sexta-feira, agosto 07, 2009

Rouge Brésil - Pau Brasil

Acabo de descobrir com prazer e alegria que Mem de Sá, o terceiro e um dos principais governadores do Brasil, era irmão de Sá de Miranda, ambos filhos bastardos dum padre (cónego) que os deve ter protegido muito, mesmo assim.
Vi isto no blogue que tenho aqui nos favoritos, " Carreira da Índia". Fiquei também a saber que o seu filho Estácio de Sá morreu ao reconquistar parte do Brasil aos franceses, que tentavam conquistá-lo, na intenção, algo mística, de fazer uma França nos trópicos, com "protestantes".

Seria interessante estudar o assunto: algumas pessoas e alguns grupos de pessoas foram viver para as Américas, na intenção de construir um novo mundo místico, esperando realizar profecias bíblicas.

Enfim, tudo isto (quero dizer, a ocupação por franceses e reconquista pelos portugueses da zona que hoje é o Rio de Janeiro) está narrado num excelente romance de Jean-Christophe Rufin, que li em francês, designado por "Rouge Brésil" e que em português se intitula Pau Brasil. Mas esse Mem de Sá, que fiquei a conhecer através do romance, aparece muitíssimo desfavorecido, como se fosse um idiota, muito feio e bronco. É tal o exagero, que parece uma caricatura. Natural, vindo de um francês que gostaria que houvesse uma França dos trópicos, altamente idealista e mística, embora a ironia esteja presente em toda a obra, criticando sobretudo o líder francês.

Pois Sá de Miranda é também um dos meus poetas favoritos e colocarei um seu poema sobre a mudança no blogue Escrevedoiros, nesta data.


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