Esta fotografia agradou-me pela variedade das cores e dos tons, mas também porque me faz lembrar, pela presença da Sé, as imagens dos livros e dos cadernos do tempo de Salazar: eu sou desse tempo, juro!
Eram livros feios, cadernos feios que se chamavam "Sebentas" (a palavra quer dizer "imundas"), era tudo feio. E eu era criança. E depois, demasiado jovem.
Não há dúvida: a terra era mais imunda nesse tempo. O mar, não o conheci então. Devia ser mais bravo, em relação aos navios mais frágeis, ainda mais limpo, mas mais cheio de tubarões.
(Tenho um pormenor: nunca coloco os óculos para fotografar e sem eles não vejo a imagem no LCD. É à sorte.)
6 comentários:
Pois é. Já criei dois. E o teu tem sido um guia. Obrigada.
A Georgina refere-se aos dois blogues que criou. Clicando na sua fotografia vocês vão lá ter.
Às vezes, Nádia, com sol, não se vê nada nos écrans digitais, e não há óculos que nos valham.
A palavra de verificação é uma delícia: alightar, uma daquelas híbridas que cada vez mais se vão criando.
Alightar pode ser uma cidade perdida num país desconhecido, com uma língua estranha, ou uma mocinha, talvez princesa, nesse país... ou um nick.
Já vi que tu és sensível às palavras, qualidade que não é comum a todo o mundo.
Não conseguiste ver a imagem? Não tem importância...
Gosto do blog da Gi, Garden of Philodemus, que está nos favoritos.Ou clicar na foto da Gi.
Alightar: to alight é descer (dum autocarro,por exemplo).
Alightar é um bocado como printar, uma palavra estranha e híbrida que irrita os puristas da língua mas me faz lembrar uma teoria de miscigenação segundo a qual daqui a umas décadas seríamos todos mulatos.
Fico contente por gostares do meu blog :-)
Alightar fica bem como nome de terra, à semelhança de Baltar, uma terra próxima do Porto, mas há pelo menos um Balthar na ficção científica (julgo ser uma personagem que esqueci, mas que tinha muitos furúnculos).
Gosto do teu blogue, até pq me fascina a cultura grega, tal como parece encantar-te a ti.
Enviar um comentário