Mostrar mensagens com a etiqueta Sociedade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sociedade. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, maio 08, 2023

A coroação

 









Os novos reis de Inglaterra são feiitos e com uma ar nada majestático nem régio, mas as roupagens maravilhosas e o barulho das luzes tornam tudo deslumbrante.

Quanto ao povão inglês, nem sequer consegue chegar perto, mas sentem-se todos muito felizes vestidos de formas ridículas, por contraste com aqueles seres vestidos e coroados com milhões de libras, como querendo demonstrar que não pertencem à mesma espécie.

Entretanto, a polícia encarregou-se de meter na cadeia quem pensa e se exprime de modo diferente, como os republicanos e os ecologistas, num país que se gaba de ser democrático. 

Lol. Assim vai o planeta!

sábado, março 26, 2022

1984 Livro de George Orwell

 Sugiro a todos os meus amigos que leiam, ou releiam se já leram, o livro 1984. 

Nele se descreve uma sociedade imaginária e distópica, situada no futuro, em 1984, em que existe o pensamento único, não pode haver opiniões diferentes, pois isso configura “crime de pensamento”.

Este controle, exercido pelo poder, é conseguido através da televisão (ainda não havia Internet quando George Orwell escreveu), que controla toda a população através da manipulação das emoções: medo, ódio e amor. O ódio exprime-se coletivamente pelo grande inimigo, o amor pelo Grande Irmão (Big Brother). É de lá que vem esse conceito.

Muito interessante



domingo, janeiro 31, 2021

Do milagre à catástrofe

Não há dúvida que vivemos em tempos de quase catástrofe, mas vale a pena pensar e trocar ideias sobre isto. Como é que se passou do “milagre português” ao desastre de sermos os piores do mundo em alguns aspetos (não todos)?

No princípio, muitas pessoas tinham medo, agora têm menos medo, ou têm outra vez muito medo, mas o medo nunca pode ser a medida de todas as coisas.

Será que temos culpa (sem dolo), ou será que tudo isto nos ultrapassa? Nunca ninguém percebeu por que razão o pior sítio do mundo em termos de Covid foi a parte mais rica de Itália. Mas não há dúvida de que as opiniões diferentes das veiculadas pela comunicação social ( que tm funcionado em uníssono) têm sido ignoradas. E isto é uma parte da catástrofe: a falta de liberdade de expressão, que pode levar a extremos de reivindicação.

Nas últimas aulas presenciais que dei, sabendo que os jovens andaram em festas com muita gente na passagem de ano, estando com alguns desses numa cave em que as janelas, lá muito em cima, pouco abrem, disse-lhes que deveríamos todos ter mais cuidado do que nunca, explicando que ter cuidado não é o mesmo que ter medo. Ainda hoje não tenho medo, mas abdiquei da Páscoa e do Natal, que sempre passei no Norte, exceto os últimos.

Ocorre-me que não é a primeira vez que isto acontece, o passarmos do milagre ao desastre: a certa altura, fomos o milagre económico português, éramos o bom aluno da CEE e pouco depois estávamos à beira da bancarrota. Neste último caso, a culpa só pode ter sido nossa... 

Agora pode ser ou não ser, quase parece ser o destino e o fado, por isso devemos trocar opiniões, se eu não vos convencer, convencem-me vocês a mim, sem que pareça derrota a mudança de opinião, que é apenas conciliação e paz.

Será que Portugal continua a ser simbolizado por Gonçalo Mendes Ramires, personagem central do livro de Eça de Queirós a Cidade e as Serras? Passo a citar:

“Como acertadamente observa a personagem João Gouveia, no final do romance, Gonçalo Ramires, o Fidalgo da Torre, com "a generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios", "a esperança constante nalgum milagre", "a desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe", "aquela antiguidade de raça", "aquele arranque para a África", simboliza o Portugal contemporâneo de Eça, dilacerado entre o passado glorioso e a miséria presente.”

Será que isto nos carateriza? Isto: “a generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios", "a esperança constante nalgum milagre", "a desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe"?

