Mostrar mensagens com a etiqueta Ministro da Educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ministro da Educação. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, outubro 10, 2014

Não, Senhor Ministro!!!

                            
                                   

                                   
Os mesmos professores foram hoje colocados em três, quatro ou mesmo dez escolas


Numa miseranda Terra Imunda como esta, que dá mais importância às coisas materiais do que à cultura, os professores só podem ser trash. Todos, claro. Mas sobretudo os melhores.

Após erros risíveis porque ridículos, mas dramáticos, o Ministério da Educação volta a ser protagonista de muitas anedotas. 

Professores colocados muito longe de casa, mas só por uma semana ou duas, alunos a gostarem ou a não gostarem dos professores e a dizerem-lhes adeus para sempre...

Tudo isto é nada. Num segundo erro, mais ridículo ainda, um professor é colocado, segundo a RTP, em 74 escolas, enquanto outros ficam sem emprego, dada a concorrência desleal...

Eu tinha-me calado a respeito deste assunto, mas agora já é impossível.

A quem encomendou o governo o sistema informático da colocação de professores e o sistema informático CITIUs, para a justiça? Que razões o levaram a escolher as piores empresas?

sexta-feira, março 28, 2014

A Próxima Revolução só pode ter Cravos nas Ferraduras - Destas mulas que nos governam

Portugal só evolui por revoluções. Umas exageram para a violência, a última para a não violência.

Corta-se com tudo e pouco depois volta tudo ao mesmo.

Quando é que o povo vai achar que já chega de pagar a este bando de malfeitores que nos governa?

A propósito desta notícia

GRUPO GPS Estado dá 220 milhões a colégios investigados por corrupção (governos de José Sócrates e de Passos Coelho).

sábado, novembro 23, 2013

Prova de Avaliação para Professores


Nem sequer é possível compreender a razão que leva o Ministério a obrigar os professores a submeterem-se a uma prova com perguntas como estas e outras ainda mais fáceis. Coloquei estas, apenas por serem as mais fáceis de copiar e colar.

É ridículo. São professores que dão aulas, às vezes, há 20 anos, muitos com Mestrados e Doutoramentos, alguns dos quais foram convocados para corrigir estas mesmas provas. Estarão os do GAVE, agora remodelado e renomeado para IAVE, completamente senis?
Pensávamos que o Iave não poderia ser pior do que o Gave, mas somos sempre surpreendidos. Afinal, há sempre pior.

Alguns professores de Português, corretores do 12º ano foram "convidados" a corrigir a parte do português desta prova. Durante as férias do Natal, deveriam corrigir 100 textos, recebendo 3 Euros por cada um. Deve ser necessário preencher uma papelada por cada texto... quase todos recusaram. Como alguns contratados são corretores, receberam também o convite para corrigirem a  prova à qual se submetem.


Prova de avaliação de professores Resposta certa: B


Um indivíduo pretende comprar uma máquina fotográfica. Fez uma prospeção de mercado e encontrou a máquina que procurava em duas lojas, com preços diferentes.Loja X: O preço da máquina é 120 €, acrescido de uma taxa de 10%.Loja Y: O preço da máquina é 180 €, mas sobre esse valor aplica-se uma promoção de 30%.A escolha da loja será feita em função do preço mais baixo.9. O indivíduo irá comprar o artigo(A) na loja X, porque irá pagar menos 6 € do que na loja Y.(B) na loja Y, porque irá pagar menos 6 € do que na loja X.(C) na loja X, porque irá pagar menos 40% do que na loja Y.(D) na loja Y, porque irá pagar menos 20% do que na loja X.

Ou Esta: Resposta certa: A


A sequência abaixo é constituída por letras do alfabeto português. A A B A C C D C E E ... 


