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quinta-feira, novembro 10, 2011

Livros Ultra-Light

Fui hoje comprar a revista Sábado a uma banca de jornais. Por aí, tudo normal. Uma outra cliente da banca dos jornais ofereceu-me 3 livros, no valor de 6 Euros e 40. Tinha-os comprado para a sua mulher-a-dias, a qual não os quis por já os ter repetidos. Poisou-os em cima dos jornais, eu fui logo "cheirá-los", ofereceu-mos.


São livros ultra-light, tão light que nem se encontram nas livrarias. Creio que correspondem às fotonovelas que se liam antes do 25 de Abril. Ou aos da Corin Tellado, mas mais marginais.


Comecei a ler um: a rapariga encontrou na praia um mocetão bronzeado, muito másculo, etc, apaixonaram-se um pelo outro... Começa assim, não me parece que acabe mal...


Como leitora compulsiva de tudo quanto seja legível em todas as línguas que eu conheça, mal posso esperar para me atirar à leitura. Depois conto. Se me lembrar de contar.


Como quando li duma assentada todos os livros da irmã Lúcia, oferecidos também por alguém que os recebeu e não os quis.
Ou uma caixa de sapatos cheia de cartas e de postais recebidos por uma freira que, mudando de terra, não poderia fazer-se acompanhar de nada, mas não os queria deitar fora... ofereceu-os a alguém que mos deu. Comoveu-me a delicadeza das emoções e das ofertas de comida entre freiras, porque as outras oferendas não se podem guardar...
Parece-me que fiz justiça às cartas, que nem podiam ser guardadas, nem ir para o lixo. Hei-de voltar a lê-las.

quarta-feira, julho 29, 2009

Romances best-sellers esquecidos

Continuando o post anterior, são de facto vários os escritores e mesmo as escritoras que foram autores de best-sellers a meados do século XX e que, algumas décadas depois, foram já inteiramente esquecidos.
Ouviram falar da escritora portuguesa Virgília Vitorino? Ainda são muitos os que sabem ou souberam de cor os seus poemas, mas são muitos mais aqueles que nunca ouviram falar de tal personagem.
E o livro famosíssimo "John o Chauffer Russo"? Li-o, assim que ouvi falar dele, comprado num alfarrabista, isto já há uns anos. O autor é Max du Veuzit.
Pessoalmente não tenho memória destes escritores, apenas sei que foram uma coqueluche do seu tempo, uma nacional e a outro internacional.
De quem me lembro bem é do Lobsang Rampa. Muita gente ainda tem a obra completa deste autor, que se dizia tibetano mas era um inglês que nunca tinha ido sequer, ao Tibete. Afirmava, logo no início, que o livro era verdadeiro e finalmente, para explicar todas estas incongruências, disse que tinha sido todas aquelas personagens em encarnações anteriores.
A própria mulher, senhora qualquer coisa Rampa, chegou a publicar uns livros sobre gatos, sobre as reencarnações do seu gato, livro que também foi best-seller.


Parece que estamos sempre no mesmo ponto.


Pessoalmente, estou a reler pela eneésima vez um livro da Pearl Buck "Mulheres": Não é o meu preferido, mas não posso ler sempre "Terra Bendita" e "Os Filhos de Wang Lung (Estes último livro é a continuação do primeiro referido). De certa forma, é um dos poucos escritores que ganhou o prémio Nobel da Literatura e que o mereceu.
Seguramente, Winston Churchill não foi um dos outros, apesar de o ter ganho com a sua autobiografia. Para só dar um exemplo. Há neste momento um movimento na Internet contra a sua atribuição ao dramaturgo italiano Dario Fo, para dar outro exemplo.

terça-feira, julho 28, 2009

Romances Pink

Morreu recentemente Corin Tellado, a autora mais lida em Espanha a seguir a Cervantes e à Bíblia. A sua morte passou quase despercebida, pois os seus romances cor-de-rosa já não são lidos, as pessoas têm mesmo vergonha de os ter e as bibliotecas deitam-nos ao "lixo" (reciclagem) aos milhares para desentupir as estantes, até porque estão estragados e mesmo apodrecidos de terem sido lidos tanta vez.


