O nosso sentimento português de ausência, ou a nossa saudade vem da distância marítima, das grandes viagens nas imensas lonjuras oceânicas.
Do sonho de atravessar a aventura dos mares para mais tarde desejar regressar para sempre à velha casa em ruínas. A ânsia do retorno impossível a um tempo perdido e ao espaço abandonado, na companhia de pessoas que já não existem.
Porque a vida é uma viagem em que constantemente nos despedimos de umas pessoas para, mais adiante, encontrarmos outras. Mesmo quando não há viagem, mas apenas passagem das horas.
Mas nem todos se conformam com isso. E talvez o fado não seja conformista porque reclama contra o irreclamável. O destino. O Fatum.
(Excerto copiado de anterior texto deste blogue - autora: Nadinha)
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