10. Mantendo o mesmo padrão de formação da sequência, qual das opções contém as quatro letras que permitem continuá-la? (A) F E G G (B) F E H H (C) F F G F (D) F F G H

quinta-feira, julho 04, 2013

Avaliação de Professores

- Bem, tu podes optar entre três pessoas, para seres avaliada.
- Ai sim? Quais?
- Uma é a coordenadora disto e daquilo.
- Pois, mas essa não dá muito bom a ninguém, porque já sabe que nunca terá muito bom, por isso, se desse muito bom a alguém, ficava atrás dessa pessoa. Qual é a  outra?
- A coordenadora disto e daquilo.
- Ah, essa dá muito bom a todos. Já sabe que também não vai ter muito bom, mas não está para se chatear com ninguém e dá sempre muito bom a todos, até porque vai pedir a reforma antecipada...
- Então escolho essa, que me dá muito bom.
- Não podes, ou melhor, podes. Para a avaliação deste ano já não a podes escolher, para a próxima já podes, se ela não se reformar entretanto...
- E a terceira hipótese?
- A terceira hipótese é a coordenadora disto e daquilo, mas essa não pode dar muito bom a ninguém, mesmo que queira, porque a lei não lhe permite.
- E se eu quiser ter excelente?
- Se tu quiseres ter excelente, tens de pedir uma avaliação especial com condições especiais, aí podes ter ou não excelente, também podes ter muito bom ou bom, mas pedir excelente ou mesmo muito bom é considerado arrogância e falta de modéstia. Essas notas são para quem precisa delas para progredir na carreira e tu não precisas.
- Então que faço?
- A ti, não te interessa nada teres muito bom. Basta teres bom para progredires na carreira e ganhares mais, se e quando houver progressões. O melhor é fazeres um relatório em que exprimas grande modéstia. Não te gabes.
- Mas todas essas que me podem avaliar têm menos habilitações e menos experiência que eu...
- Isso não conta, quer dizer, já contou, mas depois, enfim, esquece.
- Ah!

Bom, muito bom, excelente? Não deveriam ser notas para quem as merecer? Independentemente de ser ou não modesto? A modéstia é fácil para quem não vale grande coisa... Chamam a isto avaliação?

(N.B: Este diálogo é a transcrição de uma conversa real entre duas professoras, havida hoje.)

sábado, junho 29, 2013

domingo, junho 23, 2013

Exame de 12º de português e inspiração pimba.

O examinador, desta vez, escolheu um poema muito pouco conhecido de Pessoa / Reis, sobre os modos como, na velhice, podemos evocar as reminiscências da infância. Entre vários, propõe que se reiventem as recordações, de modo a  que as verdadeiras memórias não tragam demasiado desassossego à velhice.

Tudo muito adequado para jovens que acabaram de completar 17 ou 18 anos. Que "perceberam tudo", claro. E até acharam muito fácil.

Mas o problema não se fica por aí. Nos cenários de resposta e critérios de correção, o examinador propõe uma leitura arrevesada e mesmo descabida do poema, sobretudo no respeitante à pergunta / resposta 4. 
Assim, o aluno deverá mencionar a "noite da vida", expressão que não aparece em lado nenhum, mas que o examinador inventou e considera simbólica da velhice.

O último verso do poema é "há só noite lá fora" - Se deduzimos e bem, que Reis e Lídia estão à lareira na fase da velhice, então como entender que a velhice "noite" esteja lá fora? Está neles e não lá fora, portanto, noite não pode aqui ser entendida como metáfora ou símbolo da velhice, ou seja, este critério está errado.

Era ótimo, se fosse a letra para uma música pimba! Intitulada "A noite da vida".

quarta-feira, junho 19, 2013

Finalmente Nuno Crato tomou uma decisão!

Finalmente Nuno Crato tomou uma decisão! Conseguiu!

Não antes de os pais e os diretores das escolas terem exigido adiar o exame de Matemática, Nuno Crato decidiu antecipá-lo.

Depois do desnorte em relação ao exame de Português e de comentários demolidores que aparecem em todo o lado a seu respeito.

