Existe no planeta um único ministro da educação que trata os professores como um bando de malfeitores, exigindo, logo a seguir, que os estudantes respeitem este bando de malfeitores e a sua vítima, ou seja, a ministra da educação.
E já agora, também os seus apaniguados, como o Carlos Reis, que afirma, em entrevista ao Público, que
"São precisos professores que gostem de ler".
Acham?!!! Acham que os professores não gostam de ler?
Este Carlos Reis é uma daquelas iminências pardas com que Portugal se destaca em ser ignorado no mundo inteiro, no respeitante a estudos literários e muitas outras áreas.
Quando eu defendi a tese de mestrado, o idiota do meu arguente disse-me, em tom acusatório, que faltava na minha bibliografia referir a Bíblia! A Bíblia! A Bíblia dos estudos literários.
Por acaso não se referia a um livro de sua própria autoria, referia-se a um livro de uma iminência parda portuguesa que eu tinha lido muitos anos atrás e que, portanto, não referi.
Respondi-lhe que (era suposto eu saber argumentar, eventualmente usando argumentação agressiva)
Que para referir esse livro e todos os que li, deveria iniciar a bibliografia com o livro de leitura da 1ª Classe, seguido do da segunda, etc.
Disse depois que o Sr. Silva, (era esse o último nome) que escreveu a Bíblia, talvez fosse parente de outros senhores silvas, muito importantes na sociedade portuguesa, mas não deveria ser parente do verdeiro autor da verdadeira Bíblia, a não ser forçando muito a origem social dos senhores silvas e quejandos.
Afirmei em seguida que não tinha referido a Bíblia Católica por não saber ao certo qual era o autor. E que esperava não ser vítima de um auto-de-fé por não citar a Bíblia, dado que estávamos (ainda) no Século XX.
Resultado: ia chumbando. Só não me chumbaram porque a tese estava bem feita e não conseguiram. E porque a argumentação divertiu o público erudito, embora tenha irritado muito o arguente, um palerma.
Este senhor Carlos Reis também escreveu uma bíblia ou mesmo duas. E agora manda bitaites sobre tudo o que lhe apetece. Enquanto o deixarem...
Enquanto houver em Portugal autores de pequenas Bíblias, que são os pequenos livros sagrados de pequenas seitas! Escritos por pequeníssimas iminências pardas...
E mesmo assim,
Presidentes dos Conselhos Executivos reiteram pedido de suspensão da avaliação de professores
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