Encontramos aqui uma magnífica entrevista com Marguerite Yourcenar, um dos meus escritores favoritos.
Não é permitido incorporar o vídeo, razão pela qual aqui fica apenas o link e a foto da mesma época. Não tem tradução para português, mas tem para espanhol.
Excerto da entrevista, que traduzo:
- Voltemos à sua paixão pela Grécia: a senhora [você] é meia francesa, meia belga, agora americana, e no entanto, eu diria que a sua verdadeira pátria é a Grécia.
- Bem, não me parece. Eu creio que tenho dúzias de pátrias.
- Dúzias?!
- Sim, claro.
- Quais? Gostaria de as conhecer...
- Os países de que gosto mais? Na Europa? [Divaga, com ar sonhador]
- Tenho uma paixão pela Áustria, uma paixão pela Suécia, uma paixão por Portugal, uma paixão por Inglaterra. A literatura inglesa alimentou-me tanto, que é, certamente, uma das minhas pátrias.
-Sim?
-Sim.
E gosto muito da Ásia. Estudei tanto as literaturas asiáticas, que sinto ter uma pátria asiática, tanto como uma pátria europeia.
- Sim?
- Não, não, eu não acredito nas pátrias exclusivas. Tal como não acredito nas mães insubstituíveis.
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