Vão ser investigados os casos de irregularidades? Refere-se, naturalmente, àqueles que foram denunciados. E  aqueles em cujas escolas todos "foram servidos" e, portanto, ninguém se queixou?

Nos exames normais, existem dispositivos muito rígidos para que a prova não seja conhecida fora das salas onde está a decorrer, sendo que os professores responsáveis (coadjuvantes) não podem sair do lugar onde se encontram isolados, nem falar com alguém que passe no corredor, nem usar telemóvel ou computador. Os alunos de Braga dizem que invadiram as salas e viram a prova... outros dizem que alguns alunos utilizaram telemóveis, rigorosamente proibidos.

Ora, se os procedimento são necessários... já não estamos em tempo que o que se passa em Braga só diz respeito a  Braga...

Também consta que em Cinfães houve exames realizados no refeitório e vigiados pelas cozinheiras. LOL.

VER AQUI


segunda-feira, junho 17, 2013

Quanto se paga para chamar parvo ao Nuno Crato?

O ministro Nuno Crato e os seus acólitos estavam, esta manhã, convencidos de que não haveria greve nenhuma.

Pareciam aquelas despeitadas das telenovelas brasileiras:

- NÃO VAI HAVÊRRR CÁSÁMENTO NÉNHUM!!!

Por um lado, acreditavam que estava tudo sob controle. Por outro, se não estivesse nada sob controle, o povo iria atacar os professores e defender o governo. LOL!

GREVE AOS EXAMES

NÃO HÁ QUALQUER DIVERGÊNCIA ENTRE OS PROFESSORES QUE FIZERAM GREVE E OS QUE NÃO FIZERAM: "EU SINTO-ME MAL SE FIZER GREVE E SINTO-ME MAL SE NÃO FIZER" - ERA A FRASE QUE MAIS SE OUVIA HOJE DE MANHÃ.

EXISTIA TAMBÉM A NOÇÃO DE QUE ALGUÉM TEM DE FAZER ALGUMA COISA.

Ver aqui reportagem do jornal Público

domingo, junho 16, 2013

Vai ser bonito!

Ainda bem que a greve é ao exame de Português do 12º ano, o exame mais escandalosamente mal feito  de todos, todos os anos, com resultados absurdos, critérios absurdos, perguntas demasiado fáceis e outras muito confusas, etc... (provas nunca denunciadas por uma "associação de professores de português", que lambe as botas a todos os governos).

É vulgar um aluno com  média de 18 valores ter 10 no exame, enquanto um seu colega da mesma turma, com média de 8, tem 11 ou 12. E isto é assim todos os anos, sem que ninguém proteste.

Se isto acontece com os dois exames, 1ª e 2ª fase, que demoram um ano, cada um deles, a ser elaborado, vai ser bonito o da 3ª fase, que também já está feito, mas nunca preocupou ninguém.

Não esquecer que no ano passado muitos alunos tiveram informação, através de sms, de que iria sair Os Lusíadas e precisamente qual o canto que ia sair. O ministro ignorou o assunto. 

Agora, o mesmo ministro ignorou os avisos de greve dos professores.
Vai ser bonito!


P.S.: (Última hora: circula hoje um boato, alegadamente com a mesma origem do do ano passado, assegurando que vai sair amanhã Mensagem e Felizmente há luar!).

sexta-feira, abril 05, 2013

Vergonhosa saída de Relvas.

Vergonhosa para ele, para o governo e para nós todos.
A Nadinha participou muito ativamente nas manifs contra esta coisa ridícula, tanto no terreno como neste blogue, o que se pode ver AQUI

Mas, para quem não tem vergonha... se calhar basta-lhe fazer aquela cadeira que conseguiu com recortes de jornais, volta a ter licenciatura e segue-se a equivalência ao mestrado.

Ficamos à espera que Nuno Crato do governo, por uma vez sem exemplo igual ao Nuno Crato da oposição, vá agora investigar a licenciatura de Sócrates.

