Quando hoje cheguei a casa, muito cansada por razões várias, estava a dar na televisão um programa sobre sexualidade.
(Este hoje refere-se ao dia em que escrevi, claro!)
Ouvi e vi com alguma curiosidade, por ser um assunto sobre o qual ninguém pára de falar, mas ninguém sabe dizer nada. Há pessoas que sabem fazer, mas nem isso é muito relevante. Sabem fazer com quem tiver vontade de fazer o mesmo... com elas...
A certa altura, um sexólogo disse isto: para a mulher o acto sexual pode implicar gravidez, aborto, dor, hemorragias, etc., mas para o homem não há problemas. Concluiu também que as mulheres têm uma atitude de responsabilização e os homens uma educação irresponsabilizante a respeito do assunto.
Pareceu-me muito bem este comentário. De facto, os homens geralmente não se preocupam com a hipótese de a mulher engravidar, pois isso é um problema dela...
Embora os testes de ADN tenham introduzido uma mudança absoluta, as pessoas demoram muito tempo até se darem conta das mudanças.
Penso até que os rapazes têm hoje em dia uma educação desresponsabilizante a respeito de tudo. Pois se isto é o essencial, que mais lhes pode importar?
Por exemplo, em Portugal, e é de Portugal que tenho falado, todos os anos entram para a universidade muito mais raparigas que rapazes, sobretudo nos cursos difíceis. E todos os anos reprovam muito mais rapazes do que raparigas em todos os níveis de ensino.
Que eu saiba, ainda não foi concluído que as raparigas são mais inteligentes que os rapazes. Pelo contrário, as nossas ancestrais deveriam ser quase todas ultra-ignorantes e fúteis por falta de informação e de educação.
Até quando um país com tão pouca população poderá sustentar esta irresponsabilidade e irresponsabilização completa dos rapazes e homens e continuar a viver (como sempre viveu) à custa das mulheres, parvas ou não?
Antigamente os homens com sentido de aventura iam pregar a outra freguesia, no Brasil, na Índia e não voltavam.
As mulheres, ainda que ignorantes, conseguiram laborar e manter esta terra separada de Espanha. Com a ajuda dos reis, que só saíram daqui para fugir.
Vocês não acham?