P.S: Este post não tem nenhuma atitude político-partidária, pois essa, sim, é a nossa cegueira específica. Desde o 25 de abril que pouca gente pensa fora desta caixa.

segunda-feira, março 23, 2020

Quantas bolas... de gelado



Havia, no Centro Comercial Amoreiras, uma minúscula gelataria, só com duas mesas coladas uma à outra.
Num fm de tarde de domingo, sentaram-se, ao meu lado, uma mulher obesa com quatro bolas de gelado e cone comestível, com um homem magro, tomando um café expresso.
De repente, ele começou a falar, a criticar, a acusar, a lamentar e quase a chorar. 
Tinha casado com uma mulher magra e elegante. Se não podes resistir a um gelado, não podias ao menos comer só dias bolas de gelado como esta senhora aqui ao lado que nem é gorda? Cada vez estas mais gorda! Cada vez comes mais. É só comidas que engordam, quatro bolas de gelado!!!
A senhora não falava, não respondia, absorta no ato de lamber as quatro bolas, talvez já sem sabor.
Quantas mais conversas desoladas e insípidas, quantas mais bolas lambidas desconsoladamente... 
Que será feito destas duas pessoas, talvez agora, com a quarentena obrigatória por causa do Coronavírus, isoladas e confinadas uma à outra, ela cada vez mais obesa, ele cada vez mais desesperado, cada vez mais magro, muito mais sós do que se estivessem mesmo sós, talvez vivendo numa cave sem janelas e sem sol... 
A solidão pode ser feliz.

quarta-feira, setembro 06, 2017

Bem vestida, ou mal amanhada e em farrapos? Ou esfarrapada pelascircunstâncias. Eis a questão.

Para as férias que fiz no norte, levei só alguns calções e apenas umas jeans, que rasguei pelo caminho, acidentalmente.
Continuei a usá-las, claro. Longe de me chamarem pobre e farrapona, como chamariam há anos, toda a gente acha que eu estou na última moda e na crista da onda.
No regresso a Lisboa, como sabem, houve um acidente com o autocarro onde seguia, só agora vejo que tenho as pernas verdes, com "negras", embora me doam um nadinha. 
Mas tive de explicar aos outros passageiros que não rasguei as calças no acidente, pois estávamos preocupados uns com os outros. Nem as comprei já rasgadas. Difícil de entender... Mesmo falando outras línguas... LOL.

segunda-feira, fevereiro 27, 2017

História pouco natalícia, às vezes, mas nem sempre






Quando ouço contar histórias de Natal, lembro-me às vezes da outra parte da história, normalmente o princípio, aquela parte que simboliza o contrário do espírito natalício. 
Estas histórias de Natal são como a poesia, ou melhor, como os poetas, oscilando sempre entre o belo e o horrível, entre o terror e a redenção.

Aqui vai mais um diálogo. Há muitos neste blogue, basta clicar na tag abaixo.

Era uma senhora que tinha estes brincos da foto. Juntou-se uma rapariga e deu a seguinte conversa, a três, com mais duas pessoas a assistir e a dizerem que sim com a cabeça, porque a dona dos brincos era mulher de personalidade.

História pouco natalícia, às vezes, mas nem sempre


- Os seus brincos são lindíssimos. Posso ver?
- Oh, são tão antigos! Se não me tivessem roubado 3 Kgs de jóias!!!
- Então e não sabe que aqui em lisboa não pode andar carregada com 3 kgs de jóias?
- Sei, claro, eu sei, mas isto foi na terra. O meu marido era do Minho e as pessoas do Minho adoram joias. E eu só as usava lá, claro. Desapareceram da carrinha, no quintal da casa... estas... as outras eram muito melhores...
- Eu estava a dizer a esta senhora que os brincos dela são muito originais, não acha? Posso tirar uma fotografia? É que são umas circunferências que mudam de posição conforme a senhora muda a posição da cabeça...
- Sim, de facto... Ah! A senhora não me está a conhecer? E a senhora também?
- Não...
- Eu sou aquela que tomou conta da sua vizinha doente, aquela a que cortaram a perna.
- Ah! O primeiro prato da comida da minha casa era sempre para ela. Com o melhor! Mas ela nunca teve que dissesse assim: comprei-lhe estas cuecas como prenda de Natal. Nada. Nunca me deu nada.
- Porque é que a senhora queria umas cuecas como prenda de Natal? 
- Não, isto sou eu a dizer. Nada, nem mesmo umas cuecas. 
- Mas então, se a sua vizinha nunca lhe deu nada, porque é que lhe dava sempre o primeiro prato de tudo?
- Eu? Então eu via que ela não tinha nada, ninguém lhe levava nada e eu não havia de lhe dar de comer? Do melhor que tivesse? Porra! Mandava-lhe sempre o primeiro prato, do melhor que tivesse. Porra! Era o que faltava!

