Chega ao fim o pior modelo de exame do 12º de Português de que há memória, com resultados sempre desastrosos e absurdos.
A partir do próximo ano, haverá, esperemos, um tipo de exame diferente.
Este termina com suspeitas de fraudes, não só neste ano, mas em todos os anos anteriores. Suspeitas tão legítimas, que o IAVE as mandou para o MinistérioPúblico.
Espero que se desvendem finalmente os erros muito graves deste exame. Mas não creio que o pior sejam as fraudes, isto no caso de existirem fraudes.
O pior é a mediocridade de quem é responsável pelos exames, ou talvez o compadrio, que leva certas pessoas a serem escolhidas para lugares de responsabilidade, neste país, não por mérito, mas por outros motivos.
Apesar de todas as tremendas falhas deste exame, ao longo de tantos anos, o IAVE manteve-se de pedra e cal através dos vários governos. Governos de: Direita, Esquerda e Volver!
(Antes de haver este exame, com resultados ridículos, os exames de Português da área de Letras eram corrigidos só por uma pessoa (como não havia os livros que há hoje, que facilitam a vida aos professores, não era qualquer um que dava esta disciplina, ou que a corrigia), ou por duas pessoas, no caso dos exames que não eram de Letras (a probabilidade de duas pessoas errarem é menor, sem ser neglicenciável).
Apesar da imensa subjectividade destes exames, cada teste é agora corrigido por uma só pessoa, podendo as notas de uma escola inteira depender da subjetividade dessa pessoa, já que os critérios são interpretáveis.
Outras vezes, os exames de uma escola foram corrigidos por três pessoas e nota-se bem diferença entre as classificações dos três corretores, sendo possível perceber onde acaba um e começa outro.
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