha da Madeira: Curral das Freiras.








Vendo esta terra tão longe de tudo, esta capelinha tão bonita e pacifica, este pequeno  cemitério...  Imaginamos que este será um lugar para se viver e se morrer tranquilamente.

O estranho nome, Curral das Freiras, quer realmente dizer Vale das Freiras, já que as Clarissas procuraram refúgio nesse vale, aquando dos primeiros ataques dos pitatas / corsários.
Todas estas ilhas da Macaronésia têm uma história rlacionada com piratas, que, além de roubarem os bens, roubavam também a própria população, para a vender no mercado de escravos.
Talvez em todas as ilhas...

segunda-feira, agosto 03, 2015

Ilha da Madeira





Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.

Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.

sexta-feira, julho 31, 2015

Fazer as malas: quantas recordações...

Y




Quando faço as malas, vêm-me às vezes a memória outros momentos de malas feitas e a fazer. É quase sempre com prazer que as fazemos, mas existem momentos definitivos, em que o momento definitivo é o fechar a mala, e o anterior a este é o de ir colocando coisas, peças, as peças de que vamos precisar...

Recordo a primeira vez que saí de casa, sabendo, intuindo, que era para sempre.
Estava a fazer a mala e a chorar, pensando que, se a minha mãe fosse viva, me ajudaria a fazê-la. Já não me lembro onde tinha ido buscar esta informação. Mas não sabia o que colocar por cima, por baixo, pelos lados...
De repente, a minha avó entrou pela porta da rua, que eu não tinha deixado fechada. Por um raro momento, foi simpática e amável. Chorando também, disse:
- Sai daqui. Se a tua mãe fosse viva fazia-te a mala, assim, cabe-me a mim, que sou tua avó.

Difícil explicar por que recordo este momento tão antigo e um outro que vou contar.

Cheguei a casa de uma amiga, ou por acaso ou talvez porque me chamou, exatamente a tempo de a ajudar a fazer a mala. Ia para o hospital, para ser submetida a uma intervenção cirúrgica difícil.

Fiz-lhe a mala. Disse-lhe muitas brincadeiras para desdramatizar, ao contrário da minha avó. Afinal, eu não estava doente, eu não tinha nada de mal, apenas ia partir para sempre, como todos os seus muitos filhos tinham partido. Não era motivo para rir, era um momento solene.

Creio que, se a minha amiga ainda estivesse viva, ainda hoje me agradeceria o gesto de lhe fazer a mala rindo e brincando, como ainda hoje recordo com saudade e gratidão a minha avó e ainda a visualizo, enquanto me fazia as malas, a chorar.