Se até mesmo ministros alemães já foram acusados de plágio no doutoramento, imaginem o que acontecerá aqui.

(Refiro-me à notícia atual de que Relvas ficou sem a licenciatura e se demitiu do governo)

sexta-feira, março 08, 2013

A FARSA: notas dos professores e dos alunos em Portugal



Em Portugal, a avaliação dos professores e a dos alunos são uma (duas) farsas. Ainda me lembro de quando eu andava a estudar e a avaliação se fazia com ofertas de presuntos e perus. E garrafões de vinho, sobretudo nos exames de fim de ciclo. Agora mudou... já nada se paga em géneros.

E ainda estamos a anos-luz da honestidade avaliativa. A começar pelos critérios ambivalentes do Ministério da educação.

É suposto haver muito sucesso escolar (leia-se boas notas dos alunos) e há. Há notas fabulosas nas disciplinas não sujeitas a exame, é mesmo frequente não haver uma única negativa. E haver notas elevadíssimas, que não são sujeitas a comparação com nada. Exceto a comparação com as disciplinas que têm exame nacional.

É um caso diferente: se os professores reprovarem muitos alunos, os poucos que vão a exame terão notas boas. O ranking será bom. E o Ministério, bem como os jornais que fazem rankings, ignoram o enorme insucesso escolar dessas escolas que têm sucesso nos rankings. Porquê? Porque se consideram alunos externos aqueles que estão matriculados a tudo, menos Às disciplinas de exame.

Não são nada externos, são internos. Mas não contam para o ranking.

E querem avaliar os professores em função desta completa trapalhada?

A OCDE parece não achar bem a avaliação dos professores. Para quando uma análise com um mínimo de rigor?
COMO DIZ AQUI

Estamos todos muito fartos de farsas e de arranjinhos!
Agora já não são os perus, os cabritos e os garrafões de vinho que dão direito a boas notas, nas disciplinas sem exame: é o medo. 

O medo que guarda a vinha!


sexta-feira, agosto 03, 2012

Exames de Português do 12º Ano e a saga do rigor ("mortis")

Já aqui foi várias vezes referido este tema, ao ponto de se tornar recorrente neste blogue. Para ver posts anteriores, clicar na Tag  .

Também partilhei um link dum texto de António Guerreiro no Expresso, desmontando o exame da 1ª fase, bem como uma opinião do representante da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeidaque partilho, defendendo a demissão da atual direção do Gave, ou mesmo a sua extinção, como era promessa do atual Ministro da Educação.

Segue agora a "saga" da 2ª Fase do mesmo exame.

Logo na primeira pergunta sobre um texto do Memorial do Convento, pede-se o seguinte: 

"1. Indique, de acordo com o primeiro período do texto, três elementos que caracterizam Baltasar no momento em que regressa a casa."

O primeiro período é o seguinte:

"Regressou o filho pródigo, trouxe mulher, e, se não vem de mãos vazias, é porque uma lhe ficou no campo de batalha e a outra segura a mão de Blimunda, se vem mais rico ou mais pobre não é coisa que se pergunte, pois todo o homem sabe o que tem, mas não sabe o que isso vale."

Seríamos levados a supor que a  pergunta é demasiado fácil, não fosse o critério de correção decidido em reunião do Gave (Gabinete de Avaliação Educacional)  e recebido pelos  examinadores às 23 horas do dia 23 de Julho, para correção exames realizados em 13 de Julho:

"A expressão «filho pródigo» não constitui, por si só, um elemento caracterizador de Baltasar no momento em que regressa a casa."


Sendo assim, os elementos ( linguagem perfeitamente familiar e nada científica) caraterizadores aceitáveis são: tem mulher, não tem mão e é pobre. "Tem mulher" é um elemento caraterizador??? Eu não acertava essa e, portanto, ia para o filho pródigo. Perdia logo uns pontos largos.



