Ontem escrevi a respeito do novo Papa Francisco, sob o efeito da emoção. E da intuição. Hoje volto a escrever.
A pergunta que se faz é se, ao escolher o nome Francisco, o Papa Francisco I está a homenagear São Francisco de Assis ou São Francisco Xavier, um dos co-fundadores da ordem dos Jesuítas. Não esquecer que o principal fundador da ordem se chama Inácio. Inácio de Loyola.
Ontem, era claro para mim, o que ainda é: quando se pensa em Francisco, pensa-se em São Francisco de Assis, o renovador da Igreja, aquele que se despiu até ficar nú, para mostrar que a Igreja não precisa de luxos e ninguém precisa de luxos, aquele que considera irmãos os homens, os pássaros, a chuva e o vento, aquele que propõe a simplicidade e a alegria.
Na apresentação do Papa, tudo isto me foi percetível, mais por intuição do que por raciocínio. Apresentou-se vestido de branco sem adornos, desviou a atenção para Bento XVI, para o povo, colocou-se ao nível dos outros cristãos ao pedir-lhes a bênção antes de a dar, como Papa. É toda a atitude de uma alma franciscana.
Sim, podemos pensar em São Francisco Xavier. Por ser jesuíta. E isso vem enriquecer a mensagem. Mas, por essa ordem de ideias, também poderíamos pensar no pastorinho Francisco e até mesmo numa figura muito conhecida e venerada no Brasil e seguramente conhecida e venerada na Argentina,
Xico Xavier.
As palavras, que são como as cerejas, dizem, trazem consigo muitos significados, nunca significam só o que pretendemos dizer, se puxarmos pela cabeça, havemos de encontrar um terrível criminoso, de nome Francisco. Ocorre-me agora, o pirata Francis Drake, mas outros haverá.
Por que razão nunca nenhum Papa escolheu ainda o nome Francisco? Porque o nome Francisco continua a ser revolucionário na Igreja Católica.