domingo, maio 21, 2006

Estado da Nação: Padamon: Part Four

Lá na Índia, viviam as várias viúvas de Rashid num enorme palácio rodeado de jardins perfumados. E maior não era a sua felicidade, por andarem aborrecidas: como eram mulheres um tanto modernas, já não se identificavam muito com a tradição. Também não lhes agradava serem chamuscadas, mas a sua religião e a sua cultura lá as mantinham conformadas. Albira Alzira, porém, morria de medo! Um vago cristianismo e um claro materialismo não a haviam preparado para a adversidade.

Qualquer escritora moderna a sério, neste momento escreveria aqui uma receita de cozinha, para despertar sensações gustativas e olfactivas e tácteis e outras. Mas eu, que falho muito nesse ponto, enfim…
Durante muitos anos, como sempre gostei de ler livros de culinária, que me abrem o apetite (era eu magra e esqulética, o que já não sou), quando lia 2 colheres de sopa de azeite, uma colher de chá de vinagre ou de fermento, pensava que havia sopa de azeite e chá de vinagre, chá de fermento… a culinária parecia-me algo de esotérico, pois não via à venda nada disto. Porque é que ninguém explica estas coisas????????
Sopa de leite, sopa e açúcar, chá de pimenta, chá de vinagre, sopa de mel, chá de farinha…
Por favor, Laurindinha, eu e os meus leitores já estamos enjoados de mousse de manga! E de pão com queijo. Queremos outra receita de salgados, pouco engordativa e fácil. Salgados, a meu ver, serão o que não são doces, que eu não sou doceira.

Quem se sentia nas suas sete quintas era o Tobias. No palácio de Rashid, todas as suas viúvas tinham televisores, plasmas, DVDs, etc, e como andavam o seu tanto abstraídas e baralhadas, Tobias consolava-se, carregado de comandos.
As outras viúvas indianas não conseguiam dizer o nome dele, e portanto chamavam-lhe Padamon (o mesmo que murcom em português do norte (ultra versátil)). Aqui em Portugal, antes de ir, (Padamon (murcom mas nem tanto assim) ) meteu um atestado psiquiátrico e, portanto, não perdeu o emprego. Albira nem de tal se lembrou, o que significa, infelizmente que, se não morrer, perde o emprego. Eu parece que me deu a mania das vírgulas... que é quando a gente acha que faltam vírgulas...


Cenas dos próximos capítulos: a revolta das sogras.
Vocês querem ouvir os próximos capítulos? Esta história só tem mais dois, mas “quem faz um cesto, faz um cento”.

5 comentários:

Jubi disse...

Faz um cento, faz um cento!

Nadinha disse...

Olá Jubi!

Anónimo disse...

Como incentivo para continuar a história envio receita fácil e que já comeste muitas vezes.

Esta receita transporta-nos à infância:
Ovo de Pão
"Com a mão, esfarela-se miolo de pão (broa) de preferência do dia anterior,para uma tigela. Mistura-se salsa picada e ovos de maneira a ficar uma massa compacta.Coloca-se óleo ou azeite numa sertã e quando estiver a ferver deita-se a massa, de forma a ficar tipo "pastelão". Deixar fritar até ficar loiro e depois é só comer".
PS. Esfarelar (reduzir a bocadinhos pequenos)
Tigela (recipiente onde se serve sopa)
Se houver muito pão (broa) pode também cortar-se em fatias e fritar até ficar loiro. É uma delícia...!
Um abraço
Intebe

Anónimo disse...

Como incentivo para continuar a história envio receita fácil e que já comeste muitas vezes.

Esta receita transporta-nos à infância:
Ovo de Pão
"Com a mão, esfarela-se miolo de pão (broa) de preferência do dia anterior,para uma tigela. Mistura-se salsa picada e ovos de maneira a ficar uma massa compacta.Coloca-se óleo ou azeite numa sertã e quando estiver a ferver deita-se a massa, de forma a ficar tipo "pastelão". Deixar fritar até ficar loiro e depois é só comer".
PS. Esfarelar (reduzir a bocadinhos pequenos)
Tigela (recipiente onde se serve sopa)
Se houver muito pão (broa) pode também cortar-se em fatias e fritar até ficar loiro. É uma delícia...!
Um abraço
Intebe

Nadinha disse...

Gosto muito desta comida que não como há mil anos, mas creio que a broa já não presta. Vocês sabem de alguma broa de milho que não pareça cimento com argamassa e tijolo?
Nadinha