Na verdade, Baltazar é comparado ao filho pródigo, já que só regressa a casa quando precisa de dinheiro. Havendo trabalho em Mafra e como os pais vivem nessa terra, regressa e vai para casa deles, depois de ter passado anos sem dizer se estava vivo ou morto. 



O receio de o aluno acertar por acaso, pois pode não saber quem é o filho pródigo, deveria ter sido previsto ao fazerem uma pergunta tão óbvia e tão parva, em vez de se considerar totalmente errada uma resposta totalmente certa.



Será possível haver pior? Sim. Senão, vejamos...



Quanto ao que normalmente chamamos "redação", pede-se que se faça uma reflexão sobre o papel do homem e da mulher na atualidade. Os alunos do 12º ano, que terminam agora uma escolaridade com 12 anos de português, não terão dificuldade em responder, mas correm sérios riscos.


Os melhores e mais cultos farão uma reflexão sobre o papel da mulher e sobre o modo como tem evoluído ao longo do tempo. Esta resposta poderá ser desvalorizada até zero, de acordo com os mesmos critérios recebidos pelos corretores em 23 de Julho (10 dias após o exame e 3 dias antes do dia em que deverão ser entregues os exames corrigidos - 26 de Julho). 

Sendo assim, 

"[...]quando os examinandos abordam, exclusiva ou predominantemente, a evolução verificada ao longo dos tempos, ocorre um desvio do tema e, em certos casos, um incumprimento da tipologia solicitada. Nos critérios de classificação, estão previstos níveis de desempenho correspondentes a estas situações."

Um dado que se tem evidenciado nestes exames (de há 5 ou 6 anos para cá) é o facto de os melhores alunos terem notas fracas, com uma incrível frequência, ficando muitas vezes atrás de alguns dos piores, por exemplo, um aluno muito bom tem 10, ou 9,5, ao passo que um dos piores alunos tem 11.

Será que existe, por detrás disto, uma intenção? 
Seria necessário, para isso, haver pessoas inteligentes por detrás dessa intenção, o que não parece ser o caso. António Guerreiro afirma que sim, a mim parece-me mais parolice e o reflexo das cabeças ocas que tratam do assunto. 

Ou talvez a intenção seja levar os alunos a verem os Morangos com Açúcar em vez de lerem um livro? Porque para entender o Memorial do Convento, de José Saramago é preciso conhecer a Bíblia e tanto um livro como o outro são muito chatos. Mas então o tipo não é ateu? Who cares? Whatever?


Caso para perguntar: onde é que pára a Associação De Professores de Português? 
Resposta: Como sempre, a dizer "Amen Jesus" aos ministérios, aos ministros, às ministras e ao governo, sejam eles quais forem. Felizmente, os professores de português, na sua esmagadora maioria, não são sócios dessa aberração, que até era a favor das TLEBS quando o país inteiro se movimentava ativamente contra.

terça-feira, julho 17, 2012

o "Rigor Mortis" do "ministro da educação" Nuno Crato.

Mais uma Universidade que vai para o galheiro por ter tido a subida honra de ter formado um ministro. Os brasileiros chamam a isto "Queima de arquivo". Sim, conheço quem lá dê aulas e que vale um zero menos. Mas isso também é verdade para o Ministério da Educação. E para todas as estruturas que metem políticos. Também conheço uns que são bons, num lado e no outro, mas esses também andam a reboque dos chicos espertos.


Ministro da Educação confirma

Auditoria à Universidade Lusófona já está em curso e fica 

concluída no Verão


Ler também, num anterior post deste blogue, textos sobre o rigor ("mortis") do assim designado "ministro da educação", que, ainda recentemente, era contra tudo aquilo que agora  proclama. 


AQUI: 

“Os exames e a comédia do rigor”


"Quem ti viu, quem ti vê..."

segunda-feira, julho 16, 2012

“Os exames e a comédia do rigor”

[...] "O aluno não é convidado a pensar, a interpretar, a escrever, mas a decorar chavões, a papaguear tópicos, a repetir interpretações fabricadas que circulam como um cânone que não admite desvio [...]"