- Era eu que tomava conta dela, nos últimos tempos. Mas a irmã...
- A irmã roubou-lhe tudo. Nem um lençol lavado lhe deixou. E deu-lhe uma coça.
- Isso da coça não sei se não teve razão! Que ela acordava-me de cinco em cinco minutos porque queria fazer xixi...
- Sim, ela não era fácil. Nada fácil. Eu telefonei ao sobrinho, mas ele não quis saber.
- A irmã mandou-me embora e ficou à cabeceira da cama dela.
- Claro. E deixou um frasco com um líquido na mesinha de cabeceira. Eu disse logo: levem esse líquido à polícia. Mas disseram. Polícia? Não, não.
- Foi ela que herdou tudo...
- E o sobrinho. Por isso é que eu queria levar o frasco à polícia.
- Mas o sobrinho nem apareceu nunca.
- Os seus brincos. Posso tirar uma fotografia?





segunda-feira, janeiro 23, 2017

Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde


Uma minha amiga, professora de artes visuais, contou-me hoje isto, mais ou menos assim:
- Há uns 4 anos, levei uns meus aluno do 10º ano a uma exposição no Museu da Eletricidade, junto aos rio Tejo. As margens do Tejo, naquele local, no centro de Lisboa, são rampas de cimento.
Como marcamos encontro no Museu, pois todos moravam perto, quando chego, muito tranquila, os alunos chamam por mim as gritos.

Alguns alunos tinham feito um desafio: de mãos nos bolsos das jeans, ganhava quem conseguisse descer a rampa e chegar mais perto possível do rio. A certa altura, havia limos escorregadios.

O rapaz que ganhou este desafio caiu ao rio Tejo, que ali é o Porto de Lisboa, muito profundo, e não sabia nadar.

Alguns colegas atiraram-se à água, a tentar salvá-lo, mas não é fácil, e acabaram todos por serem salvos por um pequeno rebocador, de passagem por ali.

A funcionária da bilheteira, ao ser-lhe narrado o episódio, informou, por sua vez, que, alguns dias antes, um rapaz tinha morrido afogado ali, pelos mesmos motivos.

Isto é um caso para dizer, como Nero Wolf, detetive policial, personagem do escritor Rex Stout:
"Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde" (referia-se a uma rapariga de 18 anos).

Concordo.

sábado, dezembro 17, 2016

Nunca "bater" numa pessoa mais fraca

Quando eu era pequena e depois muito jovem, eu era tão magra, que dificilmente encontraria uma pessoa mais fraca, considerando mais fraca uma pessoa menos robusta, fisicamente.

Ainda assim, o meu pai, que morreu nos meus 19 anos, disse-me muitas vezes:
- Nunca batas numa pessoa mais fraca do que tu!

Creio que nunca o fiz, até hoje. Considerando as palavras fraca e forte como metáforas, na maior parte dos casos. Ou no seu sentido real, desde que ganhei peso.

Pelo contrário, tenho "batido" nos mais fortes, às vezes com prejuízo de mim mesma. Mas foi a educação que recebi.

É a educação que tenho transmitido sempre e que só hoje me lembrei de agradecer. 

Como homenagem ao meu pai, que pouco conheci.
Faz este mês muitos anos que morreu, tinha eu 19.

sábado, setembro 24, 2016

Portal da Queixa

Conhecem isto? Mas algumas pessoas acham que fazer queixa é pidesco, é mais simpático aguentar...



Portal da Queixa - Clicar aqui



Amor de mãe? De pai? Distração? Preguiça?

Uma minha amiga contou-me isto:

"Trabalhei como professora em duas escolas em que o nível sócio-económico dos alunos é elevadíssimo. 
Um dia, uma aluna do oitavo ano escreveu-me numa redação que tinha sempre perante os olhos aquele momento em que viu o irmaozinho, dizia o nome, morto na piscina da casa, por culpa dela e da irmã, que se distraíram a ver a telenovela. 
Meses depois, conta-me noutra redação que ela e a irmã escaparam por pouco de morrer num incêndio numa estância de esqui. Aqui, a culpa não era delas: o hotel tinha dois prédios, elas estavam num, os pais no outro. Foram salvas por um camareiro, ficaram muito felizes quando se juntaram todos. Por acaso, estas meninas chegaram a adultas."


"Uma outra minha aluna contou-me que os pais se adoram um ao outro e que a veem como uma intrusa à sua intimidade. Detestam-na, embora não façam nada de concreto para o demonstrar: demonstram-no todos os dias, várias vezes por dia."

segunda-feira, abril 13, 2015

Roupa, moda, "velhas" e etc...

