Falei recentemente com uma antiga amiga que esteve muitíssimo doente com um cancro e à qual tinham morrido os pais, já com muita idade.
De repente ela começou a falar das tias: umas tias antiquíssimas, hiper-católicas e que faziam mais "parte dos problemas do que das soluções", embora se oferecessem para resolver tudo.
- As tuas tias ainda são vivas? - perguntei eu, espantada.
- Vivíssimas. - Disse ela a rir. E repetiu muitas vezes:
- Estão vivíssimas! Vivíssimas!
Desde então, ponho-me às vezes a observar as pessoas, para ver se estão vivas ou se estão vivíssimas, mas quase todas me parecem mortas.
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