“Os exames e a comédia do rigor” é o título de um artigo de António Guerreiro, publicado na revista do Jornal Expresso: Atual, de 14 Julho 2012.
Na impossibilidade de o transcrever aqui na íntegra, recomenda-se a sua leitura, por ser uma análise lúcida e rigorosa do exame de Português da 1ª chamada do 12º ano. Que justifica os resultados: por um lado fracos, por outro, não estabelecendo qualquer tipo de diferença entre os alunos ótimos e os médios, o que sobressalta até estes últimos. E que só não vê quem não quer ver, pois de há uns poucos anos para cá, acontece sempre isto.
Creio que o texto estará disponível online a partir de uma data que não sei qual seja.


Ficam aqui citações.



"O que imediatamente chama a atenção é o facto de boa parte da prova exigir, não que o aluno escreva, mas que ordene, escolha e associe frases já dadas."
"Os textos literários são estudados como se tivessem interpretações fechadas e o exame, por sua vez, vai confirmar esse fechamento."



"Os critérios de correção, lavrados em verdadeiros tratados (os critérios de correção têm mais páginas do que o enunciado do exame), fundam-se numa ciência para a qual não temos nome porque trata de hipóteses e de "cenários de resposta". Eles preveem tudo - todos os desvios, todas as incorreções, todas as imperfeições e incompletudes das respostas dos alunos - e para tudo o que preveem têm uma quantificação.

Se, ainda assim, o professor, presumindo-se um avaliador competente, quiser operar um pequeno desvio e introduzir o seu critério de quantificação, lago saberá que a grelha Excel onde vai lançando a pontuação das respostas só aceita os números previstos pela ciência que projeta "cenários de resposta".

No fim de todos os mecanismos de vigilância por que passou, há uma grelha Excel que lhe diz que ele não é nada e nunca será nada.” 




segunda-feira, julho 09, 2012

Nuno Crato: Yes Minister!


Por uma vez, o presidente da confederação de pais tem razão no que diz. E diz que os exames não são credíveis. E que deveriam ser. 

Ver aqui abaixo

De facto, quando Nuno Crato "subiu" [(desceu?) (ao ponto de chegar )] ao poder, logo afirmou que ia acabar com o GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional).

Não só não acabou, como também nem mexeu uma palha na direção e constituição do GAVE. 

A grande meta, aliás, do ministro nuno crato, são as metas, ideia definida pela isabel alçada, contra a qual o atual ministro disse cobras e lagartos. Mas agora  são as metas que contam, sendo que as metas podem querer dizer tudo e mais alguma coisa.


E a outra meta é sorrir ironicamente quando lhe perguntam uma opinião sobre a licenciatura de Miguel Relvas. Sorriso compreensível no líder de um partido clandestino durante uma qualquer ditadura, no receio de vir  a ser torturado numa roda, menos entendível num ministro  de uma pretensa democracia.

E a outra meta é nem dizer nada perante a suspeita de que os temas dos exames de português foram conhecidos antes dos exames. Ou vir mais tarde, dizer que é boato. Boato? 
E os exames da segunda fase foram, ou não, elaborados pelas mesmas pessoas que, alegadamente e segundo os boatos, deixaram escapar informação? 

Sim, não, talvez, o que acha o senhor ministro?

Resposta óbvia: 
YES MINISTER!!!!!!

E a outra meta é... era... teria sido, gostaríamos que tivesse sido... mas...



sábado, junho 02, 2012

Nuno K Rato! O que é que vai sair dali???

Até agora não saiu nada, o ministro limitou-se a imitar em tudo as duas anteriores ministras, que tanto criticou. Caso para dizer que a montanha pariu um RATO ( K rato). Vem este trocadilho a propósito de eu estar sem a letra c no teclado e saiu rato em vez de Crato... e já num post anterior, titulei: "a montanha pariu um rato", pois é o que pareCe.

