segunda-feira, agosto 18, 2008

Terceiro Capítulo: O Regresso

Bem, o regresso não teve história, pensando melhor, foi cheio de sensações invulgares e talvez mesmo únicas, que talvez um dia use para escrever qualquer coisa...
Um estranho e óptimo jantar num restaurante à beira da estrada, por exemplo...

7 comentários:

Anónimo disse...

e lembro-me de um encontro no "routier" onde paramos para comer (como disseste, eu agora sem vocês, so com o meu chauffer, homem desconfiado, com medo de estar a dar boleia a uma moça de menor idade) ; no routier como dizia encontrei um francês que precisamente tinha passado férias em portugal e voltara entusiasmado ; porquê? "le ciel bleu comme une piscine" me lance-t-il e a comparação tão poética fez-me pensar en anjinhos nadadores a saltar alegres para a agua atirando as chatas flautas para a terra!
depois, lembrava-se de ter comido uma sopa maravilhosa num casamento : um inquérito minucioso e exaustivo permitiu-me identificar o excelente prato : canja de galinha, pois então!

emilia

Nadinha disse...

Naturalmente que as minhas recordações são diferentes das tuas. Esse é, aliás, um dos motivos de conflito entre as pessoas, pensarem que deveria ser iguais, ou então uma delas é falsa.
parece que as recordações são em parte inventadas, ou pelo menos são reinventadas de acordo com as experiências e sensações que tivemos depois.
As tuas têm a ver com a tua vivência de França, claro, eu tendi a esquecer os pormenores. não me lembro de termos dormido no quarto do Sr. Manel, mas ele era de facto um querido.
Lembro-me, agora que falas nisso, de termos ficado espantados quanto ele nos apresentou lavradores, enfim, trabalhadores agrícolas. Todos tinham carro e o patrão dele até lhe tinha dado um carro dele. Aqui, os lavradores andavam descalços.
Alguns anos depois voltei a França numa viagem não menos extravagante do que esta, daí ter esquecido muitos pormenores...
As Doce eram horrendas! Eram dessa época? Melhores sem dúvida do que a cantiga "Mãe Querida" que ouvimos 879 vezes, pelo menos.

Nadinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Les plus beaux souvenirs sont ceux que l'on s'invente
diz uma cantiguinha francesa

o mais giro é precisamente confrontarem-se vivências e por vezes descobrir-se que ha uma memoria comum mas so por vezes

o nosso itinerario à ida : Chalon sur saone/paris/valenciennes (onde passamos a tal semana) e Coutances

é demais, não é? num jogo de verão seria : descubra o intruso na lista citada!!!!

emilia

Nadinha disse...

Uma das coisas mais giras foi chegar a Paris de noite sem ter onde dormir. Acabámos numa pensão que eu creio que se chamava Pensão Paris, ou Pensão França, era o nome de uma terra, disso tenho a certeza.

Anónimo disse...

chegar a paris, dançar o vira, enterrar o rei (vive le roi!) , comer sandes de batatas fritas em st michel, encontrar japoneses zen no albergue de jeunesse e acabar a rir numa cama de pensão baratucha
ir ao louvre (todos de acordo) à torre eiffel (a nina a amuar-se)e imitar as estatuas dos jardins...

memoria fragmentada
não foi assim?
tant pis! é assim!

Nadinha disse...

Acho que foi assim.