Entrei numa loja de roupas, mais vocacionada para mulheres da meia idade e daí para cima, e fiquei a saber, por uma cliente, que as mulheres "velhas" se devem vestir com roupas escuras, discretas e não floridas ou estampadas. 
- "Já não há roupa para as velhas."
-  Ai já não há? Mas havia?!
Isto do vestuário e muito complicado. O que se usa, o que se usava, como é, como era...
Já não há roupa para "velhas", ou já não há "velhas"?

"Velhas" Com tudo o que significava essa palavra, mentalidade, roupas, atitudes...

terça-feira, fevereiro 04, 2014

Quando o Governo Se Dedica à Cultura... Socorro!!! HELP CHRISTIE'S!





Toda esta história dos quadros de Miró é lamentável.
Mais lamentável é ter sido a leiloeira inglesa a resolver o problema que em Portugal não se resolvia. Com vantagem para ela mesma e prejuízo para nós, portugueses.

Não sei se sabem que Camões critica muito a ignorância, a falta de cultura dos portugueses, incluindo a de Vasco da Gama e respetiva família.

Enfim: se 85 obras do mesmo autor fossem a leilão ao mesmo tempo, iriam imediatamente desvalorizar a obra do autor. Não há quem explique ao Governo estes princípios elementares?

VER AQUI

Christie's cancela leilão da colecção Miró

Se tivermos um museu com esta enorme coleção, isto vai aumentar o turismo e rentabilizar a coleção e o museu onde estiver e mesmo o país, muito mais do que se a vendêssemos ao desbarato. O que ia acontecer, se a Christie's não tivesse cancelado o leilão. Porque os ingleses sabem ganhar dinheiro. E a
Christie's ainda vai ganhar 5 milhões, sem fazer nada


quarta-feira, janeiro 29, 2014

Agora já se percebe tudo: um Papa claramente de Esquerda










A Igreja Católica, ligada à direita, tem sido algumas vezes uma força de opressão, uma força malévola. Uma força do mal. Como no Portugal salazarista, para só dar um exemplo.

A direita pressupõe que alguns têm direito a uma vida de abundância e dissipação, enquanto outros devem trabalhar em condições de miséria para sustentar esta elite.
A desculpa é a cultura. Mas como pode ter cultura quem é escravizado?
Uma aristocracia é o poder dos bons. Bons em tudo. Bons porque podem ser bons. Porque podem ser bons em todas as aceções da palavra.


VER AQUI: 


quarta-feira, novembro 13, 2013

Desemprego e Idade da Reforma


Este cartoon mostra bem a  situação atual e, pior ainda a situação para que caminhamos: homens de 27 anos sem fazerem nada na vida, ou mesmo sem nunca terem feito nada, observando homens de 67, 68 e 69 anos, que estão a trabalhar no duro.

Notícias recentes informam que temos quase meio milhão de jovens que não estudam nem trabalham. E a idade da reforma não pára de aumentar.


quinta-feira, setembro 26, 2013

Caminhos da Escola: Caminhos de todos os perigos






Está a dar no canal ARTE um programa incrível: "Chemins d'école chemins de tous les dangers". Creio que é aos domingos, pois eu gravo a série. Recomendo, sobretudo a professores e a alunos. 

No Quénia, (1º vídeo), crianças sozinhas ou em grupos de 2 ou 3 atravessam a Savana, até 10 km, esperando não serem atacadas por tigres e elefantes. E os professores ainda lhes batem, se chegarem atrasados. Na escola não falam a língua deles, o Masai, têm de aprender Suaili e Inglês. Quatro em cada  cinco não aprende a ler nem a escrever. 

No Nepal,  (2º vídeo), têm de atravessar um rio, numa cesta metálica enferrujada, dependurada em dois cabos de ferro enferrujados (o terceiro cabo já se partiu, os outros poderão quebrar-se a todo o momento). A cesta é empurrada por eles. E os professores também lhes batem, se chegarem atrasados

Quanto ao programa da Sibéria, eu nem consigo vê-lo porque o frio é algo que me assusta a mim.

Isto é uma série em exibição, mas já existem alguns episódios no Youtube. São em francês, mas não é necessário saber francês para os entender.

É claro que estes estudantes são os privilegiados. De tal maneira, que o site THE LITERACY SITE nos propõe pagarmos a escola de meninas durante um ano, dado que as meninas nem isso têm.