Este ano que agora termina, foi o culminar de vários anos de intenso laxismo, disparatada tolerância, igualitarismo entre professores e alunos, fazendo lembrar o PREque, no caso da educação e do ensino, ainda não terminou.

Os alunos chegavam às aulas com atraso de meia hora, ou nem iam, traziam um papel assinado pela mãe a dizer que o autocarro se atrasou (todos os dias) e, como era chato trazer sempre o papel, acabavam por convencer os professores a não marcarem faltas.

Os que eram postos fora da aula todos os dias, também justificavam as faltas disciplinares, e muitos diretores de turma aceitavam a justificação por medo dos pais. E por medo dos alunos.

Os pais acham giríssimo que o filho seja rebelde, toda a família acha giríssimo e, claro, acabam por minimizar o facto de não saber coisa alguma, consequência da dita rebeldia. De ter notas péssimas. Mas talvez as notas nem sejam tão más assim... pelos motivos que já disse.

Vem isto a propósito da recente legislação de Nuno K rato.

Talvez resulte. É à inglesa. A dita liberdade inalienável de os alunos fazerem tudo o que lhes apetece, tudo o que lhes dá na bolha, talvez se "aliene", afinal, com os dinheiros dos subsídios, que os pais dos alunos "rebeldes" perdem... ou com as multas que serão obrigados a pagar. Se forem altas.

Afinal, tudo se aliena.

A ideia parece boa, mas receio que não flutue. Vai muito contra a maré.


VER AQUI




(P.S.: A propósito, agora que não tenho a letra c, constato que, com a reforma ortográfica, ela faz muito pouca falta.)

sábado, março 17, 2012

O Ministro das Ministras ou: a montanha pariu um rato: mais um rato.

Nuno Crato notabilizou-se por ter feito uma oposição feroz e credível às ministras de Sócrates. Tornou-se conhecido por parecer que tinha soluções basicamente diferentes e mesmo oposta às das ministras designadas como "sinistras" e à política de Sócrates para a "educação". Mas a montanha pariu um rato.
Nuno Crato limita-se a fazer ligeiras alterações aos decretos, leis, decretos-lei, despachos e memorandos das senhoras ministras que tanto combateu.
É destes políticos que é feita a nossa atual política portuguesa. E é por isso que não saímos do abismo.


A montanha pariu um rato. Mais um.

sexta-feira, junho 17, 2011

Ministro da Educação: Nuno Crato


"Os bons professores sabem o que se deve fazer e tentam fazê-lo. Se às vezes não o fazem mais e melhor, essa limitação não se lhes deve. Deve-se sim às imposições avulsas do Ministério, aos currículos desconexos, aos maus manuais escolares, a um ambiente de desrespeito pela cultura e pela educação" (pág. 121).
"ideia de que o estudante cria o seu próprio currículo e reconstitui por si, em doze anos de escolaridade, as descobertas que à humanidade custaram séculos de esforço colegial constante;"


 "Assim se chegou à ideologia educativa hoje oficial, segundo a qual os negros, por exemplo, não podem interessar-se por física quântica porque isso é só para filhos de universitários, os ciganos não podem interessar-se por violino porque isso é só para filhos de médicos, etc. Logo, para que estas crianças, coitadinhas, possam ter "sucesso", temos de os ocupar e motivar com o jogo do pau e o Big Brother da TV (o de Orwell não, claro) — a física não é para eles, coitadinhos. É esta crença falsa — além de classista, racista e repugnante — que orienta e explica as políticas dos sucessivos Ministérios da Educação."


in O Eduquês em Discurso Directo: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista, de Nuno Crato. Lisboa: Gradiva, 2006, 132 pp. 

Esperemos que este Ministro da Educação não seja trucidado pela máquina do Ministério, alimentada por oportunistas, incompetentes e baldas.