São livros ultra-light, tão light que nem se encontram nas livrarias. Creio que correspondem às fotonovelas que se liam antes do 25 de Abril. Ou aos da Corin Tellado, mas mais marginais.
Comecei a ler um: a rapariga encontrou na praia um mocetão bronzeado, muito másculo, etc, apaixonaram-se um pelo outro... Começa assim, não me parece que acabe mal...
Como leitora compulsiva de tudo quanto seja legível em todas as línguas que eu conheça, mal posso esperar para me atirar à leitura. Depois conto. Se me lembrar de contar.
Como quando li duma assentada todos os livros da irmã Lúcia, oferecidos também por alguém que os recebeu e não os quis.
Ou uma caixa de sapatos cheia de cartas e de postais recebidos por uma freira que, mudando de terra, não poderia fazer-se acompanhar de nada, mas não os queria deitar fora... ofereceu-os a alguém que mos deu. Comoveu-me a delicadeza das emoções e das ofertas de comida entre freiras, porque as outras oferendas não se podem guardar...
Parece-me que fiz justiça às cartas, que nem podiam ser guardadas, nem ir para o lixo. Hei-de voltar a lê-las.
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