Por 10 Dólares, menos de 10 euros, podemos ajudar a enviar uma menina para a escola no Afeganistão, o lugar do mundo onde as mulheres são mais discriminadas e perseguidas. Um ano de escola custa 250 dólares.


VER AQUI 


Fica muito mais barato pagar os estudos a uma menina orfã (abandonada) na Índia. Desde 3 dólares e 50 cêntimos.

VER AQUI

terça-feira, julho 30, 2013

Valores e necessidades

Para podermos tomar uma decisão, precisamos normalmente de perguntar e ficar a saber os preços das coisas. Como quando queremos escolher um hotel, um ginásio, um sítio de retiro...

E de repente ficamos a saber que já não existem preços! Os preços, agora, chamam-se valores e os valores dependem das "nossas necessidades" - reparem na palavra. Isto acontece, sobretudo, com sítios caros ou não concorrenciais, para evitar que os escolhamos pelo preço...

- Quais são as suas necessidades?

Convidam-nos a sentar-nos, fazem-nos umas 50 perguntas, quase todas íntimas, algumas quase inconfessáveis, sem garantirem o segredo da confissão e, quando estamos a sentir-nos inferiorizados, miseráveis, marginalizados, então sim, dizem-nos os valores.

Frisando: estes valores são para as suas necessidades. Para outras pessoas com diferentes necessidades, os valores poderão ser muito diferentes.

Quase a perder a paciência, num ginásio que fica perto do meu, muito inferior e quase com o mesmo preço, exclamo:

- Este ginásio tem ou não tem piscina? Tem ou deixa de ter piscina conforme as minhas necessidades?
- Não tem. -  confessa finalmente a criatura.
- E os valores? - pergunto, já com ironia e irritadíssima.
- Só posso dizer os valores depois de lhe fazer o inquérito para avaliar a sua situação e ficarmos a saber quais são as suas necessidades.

Tão humilhados nos sentimos no fim do inquérito, que, quando nos dizem os valores adequados para as nossas necessidades, não nos passa pela cabeça dizer que achamos caro. LOL.

Como num ginásio, onde acabei por descobrir, após o interrogatório, que apenas havia uma salita com meia dúzia de máquinas. Enfim, negociei com o meu, o Holmes Place e alteraram os "valores" para metade.

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

" E tem marés de fel, como um sinistro mar"

"A dor humana busca novos horizontes
 E tem marés de fel, como um sinistro mar"
(Cesário Verde)


"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana."

Albert Einstein


quinta-feira, dezembro 13, 2012

"Eu roubei, é meu"





Vocês vão ver neste vídeo o caso curioso de um ladrão brasileiro, o Bagolinho: roubou um automóvel e estacionou-o para roubar uma farmácia. Um outro ladrão roubou-lhe o automóvel "novinho" e um terceiro roubou-lhe o saco com o dinheiro roubado na farmácia.

Inconformado, Bagolinho foi apresentar queixa na polícia, onde se cruzou com o farmacêutico, que ia apresentar queixa contra ele. Foi preso. E ficou muito aborrecido. Ver a partir de 1 minuto.

Conclusões:
- "Já não se pode ser ladrão."
- "Eu roubei, é meu."
- A única solução para Bagolinho é vir para Portugal, dedicar-se à política. "Eu roubei, é meu" é a cartilha do político português.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Também queremos políticos pretos!





Boas notícias trazem os jornais: Barack Obama foi reeleito como presidente dos Estados Unidos.


Como nunca duvidei de que ganharia, nem sequer referi aqui esta eleição. Tinha de ser: Obama é o presente e o futuro, o outro pertence ao passado. E o atual presente é já futuro.

Obama é o "estado social" da América. Obama consegue ainda ser a realização da utopia.
Obama tem discursos inflamados, inspiradores, capazes de fazerem levantar sonhos na alma a qualquer cidadão. De qualquer país.



 E que mensagem fantástica. Como diz, quando diz: 

"o melhor ainda está para vir". 

Anunciada que esteve a morte de todas as coisas boas, Obama anuncia o aparecimento (talvez místico) de coisas melhores. De um tempo melhor.


Que longe destes nossos bacocos, provincianos, atrasados, lingrinhas: Passos Coelho - (LOL LOL LOL), Paulo Portas - (LOL LOL LOL), Gaspar - Duplo ou triplo (LOL LOL LOL LOL LOL).



Também queremos políticos pretos!



OU AQUI: 

Obama teve forte apoio de minorias e mulheres para conquistar reeleição