Toda a gente já sabia que alguns professores se baldam para o trabalho, tal como outros profissionais das profissões em que ninguém é despedido só por isso. Tão pouco!
Os professores normais até já estão habituados a fazerem o trabalho destas abéculas e ainda a serem considerados todos iguais. Os professores que nunca faltam ao trabalho estão carecas de saber que têm fama de meterem atestados psiquiátricos por meses ou anos, sem estarem doentes.
Agora, o que ninguém esperava era que a assim designada ministra da educação reconhecesse que há professores bons: ou seja, há professores que não são maus: sabiam? Mas isto é apenas para a dita criatura poder à vontade criticar os professores bons.
Diz a luminária:
- Os médicos bons vão logo a correr tratar dos doentes que estão muito mal, mas os professores bons preocupam-se mais em ensinar bem os alunos bons…
Claro, os professores bons deveriam ir todos para o Intendente convencer os rapazes desviados a voltarem para a escola, o que nem me parece difícil:
- Ó meu, andas tu a vender o produto a estes pé-rapados, quando na nossa escola há tantos betinhos com dinheiro que te compram logo tudo, é só convencê-los a consumir.
Neste interim os alunos bons estão a ter aulas com os professores maus, ou melhor, estão no café da esquina a beber umas bejecas porque o stor faltou outra vez.
De facto, há toda uma tendência no sentido de segurar os alunos nas escolas, no receio de que eles vão lá para fora drogar-se ou agredir alguém: se podem fazer tudo isto cá dentro, para quê irem lá para fora?!
E depois há outra coisa, os professores bons, que talvez sejam os mais velhos e experientes e que agora vão chegar a trabalhar até aos sessenta e muitos anos, podem muito bem apanhar uma rasteira ou um murro e caírem ao chão e levantarem-se, pois não será por isso que vão mudar de profissão.
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