Existe na net um bom guia do acordo ortográfico.
Uma linguista, amiga da Nadinha, diz que está muito bom.
A tendência vai no sentido de acabar com, ou pelo menos reduzir, os acentos e os hífenes. Só o saber isto, já ajuda a entender o resto. E acabar de vez com as consoantes que não se pronunciam: há as que se pronunciam aqui e não no Brasil e vice-versa.
A regra, um pouco estrambólica é: se em Portugal se pronuncia, os portugueses são obrigados a escrever, mesmo que não seja obrigatório no Brasil, mesmo se for proibido para os brasileiros.
Ninguém é perfeito, e os acordos também não o são...
Exemplo: a palavra facto em Portugal, fato no Brasil.
Curiosidade engraçada: a palavra Egito passa escrever-se assim e, por esse motivo, não pode ser pronunciada Egipto. Esta pronúncia era um pouco afetada, talvez pronúncia de tia.
Ao obrigar todo o mundo a dizer assim, faz uma alteração fonética da língua portuguesa.
Aparentemente, e ao contrário do que se afirma nos princípios gerais e metodológicos, também se fazem alterações na morfologia e na semântica. Assim, se Maio e Primavera se escrevem agora com letra minúscula, imitando o francês, também é verdade que se está a estabelecer uma diferença de grau dentro dos nomes (antigos substantivos) próprios: passa a haver pelo menos dois tipos de nomes próprios: os que se escrevem com letra maiúscula e os outros.
Esta distinção é baseada em que critérios? Só pode ser em critérios semânticos...
(P.S.: Se isto foi útil para vocês, escrevam assim, aqui: "Obrigado/a Nadinha!")
Vieram cá muitas pessoas ver isto e não escreveram "Obrigado/a Nadinha!", nem "Água Vai".
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