segunda-feira, julho 09, 2007

Ser capaz de voar

Hoje de manhã, logo ao sair de casa, tive uma surpresa: a voar à minha frente rente ao chão e a "gritar" um canto esquisito, está um pássaro magnífico, grande, amarelo e branco. Talvez uma espécie de papagaio.
Pensei a princípio que estava ferido, pois não conseguia voar, percebi depois que não sabia.
Pássaro de gaiola, recentemente fugido, tão depressa subia ao nível do 2º andar das casas, logo caía à estrada como uma pedra.
Evitando várias vezes que fosse esmagado por automóveis que passavam e que paravam por minha causa, consegui enxotá-lo para um sítio onde há árvores, arbustos e de onde não conseguiria subir voando para a estrada.
Ali ficou, não em cima duma árvore, mas plantado em cima dumas tábuas de construção, onde todos o podiam ver.
Ao regressar a casa, ao fim da tarde, julguei ouvir o seu grito rouco, talvez porque era isso que eu desejava.
Antes de ser comido por algum gato ou outro bicho, espero que o pássaro tenha conseguido descobrir a sua verdadeira natureza, o prazer de voar e de se empoleirar nas árvores sem sentir vertigens.
Já que conseguiu fugir da gaiola... a não ser que o tenham libertado. Era velho.
Também espero que não tenha começado a falar e a dizer palavrões em cima das árvores.
Porque isso não é a verdadeira natureza dos pássaros, que é a de ser volátil.


E Você, qual é a sua verdadeira natureza?


DEPOIS DISSO, TIVE UMA SURPRESA TROPICAL QUASE MAIOR. 
VER AQUI.

3 comentários:

Anónimo disse...

Há dias o Director ou Presidente da Gulbenkian disse numa entrevista na TV que é vulgar ver nos jardins da instituição um grupo grande de papagaios que vai lá beber e alimentar-se. Se calhar o que tu viste era um desses que se perdeu.

Um abraço

Intebe

Anónimo disse...

Não, eu já vi esses que tu dizes. E até já falei deles aqui. Há uns amarelos e uns verdes. Este não sabia voar.
Nadinha

Anónimo disse...

Há cerca de 2 anos um papagaio fugiu, e andava de árvore em árvore, aguentou um inverno gélido, alimentando-se de couves e fruta que ficou nos campos, ia dormir nas árvores frondosas da Quinta da Boavista. Ao anoitecer e de manhã percorria os céus a cantar, até que alguém o apanhou de noite e nunca mais se soube dele. Andou à solta mais de um ano, apesar de serem tropicais são resistentes.
Um abraço
Intebe