Vem isto a propósito de 2 best-sellers que li recentemente, um deles promovido planetariamente pela Oprah, juntamente com tachos e panelas e sem nenhum lucro para ela, claro.
Chama-se esse "Comer, Orar, Amar".
Conta a história verídica duma americana que resolveu divorciar-se e se sentiu muito culpada por isso. Ficou tão infeliz que resolveu passar a vida a viajar para esquecer.
Em Itália fica um pouco melhor de tanto comer massa, no Oriente, sobretudo na Índia e depois na Indonésia, sente-se muito melhor devido às experiências místicas que decidiu viver, tudo muito "new age" e na Indonésia, no fim do livro, acaba por se sentir fantástica, devido a um rapagão que conheceu e com o qual descreve um relacionamento tórrido à americana. Resta acrescentar que este homem seria dum nível sócio-económico muito inferior, sobretudo porque, nos Estados Unidos, seria imigrante, asiático e não-branco. Acabou tudo muito bem, ele ficou na terra dele, ela foi para a dela e encontram-se muitas vezes.


Segundo livro "O Quarto Mágico". Este livro oferece um saquinho vermelho com chá de alfazema e com fitinhas.


É uma história muito complicada, passada numa terreola da América do Norte (Estados Unidos), com toda aquela mentalidade hiper-moralista, tendo à mistura fantasmas que falam e interagem com todo o mundo.
Donde se concui que os bons e desinteressados têm sempre sucesso, ao contrário dos maus e interesseiros que são sempre castigados. Como todos nós sabemos, de resto.
Os rapagões dão murros uns nos outros, à americana, as raparigas sentem-se protegidas. Tal como no romance de que falei antes e nos de Corin Tellado, os rapagões pobres são desinteressados, bons e belos.
Neste último, por exemplo, o carteiro entra no enorme Cadillac da namorada e diz-lhe qualquer coisa assim: "Este carro não é mau. Chega-te para lá, que eu conduzo." A jovem sente-se muito agradecida, claro, embora se surpreenda que um rapaz que nem tem automóvel só ache que o Cadillac não é mau.
Neste interim, a mãe da rapariga, uma viúva riquíssima e cheia de manias chiques, reapaixona-se pelo taxista da cidade (mais aldeola que cidade) e são todos muito felizes.


Todos estes livros se lêm muito bem e depressa, até por nos quererem fazer acreditar que o mundo é exctamente como deveria ser. O amor resolve tudo, o dinheiro não importa mas está sempre do lado dos bons e do amor.


Curioso este repescar do tópico romântico (sec. XIX) da união amorosa entre pessoas de classes diferentes. É estranho porque hoje em dia, através da educação e do desenvolvimento económico, há um cero nivelamento e as pessoas tendem a esquecer estas diferenças. A não ser as pessoas que gostam de ler as revistas cor-de-rosa e os romances que antigamente se chamavam cor-de-rosa e eram lidos às escondidas por esse motivo e que agora se chamam pink (traduzido: cor-de-rosa) e que toda a gente lê.
Como mais de metade da nossa população não é capaz de ler uma história a uma criança, ou se ler, a criança não a percebe por ser muito mal lida, ainda bem que há livros simples e fáceis...

domingo, março 08, 2009

Comer, orar, amar

Acabo de ler este livro "Comer, orar, amar" da americana Elisabeth Gilbert.
Lê-se com agrado, é uma experiênia interessante que nos faz refletir sobre mil coisas.
Conta a história da própria autora, em busca da espiritualidade em Itália, na Índia e em Bali, na Indonésia, para superar o desgosto de um divórcio.
O livro não é nada de extraordinário, mas é a odisseia de uma alma inquieta em busca da serenidade e da perfeição.
Inscreve-se nas filosofias e modos de vida "new age" e é muito conhecido por ter sido publicitado no programa da Oprah. Isto é chato, ser um programa de televisão americanos a promover escritores americanos para todo o mundo, mas pelo menos e por isso mesmo existe edição de bolso.